Academia de Vampiros - Escuridão do Espirito escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 15
Capitulo.


Notas iniciais do capítulo

Olha o capitulo chegando...
Agora a coisa está muito seria. Rose tem que tomar cuidado, não é só sua vida que esta em jogo.
Está na hora de colocar todos os seus ensinamentos na Academia em pratica. Está na hora de deixar Dimitri orgulhoso de seu trabalho duro com a nossa Dhampirinha.
Aproveitem amores.



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Sabendo que era a única chance que eu teria de provar que podia ser responsável o bastante para salvar a vida de meus amigos e nos tirar daquele inferno com total segurança eu me preparei respirando bem fundo e então finalmente saltei da cadeira rapidamente empurrando Christian com força para onde nossos amigos estavam amarrados, na esperança de que isso o deixasse fora da linha de ataque principal, ou pelo menos fora de perigo.

Um dos Strigoi percebeu que eu era uma ameaça em potencial e quando virou em minha direção pude notar que ele tinha um alicate na mão esquerda que pretendia usar contra mim e ele me encarava com atenção, girei o corpo o desarmando, peguei o objeto do chão e cravei no rosto do outro que gritou caindo morto.

Impulsionada pela adrenalina do momento eu não parei de me mover um segundo que fosse sabendo que se eu o fizesse poderia matar a todos nós, o alicate fora esquecido no meio do cômodo, eu fechei a mão rapidamente colocando o polegar para dentro do punho e soquei o segundo Strigoi com bastante força. Geralmente meus chutes costumavam ser bem mais eficientes nesses casos do que os socos poderiam ser, ainda assim eu bati nele usando força o suficiente para assustá-lo e fazê-lo perder o equilíbrio por alguns segundos.

Agora restava confrontar o líder dos Strigois e tentar sair dali com meus amigos antes que as coisas pudessem se complicar mais ainda, só que para meu azar o desgraçado era o mais esperto e estava armado.

Ele sacou o revolver. Merda!

– Não se mexa garota! - Gritou apontando a arma na direção de minha cabeça.

O Strigoi que eu havia socado estava de pé novamente e agarrou meu braço, a minha frente o líder proferiu um palavrão e soltou um grito estranho. O revolver adquiriu um brilho alaranjado e caiu-lhe da mão. Pude ver a pele vermelha pela queimadura. Christian havia usado magia e aquecera o metal.

Era isso! Nós devíamos ter usado a magia desde o início do sequestro! Essa ideologia de poupar os Moroi por pensarmos serem mais frágeis e incapazes de ajudarem com seus poderes estava tão fixa em nossas mentes que nem cogitamos usá-la antes por medo de expor o pescoço deles. Foi uma completa estupidez seguir essa regra. Das grandes. Voltei minha atenção para a luta, os Strigois se posicionaram um de cada lado já que o terceiro havia sido aniquilado.

Consegui uma pequena brecha para chutar um deles no centro do estômago; chute esse que sem dúvida teria me rendido uma nota “A” na aula de combate se estivéssemos na Academia. O Strigoi gemeu com o golpe, para minha surpresa o impacto o arremessou contra a parede atrás dele. Rapidamente eu já estava sobre ele, meus dedos grudando em seu cabelo, batendo com a cabeça dele na parede, usando força o suficiente para lhe rachar a cabeça de um jeito bem desagradável.

Virei-me um tanto surpresa pela quietude repentina que se estabeleceu a minha volta e após alguns poucos segundos eu facilmente entendi o porquê disso ter acontecido. Christian tinha o revolver em mãos apontado para o rosto do Strigoi. Mia e Mason estavam de pé libertando Eddie.

– Mais que saco! –Falei levantando rapidamente e indo na direção dele e estendendo a mão. –Me dê isso antes que você possa machucar alguém fogaréu.

Esperei por algum tipo de resposta ríspida ou sarcástica habitual dele, mas Christian suspirou me entregando a arma na mesma hora; suas mãos tremiam um pouco. Coloquei a arma com cuidado no cinto.

Agora o encarando com mais atenção fiz uma pequena analise em Christian, notei como estava incomumente pálido naquele momento. Parecia até mesmo estar a ponto de desmaiar a qualquer momento. Certo, ele havia realmente usado e manejado grande quantidade de magia. Era muita coisa, especialmente para alguém que estava a um bom tempo sem se alimentar.

– Mase, pegue algumas algemas e algo para silenciar esses idiotas. –Pedi séria quando ele e Mia se colocaram ao meu lado.

Amarramos todos os três Strigois em nossas cadeiras, depois soltamos Eddie, que mal conseguia se sustentar sozinho. Droga, eu basicamente só podia contar com Christian caso algo desse errado. Ao lado dele Mia ainda estava chorando.

– Muito bem, pelo relógio do líder agora é de manhã. É seguro para sairmos daqui. –Falei atenta enquanto íamos para o pé da escada.

Acima de nós a porta de ferro reforçado do porão rangeu ao ser aberta, soltei um palavrão pesado. Eram Isaiah e Elena.

Inferno. Droga. Maldição.

Isaiah fechou a expressão reprovando a cena que encontrou e provavelmente deduzindo que eu fora a principal culpada pela queda de seus soltados logo estava bem na minha frente, com isso me ergueu pela garganta sem o menor esforço pessoal e me jogou contra a parede, minhas costas estalaram de forma audível com o impacto e uma dor horrível me atingiu. Provavelmente naquele momento eu havia ganhado três ou mais costelas quebradas. Que beleza.

Olhei a minha volta rapidamente, estávamos apenas nós três e algo no olhar deles dizia que eles sabiam que eu não era o suficiente para derrotá-los. Isso uma parte de mim também sabia. Mesmo com meus amigos fora de perigo eu tinha que me encarregar de resolver aquilo. Tinha que matar Elena e Isaiah.

Dois contra um costumava ser bem mais divertido quando eu estava na Academia confrontando os meus colegas de turma, naquele porão nojento as coisas estavam sendo bem mais pesadas do que eu pensei que poderia ficar para começar aqueles dois definitivamente estavam acabando comigo com uma facilidade assustadora e se aquilo continuasse, eu não iria durar muito mais tempo. Em especial quando eu sempre ficava a um triz de ter o pescoço quebrado ou a cabeça arrancada de meu corpo por estar os confrontando sozinha. Precisava de uma solução definitiva. E tinha que ser mais rápida e inteligente ou certamente eu acabaria morrendo em algum momento muito próximo.

Então quando pensei que tudo estava completamente perdido naquela situação ouvi um som particularmente agradável. A porta dos fundos. Mason acabara de empurrar Eddie para a claridade, mas porque ele não foi junto? Quando ele voltou a se mover imediatamente entendi seus planos. Essa não, droga.

– Mase não faz isso! Idiota, você tem que tira-los daqui para mim! –Gritei socando Elena que tentava socar meu rosto, me desviando de um chute de Isaiah.

A preocupação extra com Mason querendo bancar o herói me distraiu por cerca de um minuto e isso estragou todo o restante em menos de um segundo. Elena aproveitando-se disso mais do que depressa, estava ao meu lado, me puxou pelo cabelo solto jogando-me no chão. Vadia. E lá estava outra costela quebrada.

Quando me coloquei de pé com certa dificuldade por conta das lesões que aumentavam cada vez mais me deixando bastante preocupada, em especial quando eu senti um gosto estranho chegar até minha boca, era de ferrugem e sal. Ou em outras palavras mais simples, era o meu sangue.

Ótimo, agora pelo visto eu estava claramente sendo arrebentada por fora e com isso morrendo por dentro. Que beleza. Ainda irritada percebi que do outro lado da sala pude Mason lutava contra Elena e... Como assim?

– Não Mase! Droga patinho vai para a claridade com os outros. –Gritei chutando a costela de Isaiah; o fazendo bater na parede e algo estalou com duas vezes mais intensidade do que quando acontecera comigo. Muito bom saber que eu tinha força nas pernas. Era legal quebrar as costelas dos outros né? Pensei irritada.

Estava prestes a adverti-lo de novo, porém eu travei mal sentindo outro golpe que Isaiah proferiu em minhas costas. Elena o havia imobilizado no chão, suas mãos estavam na cabeça dele, seus punhos giraram lhe torcendo a pele. O osso estalou se quebrando. Elena havia quebrado o pescoço dele. Mason estava morto. Não! Eu quis gritar infinitamente até meus pulmões explodirem e ser ouvida por todo o universo. Queria me jogar no chão junto a Mason e morrer com ele.

Elena já de pé estava vindo para cima de mim de novo, naquele momento algo dentro de mim foi desligado como se isso pudesse bloquear qualquer outra coisa que pudesse por alguma razão me impedir de fazer o que eu sabia que tinha que fazer, então eu simplesmente não senti mais nada. Eu levantei rapidamente e agi com uma perfeição que eu nunca imaginei possuir em toda a minha vida. Algo explodiu ruidosamente bem ao meu lado, era um aquário gigante e a água dele ao invés de se espalhar por toda parte do cômodo, subiu envolvendo o rosto de Elena, que assustada com a inusitada nova ameaça se apavorou e começou a gesticular tentando “puxar” a água para longe de si, mas era algo inútil.

Novamente eu não senti absolutamente nada. Eu simplesmente voltei a agir sem deixar qualquer influencia sentimental tentar tomar posição por tempo o suficiente para me inibir de alguma forma prejudicial e sendo assim deixar o controle novamente nas mãos dos Strigoi.

Uma lasca grande e grosa do vidro, pertencente ao gigante aquário estava bem ao meu lado naquele momento, sabendo que aquela seria minha melhor arma peguei o mesmo e rapidamente pulei no peito de Elena, cravando o vidro na pele de seu pescoço gelado e pálido quase até a metade até que em determinado ponto ela simplesmente parou de se mover completamente. Estava morta.

Ainda movida pelos instintos da luta que eu estava participando eu girei o corpo rapidamente e ignorando a dor de minhas mãos cortadas, peguei uma espada que encontrei num dos cantos do cômodo e com isso Isaiah imediatamente deu sinais de vida e descongelou, porém ainda estava visivelmente abalado, parecendo não acreditar na morte evidente de Elena.

E era só disso que eu precisava. Peguei distância de exatos três passos que seria tudo o que eu precisaria para agir e pulei de encontro ao peito de Isaiah, sabendo que era onde ele se preocuparia em proteger, quase sorri batendo a lamina de encontro à base do pescoço dele. O sangue esguichou manchando minha pele.

Isaiah tentou agarrar meu cabelo para me afastar de seu corpo na esperança de que isso o ajudasse em alguma coisa a seu favor, me esquivei sem sair de cima dele e o ataquei outra vez. Novamente o sangue esguichou longe, manchando o chão. Estava dando certo. Ele cambaleou alguns passos para trás, seus joelhos indo de encontro ao chão frio de concreto acinzentado. Ele iria morrer muito em breve se eu continuasse a me mexer da forma que estava fazendo e dava para ver que ele sabia muito bem disso também. Era quase como se já pudesse sentir. Novamente ele estava de pé avançando para mim e então me lembrei de algo que Dimitri dissera certa vez durante um de nossos treinamentos.

– Rose devido a sua altura incomum isso tornará a maioria de seus oponentes bem maiores que você e com isso, consequentemente bem mais pesados também. Use isso a seu favor quando estiver lutando, pode ser um truque valioso. –Dissera ele após quinta vez que havia me derrubado de costas contra o tatame.

Dimitri.

Extraordinário sentir aquelas coisas em meio a um inferno como o que eu estava vivendo naquele momento, por outro lado lembrar-me dele naquele exato momento incrivelmente me estimulou a reunir uma força que eu nunca imaginei possuir em minha alma, não numa intensidade tão alta, quente e estranhamente perigosa. –Eu quase podia dizer que por alguma razão as manchas negras do Espírito estavam tentando me proporcionar algum tipo de apoio sobrenatural ou coisa desse tipo, por mais que isso fosse útil ainda me assustava um pouco.

Eu estava de pé no meio do cômodo, ainda deixando todos os maiores instintos teoricamente assassinos que eu possuía tomarem conta de mim parcialmente na esperança de que pudesse recuperar o controle sobre meus sentidos e sanidade mais tarde quando estivesse fora daquele inferno, e então quando eu sabia que estava completamente pronta para agir e acabar com aquilo de uma vez corri de encontro a Isaiah sem medo ou qualquer traço de hesitação que pudesse me condenar a morte, isso o pegou completamente desprevenido e novamente era só disso que eu precisava para voltar a agir com perfeição.

Com um movimento consideravelmente muito rápido eu o ataquei, irritado ele tentou avançar para cima de mim, porém se desequilibrando e com isso jogando o peso de seu corpo contra si mesmo. Eu recuei uns dois passos e o ataquei com a espada mais uma vez; mais sangue manchou o chão.

Agora ele tinha as duas mãos pressionando num dos lados mais danificados da garganta manchada de sangue, seus joelhos cederam. Continuei com os golpes repetidas vezes. A espada era muito velha e para piorar estava enferrujada e com um corte pior ainda, mas estava penetrando-lhe a pele. Cortar a cabeça de alguém era bem mais difícil do que eu imaginava. Ainda assim eu não parei de atacá-lo.

Recuperei os sentidos com uma facilidade assustadora e como podia pensar com mais clareza enfim percebi que ele já não se movia mais embaixo de meu corpo. A cabeça dele estava no meio do cômodo, completamente separada do corpo. Seus olhos esbugalhados me encaravam com a expressão assustada.

Atrás de mim alguém gritou aterrorizada, alguma parte de mim ainda cogitou ser Elena. Levantei os olhos e visualizei, do outro lado da sala, paralisada no meio da escada, Mia estava de pé, com os olhos arregalados. Houve um estalo em minha cabeça, então eu me dei conta de que fora ela quem explodira o aquário e cercou Elena com a água. Manipulação de água não era insignificante afinal de contas.

Outra lembrança desagradável me atingiu como um soco na boca do estômago, e então novamente eu estava vendo o momento que Elena quebrará o pescoço de Mason. Meu melhor amigo estava morto. Outra vez me senti em pedaços, meus joelhos fraquejaram e cederam de encontro ao chão, lágrimas invadiram meus olhos, invadindo minha visão e então eu gritei.

– Rose! –Era a voz de Mia Rinaldi que havia se colocado ao meu lado. –Rose, eu sinto muito. Mason está morto. Por favor, chega. Isaiah e Elena não podem mais machucar você. Precisamos ir embora agora, temos que encontrar Eddie e Christian nos fundos da casa, tem sol lá fora. É seguro como você disse.

Coloquei-me de pé num pulo ágil e rápido ativando meus instintos de proteção característicos de um bom Guardião, olhei para trás mesmo que ainda meio relutante em fazer tal movimento, sim era verdade; Isaiah e Elena estavam mesmo mortos. Eu havia estraçalhado o pescoço de Elena e arrancado à cabeça de Isaiah. Olhei o restante do lugar, tudo estava lavado de sangue. Mason estava estirado no chão. O meu mundo tremeu, novamente eu gritei.

Matar os amaldiçoados Strigoi.

Proteger os Moroi – e Mason.

Eu não conseguia pensar em outra coisa.

Ainda bastante atordoada ouvi rumores de vozes e passos, ergui a cabeça juntamente com meu corpo, novamente forçando meus sentidos a se concentrarem.

Pessoas começaram a entrar por tosos os lados. Eu não fui capaz de reconhecer nenhuma delas. Não era algo necessário. Todas significavam ameaças. Ameaças das quais eu tinha que proteger Mason.

Duas dessas pessoas começaram a se aproximar de mim, me coloquei na frente de Mason, a mão segurando firme a espada acima do corpo dele. As mesmas pessoas trocaram olhares indecisos, congelando.

Novamente os detalhes não me importavam nenhum pouco, nem mesmo o que exatamente todos pretendiam fazer e porque estavam ali. Não iria permitir que se aproximassem de mim e muito menos de Mason; meu patinho.


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Notas finais do capítulo

E ai amores o que acham desse capitulo heim?
Não me deixem na mão, comentem.



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