- Saya?

- Hum...

- Não consegue dormir?

- Não... ei Haji, pode tocar um pouco para mim?

Saya estava em seu quarto de hotel, a luta contra Diva tinha sido ganha, mas ainda haviam muitos quirópteros para eliminar, e Haji e ela continuavam sem tempo de descanso ou distrações.

- Hai.

Ele tocava uma musica suave, a face tranqüila e sempre sem expressões, Saya agora se lembrava da sua outra vida, uma vida em que ela sonhava com o dia em que ele lê contaria o quanto a amava, mas depois que o transformou em seu chevalier, toda essa ilusão se foi, tinha certeza que ele só a acompanhava por dever, e não por gostar dela. Haji era mais do que seu chevalier, ele era seu amigo, seu confidente, mas acima disso ele era o homem que ela amava, mas como dizer isso?

Enquanto ele tocava seu violoncelo, ela apenas o olhava perdida em seus pensamentos, e com olhos desfocados.

- Haji

- Nani? – ele tinha parado de tocar para ouvi-la, e o silencio dominou o quarto, lá fora o som dos carros era distante e a noite silenciosa.

- Você me odeia? Quer dizer por eu te transformar em um chevalier?

Ela não teve tempo de olhá-lo, apenas ouviu o baque surdo do instrumento caindo ao chão, no mesmo instante em que se sentiu ser abraçada.

- Na..nani? – ela estava surpresa com a atitude dele, sempre tão controlado, nunca mostrava seus verdadeiros sentimentos, e agora estavam naquela situação, a respiração dele estava desregulada, enquanto ela sentia o coração dele acelerar.

- Nunca mais fale isso. – ele sussurrava

- Anata?!

- Eu te amo Saya... Sempre te amei... Ser o seu chevalier e o meu maior dom, por que assim eu sempre posso esperar por você!

- Haji?!!

- Por favor, nunca mais fale que eu a odeio.

Ela sentiu o abraço se afrouxar, ele iria solta-la, não queria isso. Aproveitou que podia se mexer e se virou para olhá-lo, a diferença de altura entre eles era considerável, engraçado, se lembrava de quando ele chegara à mansão era tão pequeno, e agora era mais alto que ela, sorriu com as lembranças, e o olhou, viu que ele estava triste, provavelmente se culpando por ter perdido o controle.

- Gomen Saya.

- Iie...

Ele apenas desviou o olhar quando ela lhe respondeu, foi quando ela ficou na ponta dos pés e sussurrou, para que apenas ele ouvisse:

- Haji... Preciso te contar um segredo... Eu... Eu amo você!

- Say...

- Shiii... Não fale nada, já foi bem difícil falar isso pra você...e...

Ele não deixou que ela terminasse de falar, enlaçou sua cintura com uma de suas mãos e a outra atrás da sua nunca, puxando-a para perto, ela podia sentir as respirações se misturando, sentir os lábios dele nos seus em um roçar delicado e gentil, sentiu suas pernas perderem a força o que fez com que ele a trouxesse mais para perto para que não caisse, ela o abraçou, mexendo em seus cabelos, ele pediu passagem com a língua para que pudesse aprofundar o tão esperado beijo, se beijaram matando a saudade de algo antes não vivido, mas a muito tempo sonhado, separaram-se por falta de ar.

- Haji, você sempre estará comigo?

- Para sempre Saya, vou sempre lhe esperar.

- Arigato... Aishiteru.

- Aishiterumo Saya.