Aurora - A Princesa Encantada escrita por Carolina Moreira


Capítulo 2
Capítulo 1




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A noite encobria o céu estrelado em um castelo no topo da montanha. Uma figura encapuzada descia as escadas da imponente construção pela ala de criados. Era um absoluto silêncio, não via-se uma alma sequer.

A pessoa dirigiu-se a baia de cavalos. Escolheu o cavalo mais forte, pertencente ao príncipe herdeiro. Os guardas dormiam nos postos e não perceberam a movimentação. A figura montou no animal e partiu rapidamente a galope. O barulho das patas do cavalo despertaram os guardas, fazendo-os se levantarem num sobressalto, assim como o restante deles ao redor do castelo.

O animal ficava cada vez mais veloz e desviou dos guardas que puxavam suas espadas, pronto para deter o misterioso ladrão. Ele rapidamente entrou numa trilha secreta e fugiu para a entrada da floresta. Podia-se ouvir os berros furiosos dos guardas, acabando por acordar todo o castelo.

Um rapaz magrelo segurando uma tocha subiu com velocidade as escadas e chegou à ala de Sua Majestade. Alguns guardas e criados o acompanhavam quando bateu à gigantesca porta do aposentado. Um dos criados entrou e avisou que o magrelo queria falar com o rei.

O jovem adentrou no quarto, fez uma reverência e anunciou:

– Vossa Majestade, tenho o desprazer de anunciar que tivemos um intruso no castelo esta noite. Ele conseguiu passar pela guarda sem ser notado e roubou o cavalo preferido do príncipe.

– O quê? - o rei fulminou-o com os olhos - Aonde estavam meus guardas neste momento? Dormindo?

– Cre-creio que estavam a postos como sempre... - tremeu o rapaz.

– Ao menos conseguiram pegá-lo?

– Sobre isso... - a voz do jovem afinou - ele fugiu pela trilha oeste, usada apenas para casos de calamidade.

– E essa trilha leva aonde? - bradou o rei.

– Para a flo-floresta.

– Então corram, não percam tempo! - a voz do rei aumentava a cada palavra - Ninguém que desafie a minha guarda, invada o meu castelo, roube um dos meus cavalos e fuja, deve continuar vivo! Tragam-o e levem para a masmorra!

Numa velocidade impressionante, o cavalo adentrava no coração da floresta. O encapuzado tinha escolhido este caminho de difícil acesso ao invés das rotas comuns a fim de não haverem testemunhas para apontar a direção que havia tomado.

Era um milagre o cavalo ainda não ter se machucado ainda com aquela quantidade de árvores e galhos fechando a passagem. A figura havia pendurado na sela um lampião, iluminando um pouco a escuridão da floresta.

Quando teve certeza de que já havia deixado as terras do reino, puxou seu capuz e parou um pouco para deixar o animal descansar.

Seu rosto era conhecido em todos os reinos próximos, até nos mais distantes. Era muito belo, sem dúvidas. Tinha o cabelo castanho num corte jovial, olhos num azul profundo, um nariz que parecia ter sido esculpido e suaves lábios. Já viu moças desmaiarem ao vê-lo, e todos os pais o queriam como genro. Afinal, além de belo, ele não era nada menos do que o príncipe herdeiro.


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