Diário De Uma Adolescente Tímida escrita por Bi Hyuuga


Capítulo 13
O dia pós-festa


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, leitores! Como vocês estão?

Bem, eu tenho muitas coisas a dizer nessas notas inciais, então vou tentar ser o mais direta possível.

Eu comecei essa fanfic em 2014, há seis anos. Minha cabeça e escrita mudaram muito desde os primeiros capítulos da história. Além disso, alguns planos que eu tinha para o desenvolvimento da narrativa também mudaram. Ou seja: para quem ler a fanfic até aqui, vai perceber diferença em certos pontos assim como a mudança de alguns detalhes que foram colocados anteriormente, mas que não fazem mais parte do meu objetivo para essa história (logo, serão ignorados).

É muito importante que tenham isso em mente durante a leitura daqui pra frente.

Fora isso, espero que estejam todos bem. Sabemos que 2020 tem sido um ano difícil para todos, principalmente diante da pandemia que vivemos. Então se cuidem, bebam água e se protejam. Espero que essa fanfic possa aliviar um pouco da tensão em seus corações e fazer com que se divirtam um pouco.

Boa leitura a todos! ♥

PS: o dicionário está nas notas finais



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Naruto acorda, com uma enorme preguiça. Seu pescoço e suas mãos estão suados, seu cabelo completamente desalinhado. Os lençóis foram chutados até seus pés durante a noite e seu travesseiro estava torto na cama.

Ele se espreguiça com um bocejo e logo se senta. Os pensamentos do loiro começam a refazer as cenas e sensações de seu sonho naquela noite.

Ele sonhara com Hinata.

A imagem que se forma em sua mente é clara como água.

Ele vê a garota dançando, mas não reconhece a ambientação, pois seus olhos estão fixos nela. Ela sorri e há gotas de suor escorrendo das suas têmporas até seu pescoço. Os olhos claros encaram o Uzumaki, que está sentando em um banco qualquer. A garota se aproxima e Naruto põe as mãos em sua cintura.

— Kami-sama... - murmura sozinho, esfregando os próprios olhos.

O aniversário de Neji, no dia anterior fora tanto um desastre quanto uma benção, se é que poderia ser chamado dessa forma.

O loiro se levanta da cama, arrumando o cós da bermuda, e segue para o banheiro, completamente zonzo pela figura morena em sua cabeça.

Ao abrir a porta e entrar, se aproxima da pia e encara seu reflexo no espelho. O nariz ainda estava vermelho e sensível, mas não sangrava mais. Sobre ele, tinha um curativo-adesivo que desobstruía suas narinas para facilitar a respiração durante a noite. Segundo o médico, não quebrara – assim como a Hyuuga dissera –, mas alguma veia teria estourado e, por isso, o nariz ficaria dolorido durante alguns dias durante o período de cicatrização e reparo do vaso. 

A única coisa verdadeiramente quebrada era sua dignidade. Seu primeiro beijo ser com Sasuke Uchiha? Era nojento e dava arrepios só de pensar. Ele teria feito uma careta pela lembrança se a musculatura dolorida ao redor de seu nariz permitisse.

A torneira é aberta e Naruto faz uma concha com suas mãos, enchendo-a de água e jogando no rosto. Ao fechar os olhos, novas figuras se formam e ele é consumido pelo devaneio mais comum ao ser humano: a memória.

Ele se lembra da garota à sua frente no banheiro, no aniversário de Neji. As mãos dela tocando seu rosto depois do soco que ele levara, cuidando de cada um de seus ferimentos.

Ele se lembra das suas mãos no quadril da morena que, na hora, passou despercebido, mas que, agora, só sua imaginação conseguia reconstruir o formato daquela cintura e fazer com que suas mãos formigassem.

Naruto não consegue parar de pensar o quanto ele gostaria de quebrar o nariz todos os dias só pra ter suas próprias mãos segurando aqueles quadris novamente e ter aquele toque delicado de pele sobre seu rosto mais uma vez.

Ele abre os olhos e os arregala. Não, não, não. Aquela era Hinata, sua amiga de muitos anos super meiga, doce, gentil, sensu-

O loiro chacoalha a cabeça, como se aquilo fosse ser suficiente para afastar todo pensamento sobre a garota.

Eu preciso de um banho.

[...]

A porta do banheiro se abre e o garoto volta para o quarto.

Ele veste uma bermuda laranja e uma camiseta preta. A toalha está pendurada ao redor do seu pescoço, caindo sobre seu peito e impedindo que as gotas de água do cabelo molhado umedecessem sua camiseta.

Sua cabeça está mais limpa, o que o alivia um pouco.

Eu amo a Sakura, dattebayo, ele pensa, tentando se convencer de que todo e qualquer pensamento sobre Hinata era culpa única e exclusivamente de seu sonho.

Sonhos distorcem as coisas, não é?

O loiro se joga na cama e pega o celular. Seu foco precisa ser as recuperações, considerando que não passou em algumas as matérias.

Ele fica deitado olhando pra tela durante vinte minutos.

— Kuso... – ele resmunga baixinho.

Era a quarta vez que ele escrevia e apagava uma mensagem. Por que estava sendo tão difícil pedir ajuda a Hinata? Eles tinham um acordo.

O Uzumaki começou a se sentir um peso para a garota. Hinata fazia muito mais do que precisava e ele não estava acostumado a receber uma atenção tão delicada de alguém que não o devia nada. Nem de sua mãe – apesar de que Kushina não era lá um parâmetro de pessoa calma e meiga.

A situação se acentuou depois da festa e de seu sonho.

O loiro suspirou frustrado.

Talvez se ele fizesse algo por ela...

Mas o quê?

Comprar um presente pra ela durante as férias, quem sabe. Ou chama-la pra sair, sem preocupações. Não seria mais uma situação em que ele a encontraria só para estudos e ele poderia se mostrar agradecido por tudo. Ela também era sua amiga, não queria parecer um aproveitador. Hinata sempre fora muito inteligente e prestativa, mas não deveria ser chantageada a fim de ajudar um garoto qualquer – ele mesmo – a não sair do time de basquete devido a notas ruins.

A responsabilidade é dele, não dela. A dificuldade com a escola era um obstáculo que ele deveria enfrentar, e, precisando de ajuda, deveria ser algo voluntário da Hyuuga, e não compulsório.

Naruto queria consertar a situação de algum jeito.

Seus dedos começam a deslizar pela tela novamente, numa nova mensagem. Dessa vez, a definitiva:

Ohayo, Hina-chan! Daqui dois dias começam as recuperações e eu queria saber se você está livre amanhã, às dez. Podemos ir à biblioteca de Konoha para estudar? É mais perto da sua casa e é um lugar silencioso. Espero que não esteja muito em cima da hora, não queria falar antes porque você deveria estar cuidando da festa do seu primo, então... Por isso eu disse agora.

E enviou.

Não demorou nem cinco segundos para sentir-se um idiota.

~

Um dia de sol. Uma manhã calma. O barulho contínuo do movimento nas ruas. Uma sombra de árvore na praça, perto da escola. Todos os fatores ideias para descansar e dormir.

Shikamaru se encontrava deitado na grama abaixo da árvore, com as mãos atrás da cabeça. A brisa leve e o som de pássaros deixavam-no tranquilo. Havia pessoas passeando com cães e algumas crianças nos brinquedos, mas nada relevante o suficiente para que ele se importasse.

Seria o dia perfeito se não fosse por um fator.

— Kami-sama, você não sabe passar um momento do dia sem dormir?

O Nara abre um dos olhos e olha para cima. A loira estava o encarando com as mãos nas cinturas. Seu cabelo estava preso e possuía muitas sacolas penduradas nos braços, o que indicava que ela estava desde cedo rodando pela cidade.

— Estamos de férias.

— Como se esse fosse um argumento extremamente válido e você não tivesse passado os dias de aula dormindo no primeiro canto que encontrasse. – rebate Temari.

Shikamaru ignora e fecha o olho novamente.

Na sequência, sente um peso cair sobre sua barriga, fazendo-o tossir e virar de lado até sentar. Ela soltara uma das sacolas mais pesadas em cima dele.

— O que você quer? – pergunta, olhado em direção aos olhos verde-escuros.

— Levanta. Vamos fazer compras.

Temari joga tudo em cima do garoto, dá as costas e sai andando. Ela segurava um papel na mão: a lista de coisas pra resolver, sendo que parte delas tinha um risco por estrarem concluídas.

— E por que eu deveria ir com você?

— Porque ou você vem, ou eu não vou te deixar dormir até o final do ano. Espero que você não esteja disposto a duvidar disso. – seu tom era alto o suficiente para que ele pudesse ouvi-la.

A loira continuava caminhando e se afastando.

Há uns segundos de silêncio antes de Shikamaru murmurar para si mesmo:

— Problemática.

O moreno se põe de pé, tira a grama da roupa preguiçosamente e segura todos os pertences da garota. Se ele não prezasse tanto o seu sono, ele não aceitaria ser feito de burro de carga.

Isso terminaria em uma ou duas horas. Um sacrifício necessário para sua paz pelo resto dos dias.

Ao se aproximar de Temari, Shikamaru se esgueira sobre o ombro da garota e olha a lista em sua mão. Só havia um item ainda não riscado:

— Espera... você quer que eu vá comprar roupas com você?

A Sabaku dá de ombros e segue seu caminho. Sua intenção é ir a uma das poucas lojas que abre aos domingos, pois costuma estar vazia e não é necessário pressa para comprar nada.

Muito problemática.

[...]

O moreno está sentando sozinho nos bancos em frente ao provador. Suas costas estão apoiadas no encosto do sofá e sua cabeça é sustentada por suas mãos. Era uma posição bem parecida com a que estava na praça, exceto pela parte da praça, da grama, da tranquilidade, do cochilo...

Há quatro sacolas em seus pés, fora duas que estão ao seu lado. Temari acabara de entrar no provador, então não voltaria tão cedo, principalmente com aquela quantidade de roupa. Logo, surge-lhe uma ideia muito atraente.

Shikamaru apenas fecha os olhos e respira fundo.

Não se passam nem cinco minutos e ele leva um croque na cabeça, fazendo-o acordar com um resmungo. Ele encara a figura feminina ao seu lado. Agora, a loira está com um vestido preto justo acima dos joelhos, de manga curta e com decote em V. Na altura de sua cintura, há uma faixa vermelha, marcando seus quadris. A proximidade dos dois é suficiente para que o garoto fique com as bochechas rosadas. Ela está linda, ele deveria admitir.

Mas não ia.

Ele leva a mão ao topo da cabeça e massageia o lugar que levara um golpe com as juntas do dedo da outra.

Ela sorri com satisfação e se afasta.

— O que acha? – ela dá uma voltinha, observando o próprio corpo. – Ficou grande?

Silêncio.

A garota ergue o olhar para o rapaz e ele poderia jurar que ele ia morrer, ali mesmo. Ela sempre tivera olhos vermelhos?

— Está ótimo, tá legal? – Shikamaru ergue os braços em rendição, temendo por sua vida.

A fúria se dissipa no ar, e tudo volta à calmaria.

— Obrigada. – e desaparece novamente dentro dos provadores.

Shikamaru suspira. Aquela mulher existia apenas para importuná-lo, não havia outra explicação. Ele só queria dormir, e ela era a única pessoa que o mantinha acordado à base de ameaças. Nunca havia hesitação da parte da garota: sempre cumpria o que dizia.

Dados mais alguns minutos, Temaria volta. Dessa vez, veste calças jeans escuras, uma camiseta lilás de manga comprida e larga ao corpo. Mais uma vez, o decote em V ressalta a parte superior do busto, demarcando a pele bem cuidada.

Ele coça sua nuca e funga o nariz.

— Também ficou boa.

Apesar de não parecer muito contente com a vestimenta, a loira retorna ao provador.

Shikamaru estava começando a suar. Quem ligou o aquecedor?

E foi assim durante mais trinta minutos. A cada roupa que a garota vestia, o Nara dava sua opinião – mesmo que, no final, não fosse importar muito, já que ela escolheria o que bem entendesse.

Temari sai com uma saia roxa em tom escuro e uma camiseta roxa que com detalhes em preto. Era um conjunto um pouco mais social, mas tão belo quanto todas as outras roupas que ela vestira.

— E esse? – ela questiona.

— Você tem ótimo gosto e visão para roupas, não sei por que eu ainda estou aqui. – o garoto reclama, tombando a cabeça para trás e encarando o teto da loja.

Era fato, e ele não se importou de aquilo ter soado como um elogio – por que era mesmo. Temari sabia se vestir muito bem e pedir opinião sobre roupas não mudaria nada em sua vida. Ela é independente e bem resolvida, e nitidamente é muito elegante até mesmo em vestimentas rotineiras.

— Porque você precisa parar de ser tão preguiçoso, e a solução momentânea é te arrastar comigo.

— Problemática.

— Não mais que você.

Com isso, a garota se retira, deixando um Shikamaru cansado e entediado para trás.

No final, ela acaba decidindo por dois vestidos e o conjunto da camiseta com a saia. Segundo a mesma, eram as roupas que usaria para sair com as meninas durante as férias e para compromissos de última hora que poderiam aparecer.

Ela paga seus itens no caixa e os dois saem da loja. Entretanto, a garota desvia da direção de sua casa e segue para o Ichikaru ramen.

— Vamos almoçar.

Ela não quer me deixar em paz mesmo. Contudo, antes que pudesse reclamar, ela acrescenta:

— É um agradecimento pela ajuda com as compras e pelo elogio. Não aceito não como resposta.

Shikamaru olha para o lado, contrariado, e não a responde.

Se a garota prestasse atenção, poderia enxergar perfeitamente o rubor nas bochechas do moreno.

~

Hiashi desliga o telefonema que recebera minutos antes e suspira, em alívio.

O buffet confirmou presença e todo o cardápio para a festa das empresas, acertando os últimos detalhes. Faltava pagar apenas a última parcela para quitar o contrato, coisa que seria feita logo após a comemoração. Serviriam os mais diversos petiscos salgados de entrada durante as três primeiras horas. Depois, haveria o prato principal com salmão grelhado, molho de maracujá e legumes cozidos, para atender a todos os paladares. De sobremesa, mitarashi dango, um doce típico japonês.

A equipe de foto e filmagem já estava paga e contava com dez profissionais ao todo. Hiashi não queria que nenhum de seus convidados se sentisse incomodado com os holofotes durante a noite toda. O objetivo era que todos se divertissem também, mesmo que estivessem lá a trabalho.

Os funcionários da empresa estão direcionados às suas posições e funções na cerimônia. A imprensa já está avisada, sabendo de suas limitações para a entrada na festa. O discurso de Hiashi está pronto. O cronograma dos eventos ao longo da comemoração, estabelecidos.

São notícias incríveis para um domingo.

O patriarca Hyuuga se levanta e sai do escritório, seguindo para a sala.

No meio do caminho, algo no quintal lhe chama atenção. Sua filha montou os tatames ali e está treinando sozinha. Hinata tinha esse costume e sempre pedia alguns treinos extras para Kurenai, que prontamente os enviava para a garota.

Hiashi fica ali a observando durante um tempo, se lembrando de quando ela começou os treinos. A princípio, fora uma decisão dele. Entretanto, a garota se adaptou muito com o estilo e se envolveu com a prática. Os treinos em casa e sem Kurenai eram solo ou acompanhados por Neji.

Os primos se tornariam exímios lutadores se continuassem no ritmo que estão.

Hiashi sorri e volta a caminhar.

Ele se orgulhava muito dela. Desde a morte de sua esposa, sua filha mais velha tem sido muito forte, principalmente para Hanabi. Sua dedicação, seu interesse por conhecimento, sua gentileza, sua preocupação... Hinata é muito parecida com sua mãe.

Hiashi chega à sala e encontra Hanabi assistindo um filme. Ele sorri e senta ao lado da filha. Ela o encara, devido à atitude incomum. Ele sempre fica enfurnado dentro de seu escritório, então dificilmente assistiam filmes juntos nas circunstâncias atuais da nova parceria com os Uchihas.

Nesse dia, o Hyuuga teve essa consciência e decidiu que seria uma ótima ideia passar um tempo com sua família.

— Que tal irmos num restaurante hoje? – ele sugere.

Hanabi dá um sobressalto, feliz com a sugestão. Seu pai estava com um ótimo humor.

— Sim! Aonde vamos? – seu tom é completamente animado.

— Veja com Hinata. Vocês decidem.

A mais nova meneia a cabeça em afirmação diversas vezes. Levanta apressada do sofá e segue para a cozinha, a saída mais próxima para o quintal onde Hinata está treinando.

Hiashi sorri e desvia o olhar da pequena somente quando ela some de sua visão.

~

Hinata está vestindo seu kimono e mantém o cabelo preso num rabo de cavalo alto. Há suor escorrendo pelo seu pescoço, tórax e dobras dos cotovelos. Seus pés descalços deslizam pelo material de EVA do tatame durante os movimentos lentos e pisam firmemente quando há explosão do golpe. A garota está treinando alguns fundamentos de kihon kata* para aprimorar sua velocidade e força. Vez ou outra, intercala com treinos aeróbicos ou de força específicos para aumentar seu desempenho. Kurenai lhe passara uma lista de exercícios que poderiam ser usados para os objetivos da Hyuuga.

A morena está concentrada, controlando sua respiração, quando ouve passos na grama. Ela desvia o olhar em direção ao som e encontra sua irmã ali, quase saltitando de felicidade.

— Hina-nee-san, papai disse para irmos a um restaurante hoje e pediu para que eu e você escolhêssemos um.

O sentimento de surpresa atinge a mais velha, que não pode deixar de sorrir. Sua expressão pensativa dura alguns segundos antes dela sugerir:

— Podemos ir ao restaurante novo de obentou que abriu essa semana.

— Aquele perto da escola? – Hanabi pergunta.

— Isso.

— Tá bom. Vou avisar o papai. – antes de dar as costas, a pequena anuncia: – Eu sugiro que você vá se arrumando. Já são quase 18h e você sabe que o papai gosta de sair às 19h.

E ela sai tão alegre quanto chegara, quase correndo para dentro de casa.

Hinata se dá conta de que já está escurecendo que deveria ter, pelo menos, uma hora e meia que estava ali fora. Sua irmã tinha razão e ela agradece mentalmente pelo aviso. A morena perdeu a noção do tempo.

Após juntar os tatames e guardá-los no quartinho da cozinha, Hinata pega seu celular e liga a tela pela primeira vez naquele dia. É quando percebe que há uma mensagem em sua caixa.

Naruto estava a convidando para estudar no dia seguinte, pela manhã, na biblioteca.

A garota digita a resposta e envia ao loiro, subindo para seu quarto logo em seguida para tomar um banho.

Ela deixa o celular sobre a escrivaninha do quarto e segue para o banheiro com um sorriso no rosto, boba com a mensagem fofa que recebera.

[...]

A entrada do restaurante é uma faixada preta com detalhes em vermelho e verde. Há luzes neon brilhando ao redor do nome do local: Konoha Obentou & Sushi Bar.

Hinata está vestindo uma camiseta branca com flores lilás. Por cima, um casaco preto com linhas brancas ao redor dos bolsos, zíper, gola e mangas. Para combinar, usava calças jeans escuras e um sapato preto. Os cabelos da morena estão soltos, caindo por suas costas e pelos ombros. Naquele dia, ela resolvera passar rímel e blush, para realçar a cor clara de seus olhos.

Hanabi está igualmente linda. Seu vestido amarelo de mangas longas vai até a altura dos joelhos, a qual a barra apresenta detalhes em vermelho. Os sapatos em seus pés são igualmente vermelhos. A garota utiliza um arco em seu cabelo, impedindo que a franja caísse sobre seu rosto.

Já Hiashi era o mais formal dali. Utilizava uma camiseta social e sua calça e sapato de reuniões. Qualquer um que olhasse de longe acharia que o patriarca estava vestido com o terno, faltando apenas o paletó.

Os três adentram o local. A iluminação é baixa, a música ressoa num tom suave e há murmurinhos de pessoas conversando. O restaurante está mais cheio do que a mais velha suspeitaria.

Um atendente os guia até uma mesa de quatro pessoas e lhes oferece o cardápio assim que se sentam. Hanabi ficou ao lado de Hinata enquanto o pai, à frente.

Eles estão escolhendo o pedido quando Hiashi ergue o olhar para a entrada do restaurante e levanta a mão, como se chamasse alguém. Hinata estaria convencida de ser apenas o garçom até seu pai comentar:

— Teremos companhia.

Hinata vira para trás, se apoiando na cadeira. Em sua direção, vêm três pessoas: Sasuke e seus pais. A garota oferece um sorriso ao amigo, que retribui prontamente.

Sasuke, Mikoto e Fugaku se aproximam da mesa e começam a conversar com a família Hyuuga. Sem perder tempo, Hiashi os convida para sentar à mesa e jantarem juntos.

Com a ajuda dos atendentes, as mesas são juntadas e todos se sentam. De um lado, os pais, e do outro, os filhos, sendo que Hinata está entre Sasuke e Hanabi.

Para aqueles que estavam de fora, os seis eram apenas duas famílias amigas que desfrutavam de um jantar agradável. Entretanto, Hinata sabia que, para seu pai, aquilo era muito mais importante do que aparentava. Ser mais próximo de Fugaku era um passo importante diante da nova parceria com os Uchihas.

Entretanto, naquela noite, não se preocupou com isso. Tudo correu bem e todos se divertiram. Era um alívio para a garota ver seu pai tranquilo, depois de tantas dores de cabeça.

[...]

Ao voltar para casa, Hiashi sobe para o seu quarto, a fim de tomar um banho antes de dormir. Já Hanabi, apenas se troca, escova os dentes e deita em sua cama.

Hinata, por sua vez, vai para o banheiro, troca de roupa e faz sua higiene bucal. Ao terminar, volta para seu quarto e senta na penteadeira, ligando a pequena luzinha do espelho para não acordar sua irmã. Ela abre a gaveta, de onde tira uma escova, e começa a pentear seus fios de cabelo.

A morena esboça um sorriso insistente em seus lábios. Hinata está feliz. Seu pai está de bom humor, sua noite foi aconchegante e ela veria Naruto no dia seguinte. Além disso, Hanabi ficara super alegre de passarem um tempo em família e também gostara muito de conhecer melhor Sasuke. A mais nova sabia que aquele era o melhor amigo do cara que sua irmã estava apaixonada, então ela não conseguia evitar tamanha diversão.

Assim que termina, Hinata guarda a escova na gaveta e a fecha, se levantando na sequência.

Enquanto caminhava silenciosamente até sua cama, ela se lembra de um detalhe muito importante. A garota volta para a sua penteadeira e abre a segunda gaveta: lá está seu diário, o caderno que sua mãe lhe deu quando ainda era viva.

Ela o pega em mãos e o apoia. Abre na página que parou e, com a caneta que estava junto ao caderno, começa a redigir suas palavras depois de alguns minutos pensando:

“Mamãe,

Hoje foi um dia incrível. Tive tempo de treinar o que a Kurenai-sensei passou essa semana e também organizei algumas coisas no meu quarto. Além disso, tivemos uma noite muito agradável. Eu me sinto tão feliz. Meu pai estava bem. Não falamos de negócios, apesar do jantar com os Uchihas (o Itachi não foi por estar ocupado, mas não sei dizer com o que, achei indelicado perguntar). Foi como um sonho, só faltou você para termos uma noite completa em família.

Agora vou dormir. Amanhã, vou encontrar com Naruto na biblioteca para ajudar com as recuperações e preciso estar descansada.

Beijos com muito amor e carinho,

Hinata Hyuuga”


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Notas finais do capítulo

*kihon kata: a palavra kihon se refere ao "fundamento" ou a "técnicas básicas" (nesse caso, do karatê); já o "kata" significa "luta imaginária" e são sequências de golpes que simulam uma situação de luta real. Para quem tiver interesse, há vídeos no youtube que mostram como é feito e apresentado nas competições de karatê.

~

O que acharam desse capítulo? Ele é muito importante para o que eu quero desenvolver, mesmo que pareça meio parado. Há informações importantes aqui u.u

O que vocês acham que vai acontecer daqui pra frente? Digam-me seus palpites e opiniões, pois estou ansiosa para saber.

É isso, meus lindos! Se cuidem, lavem as mãos, usem máscaras e, pra quem pode, fiquem em casa!

Beijokas e até o próximo capítulo ♥



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