Stories of Survival escrita por Sarah Alves


Capítulo 1
Madhouse


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo! Aqui estou mais uma vez. Para quem está acompanhando minha fic, Walkers, um enooorme obrigado! Voces são divos ♥ Pra quem nem sabe qual é, esse é o link --> http://fanfiction.com.br/historia/522155/Walkers/Esse capítulo 1 irá mostrar o que Cath fez depois de sair do orfanato (onde ela mora desde os dois anos), o que ela pensa, etc. Na verdade, é um capítulo mais curto, sem graça, mas que mostra as opiniões da Catherine. É praticamente um capítulo de ''explicação'' e entendimento.
Booooa leitura e desculpe pelos possíveis erros.

Chase



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Eu ando nessa rua vazia

Na alameda dos sonhos despedaçados

Onde a cidade dorme

E eu sou o único e eu ando sozinho

Caminho sozinha por um bairro onde um dia moravam pessoas felizes. Resolvo passar a noite em uma casa verde, parece estar intacta, isso é bom. Anões de jardim ainda estão em seus postos, como se protegessem todo o bairro. Alguns errantes vagam demoradamente a procura de algum alimento, mas ainda não me veem. Melhor assim.

Ainda há um tapete de boas-vindas. Não posso fazer outra coisa a não ser sorrir. A porta não está trancada, o que é estranho, mas não me importo. Coisas estranhas agora fazem parte da minha nova vida. Ao girar a maçaneta, escuto um clique. Pode parecer um barulho insignificante, mas o som acaba saindo mais alto do que eu pensava, ecoando pela casa. Com certeza os ex moradores daquele lugar eram pessoas malucas. Cada comodo da casa é de uma cor diferente, os móveis são de cores chamativas.

Depois de olhar tudo, vou procurar alguma comida. A geladeira está cheia, porém os alimentos estão todos estragados devido ao tempo. É, já se passaram três anos. Encontro alguns entalados, vencidos a mais de um ano. É o que tenho pra hoje. Arrasto um dos sofás até a porta, esse é coberto por uma capa de zebra. Nunca vi uma zebra pessoalmente, mas não precisa conhecer uma coisa para você se lembrar dela. Puxo as cortinas, coloco uma mesa na porta dos fundos, tranco tudo.

Vou para um dos quartos, preciso descansar um pouco. Na porta, é possível ler as palavras ''Não entre'' escritas com uma canetinha azul. O dono devia ser uma pessoa cheia de segredos. As paredes são cheias de posteres de gente famosa e frases de livros. Consigo reconhecer algumas.

''Não vale apena mergulhar nos sonhos e esquecer de viver.'' Harry Potter... Simplesmente uma das melhores sagas do mundo inteiro. Lembrei do meu aniversário de nove anos, dia em que ganhei esse livro. Saudades desse tempo. Do tempo em que se comemoravam aniversários. Atualmente comemoramos quando conseguimos sobreviver a mais um terrível dia.

Preciso de um banho. O guarda-roupa está abarrotado de roupas, de todos os tipos, para todos os gostos. Ou essa garota era bipolar ou era realmente maluca. Escolho uma calça jeans preta, uma blusa de uma banda que não conheço, deixo uma jaqueta do lado de fora, caso sinta frio e pego um par de botas de montaria. Me direciono ao banheiro, rezando mentalmente para que haja água. Fria ou quente, ainda continua sendo água.

Me olho no espelho e quase levo um susto. Meu cabelo que antes era loiro, agora está num tom acinzentado, meus olhos que antes era vivos, agora estão escuros e fundos. Estou muito pálida, com sujeiras e cortes por todo o rosto, magra como um palito. É impossível sedar ao luxo de estar bonita no meio dessa confusão. Como se algum dia eu tivesse sido bonita.

Tranco a porta. Não consigo me desfazer dos velhos costumes. A água está incrivelmente quente, o que me faz ficar em baixo dela durante um bom tempo. Visto minha nova roupa. Devo ter crescido alguns centímetros, antes as calças de 14 anos ficavam enormes, hoje já estão quase do tamanho das minhas pernas. Pego uma mochila e coloco várias roupas dentro dela, inclusive outro par de botas. Desço e como um dos entalados. Aprendi a gostar deles. São a única comida ''confiável'' agora.

Puxo um pouco da cortina e olho a rua. Está tudo escuro, alguns errantes caminham lentamente pela rua. Subo para o quarto novamente e me permito dormir. É preciso se desligar do mundo de vez em quando, principalmente quando se tem essa oportunidade.

Se estivéssemos a quatro anos atrás, eu demoraria a pegar no sono, estaria pensando na vida, lendo um livro. Agora, com todo esse cansaço que percorre meu corpo, é só fechar os olhos que consigo entrar no mundo dos sonhos. O único lugar onde é possível ser feliz.

— Não! Por que você foi lá fora, diretora Lily? — perguntei em meio as lágrimas.

— Eu tinha que buscar suprimentos, Cath. Eu fui tola. Me desculpe. — ela secou minhas lágrimas — Eu pensei que sabia me defender, mas eu não sei. Eu não consigo viver nesse mundo, meu amor. Eu sou fraca.

— Você não é fraca. Você é forte, sempre foi. — disse enquanto examina a mordida. — Você não pode me deixar sozinha. Não agora. Eu não vou conseguir. Eu vou morrer no momento em que pisar fora do orfanato.

— Não, você não vai. Você tem o seu arco, aliás, — ela retirou uma coisa do bolso e estendeu para mim. — Tome. Pense que essa adaga é poderosa, pense que ela vai te salvar de todos os zumbis que atravessarem o seu caminho, ok?

— Eu não posso aceitar, tia Lily. Essa não era a adaga da sua mãe? Ela é sua, eu não poderia...

— Ela é sua agora, Cath. Eu não poderei usá-la depois de morrer. Você sabe o que acontece quando morremos, não é? Quando eu me for, você precisa fincá-la na minha cabeça. Entendeu, Cath? Na cabeça. Eu não quero virar uma dessas coisas...Por favor, prometa que vai fazer isso por mim? — ela pediu, apertando a adaga em minhas mãos.

— Eu não vou conseguir...

— Sim, você vai. Você vai sobreviver, vai lutar. Me prometa também que vai encontrar um grupo. Me prometa que não vai lutar sozinha. Você precisa seguir em frente, Cath. As pessoas estão morrendo a todo momento, você não pode ser uma delas. — tia Lily me abraçou. Foi um abraço aconchegante, mesmo nessas condições.

— Eu prometo. Eu vou lutar, diretora Lily. Eu vou ficar viva. Por você. Por mim. — a apertei mais forte.

— Seja forte, Cath. Seja fort... — ela disse, fechando os olhos. Fechando para sempre.

— Tia Lily!! Não! — gritei.

Eu teria que cumprir o que eu prometi. Eu teria que matá-la. Não, eu não vou conseguir. Lembrei-me de uma frase que li em um livro uma vez. ''O que os olhos não veem, o coração não sente''. Fechei os olhos e posicionei a adaga na cabeça da diretora Lily. Sei que meu coração vai sentir do mesmo jeito, sei que nada no mundo vai tirar essa cena da minha cabeça, mas essa é minha única escolha. Eu também não quero que ela vire uma dessas coisas que comem gente, ela não merece isso. Afundei a adaga em sua cabeça e, mesmo de olhos fechados, pude sentir seu sangue queimar minha pele. Estava feito.

Até parece que eu conseguiria ser forte.

Acordei com batidas na porta. Ainda estava meio alucinada devido as lembranças, mas depois me dei conta do que estava acontecendo. Zumbis batem em portas? Desde quando? Desci rapidamente as escadas, sem fazer nenhum tipo de barulho e olhei pela cortina. Eram pessoas, pessoas de verdade, vivas.

— Olá? Por favor, você poderia abrir a porta? Estamos sendo alvos fáceis aqui de fora. — pediu um homem de cabelos loiros.

Que escolhas eu tinha? Deixá-los morrer? Esse também era o primeiro grupo de sobreviventes que eu tinha achado em três anos, era um verdadeiro sonho. Resolvi que iria ouvi-los, saber mais sobre eles e depois decidir alguma coisa. Também, eu nem sei se eles me querem no grupo.

— Podem entrar. — disse eu. Minha voz saiu rouca e tremida. Depois de meses sem usá-la, ficou pior do que era antes.

O homem de cabelos loiros entrou, acompanhado de uma mulher ruiva e outra que parecia ser japonesa. No momento em que eles pisaram na sala, senti algo bom. Senti que minha esperança estava renovada, mais uma vez.

— Você está sozinha? — ele perguntou.

— Sim, e vocês? — disse, sentando-me em um dos sofás.

— Nós somos um grupo maior, na verdade. Temos mais ou menos umas quatorze pessoas, incluindo a gente. Eu sou Isabella, mas você pode me chamar de Bella se quiser. — a mulher ruiva falou. — A japa ali é a Maya, ela é meio ranzinza as vezes, mas não se incomode, aos poucos você vai ver que ela é legal.

— Eu sou Gregory. — disse o homem. — E você? Como se chama?

— Catherine, mas podem me chamar de Cath. — respondi, apertando sua mão. Velhos costumes nunca morrem, como eu disse. — Vocês disseram que tem um grupo maior, onde vocês ficam?

— Nós estamos morando dentro de um hotel abandonado. É bem grande e seguro. Achamos o lugar tem uns dois anos e a partir daí não saímos mais. — Gregory explicou.

— Nós estávamos fazendo uma ronda, sabe, procurando suprimentos, quando vi você entrar nessa casa. Graças ao bom Deus esse é um dos poucos bairros que estão intactos. Maya achou melhor esperarmos amanhecer pra vir conversar com você, já que parecia bastante cansada. — informou Bella.

— Já que você está sozinha, seria uma boa ideia juntar-se a nós, não acha? Você parece bem novinha, não sei como ainda está viva. Isso é uma espécie de milagre. — Maya respondeu, depois de muito tempo calada.

— Eu venho me escondendo, me misturando aos zumbis. Não foi nada fácil, mas eu consegui como podem ver. — respondi.

— Então, venha com a gente! Vai ser ótimo morar com você. Lara vai ficar bem feliz em ter alguém da idade dela. — Bella disse. — Afinal, quantos anos você tem mesmo?

— Treze, na verdade.

— Por favor, Cath. Venha com a gente. Vai ser bom pra você. Vai ser ótimo ter mais gente pra lutar conosco. E aí? O que me diz? — Isabella praticamente implorou.

Seria uma boa ideia me juntar a mais sobreviventes. Eu estaria começando a cumprir a promessa que fiz a diretora Lily. Eu estaria lutando em grupo.

— Eu aceito.

XxX

O hotel onde o grupo de Gregory estava era incrivelmente seguro, poderia apostar que nenhum zumbi nunca conseguiria entrar ali. Antes de chegar a parte onde ficava o hotel, tínhamos que passar por cercas de madeira, depois uma cerca de arames (como os de uma prisão), atravessar um portão bastante resistente e só depois chegaríamos a porta principal. Era um lugar onde as pessoas podiam ser felizes, mas o que notei era que a maioria delas tinha expressões de tristeza. Quando Bella me apresentou ao pessoal, eles só falavam bem-vinda e depois saiam de vista.

— Não ligue pra eles, Cath. A maioria das pessoas aqui é maluca. — ela disse enquanto subíamos pelas escadas. — Aposto mil enlatados que na primeira oportunidade que elas tivessem de morrer sem dor, todas elas aceitariam sem pensar duas vezes.

— Mas, por que elas são assim? Elas não devia ter um pouco de esperança, Bella? — perguntei.

— Esse era o certo a se fazer, já que existe aquele velho ditado ''a esperança é a última que morre'' — ela explicou, fazendo as aspas com os dedos. — A esperança de todos eles já morreram, então ficam andando por aí, se ocupando com qualquer coisa. Esperando a morte chegar, como diz Maya.

— E você? Ainda tem esperança? — quis saber.

— Acho que Gregory, Maya, Lara e eu somos os únicos que ainda acreditam que podemos sobreviver. Eu não acredito que haja cura pra isso tudo, não sou tão idiota assim, mas acredito que posso viver até o fim. — disse ela.

— Quem é essa Lara de quem você tanto fala? — perguntei a ela.

— Ela tem a sua idade, acho. Lara chegou aqui com sua mãe, Aline. Antes de morrer a mãe dela pediu para que eu protegesse sua filha, sabe, levou uma mordida enquanto fazia uma ronda. — falou. — Trágico. Lara disse a ele que iria sobreviver custe o que custar, que iria lutar. Esse pensamento faz com que ela seja uma garota esperançosa.

— Entendi. — respondi num tom triste.

— Não fique triste por ela, Cath. Lara é uma garota feliz, apesar de tudo. Coisas tristes acontecem todos os dias. — ela disse, abrindo uma porta. — Chegamos ao andar do seu quarto. Você se incomodaria em ficar no mesmo dormitório que ela? Não que o hotel esteja lotado, mas é melhor ficarem todos juntos.

— Claro que não. Como você diz, vou me dar bem com ela, espero. — ergui os lábios, de um jeito brincalhão.

— Ela deve estar lá em baixo brincando com alguma coisa. Depois que voce deixar suas coisas no quarto, eu te levo até ela. Mas antes preciso conversar com Gregory sobre a fogueira hoje a noite. — explicou Bella, deixando-me no quarto.

Já ia perguntar a Bella sobre essa tal fogueira, mas quando me virei ela já não estava mais lá. No quarto tinham duas camas de solteiro. Um estava toda arrumada e a outra com cobertores espalhados, que presumi serem de Lara. Coloquei minha mochila encima da cada que estava organizada e dei uma olhada pela janela. A vista não era das mais belas, a não ser que você seja fã de zumbis.

— Oi! — exclamou uma garota que tinha acabado de entrar no quarto.

Seus cabelos eram pretos e lisos, sua pele era branca, como se nunca tivesse visto o sol. Ela era da minha altura, talvez alguns centímetros a menos. Tinha olhos escuros, da cor dos cabelos. Lembrava um pouco a branca de neve. Sorri ao me lembrar da época em que lia essa história para as crianças do orfanato.

— Oi! Eu sou a Cath. — respondi, retribuindo o sorriso que a menina me oferecia.

— Eu sei. A garota nova. Eu sou a Lara. — ela falou, se aproximando.

— Alguém já te disse que você parece muito a branca de neve? — perguntei, querendo puxar assunto. Ela revirou os olhos enquanto se sentava na cama.

— Todo mundo fala isso. Pelo menos a princesa é bonita. — exclamou Lara.

— Se é. Eu posso dormir aqui nesse quarto com você? — hesito um pouco, não sabendo a resposta que ela poderia me dar. Ela percebe meu nervosismo e sorri mais uma vez.

— Larga de bobagem. Tem dois anos que eu não encontro ninguém da minha idade. Essa é a melhor coisa que aconteceu comigo depois de muito tempo. — Lara olhou pensativa para a janela. — O que acha de irmos brincar lá fora?

— Lá fora você quer dizer lá fora...? — perguntei, referindo-me a parte desprotegida do hotel.

— Eu não sou tão louca assim. Maya achou uma cadela em uma das rondas, brinco com ela no hall de entrada mesmo. Vamos? — acho que ela reparou minha expressão de felicidade, porque simplesmente me puxou escada a baixo.

Um cachorro em meio a isso tudo? Não pode ser possível.

Ao chegarmos lá, percebi uma caixinha de papelão encostada na parede.

— Dolly! — Lara chamou, sentando-se no chão.

Uma cachorrinha de pelos castanhos saiu da caixa e venho saltitando ao encontro de Lara. Parecia ser uma filhote, mas a garota me explicou que não, o motivo dela ser tão pequena era porque a raça de Dolly não ficava muito grande.

— Por que você escolheu esse nome pra ela? Sabe, uma marca de refrigerantes. — perguntei, acariciando o pelo macio da cachorrinha.

— Minha mãe gostava muito dessa bebida, ela dizia que era a melhor do mundo. — ela pareceu não se abalar ao falar da mãe. — Ela é a única lembrança boa que eu tenho, sabe? Então, por que vou ficar triste ao lembrar de uma coisa boa?

É, fazia sentido.

— O que é a noite da fogueira? — pergunto, não resistindo a curiosidade que surgiu novamente.

— O inverno nessa região é muito rigoroso, então Gregory resolveu fazer uma fogueira nas noites mais geladas. Isso começou depois que uma das pessoas que estavam morando aqui, morreu de frio, literalmente, ela morreu. Então ele não queria correr mais esse risco, dando origem a noite da fogueira. — explicou a morena.

Ficamos brincando com Dolly durante um bom tempo, até que Bella me chamou para conhecer o restante do hotel. Lara resolveu vir junto, ainda com a cachorrinha nos braços. No lugar havia uma pequena horta, que oferecia alguns alimentos, para o caso de acabarem os entalados. A cada lugar novo que conhecia, fui percebendo que lá eu poderia ser feliz, ter uma vida de novo.

Quando escureceu, Gregory acendeu a famosa fogueira e todos comeram seus entalados em volta dela. Alguns contaram suas histórias, interagindo-se comigo. Todas eram terríveis. Chegou o momento que eu tive que contar a minha. Hesitei um pouco, mas depois que comecei a dizer, as palavras foram fluindo normalmente.

''Eu fui deixada em um orfanato aos dois anos de idade. As únicas coisas que sabiam sobre mim era o meu nome, que havia sido escrito em uma carta. Nunca quis saber sobre meus pais verdadeiros, se eles não quiseram saber de mim, eu também não pensaria neles. Os tempos foram passando, eu crescia rapidamente, assim, sendo descartada por todas as famílias que apareciam querendo adotar uma criança. Um casal jovem me levou para passar um dia em sua casa, gostaram de mim, me deram presentes, mas no final não me adotaram. O mesmo aconteceu com uma mulher. Ela me levou para dar um passeio pela cidade, não parava de dizer o quanto eu me parecia com a filha que ela havia perdido, vitima de um câncer. No final ela percebeu que ninguém nunca iria preencher a lacuna que sua filha havia deixado, então não me adotou. Depois disso, ninguém me quis. Eu já estava com nove anos, as pessoas não adotam crianças dessa idade.''

''Quando tudo isso começou, a diretora do orfanato resolveu que iria cuidar de todas nós. Tínhamos um estoque grande de comida, que durou durante dois anos, mas quando os suprimentos acabaram, as garotas foram morrendo. Nenhuma delas teve coragem de fugir ou sair para conseguir mais alimento. No final só sobraram a diretora e eu. Um dia ela saiu para buscar enlatados em uma loja próxima, mas foi surpreendida por um grupo de zumbis e acabou levando uma mordida no ombro. Acabei ficando sozinha.''

''A partir de então, fiquei sozinha. Andando de casa em casa, me misturando aos zumbis, agindo como eles. Nunca encontrei nenhum grupo de sobreviventes, então estava a própria sorte. Foi quando Gregory, Maya e Bella me encontraram e aqui estou.''

Quando terminei, percebi que não tinha lágrimas nos olhos. Eu lembrava disso tantas vezes que acho que me acostumei. Não era nenhuma novidade para mim. Algumas pessoas me encaravam com expressões tristes, as mesmas que estavam quando cheguei. Lara ainda afagava a cadelinha Dolly, esquentando-a em seus braços. Gregory e Bella estavam de mãos dadas, percebi que eram namorados. Pelo menos ainda existe amor para algumas pessoas.

Depois que a fogueira foi apagada, me dirigi ao quarto. Nem esperei Lara chegar, caí na cama e dormi profundamente. Entrando novamente no meu mundo, onde eu poderia sonhar e pensar que isso tudo era um terrível pesadelo.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Sempre quis ter uma casa doida assim -U-
(SPOILER)
Pra quem lê a Hq, esse é o Gregory, o Gregory do Alto do Morro.
A música do começo do capítulo é Boulevard Of Broken Dreams, Green Day.

Bjs, Sarah.



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