Who You Love? escrita por Sky


Capítulo 26
She Can't Die


Notas iniciais do capítulo

Ola olá, sei, demorei demais, desculpem...
Boa leitura.



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...

– EMILY! – Ezra afastou Emily, impedindo-a de encostar em Alison – Você não pode encostar nela, pode piorar ainda mais o estado dela, você pode machuca-la! – Emily chorava nos braços do amigo tentando soltar do mesmo –

– Eu não posso perde-la Ezra! Não posso! – gritava enquanto deixava a dor emocional transparecer em sua lagrimas, olhou para Hanna que parecia está paralisada olhando a garota que havia atingido. Emily soltou-se de Ezra e pegou a arma que estava no chão, logo apontando para a loira –

– EMILY! ABAIXA ESSA ARMA – pediu o garoto – Em, você só vai ferrar com sua vida se atirar em Hanna, Alison precisa de você ao lado dela e não atrás das grades – Emily continuava apontando a arma para a loira, que por sua vez parecia não se importar –


– Vai Emily atira! Assim acaba de uma vez por todas com isso, e acaba vingando a família Marshall pelo o que fiz com Jenna, atira! – pedia Hanna chorando –


– Não, não vale a pena... Você vai ter que conviver com essa culpa! – a morena largou a arma no chão, logo ouvindo a sirene da ambulância se aproximando –


Hanna não ajudou sequer Caleb que ainda estava desmaiado, assim que ouviu a sirene correu sem ser impedida por Ezra ou Emily, a morena voltou seu olhar para Ezra que estava chorando ao lado de Alison.


– Ezra... o que... EZRA! – Emily chamou atenção do garoto que olhava para Emily procurando palavras para informar o que havia acontecido –


– Em... ela não estava respirando... – respondeu abraçando a garota. Os paramédicos entraram logo abaixando para verificar a garota ao chão –

– ELA ESTÁ SEM PULSO! – gritou um dos paramédicos –

– FAÇA ALGUMA COISA! – gritou Ezra –


Os homens trouxeram oxigênio e começaram a massagear o peito de Alison com cuidado para não danificar ainda mais as costelas, que estavam claramente fraturadas.


– Voltou! Ela precisa entrar em cirurgia urgente, ela não tem muito tempo – respondeu para os dois garotos – E este que está a chão? – perguntou o outro paramédico –

– Esse está bem, eu cuido disso! Eu vou leva-lo e encontrar sua mãe, você vai com eles – pediu Ezra –

Emily entrou na ambulância ainda chorando ao ver Alison tão limitada, a respiração falha, toda vez que a loira demorava um segundo para respirar, causava calafrios em Emily.


– McCoy! Acelera! Não temos muito tempo, ela não vai aguentar! – gritou o homem ao motorista da ambulância, sabia que duas vidas estavam em perigo, o da garota na maca e o da morena que não parava de chorar ao lado –

– Ei, você vai ficar bem. Eu preciso que você fique bem Ali, lembra quando você disse que seríamos como Derek e Meredith de Grey’s Anatomy? Que seriamos o casal mais sexy da medicina, e que iriamos ter nosso próprio hospital? – Emily sorriu fraco ao lembrar – Eu preciso que isso se realize Ali, mais do que isso, preciso que seja você a realizar isso. Não me deixa, eu amo você... – Emily falava como se Alison fosse acordar e responder ao seu comentário –


– Chegamos! – os dois paramédicos abriram a porta e correram com Alison na maca – EMERGENCIA! – gritava eles entrando no hospital –

– O que temos aqui? – perguntou um médico aparecendo lado da maca e andando junto com os paramédicos –


– Nós a perdemos por cerca de dois minutos, fratura nas costelas e uma bala alojada na clavícula – informou ao médico –


– Enfermeira, beep a Dra. Calbeg para sala de cirurgia, agora! Eu tomo conta daqui para frente – respondeu o médico entrando em uma sala mas antes impedindo Emily de entrar – Senhora, você não pode entrar aqui, é da família? –

– Ela é minha namorada! – respondeu a morena –

– Ela vai entrar em cirurgia agora, vou fazer de tudo para salva-la, mas preciso que você aguarde na ala de espera. – pediu ele entrando na sala e deixando Emily ainda aérea sobre tudo que estava acontecendo –

Emily não soube ao certo como conseguiu caminhar até a poltrona mais próxima, suas pernas tremiam assim com as mãos, seus olhos estavam vermelhos e a cabeça parecia que havia sido atingida por uma marreta, não sabia que um ser humano era capaz de derramar tantas lagrimas como ela estava fazendo, fechou os olhos lembrando da última conversa que havia tido com Alison quando ela estava sã, ela havia acusado a loira, havia discutido com ela e quando Alison disse que estava desistindo, ela nem sequer pediu para que ela ficasse. Agora Alison estava entre a vida e a morte, e ela não podia fazer nada, absolutamente nada. Se arrependeu amargamente de não ter falado “Eu te amo.” “Eu não quero viver sem você.” “Você mudou a minha vida.”, deveria ter falado isso e tudo que estava guardado em seu peito, culpava-se pelo seu orgulho maldito que impediu-a de falar toda vez que Alison sorria e dizia que a amava. Emily nunca foi uma garota muito religiosa, mas diante da situação a única coisa que poderia fazer era pedir por uma ajuda divina, pediu até que se fosse possível trocasse de lugar com ela, porque a verdade era que ela daria tudo para que Alison ficasse bem, inclusive a sua própria vida, porque no final, para Emily, amor é quando você imagina seu futuro e a primeira imagem que aparece é a da pessoa amada, e um futuro sem Alison era algo que Emily não conseguiria imaginar, e muito menos querer.


...

– Então, já sabe o que fazer não é? – perguntou Ezra parando o carro e puxando Caleb pela gola de sua camisa –


– Tenho escolha? – perguntou o garoto resmungando –

Ezra entrou na delegacia levando o garoto até o delegado que havia falados com ele e Emily mais cedo.

– Você de novo garoto?! – perguntou sem paciência –

– Encontramos Alison, delegado. E adivinha, ela foi espancada e levou um tiro, está entre a vida e a morte no hospital, se vocês tivessem feito o trabalho de vocês isso não teria acontecido! – respondeu Ezra não se importando se seria preso por desacato, jogou Caleb no chão próximo ao homem – Fala, agora! – mandou –


– Eu sequestrei Alison, mas não fiz nada com ela – Caleb não iria levar toda a culpa –

– Nomes, rapaz! – o delegado pegou o garoto pelo o braço e o sentou na cadeia –

– Hanna, Hanna Marin – respondeu diante dos homens presentes – Foster! Eu quero essa garota aqui até o final do dia! – o delegado começou a fazer perguntas à Caleb e Ezra –


....

– ONDE DIABOS VOCÊ ESTAVA, HANNA?! – Hanna subiu para seu quarto não dando a mínima para sua mãe – HANNA! – Hanna abriu seu guarda-roupa e tirou todas as roupas colocando-as sobre a cama – Hanna, fala comigo! – Ashley pegou o braço da filha e a fez encara-la –


– Vamos mudar, mamãe – respondeu a loira –

– O que você fez Hanna?! O que você aprontou? Hanna... – Ashley olhou para as mãos da filha que estavam com fragmentos de sangue – Hanna... isso é sangue? – Hanna não respondeu e voltou a tirar roupas de seu armário –

– Mamãe, não temos tempo para perguntas bobas. Precisamos ir embora –

– Não, não dessa vez Hanna... – Ashley não conseguia imaginar que sua filha havia feito algo de ruim com outra pessoa novamente, deixou o quarto da filha chorando pela a decisão que teria que tomar –


– 911, qual sua emergência? – Ashley sentiu um nó em sua garganta se formar, ouviu a mulher repetir a pergunta mais uma vez, precisava fazer o que era certo –

– Tem uma assassina em minha casa – respondeu Ashley chorando –

– Fique calma, senhora. Estamos enviando viaturas para seu endereço, esconda-se em um lugar seguro – Ashley desligou o telefone sentindo uma dor sufocante em seu peito –


....


– Meu amor! – Pam correu e abraçou sua filha, vê-la naquele estado deixava Pam mil vezes pior do que estava, Emily estava um caos, tanto fisicamente com emocionalmente – Olha para mim, vai ficar tudo bem, Alison é uma menina forte e tenho certeza de que ela não iria deixar você, ela não seria capaz disso – respondeu Pam, beijou o rosto de sua filha que parecia ter esgotado sua cota de lagrimas, estava calada e apenas balançava a cabeça quando sua mãe falava algo confortante. Pam deixou sua filha com os amigos e foi até a sala aonde dava para assistir a cirurgia para ver como estava o andamento, como trabalhava no hospital tinha acesso a sala –


– Em, você precisa descansar. Vamos, eu te levo até seu apartamento, você toma um banho, come alguma coisa e descansa um pouco. Depois voltamos – pediu Ezra sentando ao lado de Emily, Aria sentou-se em uma poltrona longe da amiga –


– Eu... eu não posso, tenho que está aqui quando ela acordar. – respondeu Emily olhando fixamente para o corredor aonde Alison desapareceu, esperando ansiosamente para que alguém trouxesse notícias boas daquela porta –


– Em... – insistiu o garoto –

– Não Ezra, não! – Emily elevou seu tom de voz recebendo olhares desaprovadores dos que estavam ali –

– Ei, o que você acha que está fazendo? – Aria se aproximou com uma postura bem imponente, Emily apenas franziu as sobrancelhas em questionamento – Você precisa descansar Emily! Eu sei que deve está doendo, mas você não pode fazer nada, deixa os médicos fazerem o trabalho deles, essa cirurgia não deve acabar tão cedo. Vai tomar um banho e descansar, se tivermos notícias dela, não hesitaremos em ligar. – Ezra olhava atento para cada movimento de Emily ao ouvir as palavras de Aria, de repente a morena levantou-se parecendo não gostar muito das palavras da garota –

– Você entende? Como você entende, Aria? Ninguém entende o que estou passando, o que estou sentindo, então não venha me dizer que entende! Você deve estar feliz com isso tudo, nunca gostou da Alison mesmo, deve estar torcendo para que ela morra naquela sala de cirurgia, nunca apoiou o meu relacionamento com ela. Então, por favor, não venha me confortar e dizer que sente muito, quando na verdade não dá a mínima! – Emily deixou Aria sem palavras, a morena estava cansada, com dores, e sangrando por dentro, só queria uma notícia boa e não mais um motivo para começar a chorar. Emily resolveu tomar ar, indo para fora do hospital. Ezra abraçou a namorada, confortando-a –

– Ela só está de cabeça quente, amor. Não fique magoada – pediu Ezra ainda abraçando a garota, que sentia uma leve ponta de culpa com toda situação –


Emily levou as mãos ao cabelo, sentindo-se exausta da angustia que estava passando, sentou-se em um banco próximo ao jardim, fechou os olhos e sentiu o vento passar sobre sua pele fazendo-a estremecer com o frio, não sabia ao certo que horas eram, mas as estrelas já estavam aparecendo no céu escuro, o tempo passou tão rápido, porém a cirurgia parecia demorar uma eternidade. Não pôde deixar de lembrar de uma das vezes em que havia estado em um hospital junto a Alison, e em como havia prometido algo a ela...


– Aonde dói Ali? – perguntou uma garotinha de oito anos, com lágrimas nos olhos –


– Minha perna dói, Em... e minha cabeça – respondeu a garotinha de cabelos dourados e olhos cor de céu – Mas a tia Pam disse que eu ficaria bem, ela é a melhor – Emily sorriu ao ver que sua mãe era uma espécie de herói –


– Quando eu crescer vou ser médica, assim vou poder cuidar de você para sempre. – respondeu Emily sorrindo para a amiga que estava deitada na cama de hospital –


– Mamãe disse que “para sempre” é só nas histórias Em. – respondeu Alison entristecendo. Se “para sempre” só são em contos de fadas, e contos de fadas não existem, então quer dizer que Emily não ficaria ao seu lado –


– Enquanto eu viver eu vou proteger você Ali, não vou deixar ninguém te fazer mal – respondeu Emily beijando o rosto da amiga, Alison fechou os olhos e sorriu para a amiga, sentia-se segura perto de sua melhor amiga –


Sem ao menos perceber, as lágrimas voltavam a tomar conta de seu rosto, o frio de NY estava começando a incomodá-la, respirou fundo, enxugou as lágrimas com a manga de sua blusa e entrou novamente para o hospital. Aria ainda estava abraçada a Ezra, sentados juntos no pequeno sofá da sala de espera, Emily sentou-se na poltrona isolada de todos e voltou a olhar para o caminho que Alison desapareceu, viu sua mãe caminhar em direção à eles, e endireitou-se na poltrona.


– Alguma notícia, mamãe? – Emily levantou-se ansiosa –


– Está sendo uma cirurgia difícil, querida. Ela sofreu vários golpes, o tiro, a costela fraturada, eles estão fazendo o impossível naquela sala – Pam não conseguiu se manter firme e deixou sua voz lhe enganar, logo aparecendo suas lágrimas, Emily abraçou sua mãe com medo de que tudo desse errado –

– PAM! – as duas se separaram ao ouvir uma voz conhecida –


– Jessica, querida! – Jessica saiu do avião e já foi direto para o hospital, Pam havia lhe informado sobre o sequestro e a mulher não pensou duas vezes antes de voar para NY – Eu preciso que você fique calma, okay? – Pam soltou Emily para abraçar sua amiga – Ali já está em cirurgia, em menos de quatro horas já teremos alguma notícia – Pam ajudou Jessica a sentar-se ao lado de Emily –

– O meu bebê, como isso aconteceu? Quem faria uma crueldade assim com Ali? – Jessica chorava enquanto Emily passava sua mão sobre as costas da mulher, confortando-a –


– Jessica, vai ficar tudo bem. Ali é uma mulher forte, e ela ainda tem muito o que fazer nessa vida, ela não vai nos deixar – comentou Emily recebendo um sorriso fraco de Jessica. Era a primeira vez, durante aqueles acontecimentos, em que Emily escondia sua dor e preocupação no bolso para se manter firme para alguém –

– Vocês ainda têm que me dá netinhos – respondeu Jessica, tirando sorrisos de Pam e Emily. A jovem morena abraçou Jessica e sussurrou que tudo ficaria bem –


...

– Mamãe, o que você está fazendo, cadê suas malas...? – perguntou Hanna logo se dando conta da presença de policiais na sua casa – Mamãe... – Hanna olhou para sua mãe em questionamento –


– Desculpa meu amor... – respondeu Ashley entre lágrimas –


– Hanna Marin? Você está presa por ser cumplice no assassinato de Samara Cook, e pelo sequestro de Alison DiLaurents – respondeu o policial algemando a garota –

– Você não pode me prender, sou menor de idade – respondeu a garota sorrindo –


– Você não irá para prisão, Srta. Marin, mas garanto que aonde irá ficar, não será muito agradável – respondeu o homem de bigode encaminhando Hanna até a viatura – Sra. Marin, preciso que me acompanhe também – pediu –

– O que você fez, mamãe? – perguntou Hanna com medo de onde aquilo tudo iria dar –

...


– Graças a Deus! - Emily levantou-se e esperou ansiosamente o cirurgião chegar até ela e os demais que estavam ali -

– Por favor, fale alguma coisa - Jessica tomou a frente e perguntou, sentindo seu coração parar a cada suspiro do cirurgião -

– O estado de Alison era muito delicado, a costela quebrada perfurou sim o pulmão, causando um dano enorme. - o cirurgião olhou para sua colega de trabalho, Pam, a mulher fechou os olhos reconhecendo aquela expressão. - Conseguimos tirar a bala, Alison perdeu muito sangue... -


– Ela está no quarto? Posso vê-la? Prometo não ficar muito tempo - pediu Emily com um sorriso trêmulo, Pam foi até sua filha e a abraçou sabendo o que viria a seguir -

– Alison teve uma parada cardíaca e não conseguimos reverter a situação, fizemos o que podemos, mas ela não resistiu... - Jessica sentou-se não acreditando nas palavras que acabara de ouvir -


– Não! NÃO! Ela não pode estar morta, Ali não morreu... Ela não pode morrer... - gritava Emily enquanto era abraçada por sua mãe -

– EMILY! EMILY! -


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Notas finais do capítulo

Emison Shippers, não surtem.
Bjors, o próximo sai na semana.
Bjors