Beautiful and Dangerous escrita por Rory Gilmore


Capítulo 12
11. Promessa


Notas iniciais do capítulo

Realmente espero que estejam gostando, tenho tentado trazer a maior quantidade de elementos de BC para a história como por exemplo envolvendo outros personagens e suas histórias de vida. Em breve teremos outros conhecidos chegando.



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Lila estava incondicionalmente nervosa. Finalmente chegara o dia da grande apresentação, ela e Macon haviam passado horas ensaiando suas explicações no dia anterior. Ficaram acordados até tarde checando os mínimos detalhes do trabalho escrito e verificando se não havia nenhuma falha nos cartazes que haviam feito.

–Você está nervosa? – perguntou Macon enquanto assistiam a dupla antes deles se apresentar.

–Não. – sussurrou ela tentando enganá-lo.

–Mentirosa, eu sei que está. – disse ele.

Por debaixo das mesas Macon pegou sua mão trêmula e a apertou gentilmente. A dupla que se apresentava no momento falava sobre a Primeira Guerra Mundial, Lila não conseguia ouvi-los com atenção, embora o tema sempre tivesse sido de seu interesse, pois no momento ela estava muito ocupada temendo que eles terminassem sua apresentação e ela tivesse de tomar seu lugar e falar para a classe toda.

Mesmo depois de toda a preparação que tivera, uma onda de vertigem ainda a atingia ao pensar em falar para que todos ouvissem. Sabia que era idiotice e sabia que se um dia se tornasse uma professora de História teria de enfrentar classes assim diariamente, porém ainda assim estava apreensiva.

Sobretudo, não queria decepcionar Macon. Ela tinha certeza de que ele se sairia perfeitamente bem, de que sua voz não falharia e de que demonstraria tamanha confiança em si mesmo que impressionaria a todos os alunos automaticamente.

A dupla a sua frente falou por mais dez minutos e depois o professor chamou os seguintes. Eles. Vendo seu pavor Macon pegou sua mão que ainda estava entrelaçada à dele e a beijou, depois deu-lhe um meio sorriso e sussurrou:

–Você vai se sair maravilhosamente bem. Não se preocupe.

Separaram as mãos e caminharam até o tablado no centro da sala. Seus cartazes haviam sido pendurados previamente, assim não precisaram se preocupar com eles.

Macon começou a apresentação contando como desenvolveram sua pesquisa e depois introduzindo o assuntou. Ele falou alto e claro e foi ouvido com atenção por toda a turma. Quando chegou a vez de Lila falar ela imitou sua compostura e tentou fazer com que sua voz não falhasse, explicou parte por parte o que havia pesquisado, que fatos novos sobre a Guerra ela descobrira.

Alternaram entre si as partes necessárias para a compreensão de todos e depois terminaram mostrando seus cartazes. Foi um alívio para Lila ouvir a turma aplaudir quando a apresentação acabou.

–Viu? – sussurrou Macon para ela – Você não morreu.

Ela revirou os olhos.

Engraçadinho. – resmungou.

Voltaram para seus lugares e assistiram a ultima apresentação do semestre, depois todos os alunos, que estavam mais alegres do que nunca, saíram como jato da sala de aula, felizes por estarem livres para o feriado do Natal.

–Vai para a casa de seus pais na sexta-feira? – perguntou Macon enquanto andavam pelos corredores lotados da universidade.

–Vou. – disse ela – Se eu não fosse minha mãe nunca me perdoaria. E você, vai seguir meu conselho e ir à Nova Orleans?

–Eu não sei. – admitiu ele – Não é que eu não queira ver minha família, pois quero. A verdade é que nós não comemoramos o Natal e então não tenho o mesmo motivo que você para ir até lá.

Lila assentiu e abraçou seus livros apoiando o queixo neles.

–Bem, eu sei que você não comemora o Natal, mas... O que você diria se eu dissesse que tenho um presente para você?

Macon ergueu uma sobrancelha.

–Eu diria que também te comprei algo.

–Então é melhor eu ir até o dormitório buscar seu presente. – ela sorriu – Eu te encontro no seu apartamento em uma hora?

–Combinado.

Lila foi até seu dormitório vazio. Marian já havia se livrado de todas as matérias que cursava e já devia estar em casa curtindo um belo fim de tarde no inverno. Ela rapidamente pegou o presente de Macon e o colocou dentro da bolsa, depois por puro hábito checou se todas as janelas estavam fechadas e então saiu.

Já havia escurecido quando ela deixou o dormitório. Ia em direção ao apartamento do namorado quando ouviu aquela maldita voz arrogante atrás de si.

–Então, Lila Jane, diga-me o que acontece entre você e meu irmão.

Dessa vez ela não parou para ouvir Hunting como quando ele aparecera há um tempo. Agora ela sabia o que ele era e sabia o perigo que corria estando perto dele. Tudo o que tinha de fazer era chegar perto do apartamento e não teria mais nada a temer. Macon a protegeria, espantaria o irmão idiota e poderiam trocar seus presentes de Natal como planejado.

Ela ouviu os passos rápidos dele se aproximando e apressou-se mais.

–O gato comeu sua língua, garota? – perguntou ele rindo.

Lila sentiu cheiro de cigarros e se atreveu a olhar para trás vendo que Hunting tinha um aceso entre os dedos enquanto a perseguia.

–Vá embora! – gritou ela.

–Eu vou, depois que você me responder o que está havendo entre você e meu irmãozinho Macon.

–Não está havendo nada. Agora me deixe em paz.

Ela se preparou para virar a esquina que daria na rua sem saída onde ficava o apartamento, mas não foi capaz de fazê-lo, pois Hunting foi mais rápido. A fim de impedi-la de chegar até o irmão ele se desmaterializou e apareceu na frente da moça, depois agarrou seus braços e a prensou contra o muro.

–Eu estou com fome, Lila Jane e seu sangue de repente me pareceu apetitoso então diga-me o que você tem a ver com Macon e eu lhe darei uma morte razoável.

Hunting sorriu e seus caninos apareceram, eram mais afiados dos que ela imaginara. Alguns dias atrás tentara ser engraçadinha ao fazer uma piada com Macon sobre o Drácula e quando ele não riu ela não entendera o porquê, mas agora o compreendia perfeitamente.

–Eu não... – ela tentou dizer no momento em que o Incubus foi jogado para o lado.

Ela olhou na direção de Hunting, porém ele não parecia ferido, na verdade estava rindo, quase gargalhando. Lila olhou então na direção de seu protetor e viu a fúria nos olhos de Macon.

–Ah, certo! – exclamou Hunting – Eu estava prestes a roubar seu jantar, desculpe-me irmãozinho, mas não achei que você já estivesse sentindo esse tipo de fome.

–Hunting eu juro que se você encostar nela de novo...

–Então o que Macon? O que fará comigo? Diga-me. – ele soltou outra gargalhada – É bom que você esteja planejando matá-la agora que já nos expos ou o papai vai ficar muito zangado.

Lila tremeu com a ideia. Sabia que Macon jamais a machucaria, mas temeu o que seus familiares fariam com ele se este não se tornasse mais um esperado Incubus de sangue da família Ravenwood.

–Saia daqui Hunting! – gritou Macon.

O garoto Ravenwood mais velho se levantou e limpou os jeans surrados que usava, depois aproximou-se do irmão e ficou cara a cara com ele.

–Já estou de saída, Macon, mas não diga que eu não te avisei. Se aniversário é em junho o que quer dizer que você tem pouco mais de seis meses até a Transformação e começará a mudar aos poucos. A luz do sol vai te incomodar, você verá os sonhos dos Mortais, sentirá seus desejos e acima de tudo começará a ansiar por sangue. Aceite isso, você não é da Luz e nunca poderá ser. Essa aí, - ele apontou para Lila com a cabeça – será com toda a certeza a sua primeira vitima.

O rapaz se desmaterializou e deixou Macon paralisado no lugar. Lila correu até ele.

–Jane... – ele a puxou para seus braços e a abraçou apertado, depois beijou seus cabelos – Você está bem?

–Sim. Vamos entrar, vamos sair daqui.

Entraram no apartamento e Lila acendeu a lareira. Macon estava sentado no sofá ainda um pouco estressado por causa do irmão. Relutantemente ela se levantou e tomou o lugar ao lado dele.

–Eu odeio que ele jogue essas coisas na minha cara. Como se eu precisasse ser lembrado do que sou!

–Está tudo bem, Macon. Ele disse apenas o que sabe, mas eu reconheço que você pode ser algo diferente, confio em você sei que jamais me machucaria por vontade própria.

–Lila, você não sabe disso! – insistiu ele.

Ela se aproximou e deitou a cabeça em seu ombro.

–Eu sei que farei o que for preciso para que você continue a ser o meu Macon. Esse rapaz gentil e belo que tanto me encanta. Se desejar sangue e não puder se conter ficarei feliz em dar-lhe o meu.

Macon riu, mas foi uma risada seca.

–Como você consegue ser tão inteligente e tão tola ao mesmo tempo, Jane?

Ele pegou seu rosto em suas mãos e cariciou sua bochecha com o polegar.

–Eu jamais tomaria seu sangue e espero jamais beber o de ninguém. Uma vez um Incubus de sangue, sempre um assino cruel. Seguirei seu conselho lutarei contra mim mesmo, mas me prometa que você jamais fará uma estupidez como esta de me deixar machucá-la.

Lila mordeu o lábio pensativamente.

–O que eu quis dizer com essa expressão que você nomeou tola, Macon, é que se você precisar eu estarei aqui. Nos tempos bons e ruins. Nas dificuldades e nas felicidades. Não vou deixar que você passe por isso sozinho. – disse ela determinada.

Ela aproximou seu rosto do dele e então colou seus lábios nos de Macon. Ele não deixou que ela o beijasse por muito tempo, a afastou rapidamente e depois pegou um embrulho que estava em cima da mesinha de centro.

–Feliz Natal, adiantado. – ele lhe deu um sorriso torto.

Lila abriu o embrulho e encontrou uma caixinha de veludo.

–Você sinceramente tem que parar de me dar joias. Vai acabar com seu dinheiro.

Então ela abriu a caixinha e ficou realmente surpresa. Ela amara o colar, mas este não tivera o significado que o presente contido ali. Dentro da caixinha havia um anel com três tipos de metais precisos entrelaçados, uma fita dourada, uma prateada e uma rosada.

Ela colocou o anel e olhou para ele maravilhada.

–Isso quer dizer que estamos em um compromisso? – perguntou ela.

–Jane, eu não posso te prometer um compromisso, mas essa é uma promessa de amor, não de casamento.

–Eu te amo, Macon.

–Eu também te amo. – disse ele – Mais do que eu deveria.

Ela balançou a cabeça para o comentário e retirou da bolsa seu próprio presente, entregando-o a ele. Macon abriu o pequeno embrulho e depois ficou olhando para ela, talvez pensando se deveria rir de tamanha coincidência.

–Olhe, - começou ela – Eu não comprei isso em uma loja cara e nem nada, mas eu não conseguia pensar no que você poderia querer ganhar e então eu fui até a cidade e achei isso e...

Macon a calou com um beijo e Lila riu em seus lábios antes dele soltá-la.

–Eu adorei. Obrigada, Jane.

Ele virou o anel prateado entre os dedos, observando-o, mas Lila o pegou de sua mão e lhe mostrou a parte interna dele onde havia mandado gravar suas iniciais.

Ali dentro estava escrito: M. R. & L. E.

–Vou guardar isso comigo até mesmo no dia em que você não for mais minha.

–Macon... – ela balançou a cabeça sem querer que ele começasse a falar as mesmas coisas de sempre.

Ele pegou a mão dela na sua, ambas usando os anéis que haviam acabado de ganhar um do outro. Macon a levou até os lábios e beijou os dedos delicados de sua amada.

–Eu sei que não quer ouvir. – afirmou ele – Porém sabe que esse dia chegará e tem de manter isso na sua mente.

Lila olhou para as mãos ainda entrelaçadas e depois ergueu a cabeça, falando com uma determinação quase profética:

–Esse dia não chegará se eu puder impedir. – disse ela – E se um dia acontecer de eu ter que me separar de você, eu prometo Macon, parte do meu coração sempre será sua. Até mesmo quando ele parar de bater.


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Notas finais do capítulo

Agradeço a todas as visualizações. Todo e qualquer comentário será muitíssimo apreciado.