Lucy acordou à uma da manhã com alguém chacoalhando seus ombros com tanto desespero que só podia ser para uma emergência. Já estava completamente acordada em segundos; nunca demorava a acordar, de qualquer forma.

– Natsu? – chamou, consciente de que só ele balançaria seus ombros com tanta força, sem se importar em como poderia machuca-la. Oh, não, isso provavelmente nem passava pela mente do Dragon Slayer. – Aconteceu alguma coisa? – sentou-se na cama, já puxando suas chaves de baixo do travesseiro e esfregando os olhos. A de Aquarius ainda estava ali, quebrada e remendada com cola mágica.

– Não, Luce. – Natsu a acalmou, sorrindo. Ok, agora ela estava confusa. – Feliz aniversário! – abraçou-a, sorrindo.

Ah, era isso? Lucy ficou feliz que o Dragneel tenha se lembrado, mas estava cansada. Naquele dia, ela achava que o modo mais apropriado de comemoração seria um descanso de vinte e quatro horas. Sem brincadeira. – Muito obrigada, Natsu, mas é meia-noite e acho melhor que nós irmos dormir.

– Não, Luce! – ele a impediu de dormir novamente. – Eu trouxe presentes!

Bem,issochamou sua atenção. Sorriu, feliz pela afeição que um presente de aniversário representava. – Não precisava...

– Claro que precisava, Luce! – ele falou, como se ela fosse a idiota. – É sua compensação por ano passado eu ter feito aquela, hã, mancada.

Mancada? Ah, sim. No dia em que ela aniversariava, ele tinha partido em mais uma missão procurando por Igneel. A teoria era que, já que dali a uma semana era aniversário da partida de todos os dragões, os dragões estivessem mais por perto naqueles dias. – Você tinha que procurar Igneel, não tem problema algum. – ela o tranquilizara, depois dele ter descoberto, um mês depois de sua partida, que ele estivera ausente durante o aniversário da maga estelar.

– Eu já disse que você tinha que procurar Igneel! Você não fez nada de errado... – ela resmungou, contrariada. Mas seu companheiro de time não deu ouvidos para o que a garota dizia. Ao contrário, ele empurrou um cordão para ela. – O que é isto? – segurou-o entre os dedos, perguntando-se se não estava imaginando coisas. Natsu lhe dando um cordão? Bem, isso era estranho.

– Para a chave de Aquarius. – ele explicou, coçando a nuca, meio envergonhado. – É uma corda mágica, ela não molha, queima, ou se rompe. Achei que você gostaria...

A Heartfillia, assim que entendeu completamente o significado da escolha do presente, sentiu lágrimas brotando em seus olhos. – Muito obrigada, Natsu! – abraçou-o, chorando e agradecendo-o repetidamente. A “morte” de Aquarius não tinha sido totalmente superada, mesmo depois de tantos meses desde então. O presente continha um significado emocional muito grande.

– Heh, - ele sorriu aquele sorriso confiante, passando os braços pela cintura de Lucy. – Fico feliz que tenha gostado.