Bom, não sei se deveria fazer isso. Não sei se você realmente se importa, provavelmente não. Estou certa o bastante para saber que você só fez isso por curiosidade, apenas. Espero que de vez em quando você me responda só pra eu não me sentir tão ignorada.
Eu acho que deveria me apresentar formalmente, mas creio que, com o tempo, se você realmente ler o que eu escrever, irá me conhecer aos poucos. Talvez até mais do que eu mesma me conheço... Espero não te decepcionar... Espero que no fim disso tudo, você ainda esteja aí. Se eu tivesse alguém para falar, não viria até você. Não quero que me entenda, pois você é um homem e eu... Uma menina... Não vou te obrigar a se importar com o que escrevo. Só preciso que me escute. Preciso que me ouça, que me deixe entrar em sua mente...
Já não confio em mais ninguém. Você é a ultima pessoa em que deposito a minha confiança... Não a jogue fora. A certo tempo percebo que me observam. Eles não me deixam em paz, pelo amor de Deus, me ajude. Eles não querem ir embora, não querem ir...
Estou apavorada, eles estão aqui para me levar. Eu já sei o que acontece no final. Eu e você sabemos. Não deixe que me levem. Por favor, não quero ir com eles, por favor... Por favor...

Primeiro e ultimo e-mail enviado por Judy Chelinger, para o seu psiquiatra Hans Mackaney, um dia antes ao seu desaparecimento em 26 de Outubro de 2012.