Duas Mulheres escrita por Tina Granger


Capítulo 17
Cap 17


Notas iniciais do capítulo

presente de dia das mulheres...



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Severus olhou disfarçadamente para a mesa da Grifinória, ficando preocupado que o horário do café estava acabando e Victoria não havia aparecido. Antes que um ato impensado de sua parte acontecesse, madame Pomfrey apareceu e sentou-se ao lado dele, que estava na ponta esquerda da mesa.

— Bom dia, professor Snape. – ela o cumprimentou gentilmente. Serviu-se de chá com leite, que era diferente do que vinha para a enfermaria.

— Bom dia, madame Pomfrey.

— Estou feliz que o tenha visto agora. -  tomou um golinho, antes de pegar um biscoito. – Aquelas poções que o senhor faz, para dores de cabeça extremas, poderia fazer mais algumas?

— Algum aluno idiota andou tomando firewisky?

— Não acredito que a senhorita Sanders se enquadre nessa categoria. Ela esta nesse momento na enfermaria, dormindo, por essas poções. Eu, por mais que saiba fazer essa poção, não entendo a sua obsessão por fazer todas as poções para essa menina.

— Perdi uma aposta para a mãe da menina, madame Pomfrey. E como não paguei para a maldita Cavendish faço pela menina.

Pomfrey ergueu as sobrancelhas, como se tivesse dúvidas do que ele falara.

— O que? – ele questionou, sem entender o súbito interesse.

— A senhorita Sanders tem idade para ser sua filha, Snape. Por favor, lembre-se disso. – Pomfrey então ficou visualizando o que tinha na mesa. – Pode me alcançar os ovos?

Samara andava, enquanto olhava os quadros com atenção. Como mesmo Jorge... ou teria sido Fred... tinha dito que era a pintura? Tropeçou e quase caiu, segurando-se nas paredes, quando viu um dos elfos domésticos, que os ruivos haviam lhe falado que estariam pela escola.

— Boa noite. – ela cumprimentou, sorrindo. Os olhos do elfo, começaram a encher-se de lágrimas.

— Senhorita... – ele secou as lágrimas, como se não pudesse chorar. – como Dyndy pode ajudar a senhorita?

— Eu estou procurando a cozinha... Eu estou louca para comer um arroz com feijão mas não tem do jeito que eu gosto... – Samara tentou explicar-se, antes que Dyndy falasse.

— Dyndy faz a comida para a senhorita.

— Ótimo! Eu espero ficar pronta enquanto conversamos... se bem que o feijão não dá pra comer hoje... mas tem bife, batata frita e arroz? Eu como e seleciono o feijão pra cozinhar para amanhã!

— A senhorita não precisa fazer nada, Dyndy faz para...

— Eu gosto, juro! Ajudava a minha mãe a fazer e só não faço mais porque estou aqui... mais deixa eu ajudar... POR FAVOR! – Ela colocou a mãos juntas.

Ao entrarem na cozinha, os elfos estavam fazendo o jantar. Samara cheirou o ar, o barulho do estomago roncando...

— Dyndy pega comida para a senhorita! – ele ofereceu-se, mas ela negou.

— Primeiro limpar o feijão... acho que um quilo com a vontade que estou de comer feijão, encaro até sopa de feijão com massa, que não gosto muito. Mas tem feijão? – ela pediu, como se lembrasse daquele pequeno detalhe naquele momento.

Dyndy olhou para a menina com certa apreensão.

— Senhorita...

— A senhorita quer feijão para que? – Kay, uma elfa doméstica que parou o que estava fazendo para atender a jovem estudante, questionou. Não gostava que os elfos de Severus, simplesmente andassem pelo castelo, vigiando os passos de alguns alunos. Mas não gostar e informar ao dito aluno eram coisas diferentes.

— Para limpar. Tem que deixar de molho para cozinhar amanhã.... Mas não com os temperos que colocam habitualmente aqui. – Samara falou sem perceber a confusão que estava criando.

— Que temperos a senhorita quer que eu coloque? – Dyndy deu uma olhada feia para Kay.

— Alho, salsa, cebolinha, sal. E no arroz somente sal, ele tem que ficar branquinho... Eu faço do jeito que quero, não tem problema.

— Senhorita, não acho que seja adequado... – Dyndy começou a falar, sendo interrompido por samara.

—Quero ajudar.... Por favorzinho? – Samara lançou um olhar de cachorrinho a Dyndy, que mordeu os lábios.

— Kay entrega os feijões para a senhorita ajudar. – Kay falou, ignorando a cara feia de Dyndy.

— Obrigada Kay! – Samara sorriu e se abaixou, abraçando Kay com força.

Dyndy fez um som de desprezo. Samara se voltou para ele, com uma expressão de curiosidade no rosto.

— Algum problema? – Samara pediu, com uma sobrancelha erguida.

— A senhorita não deveria fazer nenhum trabalho de cozinhar.

— Bah, bobagem. Escuta, eu não sei fazer coxinha e gostaria de comer, outro dia. Será que teria como fazer?

— Coxinha de frango? Assada ou frita?

— A de massa.

Dyndy e Kay se olharam.

— Dyndy não sabe, senhorita. – dyndy começou a bater-se, castigando a si.

— Ei. Para por favor! – Samara pegou os braços de Dyndy, impedindo que ele continuasse a se bater. – Eu peço pra minha mãe e depois a gente aprende a fazer junto que tal?

Lágrimas surgiram nos olhos de Dyndy, antes que ele engolisse em seco.

— Dyndy deveria fazer as coisas para a senhorita, não a senhorita fazer com Dyndy...

 

Samara soltou um gemido, enquanto levava a mão a testa. Sons não tão indistintos assim, começaram a ser escutados. Madame Pomfrey enxotava alguém da enfermaria...

— Por favor, senhor Longbottom, senhor Creevey e senhor Evans! Eu não vou acordar a senhorita Sanders agora, só porque vocês três querem que ela vá com os três para algum lugar!

— Mas madame Pomfrey, a Samara passou o dia inteiro dormindo! Ela vai perder justamente a coisa que ela organizou tudo!

— Alguém autorizou essa “coisa”?

— O diretor Dumbledore. – Denis e Markus falaram junto. Neville ainda estava por fora exatamente do que ia acontecer, Gina, Denis e Markus se recusando a explicar. Quando questionara Luna, ela havia lhe dito que não iria lhe contar, porque ele provavelmente contaria a Colin. Ao pedir a Colin, ele estava muito triste, mas dissera não saber de nada.

Harry, Hermione e Rony? Aparentemente sabiam menos que ele. Neville percebeu que Samara estava com os olhos abertos, fazendo uma careta de dor enquanto os fitava. Ele sorriu para a garota, que respirou fundo antes de começar a sentar-se.

Neville tentou aproximar-se, mas foi afastado com um olhar cortante de Madame Pomfrey.

— O que eu disse, se não estão doentes não tem direito de estarem aqui. Vao para o jantar...

— Madame pomfrey. – Samara a chamou.

— Você deveria acordar daqui uma hora, como esta se sentindo querida?

— Melhorou bastante, mas ainda sinto um pouco de dor de cabeça, além de sede.

— Óbvio, que ia sentir sede. – Pomfrey aproximou-se dela, com uma jarra transparente e um copo. Depois de servi-la, Pomfrey colocou a mão na cabeça de Samara, testando a temperatura. – sem febre... ótimo. Quer um pouco de sopa, para comer?

— Eu não estou doente, só estava com dor de cabeça. – samara falou, tirando o lençol de cima de si. Jogou as pernas para fora da cama, não reparando na cara levemente zangada de Pomfrey. – por que os três estão aqui ao invés de estarem na sala que tivemos aula com o Harry?

— O plano deu certo. – mark informou, com um sorriso.

— Beleza. – Samara socou o ar. – E como o Colin está?

— Está deprimido, trancado no banheiro do dormitório, revelando as ultimas fotos que tirou. – Denis falou, estreitando os olhos.

 - E eu não estou entendendo nada. – neville cruzou os braços.

Samara ergueu as duas sobrancelhas, antes de encarar Denis e Mark.

— Achem o diretor Dumbledore e o levem até a sala combinada.

— Por que nós temos que fazer isso? – Denis e Mark protestaram juntos.

— Quatro palavras. – ela falou, antes de erguer a mao e pausadamente, a cada palavra pronunciada, erguer um dedo. – Snape. Bêbado. Dançando. Cancan.

— O que? – Neville ficou de queixo caído. Pomfrey suspirou. Pelo visto, deveria passar mais um sermão em Samara, pelo desrespeito a Snape. Denis e Mark suspiraram.

— Você bem que podia esquecer isso, não podia Samara?- Denis pediu.

Quando Samara começou a erguer o minguinho, os dois grifinórios reviraram os olhos.

— Quando foi pra me fazer de trouxa, vocês não tiveram piedade. Por que teria isso com vocês agora?

— Daria para alguém me explicar essa conversa doida? – Neville reclamou, sendo encarado com seriedade pela morena, que abriu a boca, mas como se lembrasse de Pomfrey, a fechou imediatamente.

— Eu não quero sopa, mas vou ir comer. Se não tiver problema, o Neville vai me acompanhar. Obrigada e até o ultimo do mês.  – Samara sorriu, antes de levantar-se de vez. Deu um ultimo aceno, antes de sair da enfermaria, empurrando os garotos.

Pomfrey bufou levemente. Além da aparência, Samara aparentava ter a mesma cara de pau de Cassandra quando era para sair da enfermaria.

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— Eu já disse. Vocês vão atras do diretor e vao até a sala.

— Mas samara...

— Na hora de me sacanearem, a dupla de dois não teve piedade! – samara acusou, os olhos negros brilhando furiosos. – Agora não querem pagar a conta?

Colin bufou.

— Você vai parar de cobrar isso da gente?

— Vou. Um dia. não sei quando. – ela sorriu brevemente,  fazendo os dois suspirarem.

— Isso é maldade. – mark resmungou, antes de Colin dar de ombros.

— E acha que a filha do snape seria caridosa?

— Ou vocês vao agora... ou eu vou mostrar o quanto posso ser filha do Snape. – Samara falou em tom frio. Os dois cruzaram os braços, como se a estivessem desafiando. Samara sorriu de canto, antes de pegar a varinha. – vão arriscar?

Colin pegou o braço de mark, antes de arrasta-lo de perto da enfermaria. Samara riu perante a atitude do amigo.

— Você depois reclama quando te chamam assim. – Neville chamou-lhe a atenção.

Samara deu de ombros.

— Já que tenho a fama... acho melhor deitar  e roncar na cama.

— Samara...

— Escuta, Colin deve ter passado uma merda de dia. – ela o interrompeu. – eu convenci o povo, que era para fingir que tinham esquecido que era o dia do aniversario dele... por sorte, temos que comemorar que o harry e a Hermione estão de volta, mas eu quero tirar o meu amigo do banheiro, onde deve estar chorando, por conta que ninguém... tipo, ta certo que os pais não teriam como lembrar, mas ele AVISOU semana passada que hoje era aniversario dele. Pensei que uma festa surpresa seria o melhor presente de maneira geral.

— Para mim você não falou nada.

— Quando eu fui falar com você, me chamou de imatura, orgulhosa, cabeça dura e também...

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Snape se encaminhava a enfermaria, queria ver a filha antes que ela acordasse. Estava no corredor, quando escutou a voz de victoria. Ela falava com alguém e ao escutar a resposta, ele fechou a cara. Ele sabia que victoria e longbottom mantinham uma relação de ódio, porém, ao escutar um breve sorriso se estendeu nos lábios do ex-sonserino. Pelas fofocas que havia escutado, a filha havia mesmo engatado um romance com Zabini, ele não precisaria se preocupar com Longbottom.

 Resolveu escutar a conversa... era tão raro escutar a filha estranhamente feliz...

— Desculpe.- longbottom falou, suspirando. – acho que foi aquela nossa ultima briga.

— Ultima não, porque brigamos mais vezes. E depois...

— Samara, daria para lembrar que o colin está no quarto, como você diz lamentando que não está comendo bolo? Alias, se você quiser fazer uma festa surpresa para mim no meu aniversario, eu aceito, antecipadamente.

Victoria RIU!  Snape trincou os dentes, ao fazer a curva e ver a filha abraçando Longbottom.

— vou pensar no seu caso. Brigadeiro eu até garanto, mas não bala de coco, olho de sogra e bolo de chocolate.

— Não vai ter bolo de chocolate? – Longbottom fez uma cara de pidão.

— Vai, mas como não vai ser eu a assar... Vai estar delicioso!

Como voce organizou?

Bom, primeiro pedi autorização pro diretor Dumbledore. Gina estava ainda na pendencia de assumir ou não o namoro com o Doninha... mas tirando isso, disse q era uma comemoração envolvendo membros de todas as casas. Eu pedi se ele liberava o Dyndy e a Kay, para fazerem os doces e salgados da festa... Bom, como o fotógrafo é o próprio aniversariante, agora temos que ir tirar ele do banheiro... e tentar não ser boca grande pra ele não se animar muito.  Ele so pode ver que tem festa na festa.

Maldosa. – nevile deu um beijo na testa dela. – quer que eu arrombe a porta para voce?

Sei usar minha varinha, mas a hora que precisar abrir um de pote de pepino vou aceitar o oferecimento. – ela BEIJOU a bochecha de neville.

Snape não conteve-se e pigarreou. Os adolescentes o olharam, se soltando do abraço. Neville tinha uma expressão resignada, enquanto Victoria, assim que o olhou, demonstrou uma imensa raiva, no olhar.

Posso saber o que estão fazendo aqui? – snape pediu friamente. Victoria revirou os olhos, antes de responder.

Estávamos conversando, antes de ir comer. Com licença, professor Snape. – ela pegou a mão de Neville, antes de começar a puxa-lo.-

— Eu gostaria de tirar uma duvida, senhorita sanders. suas notas em pocoes não são exatamente o que alguém que ambiciona ser medi-bruxa deveria ter. o que pretende fazer da vida se não conseguir os NOM´s e os Niem´s necessários?

Neville e Samara não conseguiram deixar de ficar de boca aberta. Samara recuperou-se rápido. Deu um sorriso antes de falar.

— Se o professor em poções que tenho é incompetente para ensinar, eu não tenho culpa. Respondendo a sua pergunta, eu já tenho planos, se não conseguir as notas necessárias. Mas como eles não são da sua conta... pode me tascar uma prova surpresa na próxima aula, só para poder escrever “você é incompetente”.  – Samara falou com arrogância, erguendo as sobrancelhas. – ah, antes que eu me esqueça: obrigada pela poção de dor de cabeça. Mas pode parar de fazer, com certeza as poções de madame Pomfrey tem efeito mais duradouro.

— Garota arrogante! – ele não conteve-se.

Samara deu um sorriso.

— Segundo minha mãe, uma macieira produz maçãs e não bananas... o que eu concordo com ela. – deu um novo sorriso irônico, antes de puxar novamente neville, disposta a ignorar alguma nova provocação.


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Notas finais do capítulo

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