É tudo culpa sua escrita por Beilschmidt


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Hallo, Ciao~ Veh~ Olá pessoa que lê.Esta fanfic foi feita como Spamano para minha diversão apenas, mas a reescrevi para uma grande amiga, Clarisse, não sei o nick dela aqui, entschuldigung t-t, como estou postando aqui as fics do Spirit claro que esta não passaria em branco, enfim. Gute lese



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Verão.

Sua estação favorita, e sabia que teria um belo sol durante o dia inteiro. Aproveitou e veio a Veneza, na Itália, para uma visita ao Feliciano e seu irmão, que estava de passagem, e fora recebido calorosamente, apesar da cara feia e dos palavrões de Lovino. No trajeto para a casa do italiano tiveram que aturar o sermão do ser emburrado que carregava quase todas as malas do espanhol, já vergando com tamanho peso. Porra, quem carrega essas toneladas, de talvez blocos de cimento, por aí? Ainda mais em um avião, imagina se caísse! Tinha que ser esse bastardo dos tomates mesmo, mais alegre que um faminto Feliciano ao entrar em um restaurante de massas pela manhã.

–Quando vamos pegar a gôndola [1]? – olhou o relógio no pulso direito, era horário de almoço e já começava a ter a sensação de estar derretendo – Estou com fome.

–Idiota, nós já viemos de vaporetto [2], quer mais do que isso? – resmungou Lovino.

–Ve~ Mas já chegamos a minha casa. Rua Vecchia San Giovani, eu moro ali, perto da Calle Galeazza.

–Hey, eu soube que Vicent também está aqui em Veneza com a Bella, você sabe onde estão hospedados Feli?

–Sim, daquele lado direito tem a Rua dei Orefici, pegue ela direto e você dá na Ponte Rialto. Eles estão em um hotel que fica ali na margem do Grande Canal, se quiser posso te levar lá depois. Ve~

–Gracias, Feliciano, agora vamos almoçar. Estou com muita fome e não vou esperar você fazer pasta, eu posso pagar um restaurante só me dizer onde tem um aqui perto.

–Pastaa~ mas é claro.

O almoço fora tranquilo, apenas Lovino que não estava presente, tinha ido deixar as malas na casa do irmão e saiu para paquerar garotas. Na saída do restaurante viram Bella e seu irmão desembarcando de um vaporetto, a belga sorria satisfeita pelo dia que tivera, ao enxergar o espanhol saiu em disparada e se jogou nos braços dele como quem não o via a mais de dez anos.

–Antônio você por aqui? Resolveu aceitar o convite do Feli-chan? – disse apertando a bochecha do italiano que sorria entre seus “ve~” – Eu e Vic estamos de férias e viemos por causa do clima, e me apaixonei por este lugar.

–É realmente adorável, sempre quis conhecer Veneza, mas eu estava tão afogado no trabalho que não conseguia.

–Digo o mesmo. – disse Vicent, estava cansado, também pudera a loira já estava de pé desde cedo e arrastará o pobre da cama, e agora já tinha tirado milhares de fotos e mais fotos do irmão assim que passaram pela Praça de São Marco, porque ela queria ver a Basílica.

–E você Feli? Comeu muita pasta?

–SI! Muito.

–Que bom. – agarrou o braço do holandês guardando a câmera na bolsa rosa que ele carregava – Eu estava pensando em comprar uma casa aqui para podermos passar as férias, ou sei lá, morar.

–Per che? Cansou-se da Bélgica?

–Morei lá por quase dez anos, eu queria morar na Espanha mesmo, mas acho que estou resolvida. – olhou o relógio no pulso – Olha o horário. Vamos Vic, tenho que fazer as compras mais tarde.

–Sim. Até mais Feliciano, Antônio.

–Até.

–Ciao Vic, ciao Bella!

O dia estava cada vez mais quente, agora só faltava implorar por um banho, mas só depois de Feliciano ter passado em uma banquinha de alguma feira e voltar com um enorme pacote de tomates. “É para a pasta do jantar, aposto que Lovino não comprou hoje cedo. Teremos pasta ao molho pomodoro [3]” disse.

Ao chegarem o espanhol deixou as sacolas com os tomates em cima da mesa e foi ver se as malas estavam no quarto, que lhe fora indicado para se hospedar, ou se tinham ido parar no Grande Canal, porque é difícil lidar com o humor de Lovino. O italiano cuidava do jantar, pasta, pasta e mais pasta, e cantarolava Tarantella napoletana [4]. Hora ou outra lambia uma colher com molho.

Os dias passavam, e a belga e o holandês visitavam os irmãos todos os dias, isso quando não eram eles a ser visitados. Conversavam sobre tudo até que um dia, o estoque de notícias acabou a menina já dormia no sofá no colo de Lovino, também adormecido, enquanto Antônio papeava com Vicent sobre coisas banais. Até que uma hora os dois ficaram em silêncio se olhando.

–Tem alguma coisa na minha cara? – o holandês perguntou ao estranhar o sorriso que brotou de repente nos lábios do moreno.

–Tem sim.

–Onde?

–Aqui. – apontou algum ponto dos cabelos loiros.

Pulou no outro com uma rapidez o agarrando pela gola da camisa e o beijando, quase caíram por cima de Bella e Feliciano. No primeiro vacilo do espanhol, Vicent escorregou por baixo de alguma almofada e imobilizou o pobre do Antônio.

–Você disse que tinha algo no meu cabelo.

–E tinha, mas escorregou para sua boca. – a cara de pau estampada na face marota dele deu ao loiro a vontade de esfrega-lo no tapete.

–Mas que…

O soltou e virou para uma janela, um vaporetto e algumas gôndolas. Aquele moreno o tirava do sério de vez em quando, mas gostava de tê-lo por perto. Esses conflitos internos que tinha o deixavam tão confuso que às vezes queria sair por aquela porta, correr pelado pela Ponte Rialto e se jogar na água imitando um unicórnio de Arthur. E essas ideias idiotas que lhe assaltavam o deixavam mais furioso com o espanhol, ou seja, era tudo culpa dele. Os tomates, os waffles [5] deliciosos da irmã, o terremoto no Japão, o namoro de Gilbert e Lili, os conflitos na Síria, aquela massa preta que Arthur diz ser scone [6] comestível, e até mesmo a desvalorização do Euro era culpa dele, tudo, TUDO!

–É tudo culpa sua.

–Que? Mas o que eu fiz?

–Eu te amo, e isso é tudo culpa sua.

–Claro, porque se não fosse você amaria a quem?

–Sei lá, o Arthur? O Scott? Até mesmo Ivan.

–Mas você me ama, logo eu existo, se eu existo você ficaria encantado por me conhecer, claro que se apaixonaria por mim. Eu também te amo, então é culpa sua também, porque se você não existisse eu amaria a Bell…

–Fica calado ou te jogo no Rialto dentro de um saco de tomates, espanhol idiota.

O puxou para mais um beijo, Antônio sorriu, era culpa dele sim por aquele amor, mas também sua por corresponder.

No dia seguinte Francis caiu da cama, nu e sonolento com um Feliciano mais que alegre do outro lado da linha. Ouvirá apenas algo sobre “Antônio e Vicent”, “beijo e briga” “tomates e feliz”. Já sabia que isso aconteceria, só estava frustrado por não ter dado uma de cupido, afinal, era Francis Bonnefoy.

–Poxa Feli, você devia ter me dito antes. E Bella? Como aquela formosa garota está?

–Ve~ Bem e está com meu ir… kya!! – foi ouvido ruídos, poderia ser alguma lutinha, e logo a voz de Feliciano ao fundo aos soluços – Isso foi rude Lovi.

–O que você quer com a minha garota, idiota do vinho?

–Bonjour para você também Lovino.

–Ela é minha, não pense na Bella, não sonhe, não cheire, não respire ela, nunca mais olhe nem para os cabelos dela. Entendeu, cazzo?

–Olha o palavrão garoto. Hunf, assim você parte meu coração.

–Vai all’ inferno você e seu coração.

O telefone foi atirado pela janela, quicou na traseira de um vaporetto que passava e submergiu na água. Feliciano fez seu escândalo pelo celular e ficou no tapete babando, logo Ludwig ligaria e com certeza morreria de preocupação se o italiano não atendesse. Antônio tentava ampara-lo e recebia olhares raivosos de Vicent e a loira mimava seu Lovino com alguns waffles cheios de mapple [7]. O sol a pino e a bagunça naquela casa só aumentava. Mas como dizia o holandês. “É tudo culpa de Antônio”

Fim


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Notas finais do capítulo

Notas: [1] Gôndola: Barco de pequeno porte utilizado no transporte de pessoas, com o vaporetto ao alcance da população, ele tem sido pouco procurado, mesmo que ainda seja utilizado para mais para funerais, casamentos e também na época de carnaval. Um barqueiro quem conduz o barco utilizando uma enorme vara, se quiser conhecer os canais mais estreitos eles são uma boa opção. [2] Vaporetto: Barco motorizado que comporta grande quantidade de pessoas, é como se fosse um ônibus em Veneza, já que quase não se tem movimentos de carros. Com um único tiquete você pode usar mais de um vaporetto por dia. [3] Molho pomodoro: Molho que acompanha massas, aves e outros tipos de pratos. É feito de azeite, sal, manjericão, e tomates pelados, mas dependendo do gosto de cada um a receita será diferente. Eu já fiz aqui em casa e ficou uma delícia ♥ [4] Tarantella napoletana: http://www.youtube.com/watch?v=U-xsosv6uM0&hd=1 Essa musiquinha que de vez em quando toca em propagandas de pizzarias ou em novelas. [5] Waffles: De origem belga, é uma massa que é prensada em uma máquina de ferro própria com furos, pode ser servida com calda de mapple ou chocolate, dependendo do seu gosto. Aqui no Brasil temos os biscoitos waffles, aqueles compridinhos, de morango, limão etc. [6] Scones: Um pão rápido, bastante consumido na Inglaterra. É apreciado mais pela sua textura, pois a manteiga que é adicionada na massa é em cubos. [7] Mapple: O tão famoso xarope de bordo. É feito de uma folha bastante comum no Canadá, tanto que é símbolo de sua bandeira, lá se usa o xarope em tudo, desde o waffles até café e chás. Um substituto do açúcar. Hallo :3Gostou? Que bom, fiz com carinho e trouxe aqui para o Nyah também, t-t não costumo shippar o casal, repito, foi feito para ser Spamano, mas por amor a Clarisse eu o readaptei ♥Danke por ler!



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