Creed Future escrita por maestria


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

É uma nova versão de um capítulo já postado anteriormente em outra fic. Espero que gostem, não esqueçam de comentar e deixar seu gostei :3
Vwl. Flw.



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"O sol nasce mais uma vez, e colore o céu não tão limpo como gerações atrás. As pessoas se levantam não tão felizes como gerações atrás. O mundo gira e se revira, mas nunca fica do jeito certo." Pensa a pobre jovem rica de 19 anos ao levantar de sua cama na sua suíte Queen, em seu palácio Castanno na costa do rio Arebien no sul caribenho.

Ao levantar, nota o jato particular descendo no pátio na ala norte de sua humilde residência. Estava se atrasando. O tempo de reclamações já havia passado. Chegara a hora de se preparar para mais um lindo dia como "Lady Beatrice".Após um banho rápido e uma passadinha no closet, está pronta para seus afazeres.

Bia era o tipo de garota que gostava de fazer o que quer sem se importar com ordem de terceiros.

Ela odeia receber ordens.

Infelizmente não era ela quem decidia o que aconteceria com sua vida. E sim seu padrinho e responsável durante os últimos 12 anos de sua vida, Hans. Desde o assassinato de seus pais, Hans tomou o total controle de sua vida. “Você é o exemplo, deve ser uma imagem de inspiração para os jovens, não deixar que suas mentes se percam nesse mundo enlouquecido.”

Mas as palavras ditas pelas barras da prisão perdem o charme.

-Aí está ela, minha linda enteada.

Bia adorava ter seu quarto invadido, era tão reconfortante saber que não tinha privacidade. E seu tio parecia fazer isso muito bem...

-Adorei o colete e o salto, mas esse vestido curto daria uma má impressão para a mídia. Coloque o rosa florido, é meu favorito querida.

“Curto é a minha paciência” Pensa ela indo para o closet. E ela está certa, como algo no meio do joelho pode ser considerado curto nos dias de hoje? A solução era colocar algo no meio da canela, extremamente antiquado.

Havia algo no modo que ele falava “querida” que não soava bem.

- Assim está melhor Hans?- Disse ela contendo o deboche.

-Muito. Vamos, hoje vai ser um dia cheio de afazeres. - Disse ele saindo apressado do quarto, e Bia o seguiu calada.

- Primeiro temos que...

Ela parou de ouvir, nem se importava com o que tinha que fazer nesse dia ruim, só se importava com a noite, essa prometia muito.

Nos corredores do palácio conseguia ver as pinturas e bustos de mármore onde os maiores pensadores antigos a cercavam com aqueles olhos vazios. Quadros que cobriam as paredes entrava em contraste com a pintura creme do castelo, fazendo com as cortinas azuis se tornasse tão brilhantes como o rio ao longe da paisagem. As altas abóbodas que se formavam no teto e seguravam os lustres de cristal eram puros enfeites, já que a fiação foi trocada e as paredes tinham sensores de luminescência que tornavam brilhantes conforme a luz que vinha das janelas.

Apesar da péssima companhia, Bia gostava de sua casa, adorava andar pelos corredores, visitar os salões e as bibliotecas. Eram tão charmosos como na época em que foram construídos, só que com um ou dois detalhes modernos que completavam a obra. Sentia-se como na renascença naquele ambiente, um outro tempo, com seus encantos e desencantos.

Hans já via tudo por outra óptica, achava tudo aquilo uma grande bobagem. Para ele coisas velhas eram para juntar poeira, apenas atrasavam o progresso, por isso passava suas noites em Nova York sempre que podia, mas nunca era o suficiente para Bia.

-Então, entendeu tudo? Arina e Dimitre vão lhe ajudar com as tarefas do dia. Querida? Beatrice você está me ouvindo?!

-Uhm... Quê?...Sim tio, claro. Farei tudo com atenção.

-Se for à mesma atenção de agora vai acabar destruindo a festa inteira.

“Festa?!”

-Hehe...- Ela corou por um instante.

-Arina e Dimitre vão te levar para o centro para a prova final do vestido. – Ele se aproximou tanto que ela podia sentir o perfume amargo de ameixas e cravos, e começou a falar tão baixinho que arrepiou a espinha- Não quero ser forçado a tomar medidas mais drásticas á seu respeito, então continue sendo essa boa menininha inocente e fora do meu caminho.

-Sim, my Lord- Disse ela com uma reverencia exagerada e um sorriso desafiador.

-Agora vá, não se atrase... E sem mudança de planos - Disse ele rapidamente voltando à face de tio bonzinho (que ele claramente não era).

Ela saiu em direção ao carro estacionado, entrou no banco de trás e esperou Arina e Dimitre se acomodarem enquanto via seu desprezível tio entrando na mansão novamente, indo fazer sabe-se lá Deus o que. Sorte que seu Quarto não permitia a entrada de ninguém sem sua presença (faz parte de um dos muitos ajustes que foram feitos no palácio antigo).

-Está tudo bem my Lady?- Pergunta Arina em uma tentativa de puxar conversa

-Sim, claro. Vamos logo ou ele pode voltar aqui...

-Sim, my Lady.- Concordou Dimitre

Arina é uma bela menina, também, filha de um duque e sua “dama de companhia”, tendo acesso aos maiores requintes, assim como Bia. Possui cabelos longos e castanho com alguma mistura muito sutil de prateado, o que faz seu cabelo se tornar intrigante. Ela gosta de usá-lo como um rabo simples atrás e normalmente usa saias e sapatilhas de clores claras, que tornam sua pele parda mais realçada. Sempre com maquiagens neutras e batom vermelho sobre saindo seus olhos quase brancos e lábios bem desenhados.

Bem Contrário a Dimitre, um jovem alto, loiro com os olhos verdes-mar e que se sentia muito bem de vermelho. Ele é como um melhor amigo, praticamente insubstituível. Hoje ele estava com jeans claros, uma camiseta branca e uma camisa xadrez vermelha e azul marinho por cima. Seus cabelos formavam um topete simples e ele sempre usa seu colar templário escondido dentro da camiseta, como se quisesse que ninguém soubesse disso.

A mais pura verdade.

-Então meninos, onde vamos hoje?- Bia tenta puxar assunto.

-Hahaha... Você realmente não prestou atenção no que seu tio disse não é? Vamos ao centro agora para fazer a prova de seu vestido e depois as aulas de dança, canto e poesia e por ultimo artes. Então terá a tarde para leitura e estudo afins e as 18h00min começam os preparativos da festa.

E se inclinando para o banco da frente ela sussurra com um jeito travesso para Arina;

-Sim, obrigações todo dia têm. Mas quero dizer “Onde vamos?”

Arina a observa por um instante, ela conhecia bem aquele sorriso travesso. Sempre que Bia tirava aquele sorriso dos lábios e seus olhos pintado de galáxias se tornavam mais brilhantes, era um sinal claro que ela se referia à ordem.

Sim, a Ordem dos Assassinos.

A verdade secreta e o motivo de tanta animação é que hoje também a festa anual de iniciação dos jovens membros. E se tem uma coisa que a ordem faz bem é dar festas, e Bia adora festas. Afinal ela é a Prima da ordem (como um mestre, mas nos tempos modernos é chamado de Prima, do espanhol, primeira).

- Está tudo em seu devido lugar. Sabe que não devemos falar tão diretamente sobre esse assunto my Lady.

Arina sempre deve lembrar Bia disso, mesmo sendo a Prima, ela não era muito boa em ser discreta.

- AH, claro, não vou fazer de novo.

-Você mente muito mal Bia.

Ela encara Arina, e por uns segundos contrai o riso, mas não resiste e solta uma gargalhada de conformação.

-Eu sei... Mas eu gosto de tentar.

***

Chegando ao primeiro destino, Dimitre abre a porta do carro e oferece sua mão como apoio para Bia.

-My Lady- Ele pronuncia cada palavra tão educadamente que ela não conseguiu recusar, mesmo sendo desnecessário.

A primeira parada era a melhor loja de vestimentas para festas do continente. Conhecida mundialmente por ter os melhores estilistas de todo o mundo.

Ao entrar na loja já pode ser visto o toque de classe. Onde costumava ser um restaurante para a antiga elite, agora se via como um luxuoso espaço de moda, onde tudo era exatamente em seu lugar. E em cada lugar era visto uma Cruz Templária.

Depois da copa do mundo de futebol no Brasil ter gerado grandes protestos da população, O mundo sofreu com um estouro de tomadas de poder e anarquias políticas e sociais. E no Caribe, ou melhor, em toda as Américas, o poder foi entregue aos Templários, um grupo antes escondido e secreto. E assim que tomou o poder uma cúpula de templários começou a reformular a sociedade, e sua primeira medida foi aniquilar os anarquistas, que na verdade eram os antigos assassinos.

Os remanescentes do clã ensinaram seus filhos que hoje fazem parte do centro de comando da ordem. Diferente das antigas ordens, essa tem um objetivo um pouco divergente das outras, não buscam a liberdade dos templários e nem querem os aniquilar.

“Ao equilíbrio lutaremos, para juntos florescermos”

O novo lema da ordem fez com que muitos jovens, filhos de templários adentrassem na ordem e se tornassem membros. Número que só crescia com o passar do tempo.

-Lady Beatrice, estava a sua espera

-Bom dia Carímia, vim fazer a ultima prova e levar o vestido.

-Eu sei minha cara, espere no segundo closet que já estou a caminho.

E lá se foi o trio, Dimitre na frente, seguida por Bia e Arina que observava calmamente Carímia. Ela deveria ter sido uma mulher muito bonita em seu tempo, mas agora, depois de tantas plásticas e cirurgias genéticas ela mais parecia uma doninha envolta de um vestido carmim.

Demorou um pouco, mas Carímia logo apareceu com o vestido. Ele era muito bonito, com um contra tom do por do sol ele era todo reto, liso até o final, tinha apenas uma marcação dourada na cintura bem fina que tava realçava o corte da cintura e combinava com as finas alças também douradas passando pelos ombros e fechando em costas nadador.

A se ver com o vestido Bia percebe a final como era bonita (pode soar meio arrogante, mas é a verdade). Ela tem cabelos negros como à noite misturados com fios dourados que descem cacheados por suas costas, sua cintura bem marcada faz com que seus seios e cochas pareçam mais alinhados, ela não chega a ser muito baixinha, mas também não é alta. Seus pais a fizeram muito bem.

Não sexualmente falando.

Depois das grandes revoltas a ciência conseguiu progredir muito. Tanto, que no séc. XXIII, os ricos transavam por puro prazer e seus filhos eram “criados”. Veja, com o avanço das pesquisas genéticas, agora era possível mudar a genética da criança, eles poderiam ter duas cores de cabelo ao mesmo tempo ou olhos roxos, tudo passou a ser possível. É por isso de seus olhos galáxiais e seus cabelos negro-dourados.

Também era possível escolher as habilidades dos filhos, mas apenas duas por criança. Beatrice, por exemplo, era autodidata e sabia cantar muito bem.

-Então? O que achou?... Lady Beatrice?

Bia tem que cuidar desses devaneios...

-Ah.... Sim. Que. Não. Ah. Está perfeito.

-Certo, vou pedir para alguém guardá-lo, pode se vestir minha querida. -Anunciou Carminia.

Porque a fissura com “querida”?

E durante mais essa espera nada de novo ou interessante aconteceu. Nada de novo ou interessante nunca acontece quando ela faz o que o tio manda. Toda sua rotina era um soco no estomago, dolorida e incomoda.

E pensando nisso a tarde fora demorada, praticamente insuportável. As aulas de dança são horríveis, ela odeia o professor de canto e poesia e aprender a história da arte era insuportável. Mesmo no momento de leitura, onde ela gostaria de ler Maquiavel ou Nitch, o tio a forçava a ler Coríntios ou sobre a neo-economia.

A única coisa que a fazia superar tanta chatice eram as sua noites na Ordem.


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Notas finais do capítulo

Ficou meio grande, mas é a vida kkk
querem mais??



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