Amor a prova de fogo escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 3
Traição?


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, mil desculpas pela demora. Tô passando por uma fase difícil, com uns probleminhas pessoais, e aí não tava muito animada a escrever. Mas então pensei: é isso que me faz feliz, então por que não?
O capítulo tá curtinho exatamente por isso, mas eu gostei bastante do que ele retrata e tem um quê misterioso. Espero que gostem, beijinhos e até as notas finais.



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— Não entendi. — comecei. — Você vem até Nova York por causa dos nossos erros de infância?
— Sabe muito bem do que estou falando.
— Eu nunca teria imaginado que você seria minha missão. — contei com sinceridade. — Nunca teria acreditado que logo você se tornaria alguém tão horrendo. Você sabe o que é sofrimento, ainda assim, matou milhões de pessoas inocentes, crianças, idosos, pessoas que só queriam paz.
— Você traiu sua pátria! — ele apontou, sacundindo meus ombros de forma que temi minha vida. Já enfrentei muitos confrontos corpo a corpo com homens, inclusive meu próprio marido, e devo dizer que não encontrei dificuldades. Mas era meu irmão. — Continuou nesse país imundo!
— E você voltou para ser um terrorista! `Para bombear um país que poderia ter sido sua casa!
— Não acredito que diz isso, Janni.
— Não acredito que fez isso, Vlad.
Ele persistiu em me encarar, bravo. Quis correr, ignorar o fato de que ele me apavora não estava funcionando. Queria que John estivesse ali comigo.
— Estou atrasada.
— Para o quê?! — ele gritou. — Para seu trabalho inútil?
— Inútil? Você chama de inútil um trabalho que mata os vilões no intento de salvar os mocinhos?
— Mas mata, não mata?
— Perdão? — eu não havia compreendido a pergunta, talvez por causa do inglês um pouco incompreensível.
— Você mata as pessoas do mesmo jeito que eu.
— Mato os que merecem morrer.
— Ninguém deveria merecer morrer, não é mesmo?
— Tenho muito a fazer, Vlad. Por favor, não me cause problemas. Você não quer me matar. Somos amigos, lembra?
— Deixamos de ser amigos há muito. Apenas um aviso: fique atenta, você tem muito mais a perder do que antes. Não só sua vida, mas duas outras. — então ele deu as costas e desapareceu na neblina naquele beco.
Duas outras vidas. As palavras martelavam na minha cabeça. Uma era John, disso eu tinha certeza. Mas a outra... Seria meu filho? Eu estaria tão gorda assim? Não, Jane, você tem feito uma dieta rigorosa, o bebê não pode estar tão grande. Mas então, como ele saberia?
As lágrimas invadiram meus olhos. Eu não podia estragar tudo, não dessa vez. Este filho era um milagre, um milagre que eu precisava para sobreviver. John me amava, e se eu perdesse aquele filho, não sei se me perdoaria. Minha missão era protegê-lo, e nada mais.
Pov John
Deixar Jane trabalhar todos os dias, sozinha, correndo constante perigo, me assustava mais do que eu gostaria de admitir. O trânsito hoje estava terrível, portanto apenas liguei o som e esperei.
Decidi parar para um café no centro, já que chegaria atrasado de qualquer modo. Quando me deparei com meu vizinho, Coleman. Ele e sua mulher tomavam um café com bolinhos e conversavam tranquilamente. Eu naturalmente os cumprimentei, mas eles me chamaram para me juntar, e para não ser mal educado, eu o fiz.
— Olá.
— Oi John! Como vai?
— Muito bem.
— Novidades?
— Bem... Sim. Minha mulher está grávida.
— O quê?! — os dois esbaforiram-se em uníssono.
— Jane está grávida? Quer dizer, vocês estão mesmo tendo um filho? — o marido indagou.
— Ela já engordou? Está inchada e deprimida? Eu tenho alguns remédios para o estresse. — a mulher ressaltou. Acho que ela tinha um pouco de inveja da beleza estonteante de Jane.
— Ela está bem, só alguns enjoos matinais.
Quando o assunto pareceu morrer, eu desculpei-me e disse que tinha muito trabalho a fazer. Ao deixar a cafeteria, do outro lado da rua, havia um homem muito estranho num sobretudo me encarando.
Encarei-o de volta, e quando atravessei a rua, ele me cercou.
— Algum problema?
— Você é John Smith?
— Sim, sou eu.
— Pacote para o senhor. — ele me entregou um envelope amarelo leve, balancei e o som foi de papel. Quando me virei para perguntar quem era o remetente, ele já havia desaparecido.
Abri cuidadosamente, o conteúdo era algumas fotos. De Jane.
Jane com um homem que não era eu. Não estavam se beijando nem nada do tipo, mas estavam sempre próximos, às vezes de mãos dadas, em horários em que Jane supostamente trabalhava.
Meu coração desaritmou. Estaria minha mulher me traindo? Então um pensamento ainda pior me ocorreu: seria aquele filho um bastardo?!
Jane tinha sérias explicações para me dar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do mistério! Até logo



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