When Everything Is Wrong escrita por Capuccino


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

...



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Maggie's POV

Estava muito cansada, tudo aconteceu... tão rápido, meu tornozelo estava inchado, e doia muito. Tive muito azar em ficar com o último quarto da casa,. Ele era pequeno, apertado.

Mas havia uma coisa boa.

Eu iria dividir o quarto com Beth e Glenn, o garoto asiático que me salvara nesta manhã.

Fui a última a ir para o quarto. Já estavam todos em seus respectivos quartos e eu ainda estava ali, encarando as escadas e esperando tomar coragem para a dor que viria.

Mas foi ai que apareceu Glenn, segurando um copo d'água bebido até a metade.

Ele também não tinha ido para o quarto ainda, e assim que me viu colocou o copo na mesa.

Glenn era educado, e por assim ofereceu:

–Hey, você quer ajuda para subir?

Encarei a escada mais uma vez e olhei ele. Eu não tinha muita escolha e bem, para ser sincera eu não reclamaria em ficar em seu colo aconchegante mais uma vez.

–Mas eu não quero te dar traba...

Antes que eu completasse a frase, Glenn tomou o livre arbítrio de me levantar em seu colo.

Envolvi seu pescoço com meus braços, enquanto ele me carregava, sorridente.

Eu adorava ficar no colo dele, era quente e ele me segurava como se fossemos namorados. Me segurava com carinho.

Chegando lá em cima, Glenn me posicionou em um dos colchões. Só haviam dois, um grande (Que era para eu e Beth dividirmos) e um pequeno, que era para Glenn.

O porém é que Beth já estava dormindo, e ela havia deitado no colchão menor, ou seja, o colchão errado.

Nos entreolhamos. Ele queria saber o que deveríamos fazer.

Em resposta dei de ombros, rindo. Ele soltou um riso também.

–Não devemos acordá-la....Ela está muito cansada e fica com um mal-humor horrível quando a acordam.- Murmurei em seu ouvido. Percebi que esse meu ato o deixou arrepiado.

Glenn me colocou cuidadosamente na cama de casal, passando a mão pela minha cintura sem querer.

Ele sentou na beira do colchão, me encarando durante alguns minutos no escuro, sem saber muito bem o que fazer.

Até que finalmente resolveu ir até a sua mochila e pegar um cobertor, onde o qual me cobriu.

–Eu vou dormi lá embaixo no sofá, ok?- Ele afirmou, murmurando em meu ouvido.

Ele já estava se levantando, mas o impedi, segurando seu braço.

Glenn olhou para mim, com dúvida.

–Não, fica aqui.- Falei, agradecendo por estar escuro o bastante para não enxergar o quão vermelha eu estava.

–Você não se importa de dividir humm...A mesma cama?- Ele questionou.

–Não, essa cama é grande o suficiente para nós dois dormirmos.-Justifiquei.

Glenn assentiu com a cabeça, deslizando seu corpo para baixo do cobertor, ao meu lado. Ficamos encarando o teto da cômoda, até eu perguntar:

–Por que você me salvou hoje? -cochichei, tentando quebrar o silêncio.

Ele ficou pensando, até que enfim respondeu.

–Hum... Eu não sei ao certo o por quê. Eu só senti que devia. Não perderia nada com isso. Talvez seja porque eu ainda acredito que apesar de estarmos em um mundo como este, devemos ajudar quem precisa. Toda vida é preciosa.

Foquei meu olhar para ele. Como era bonito.

Cada traço...Me fazia suspirar. As maçãs do seu rosto eram lindas e seu cabelo estava todo bagunçado. Alguns fios teimosos de seu cabelo caiam sob o seu rosto.

Quando me dei conta que estava tremendo, espirrei. Apesar do cobertor, eu não estava usando roupas de inverno. Eu estava com frio.

Glenn reparou que estava tremendo. Tocou com cuidado a minha mão, entrelaçando nossos dedos.

–Você está gelada.- Ele disse, sua voz estava um pouco rouca e ele me encarava, preocupado.

Glenn chegou mais perto de mim e envolveu seus braços ao redor do meu corpo, me surpreendendo. Me afastei um pouco, nervosa. Notei que quando me afastei, ele ficou com vergonha:

–De...desculpe.- Ele balançou a cabeça.

Olhei para ele e ri, aquele sorriso envergonhado era uma graça. Não falei nada, apenas abracei ele de volta.

Não sei quando nem como, mas acabei pegando no sono. Apesar de estar dormindo, eu sabia que estava segura em seus braços.

{...}

Glenn's POV

Acordei abraçado com Maggie, ela ainda estava dormindo. O mais estranho é que eu nunca havia dormido com uma garota antes, ainda mais uma garota tão bonita como ela. Seu sono era muito leve, pois assim que me mexi um pouquinho, ela acordou, estava com um olhar confuso e demorou alguns segundos para notar que tínhamos dormido. Ela estava com o cabelo bagunçado, e eu provavelmente também. Olhamos ao redor para ver se a irmã de Maggie ainda estava ali ou se ela havia visto que dormimos agarrados.

Não tinha ninguém a não ser nós dois.

Conclusão: Beth já tinha acordado, e quando acordou, deve ter visto os dois abraçados.

Sentei na ''cama'' e ajudei Maggie a se sentar também.

Sua blusa era cavada, então digamos que deu para ver parte de seu sutiã.

–Nós nos esquecemos de colocar o pijama.- Falei, rindo.

–Yeah...-Ela riu também. Seu sorriso era encantador.

Antes de sairmos do quarto, Maggie lambeu sua palma da mão e ajeitou parte do meu cabelo.

–Estava levantado.- Ela disse.

Ajudei ela a descer, segurando-a no colo. Eu acho que ela estava começando a gostar de mim, pois toda vez que eu a olhava, ela sorria para mim. Mas não vou reclamar de nada, pois eu já estava apaixonado por ela.

Descemos a escada, não tinha ninguém além de Sophia e Carl, que estavam brincando na sala. Perguntamos onde estavam todos, e a resposta foi que metade do grupo fora buscar o que sobrou da casinha de madeira dos Greene e outra parte do grupo foi em busca de água e comida. Fiquei sentado no sofá observando as crianças brincarem no tapete, com Maggie sentada ao meu lado. estava tudo calmo, até Sophia me perguntar:

–Ela é a sua namorada?- Carl riu.

Senti meu rosto enrubescer. Eles eram apenas crianças, tinha que ter paciência.

Pensei em uma boa resposta e disse:

–Ah, não. Não somos.

Foi uma resposta péssima.

–Vocês já fizeram sexo?- Carl perguntou, fazendo Sophia gargalhar. Minha resposta anterior fora inútil.

Essa pergunta foi constrangedora o suficiente para eu querer morrer.

Olhei para Maggie depois desse comentário, ela estava rindo e com vergonha dos comentários das crianças.

–Sim, fizemos.- Falei, brincando.- Mas um dia vocês farão também.

–Eca! Que nojo!- Eles gritaram em coro.

Depois disso Sophia e Carl resolveram sair da sala para ir brincar no quarto, segundo eles para nós dar ''privacidade''.

Quando eles saíram, Maggie disse:

–Crianças....

–É...crianças.- ri.

–Inventam cada coisa.

–É...

Começamos a rir mais um pouco.

–Você é tão linda...- Falei pra mim, por impulso. Acabei falando alto o suficiente para ela ouvir.

Ela parou de rir quando se deu conta do que eu disse. Um silêncio constrangedor predominou pela sala. Ela me encarou, séria.

–Você me acha bonita?- Ela perguntou, com um ar de dúvida e curiosidade.

–Não, não...- Senti meu rosto queimar, eu era péssimo em falar com garotas- Pera...Não foi isso que eu quis dizer, eu...-Tentei arrumar, mas a situação só parecia piorar.

–Bem...Então o que você quis dizer? –Ela sorriu. Parecia se divertir comigo tropeçando nas palavras.

–Hm...Seja bem-vinda? – Inventei e sorri na esperança de ela acreditar.

–Você me beijaria? – Ela perguntou, direta, porém com vergonha.

Olhei para ela. A resposta era com certeza sim.

Eu não sabia se ela estava falando sério ou se estava apenas brincando comigo.

–É...Sim, eu beijaria.

Ela se aproximou devagar do meu rosto e selou nossos lábios. Foi incrível.

O beijo parecia interminável, e provavelmente teríamos continuado se Sophia e Carl não tivessem descido as escadas na mesma hora.

–Há! Eu sabia – Carl disse.

Rapidamente nos afastamos um do outro, com completa vergonha.

Maggie sorriu pra mim e eu retribui, incerto.

–Ele carregou ela, daã...Era mais do que óbvio.- Sophia disse.

***

Mais tarde, encontrei ela no corredor. Fui para a esquerda, e ela escolheu a mesma direção.

–Eu...Sobre antes...-Tentava falar, mas não conseguia.

–Foi só no calor do momento...?- Ela interrompeu. fazendo minha expectativa se quebrar em vários pedacinhos.

–Não. Não...Não era isso que eu ia dizer...-Olhei para o chão.- Eu só queria te dizer que você não é bonita. É linda.- falei, aflito, repensando sobre o que eu disse.

Ela me olhou, surpresa. E por um instante achei que fosse bufar ou revirar os olhos. Mas ela abriu um sorriso e me beijou.

Hershel abriu a porta do banheiro e nos viu.

Foi algo constrangedor, estranho, desconfortável.

–Ah, pai...-Maggie disse, perante o olhar mortal de seu pai. Antes de se retirar, ele disse:

–Maggie, precisamos conversar.

Deu. Fodeu. Agora estava tudo fodido.

Me retirei, sabendo que ele queria falar a sós com ela.


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Notas finais do capítulo

Ficou um pouco curta mas ta ai



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