Melodias do Passado escrita por Pam Cristina


Capítulo 9
Nove - É azulado


Notas iniciais do capítulo

Olá cheirosos! Aqui estou eu postando mais capítulos! Nesse capítulo acontece revelações... O.o



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Fui perto da roseira, me ajoelhei e fiquei olhando para as rosas. Passando os dedos delicadamente em suas pétalas. Elas exalavam um perfume muito bom. Fechei os olhos e fique sentindo aquele cheiro e lembrando o quanto era bom ter passado aqueles dias brincando naquele jardim com o menino misterioso...

–Você? O que faz aqui? – Uma voz familiar atrás de mim interrompe meus pensamentos.

Rapidamente me levantei e me virei para ver se realmente a voz que eu escutara era a voz que eu achei ser. Era...

–Shion? O que você faz aqui? – Disse com a maior cara de dúvida do mundo. Ele fazia a mesma cara.

–Eu? – ele diz colocando a mão no peito, se indicando – Eu moro aqui! Infelizmente... – revirou os olhos.

–Mora aqui? Desde quando? – pergunto equivocada, com uma cara boba.

–Desde o dia que eu me mudei de volta para esse lugar. – exclamou com naturalidade, eu fiquei surpresa.

–Voltou? Quer dizer que já morou aqui antes?

–Sim. Quando eu tinha sete anos.

–Quer dizer que... AI MEU DEUS! Você... Você é o menino! – falei com a mão na boca, minha surpresa era visível como um vel.

–Que menin... Aaaa... Você... Quer dizer que você era aquela menininha que eu brincava quando eu era criança... – ele diz também surpreso.

–Não acredito! – Dissemos juntos.

Eu não estava acreditando naquilo. Aquele garoto que eu conheci na infância era o Shion. Todo esse tempo! Eu sempre o vi na escola. Como eu não me lembrei? Eu estudo com ele desde que ele entrou para a minha turma de colégio quando eu tinha sete anos e ele oito. Ninguém se esquece de uma pessoa em um ano.

–Não é possível! Todo esse tempo, a menininha que eu tanto lembrava era você! Você, com quem eu sempre convivi na escola. Como não te reconheci por todos estes anos? – Shion disse com a voz trêmula.

Eu estava pasma. Não conseguia ter uma ação naquele momento. Sai correndo do jardim, entrei na porta que dava pro salão e sai pela porta de entrada. Desci as escadarias. Parei, olhei para traz. As lembranças vinham todas de uma vez...

Pude ver o Shion na porta da mansão quando eu estava correndo para a casa da minha avó. Ele não me viu.

Aqueles minutos que eu corria rumo à casa da minha avó foram os mais longos da minha vida. Não conseguia pensar direito. Entrei apreciadíssima na casa da minha avó. Entrei no quarto de hóspedes e tranquei a porta. Sentei na cama sem ação. Segundos depois, me joguei na cama. Só me lembro de acordar no outro dia de manhã.

Acordei cedinho. Afinal havia dormido muito cedo ontem – eram umas cinco horas da tarde quando desmaiei na cama. Não havia nem uma pessoa acordada. Deitei-me e adormeci novamente.

Eu estava em um jardim, ele era inteiro enfeitado de rosas azuis. Era lindo. E vi seis pessoas: Minha mãe, meu pai, pai da Luka, mãe da Rin e do Len, e mais duas pessoas que eu não conhecia. De repente o chão começa a cair onde aquelas pessoas estavam. Eles caíram e se foram junto com a parte do jardim que caiu. O jardim continuava caindo. Sai correndo para não cair com o jardim. Mas o desmoronamento chegou até mim. Eu estava caindo... Mas, alguém me segura pela mão evitando que eu caísse. Olho para cima para ver quem era. Não vi ninguém. Apenas a sombra de cinco pessoas, todas ajudando a me socorrer.

Acordei suando frio. O sonho não foi assustador nem nada. Mas me senti desesperada, estava com um medo misturado com confusão. Sentei na cama e fiquei pensando no sonho. Relembrando cada parte dele. Quando dei por mim. Eram oito horas, hora que minha avó costuma servir o café.

Levantei, tomei um banho demorado, tentando me livrar daquelas lembranças inoportunas. Depois fui tomar café.

O final de semana demorou a passar. Não fui mais à mansão, não queria encontrar o Shion...

Voltei para casa domingo à tarde. Seria estranho ir para o colégio segunda-feira e encontrar o Shion. As coisas ficariam diferentes entre a gente, esquisitas no mínimo.

***

Acordei cedinho, me arrumei, colocando uma camisa branca e uma saia pregueada azul marinha com uma sapatilha preta e meia da mesma cor as saia, era o uniforme da escola. Tomei meu café e sai de casa.

Logo no portão de casa encontro Rin e Len que me chamam para ir com eles para o colégio no carro da mãe deles. Aceitei.

Cheguei ao colégio. Faltavam ainda vinte minutos para a aula começar, estava indo rumo à sala para encontrar Luka e tirar satisfações do casamento dela com o Kamui.

–Oi Luka... Como vai seu noivado? Bem eu espero! Pena que eu não sei quem é o sortudo, porque minha melhor amiga não me contou. – Disse olhando fixamente para Luka antes mesmo de ela falar “oi”. Estava com raiva por ela não ter me contado nada.

–Miku, que jeito é esse de falar? Você tá estranha. – disse Luka com um semblante de dúvida estampado em sua face.

–Mas pelo menos eu não estou mentindo! Fala Luka! Quem é seu noivo? Ou quer que eu fale? – digo apertando os olhos.

–Como assim? Você sabe que é meu noivo?

–Não... Peraí... Não seria um rapaz de longos cabelos roxos e olhos azuis? Como é o nome mesmo?... Aaaaa... Lembrei! Gakupo Kamui. – Disse com a mão no queixo fingindo dúvida. – Por que não me contou Luka? Não confia mais em mim?

–Miku, me desculpa. Eu ia te contar.

–Ia? Quando? Quando você tivesse no altar?

–Miku, eu devia ter contado. Arrependi-me de não ter falado nada para você. E ia te contar hoje! Prometo-te: nunca mais escondo nada!

– Ai – eu suspirei fechando meus olhos – Tudo bem... – Eu disse enquanto sentava na minha carteira logo atrás da de Luka.

–Miku, como você soube que me noivo é o Kamui?...


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando! O que estão achando?



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