Tarde de Outono escrita por Bookworm


Capítulo 1
Branco ou Verde?


Notas iniciais do capítulo

Acho que estou melhorando :3



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Era outono, as folhas caíam frequentemente nos jardins do Olimpo, um vento suave entrava pelas janelas da sala dos tronos... Uma pena lá dentro não estar calmo assim.

—...Branco!

—Verde!

—Branco!

—Verde!

—JÁ CHEGA!-o estrondo de um trovão cala a discussão.

—Estamos à 45 minutos escutando vocês brigarem somente porque não chegam num acordo sobre a cor da sala dos tronos para o solstício de inverno!

—Mas papai, o senhor não concorda que branco seria a melhor cor para o inverno? Branco combina com a neve.

—Nem pensar sobrinha querida, verde é a melhor cor!

—Não me dirija a palavra seu acéfalo! Então papai, concorda?

—Irmão, diga a ela como verde é a melhor cor...

—Eu já falei que é branco!

—Verde!

—Branco!

—Ver...

—EU JÁ MANDEI PARAREM!!!- mais um trovão.

—Mas papai...

—Sem mas, Atena! Não aguento mais vocês brigando por causas fúteis!

—Mas é ele que começa papai, esse energúmeno sempre está contra mim.

—Não perguntei quem começa, não me interessam as causas, eu só quero que isso pare! Todo conselho olimpiano é essa mesma coisa!

—Então o que sugere que façamos irmão querido?

—Sugiro que vocês sentem e conversem igual gente normal, sem brigas, xingamentos ou algo parecido. Conseguem fazer isso?

—Sim, conseguimos-responderam em uníssono.

—Ótimo, e a propósito, a cor vai ser azul.

Nos jardins...

—Ok, vamos conversar querida.

—Não sou sua querida, Poseidon.

—Ok, vamos conversar, Atena.

—Melhorou. Sobre o que vamos falar?

—Que tal tentarmos entender porquê nos odiamos tanto?

—Não odeio você, bem... não mais, só não vou com sua cara - disse Atena olhando para as mãos.

—Eu também não odeio você, nunca odiei- disse Poseidon levantando a cabeça de Atena.

—Então porque sempre implica comigo?

—Porque essa é a única maneira de você prestar atenção em mim. E também porque você fica linda irritada, principalmente comigo.- diz ele dando um sorriso torto.

—Eu presto atenção em você...

—Não, não presta. Se prestasse atenção saberia que o que sinto por você não é ódio.

—E o que você sente então?

—Me responda primeiro o que você sente por mim.

—Ér... Bem... Eu não te odeio, pelo contrário, quando você não está tentando (e conseguindo) me irritar eu gosto de você.

—Olha só! ''Habemus'' progresso...

—Então... Pode me responder agora o que sente por mim?

—Posso sim, mas eu gostaria de pedir que não me interrompa até eu terminar, ok?

—Ok.

—Então... Obviamente eu não te odeio. Eu te acho mimada e tal, mas não te odeio.

—Mas eu não s...

—Você prometeu não interromper.

—Tudo bem, prossiga.

—Ok. Bem, eu hm... gosto muito de você, na verdade eu te amo. Amo quando você franze as sobrancelhas enquanto lê, amo o jeito que seu cabelo fica quando você está no sol, amo quando você fica corada por um comentário malicioso meu.- então Atena cora e Poseidon sorri.—Amo as suas saídas triunfais quando está irritada comigo, amo até quando você está gritando comigo. Se isso não for amor Atena, então eu não sei o que é. Só você consegue me fazer sentir um frio na barriga, só você faz minhas manhãs mais alegres depois de estar em meus sonhos, e principalmente, Atena, você me faz o homem mais feliz do mundo só por olhar pra mim do jeito que está olhando agora.

—Poseidon eu... não sei o que dizer, eu... e-eu também te amo, Poseidon. Desculpe por não perceber isso antes.

—Ah minha Atena, isso já é suficiente pra mim.- diz Poseidon abraçando-a.

Então, Atena olha nos olhos de Poseidon e ele lentamente se aproxima dela, e quando os lábios estão quase unidos ela ofega. E isso é suficiente pra ele.

Ele coloca uma de suas mãos na cintura de Atena e se espanta ao perceber que elas encaixam perfeitamente, depois ele toma os lábios dela em um beijo calmo e apaixonado.

Quando o ar se faz necessário, Atena percebe que inconscientemente ela enroscou seus dedos no cabelo dele e que ele gostou muito disso.

—Acho que conseguimos nos entender, Corujinha.

—Tenho certeza que sim, Pescador.

—Vamos então?- pergunta Poseidon estendendo a mão para Atena, a sua Atena.

—Vamos sim.- diz ela pegando a mão dele e entrelaçando os dedos.

—Será que Dite vai surtar Poseidon?

—Ah Atena, ela sempre surta.- diz ele rindo.

—Acho que posso lidar com isso.

E assim eles vão caminhando de volta a sala dos tronos, dessa vez fazendo jus ao tempo calmo dos jardins.


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