Setevidas escrita por tony


Capítulo 21
Primeiro Andar - Encontre as suas raízes


Notas iniciais do capítulo

Assim como a terra é aquele que une em momentos ruins...



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Sabe quando você chega em um lugar cheio de si e com o ego lá em cima? — Pode assumir que você já deve ter entrado em sala de aula, atrasado, desta forma chamando toda a atenção para si mesmo. Ou então, quando você chega com aquela roupa super-hiper-chamativa em um lugar onde todos estão com suas calças e roupas humildes. Pois bem, foi tudo isso que eu senti ao abrir o portão do templo.

O local está repleto de velhos idosos curvados meditando de frente para um menino jovem com cabelos verdes e olhos da mesma cor. Nenhum deles se abala com a nossa presença o que me causa uma enorme frustação. Todos os idosos têm cabelos brancos e a única coisa que os diferenciam são os rostos, pois até seus mantos brancos e dourados são iguais.

— Com licença. — Digo me aproximando de uma velha senhora sentada com rugas no rosto e cabelos brancos. — Será que...

— Shhh — Ela diz me mandando ficar calado.

— Mas eu...

— Shhhh — Um velho ao lado dela faz o mesmo. O que me surpreende é o fato deles não perderem a concentração.

Por que será que eles estão assim tão...

— Nash? — Sussurra Bryan. — Acho que você deve é falar com ele, ali. O menino sentado no trono com pose de rei. — O ruivo aponta para o menino de cabelos verdes, que por sinal é o único com os olhos abertos.

Ele nos observa atentamente, mas até agora não disse nada. O silêncio do local é indomável. Consigo ouvir até o barulho dos meus passos.

— Éeer... Com licença. — Digo me aproximando do trono do garoto. Ele está vestido com um manto branco e parece até um padre.

— Em que posso lhe posso ajudar? — Pergunta o garoto. A voz dele é mais infantil do que eu pensava.

— Meu nome é Nathanael e eu sou o anteposto. — Digo tentando impressiona-lo, entretanto o garoto não se abala com o meu comentário. — Eu e meus amigos viemos atrás das asas do desejo.

O garoto sorri.

— Isso será divertido. — Ele sussurra. — Bem, como podem ver... — O garoto eleva a voz. — Esse é o templo da tribo dos Accipitridae. O lugar é uma perfeita réplica do templo da harmonia...

Templo da Harmonia?! — Penso fazendo uma nota mental para perguntar isto a Bryan depois.

— ...O templo é dividido em cinco andares e cada um deles contem um guardião. Como estão vendo, eu sou o guardião do primeiro andar. O guardião do elemento terra.

— É por isso que eles estão meditando no chão? — Pergunto dando uma leve gargalhada, sendo infeliz com a minha piada espontânea.

— Os anciões assentados representam as folhas e caule de uma grande árvore e eu, simbolizo o tronco. O seu desafio é descobrir onde se encontra a raiz. — O menino diz sarcasticamente.

— Isso tudo é pela asa do desejo? — Pergunto pensativo.

— Não. Assim que você passar pelo quinto andar, verá uma ala a direita. Lá você deverá oferecer ao templo a resposta do enigma.

— Mas que enigma? A raiz da arvore?

— Não bobinho. — O menino diz soltando uma leve risada inocente. — Sempre que você passar por um andar, o guardião lhe dará um pedaço do enigma e juntando você terá que desvendá-lo para assim oferecer a resposta na ala do templo.

— Ai que confuso. — Eu digo.

O menino gira uma ampulheta que está no braço do trono e logo se vira para mim dizendo: — Você terá que me responder antes que o último grão de areia caia.

— Aiiiiin. — Grunhi me virando para Bryan, Lupin e Harpia. — Se os anciões são as folhas e caule, o guardião é o tronco, onde está a raiz?

— Ué, na coroa.

— Aé... Um rei sempre usa uma coroa. — Olho para o menino e não há nenhuma coroa sobre sua cabeça. — ELE NÃO É UM REI! É UM GUARDIÃO!!!

— Ah eu só quis ajudar. — Diz Lupin sorrindo.

— Talvez as paredes do andar. — Harpia opina.

— Ou o tapete. — Bryan completa.

— Aiin... — Digo em tom de nervosismo, a areia não para de cair.

Ok, Calma Nash. Vamos pensar em uma árvore. A árvore tem uma raiz que é a que sustenta. O tronco que no caso é o guardião... O tronco está ligado à raiz, e a raiz ao tronco. A raiz é algo que está ligado ao guardião e que ao mesmo tempo demostra sua diferença entre os demais que são os caules e as folhas. Então a raiz é algo que ao mesmo tempo pertence ao tronco e que o ligue para os caules e folhas. Aiiin pera, já não to mais entendendo nada.

— Acho que é o tapete. — Diz Bryan.

— São as paredes. — Retruca harpia confiante. — Presta Atenção. As paredes sustentam o andar.

— Mas os tapetes estão sobre os pés do guardião.

— To começando a achar que são os travesseiros que os velhinhos tão sentados meditando em cima. — Lupin diz encarando uma idosa.

A areia continua a cair. Harpia e Bryan discutem enquanto o tempo está acabando. Olho para os lados desesperado à procura de uma resposta. Até que minha atenção se volta para o guardião e uma lembrança lateja num piscar de olhos na minha mente:

— "Nash? — Sussurra Bryan. — Acho que você deve é falar com ele, ali. O menino sentado no trono com pose de rei. — O ruivo aponta para o menino de cabelos verdes, que por sinal é o único com os olhos abertos."

— A resposta certa é... — Grito ao ver os últimos grãos de areia cair. — ... É o trono. Você é iguais a todos estes anciãos exceto por estar sentado em um trono. O trono pertence a você que você guarda e protege os guardiões. A raiz que liga ao tronco e o tronco que liga ao caule e folhas.

— Sério que ele deu essa resposta? — Múrmura Bryan para Harpia que responde:

— Patético! — Ela diz frustrada.

— A resposta está correta. — O menino de cabelos verdes diz com desdém.

— QUEEEEEEEEE?! — Bryan e Harpia gritam uníssono.

— Yuupii! — Comemora Lupin. O garoto está mais animado que nunca.

— Aqui vai a primeira parte do enigma: Assim como a terra é aquele que une em momentos ruins...

— Ta. — Digo. — Agora completa.

O menino sorri. — O resto só os outros guardiões podem dizer.

— Então, vamos para o segundo andar. — Digo animado.

— Nash, não temos muito tempo. — Bryan alerta. — É melhor sermos rápido nos próximos andares.

— Okay. — Digo. Um portão gigante surge do nada atrás do trono.

— Boa sorte com o próximo guardião. — O menino diz.

Sorri — Obrigado.

Lucas, fique tranquilo que eu já estou indo!


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Notas finais do capítulo

Continua no segundo andar :3



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