Mundos Conectados escrita por Maria Clara


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora :)

Boa leitura!



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14 anos depois

Sadie batia os pés nervosamente. Seu irmão, Carter, não saía do banheiro! Ela bateu, uma, duas, três, quatro vezes. Certo, ela poderia usar seu próprio banheiro. Poderia. Se Khufu não tivesse estragado-o.

– Carter, seu idiota, abre logo a droga dessa porta! - Gritou.

Depois do que pareceram séculos, a porta finalmente abriu, revelando um garoto alto e musculoso, suas feições marcando seus 20 anos.

– Finalmente! - Exclamou Sadie.

Carter revirou os olhos e se dirigiu para o quarto. Penteou seus cachos bagunçados e rebeldes, arrumou sua mochila da faculdade e bateu na porta de sua namorada.

– Zia? Já está pronta?

Antes mesmo que pudesse bater mais uma vez, a porta foi aberta. Zia Rashid, agora um pouco mais alta e com mais corpo, deu um selinho em Carter. O pobre garoto já estava com o coração acelerado e ruborizado, por ter sido pego de surpresa.

– Só vou escovar os dentes e já volto, ok? - Perguntou ela escondendo o sorriso por conta da expressão de choque do namorado.

– Claro. Estou esperando no sofá.

Após alguns minutos, Carter acompanhou Zia até o carro. Como a faculdade era perto, não era necessário o uso de portais.

***

Sadie entrou no banheiro e tomou um longo banho, aproveitando que havia acordado cedo e não precisava se preocupar muito com o horário.

Se enxugou e vestiu sua calça jeans, uma camiseta vermelha e seus clássicos coturnos. Escovou os dentes e abriu a porta, se deparando com Walt em sua frente.

– Ainda bem! Achei que tinha morrido ali dentro! - Exclamou ele com uma expressão risonha.

Ela revirou os olhos e o encarou, corada.

– Porque de morte você entende, certo?

– A mesma Sadie irritante de sempre. - Murmurou Walt.

– Ah, cala a boca.

Ela se dirigiu para seu quarto, mas, antes que desse o segundo passo, foi puxada de volta com um giro. Walt sorriu e fez beicinho.

– Não ganho nem um beijo?

E ele a beijou demoradamente, dando uma incrível falta de ar nela. Quando a soltou, ela bateu de leve em sua barriga.

– Ousado. - Resmungou.

E foi para dentro de seu quarto. Suspirou e encarou a bagunça que ele estava. Pegou seus materiais e enfiou todos na mochila. Depois saiu pela Casa do Brooklyn inteira batendo em todas as portas para apressar os seus "alunos".

– Vamos. Acordar todo mundo. Temos aula. Acorda.

Cansada, se atirou no sofá.

***

Carter prestava bastante atenção no professor. Ele estava fascinado como o modo que as outras pessoas (não-magas) viam o mundo. Eram teorias fantásticas e divertidas de aprender.

Ele cursava o mesmo que um dia seu pai cursou. Arqueologia. Meu pai, pensou ele divertido. Será que alguém iria acreditar que seu pai era o hospedeiro do deus dos mortos? A resposta mais óbvia era não. Aquelas pessoas não viam o mundo como ele. Não entendiam e criavam suas próprias teorias.

Depois de várias horas, o sinal tocou indicando a hora do almoço. Ele recolheu seu material e passou porta afora, respirando o ar puro de flores do jardim da faculdade. Andou até uma mesa vazia, onde somente uma garota com cabelos lisos e negros estava sentada. Se sentou ao lado dela e a cumprimentou.

– Oi, amor. Como foi a aula?

– Oi. Mais ou menos. O professor explica muito mal! - Reclamou ela.

– Se quiser eu te ajudo nos estudos à tarde. - Ele respondeu, preocupado.

Mas ela balançou a cabeça em negação.

– Você não pode. Tem reunião hoje.

Ele soltou um muxoxo.

– Mas tinha que ser hoje? Tenho um trabalho de sete capítulos para entregar amanhã!

– Eu sei. Mas você sabe... São suas responsabilidades.

– Responsabilidades - Resmungou -. Aposto que é mais magia desconhecida localizada em outros locais.

– Deve ser. Estão ficando muito frequentes.

– Não deve ser nada demais! Talvez só um mago fazendo magia por aí!

Ela balançou a cabeça novamente.

– Não é magia que nenhum de nós conheça. E normalmente são sempre localizadas nos mesmos lugares! E sempre quando vamos investigar, não tem nada além de uma fazenda de morangos!

– Certo. É esquisito. Mas não é necessário fazer uma reunião toda vez que isso acontecer!

– Carter, se você quiser, não precisa ir. Mas lembre-se: Você que escolheu isso, agora arque com as consequências.

Dizendo isso, ela se retirou e foi em direção a lanchonete para comprar um sanduíche.


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Notas finais do capítulo

Bye e até o próximo capitulo ^^