Bad girl escrita por Alima


Capítulo 33
Capítulo 33 - FINAL.


Notas iniciais do capítulo

Enfim chegou o grande dia, meus caros leitores! Primeiro... Oi, né? Segundo; estão preparados? Caso não tiverem deixe para ler depois. Foi o que eu fiz, adiei o final até estar preparada, por isso a demora. Se permaneceram e gostariam mesmo de ler o final de "Bad girl" e então muito obrigada e espero realmente que goste!!!



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O corpo de Rixon fazia jus ao nome de uma raça que ele um dia acreditou: Anjo caído. Nora não sabia nesse momento o que pensar, nunca tinha desejado a morte de ninguém, mas Rixon havia matado seu pai, Harrison Grey um homem que deu a sua vida a um jovem que nem conhecia; Scott Parnell.

Mesmo assim não era como se agradecesse pelo trágico final de Rixon, o anjo não teve tempo de se defender, nem sequer suas “últimas palavras”.

Olho para meu lado esquerdo e me deparo com Dabria, talvez a mais assustada de nós, seus olhos estão arregalados de surpresa, talvez até ela se achasse mais esperta do que Hank. Patch esta do meu lado direito, me fita por alguns minutos quase demonstrando calma para que eu possa ficar também, mas posso ver seu corpo tenso.

–Menos um anjo caído. –Hank diz em meio ao sorriso amedrontador, enquanto a arma esta pronta para mais um tiro.

Fico repetindo em minha mente varias vezes que tenho que achar uma “solução”, ou o próximo pode ser Patch. Como todos já percebemos Hank quer os anjos caídos. Como se ele escutasse meus pensamentos, percebo que Hank esta olhando diretamente para mim, provavelmente ele sorri por causa do meu pavor. E então Patch se coloca na minha frente.

–Não acha melhor acabarmos com isso de uma vez? –Patch diz, Nora não vê o seu rosto, mas sua voz é dura e confiante.

–Na verdade não. –Hank parece ficar sério. –Agora saia da frente de Nora eu não vou matá-la. Quanto a você, caído... Seja educado e espere a sua vez.

Patch se vira para Nora, como se aquele gesto de ficar de costas para Hank dissesse que não se importava.

Seus olhos brilham em um tom de preto misterioso e triste. E antes que eu possa perceber meus olhos já estão molhados, luto contra as lágrimas, pois não quero que Hank me veja chorando, mas Patch já esta limpando meu rosto. O toque de sua mão causa arrepios em meu corpo, fecho meus olhos e quando abro Patch esta do meu lado e não na frente.

A porta se abre mais uma vez e dessa vez é Scott. Seu primeiro pensamento é: Nora, eu não posso deixar que ela morra. Quase como se não importasse que essa arma pudesse disparar contra seu coração ele corre para perto de Nora.

–Quantas vezes eu vou ter que repetir que só quero os anjos caídos. –Hank se irrita gritando, seus olhos azuis que encaram Scott, são capazes de cortar vidro.

Mas Scott faz o mesmo que Patch tinha feito alguns minutos atrás, se colocando na frente de Nora. Vira seu rosto um pouco e sussurra:

–Dessa vez vou fazer o certo. Retribuir o que seu pai fez por mim.

–Scott... –Nora começa, mas Hank é mais rápido.

–Sai! –Grita ele. –Ou melhor. –Hank volta para o sorriso diabólico. –Fique do meu lado. Você e Nora.

Scott se afasta de Nora ligando os pontos, mas não vai até Hank. Nora faz o mesmo se recusa a ficar do seu lado.

–Como preferirem. Hora ou outra terão que se juntar a mim. –Hank dá de ombros, dando um olhar fingido que esta chateado com Nora. –Voltemos aos caídos. –Hank caminha em direção a linha que se formou de Dabria, Scott, Nora e do seu lado direito Patch. O corpo de Rixon no chão.

–Faltam Dabria e Patch. –Hank diz depois de analisá-los. –Ótimo... Vamos começar por Dabria.

Pude ouvir Dabria engolir seco, quando Hank a escolheu para morrer primeiro.

–Digamos que quero deixar o melhor para o final. –Hank fita Dabria sem tirar o sorriso.

–Seu... seu desgraçado. –Sibilou Dabria.

–Ao contrário de Rixon te darei suas últimas palavras. –Hank aponta a arma e puxa o gatilho.

Mas Dabria parecia estar com tanta raiva de ter sido enganada que as palavras não saem. Tão tensa que nem percebe que seu irmão; Elliot tem outra arma na mão prestes a disparar na cabeça de Hank.

E então veio o tiro, mas um corpo estava no chão. Depois do susto abro meus olhos. Dessa vez era Hank. E agora tudo havia mudado, ao contrário de Hank, Elliot parecia estar bem interessado em me matar.

–E então voltamos para o começo. –Elliot diz em meio a uma gargalhada, não muito diferente dos sorrisos de Hank. –Todos estão aqui, com exceção de sua amiga. –A sensação é que só Nora esta ali, seus olhos castanho claro não saem dela. –Digamos que Scott veio no lugar de Vee. Voltemos então para a noite no ginásio da escola, meu objetivo de hoje é o mesmo daquela noite. Matar No...

Antes que Elliot termine a frase, Patch e Scott retomam suas posições em proteção a Nora.

Calminha, heróis. –Elliot parece ser o único, obviamente; a achar tanta graça naquilo tudo. Dabria sua irmã que acabou de ser salva parece que a qualquer momento vai desmaiar. –Prometo que teremos muito tempo para conversar, antes que... vocês sabem.

Patch e Scott não parecem convencidos, então Elliot suspira e diz:

–Eu prometo que só vamos conversar! –Ele termina gritando.

Relutantes os dois voltam cada um para um lado, seus corpos ficam preparados para qualquer que seja o próximo passo de Elliot.

–Como eu estava dizendo, à noite na escola... –Elliot sorri. –Comecei a dizer os motivos da morte de... Por favor, se acalmem rapazes. Só a um motivo para isso, como sabem sou um nefilim, ou pelo menos e o que dizem, não acredito nisso. Ao contrário de alguém aqui que acredita... –Ele suspira e então se volta para Patch.

–Eu nunca acreditei nisso também. –Patch diz.

–Agora não é hora de mentiras. –Elliot fica sério. –Você matou o meu único amor, nada mais justo se eu matar o seu.

–O que? Patch não matou ninguém. –Se intrometi Nora. –Você matou. –Ela declara, se lembrando do dia em que Patch contou que Elliot havia matado a própria namorada.

–Nora, por que eu mataria a única garota que já amei na vida? –Elliot pergunta, por mais estranho que parecesse, ele parecia sincero. –Patch matou por que ela era uma nefilim, ele precisava matar um nefilim, para ganhar confiança dos anjos caídos.

–Eu não matei sua namorada. Você matou. –Patch diz. –Por que você é um maluco.

–Eu sou maluco? Não sou eu quem acredita em uma profecia, uma crença ridícula... "Quem matar uma raça ganha à imortalidade". –Debocha Elliot.

–Eu não... –Começa Patch.

–Não vai fazer diferença já que sei que esta mentindo. –Elliot aponta a arma para Nora.

–Se não foi Patch, nem você... –Scott mantém os olhos em Elliot, ponderando algo que ele acredita que pode salvar a vida de Nora. Seus olhos se viram para Dabria. –Foi ela.

–O que esta dizendo? –Elliot se vira para Scott.

–Sua irmã matou sua namorada. Ela sim acredita na “crença ridícula”...

Me viro para Dabria seus olhos a entregam, quase como se tivesse prestes a confessar.

–O que vai fazer irmãozinho? Matar sua própria irmã? –Dabria sorri, esperando que ele desista daquilo tudo. Mas no fundo sabe que ele é um maluco e seria capaz de matá-la.

–Você não é minha irmã... –Começa Elliot, mas então Patch aproveita sua distração, se jogando em cima dele, os dois caem no chão e Patch pega a arma.

Quase como se fosse um milagre o carro da polícia já se aproxima. Patch segura as duas armas, uma de Hank outra de Elliot, para onde ele aponta antes que os dois irmãos fujam. Mas para minha decepção é o detetive Basso.

–Não atire garoto. Deixe que a polícia faça seu trabalho. –Diz o Detetive.

–E como podemos confiar na polícia? –Pergunta Nora, já que ele trabalhava para Hank.

O detetive Basso levanta as mãos com duas algemas, erguendo as sobrancelhas para Nora.

–Nunca trabalhei para Hank. –Ele entrega uma algema para cada policial enquanto fala. –Fazia parte da investigação. Há tempos que ouvia falar em mortes misteriosas, resolvi me infiltrar nos nefilins. –Sussurra ele para que os outros policiais não escutem a última palavra. –Não haverá mais nenhuma guerra, se não quiserem ir presos... –Ele estende a mão pedindo as armas para Patch, que entrega. -... E melhor nunca mais pronunciarem essas duas palavras: Anjos caídos e nefilins.

T R Ê S M E S E S D E P O I S:

Ainda era meio difícil de acreditar no que esta vendo. Patch sentado ao meu lado. Vee e Scott do outro se agarrando, as vésperas de seu casamento. Minha mãe apesar de estar sofrendo com a morte de Hank, também mantinha o sorriso no rosto, enquanto trazia a travessa da sua boa e sempre gostosa lasanha. Me sinto culpada por ela não saber toda a verdade sobre ele, mas ainda não estou preparada para contar.

–Pode começar a atacar. –Brinca Blythe.

–Fala sério! –Grita Vee. –Não posso comer lasanha hoje, se não o vestido não vai entrar.

Scott ri e beija a futura esposa.

–Você é linda de qualquer jeito. –Declara Scott.

Admiro os dois rindo, mas então percebo que outra pessoa esta me admirando, me pergunto se vai ser sempre assim, todas as vezes que Patch me olhar com aquele sorriso vou perder o ar?

Minha mãe nos serve, vendo que estamos todos muito ocupados namorando.

–Espero que já tenha pegado seu vestido, senhorita madrinha. –Diz Vee olhando diretamente para Nora, enquanto come.

–Não. –Responde ela comendo um pedaço da lasanha. –Patch, pode fazer isso para mim?

–Claro. –Diz Patch.

–Scott e eu vamos morar em uma casa... –Começa Vee.

–Não seja modesta, é uma verdadeira mansão. –Blythe diz.

–Ah... Você sabe, Nora. Eu sempre sonhei em morar em mansões, mas acontece... –Vee bebe um pouco de água.

–Acontece... –Nora espera que Vee prossiga.

–Que o aluguel é caro. –Vee fecha os olhos, esperando que todos se assustem, então começa a falar rápido: –Então por que não se casa com Patch e vem morar conosco.

Quase como se fosse combinado. Patch, Nora e Blythe se engasgam.

–Não que eu não queira me casar um dia. –Tosse Nora, enquanto Blythe e Patch tomam água.

–E não que eu não queira que vocês se casem. –A mãe de Nora olha para a filha e para Patch.

–E não que eu não te ame o bastante para um casamento. –Patch sorri para Nora, quase debochando da ideia de Vee, em morar todos juntos.

–Acontece que não me vejo com um vestido entrando em uma igreja, muito menos Patch de terno me esperando no altar. –Explica Nora.

–Mas é claro que se Nora quisesse... –Brinca Patch.

–Definitivamente, não. –Sorri Nora. –Não digo nunca, mas...

–Tudo bem. Tenho que ir antes que eu perca meu emprego. –Se levanta Blythe.

–Espera, senhora Grey. Será que pode nos dar uma carona? –Pergunta Scott.

–Claro. –Responde ela. Vee e Scott então se levantam.

–E melhor aparecerem na hora, ou colocaremos outros padrinhos. –Ameaça Vee.

Dois minutos depois de eles irem, quase que instantaneamente me viro para Patch, enquanto seus lábios já estão nos meus.

–Sabe o que isso significa? –Diz Nora em meio a mais um beijo.

–Isso envolve você e eu? Eu e você?

–Claro que não. –Se espanta Nora fingidamente. –Só queria te mostrar que pintei o meu quarto...

–Sendo assim, acho louvável.

Rapidamente os dois sobem as escadas, antes de chegar ao corredor já haviam se beijado duas vezes. Antes da porta do quarto três vezes. E antes de se jogarem na cama quatro vezes. Mas só o que fazem e encarar um ao outro.

–Eu te amo, anjo.

–Eu também... Eu te amo, Patch. –Diz Nora. –Mas agora, tem que buscar meu vestido, a loja vai fecha daqui a uma hora.

–Não pode me evitar para sempre. –Brinca Patch, alisando o cabelo de Nora.

–Ah eu posso, ande levante-se. –Nora ri. Mas antes que perceba Patch segura seus braços e passa por cima dela, seus joelhos escorados na cama. Seus lábios próximos dos dela.

–Você pode?

–Não, não posso. –Diz Nora enquanto o beija. –Mas não agora. –O empurra e levanta rindo.

Patch se levanta.

–Eu vou, mas volto. –E então a beija e sai.

Eu amo Patch, e é só o que consegui pensar nesse momento... Eu só espero que tanto amor não me leve à loucura, ou será que já me levou? Olho para cama e por um instante todo meu corpo congela, sobre o lençol branco, uma pena tão grande que se destaca, tão preta que chega a brilhar, o lugar que há poucos segundos atrás Patch estava deitado, agora temos uma pena. Então me pergunto; que pássaro seria tão grande a ponto de ter uma pena do tamanho do meu braço?

F i m.


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Notas finais do capítulo

E aí??? Espero de todo meu coração que tenham amado. E por favor não se esqueçam de dizer o que acharam, tanto da fanfic toda, mas do final. O último capítulo (AGRADECIMENTOS) já esta postado, não deixem de ler, POR FAVOR! Muito obrigado. Até mais, anjos!



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