Nerve Gear escrita por Amantak


Capítulo 14
Memories Of A Nightmare


Notas iniciais do capítulo

... oi? >.
Percebi que a cada vez que eu falo que vou tentar postar mais rápido eu demoro ainda mais pra postar :v Hehe... Desculpa ;u; Mesmo ;u;
O pior é que eu tento, mas minha vida parece uma montanha russa ferrada, então acaba acontecendo mil coisas e no final os dias vão passando, o capítulo fica de lado e vai avançando de pouquinho em pouquinho e no final já passaram 2 meses ou algo do tipo TuT
Mas aqui está o cap. então... Leiam? XD
Se esqueceram totalmente da fic ou algo do tipo, releia, releia o cap. anterior ou sei lá, mas vou continuar tentando postar mais rápido -mas de qualquer jeito desculpa se não conseguir ;---; -
Acho que é isso... malz x-x'



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–FUJAM! NÓS NÃO TEMOS CHANCES CONTRA ELES!

Estávamos sendo atacados por monstros visivelmente mais fortes que nós, de nível 93, que para falar a verdade não fazíamos à mínima idéia de por que estavam ali. Quer dizer, é estranho aparecer um monstro nível 93 no andar 46.

Nessa época, eu ainda estava em uma guilda. E todos estavam com o HP no amarelo ou vermelho, enquanto outros explodiam em prismas. Pode parecer apenas um jogo, mas seus sentimentos também são levados em conta. Você pode chorar. Ficar com raiva. Ficar alegre e comemorar. E naquele momento, lágrimas pesavam em meus olhos ao ver muitos jogadores que fiz amizade ali serem mortos pelas mãos de monstros que não passavam de uma armadilha.

Corria em retirada junto a alguns de minha guilda, quando um dos monstros alcançou uma de minhas melhores amigas que fizera ali. Sua barra já estava no vermelho, e mais um ataque e ela viraria pequenos prismas. O monstro a segurava pelo pescoço enquanto lentamente sua barra era zerada.

Falando assim parece dramático, mas mesmo que morrer ali significaria “fim do Beta Test” para o “tester”, e levando em conta as amizades criadas ali e todo o seu progresso, além de ser um jogo que as pessoas que jogavam gostavam muito, ninguém queria morrer. E eu não aguentaria ver alguém –que mesmo em tão pouco tempo ficou- tão próxima a mim morrer.

Foi assim que eu cometi um grande erro. Uma ação sem pensar, que levou a uma consequência pior do que aquilo que eu evitava.

Eu parei de correr. Eu dei meia-volta. E mesmo sabendo que minhas chances contra aquele monstro eram de 0,1%, eu fui. Eu tentei salvar minha amiga. Contanto que eu conseguisse salvar alguém que é importante para mim, não me importaria de “morrer”.

Eu comecei a correr na direção oposta, sacando minha espada e ativando uma habilidade qualquer. Enquanto isso, alguns de minha guilda corriam se questionando cada vez mais se aquilo era o certo. Se fugir era o certo. Fugir e deixar seus companheiros morrerem ali.

–YUKI! O QUE VOCÊ TA FAZENDO?! — Ele hesita em continuar correndo e se vira, observando o que diabos eu faria.

O que eu estava fazendo era a ação de uma idiota. Ignorar tudo e fazer o que eu achava que devia fazer. Mas eu também tinha um amigo idiota.

Me aproximo do monstro desferindo nele golpes -com habilidades- com a minha espada, descontando nele toda a minha raiva e ódio pelas mortes de companheiros ali. Minha visão estava embaçada pela água das minhas lágrimas que nadavam em meus olhos mergulhando para fora às vezes.

Eu mal estava causando danos no monstro. Meus golpes o acertavam e eram “fortes” (se não tivesse uma diferença de nível absurda, estariam causando grande efeito), mas ali, pareciam apenas como uma cosquinha no monstro. Ele mal estava ligando, mas depois de alguns golpes ele se perturbou. Quer dizer, já chega né? Acabar comigo era fácil ali. Ninguém –tirando os monstros- estava com um bom HP ali. Um golpe e já seria o suficiente para eu morrer, e então Game Over para mim.

O monstro finalmente soltou minha amiga, que caiu no chão com a barra de HP praticamente zerada, um mísero ponto vermelho que ainda a deixava viva. E se virou contra mim. Não tinha por que fugir. Não tinha por que não morrer ali. Quer dizer, qual o problema? Eu havia salvado a vida de alguém que era importante para mim e proporcionado mais tempo de jogo para ela. Já estava ótimo para mim. Eu seria apenas mais uma jogadora explodindo em prismas no meio do campo de batalha. Eu chegara até o andar 46, graças aos meus amigos. Eu passei bons momentos ao lado deles, que se tornarão lembranças de ouro. Eu estava feliz. Eu estava satisfeita. Era o suficiente.

Foi tudo tão rápido, mas para mim pareceu passar em câmera lenta. O monstro se preparando para me acertar. Eu calma me entregando e esperando pelo Game Over. Pessoas da minha guilda ajudando minha amiga e fugindo dali. Sobreviventes. Esperança. Esperança de alcançarem níveis superiores e coletar mais informações para ajudar na hora do jogo “de verdade”, o lançamento original e oficial, livre para todos. E por fim, meu amigo idiota recebendo o dano por mim, se jogando em minha frente. As lágrimas que eu então não conseguia mais sustentar sobre meus olhos, descendo e rolando sobre minha face.

“Desculpa”, ele disse.

E uma explosão de prismas. Mesmo em um jogo, parecia um pesadelo.

(...)

– Que dejavú, não?

Era ele. Aquele que me salvara do [Dead End], do temido “Game Over”. Aquele que devido a minha ação idiota, agiu como um idiota também. Aquele que me proporcionara mais tempo de jogo. Aquele que dera sua “vida” por mim. Aquele meu amigo que nem sequer contato eu havia conseguido.

Seu ID ainda era o mesmo.

– K-Kiragonw... Kiriha... Há quanto... Tempo.

Enquanto lágrimas surgiam em meus olhos, pude sorrir.

De algum jeito, foi difícil para aquelas palavras saírem de minha boca. Quer dizer... Havia passado um bom tempo, e em um momento inesperado ele aparece. Me salvando. De novo.

Todos estavam confusos, e sem me referir à cenas românticas clichês, parecia que só havia ele e eu ali.

Por ele ser acertado (e não eu ou Haya), ninguém morreu ali. Seu HP ainda estava verde, quase completo, e eu sinceramente não entendi por que o golpe de Sachi não o afetara nem um pouco. Sachi, que esgotara a capacidade da arma e agora teria que aguardar enquanto a mesma “se recarregava”, parecia confuso. Não, mais que confuso. Ele estava quase boquiaberto. É engraçado como o destino/o futuro pode mudar de uma hora para a outra, não?

– Francamente, você não aprende mesmo hein? — Kiriha diz dando um sorriso de lado, se levantando e estendendo a mão para mim e Haya nos levantarmos.

Não gostava de demonstrar fraqueza. Não gostava de deixar os outros me verem chorando, mas meus olhos já estavam marejados. Sem pensar duas vezes, eu o abracei. Seu novo avatar continuava sendo mais alto que eu, e agora tinha cabelos negros bagunçados que chegavam a cair sobre seus olhos vermelho-sangue e a pele um pouco pálida. Porém, sendo quem ele era, sua aparência lembrava mais a de um coelho-caçador do que a de um vampiro.

Com seu jeito protetor e orgulhoso ele respondeu ao meu abraço, e minhas lágrimas aos poucos desapareciam pelo tecido de sua camisa por baixo da armadura de titânio.

–Faz tanto tempo...

–E você pelo visto não mudou nada. — Ele diz brincando, me soltando do abraço.

–Eu estava ajudando meu amigo! — Digo em minha defesa, percebendo em seguida que foi a mesma coisa na última vez.

Ele apenas sorri confiante, notando que eu também havia percebido esse detalhe.

–De qualquer jeito... Obrigada. De novo. — Digo como quem incomodada, com a testa franzida.

Ele ri e responde com um “Disponho”.

Percebo que Haya e Sachi ainda estavam sem entender nada.

–Ah, claro! Hayato, esse é o Kiriha. Kiriha, meu amigo Hayato. — Digo os apresentando.

–Prazer. — Eles se cumprimentam sorrindo.

–Obrigado mesmo, eu acho que se não fosse por você a Yuki teria morrido por mim, e eu não me perdoaria por isso. — Haya diz agradecendo mais uma vez.

–Eu que não me perdoaria se você morresse, idiota!

A relação entre eu e Haya parecia estar melhor, levando em conta a nossa última conversa. Ah sim! O motivo de eu ter entrado! Eu devia explicações a ele!

–Haya, ele... — Respiro fundo, tentando manter a calma. Não gostava de tocar no assunto. Muito menos me lembrar desse... “pesadelo”. — Ele foi do beta test comigo. — Me viro para Kiriha enquanto continuava — E-Eu fui idiota e agi sem pensar. Eu arrisquei minha vida lá para salvar uma amiga minha e quando eu ia morrer ele se sacrificou por mim. — Volto a me virar para Haya — Eu não sei por que escondi isso de você. Eu fui sim uma beta tester.

Eles apenas ouviam, sem falar nada. Kiriha nem devia estar entendendo o que eu estava falando com Haya, mas o importante era que de fato, eu estava me explicando. E isso tirava um grande peso de minhas costas.

–E sobre eu sumir do nada, por favor, não pense que eu fugi para não precisar te explicar nada! A culpa foi daquele idiota ali! — Eu disse rápido enquanto apontava para Sachi a alguns metros de nós tentando entender alguma coisa do diálogo e/ou da situação. — Aliás, o que diabos você tava fazendo?! Surtou de vez?! — Digo com certa raiva na minha voz, enquanto ia em direção à Sachiya.

–E-Eu apenas me vinguei! Ele que me provocou! — Sachi diz se defendendo como uma criança, apontando para Haya que no mesmo instante ficou com uma expressão de quem acabara de ouvir algo absurdo.

–O que eu fiz para você cara? — Haya pergunta tentando entender as coisas.

–V-Você... Você... — Sachi parecia profundamente irritado, como quem estivesse se lembrando de algo não agradável desviando seu olhar entre eu e Haya. Ele não teria... Certo? –V-Você abusou da minha prima!

Todos ficaram com uma expressão de “Que?”; Kiriha trocando seu olhar entre nós três, com uma expressão de quem estava começando a se divertir com a treta.

Haya não conseguiu controlar o riso.

–E-Eu o que?

–Você sabe muito bem do que eu estou falando!

–Olha, que eu saiba eu não fiz nada absurdo. — Ele diz dando pequenos risos com as mãos para os alto como quem estivesse livre de culpa.

–A partir do momento em que você toca na minha prima você já está fazendo algo absurdo.

–Ehh... Oi? O que você está querendo dizer Sachi? Acha que só porque é meu primo tem direito de mandar em mim e me isolar de tudo e todos?

–Ele te beijou! Você continua o defendendo?!

Então era isso. Ele realmente vira. Será que... é por isso que Haya estava tão nervoso? Talvez ele estivesse hesitando em fazer ou falar qualquer coisa pois se sentia observado... Então mais uma vez é tudo culpa do meu primo... Haha.

Eu estava normal, sem reação pelo seu comentário, pensando em como o responder. “Eu o amo!”... Nah, meloso demais. “Me esquece!”... Não, eu sofreria consequências depois. E então meu olhar se cruzou com o de Kiriha. E foi ai que eu congelei. Oh Deus, o que ele havia escutado?!

Eu não tinha nenhuma relação com ele, quer dizer, ele era apenas um amigo, quase um irmão, mas aquele olhar de “Haha, Interessante. Então você está sendo disputada” ou algo do tipo me fez ficar vermelha. E então reparei que Haya também estava um pouco. Afinal, olha o rumo que a conversa foi parar!

Respiro fundo e tento responder Sachiya para dar um fim naquela conversa.

–N-Não... O que você fez não tem explicação. Você não tem ou tinha motivos suficientes para fazer o que fez.

Sei que quando voltasse ao mundo real me arrependeria do que fiz, mas segurei a mão de Haya e puxei Kiriha pelo braço, nos levando para fora do beco e nos afastando de Sachiya.

(...)

Sachiya P.O.V.

Mais uma vez uma distância entre mim e Yuki era formada. Mas, apesar de tudo, ainda não aceitava o fato de não conseguir o coração dela. Quer dizer, o que ela tem de especial? Por que tem que ser tão “difícil”? O que aquele garoto tinha que eu não tinha?!

Com o canto do olho, consigo ver Hanamura se aproximando.

–Agora você aparece, né? — Digo irritado.

–Haha, desculpa... — O garoto diz coçando a cabeça enquanto se aproximava sem graça. — Não gostaria que a Yuki descobrisse que eu estava envolvido. De certa forma, minha ficha está “limpa”, é só o garoto não me mencionar na história. Apesar de que eles parecem até já ter esquecido o assunto. — Ele diz enquanto observava de longe os três se divertindo com a guilda.

–Muito divertido seu jogo, garoto. Cria um plano e deixa o trabalho sujo para os outros. E no final ainda sai imune, enquanto eu fico ainda mais distante dela. — Digo ironicamente, me segurando para não dar uma surra nele ali mesmo.

–Ah, mas vocês nunca se darão bem mesmo... A relação de vocês continua a mesma, não é? Nada mudou. — Hanamura diz, indiferente.

–Ora seu... — Cerrava meus punhos, tentando me controlar. Já estava chegando ao meu limite. Ele estava me provocando ou o que?

–Além de que você teve seu “momento vingança” — Ele diz fazendo aspas com os dedos — com o garoto lá, então nem venha ficar irritadinho comigo.

Realmente, disso eu não podia reclamar. Foram ótimos minutos, em que pude descontar minha raiva naquele desgraçado enquanto ele ficava lá, indefeso. E ele foi tão fraco a ponto de precisar que a Yuki o defendesse, haha!

–Bem, se me da licença, vou acertar minhas contas com o Haya. — Hanamura sai andando, me deixando para trás ali sozinho no beco. No final, eu fui o mais prejudicado.

(...)

Hanamura P.O.V.

Precisava me acertar com o Haya antes que a situação ficasse ‘ruim’ para o meu lado. Vou andando até eles, deixando o idiota do primo da Yuki para trás, e quando chego a um ponto onde eles pudessem me ver, começo a correr até eles, forçando algumas lágrimas.

–GYAAAAAAH!!! — Grito chorando enquanto abraçava a cintura/barriga do garoto — DESCULPA! DESCULPA! DESCULPA! EU FUI FORÇADO! EU NÃO QUERIA FAZER NADA DAQUILO!

–H-Hey? C-Calma... — Haya diz assustado com o desespero do garoto, enquanto afagava seus cabelos tentando o acalmar. Logo, ele o reconhecera, mas não dissera nada.

–H-Hana, tá tudo bem? Calma... — Yuki diz em seguida, se preocupando comigo.

–D-Desculpa, eu me sinto mal por ter contribuído com isso, eu não sabia o que ele queria fazer, eu fui inocente demais! Se eu soubesse que ele queria matar um jogador... Me perdoa!

Haya não parecia entender muito a situação, mas o perdoou. Yuki por outro lado se mostrava totalmente confusa, enquanto o outro garoto que parecia já conhecer ela estava com a guilda novamente, que observava curiosamente a situação. Quer dizer, seu líder estava chorando e implorando por perdão!

–Hana, está tudo bem. — Yuki diz com seu sorriso gentil para mim.

E resolvido. Sem efeitos negativos para mim. Quer dizer, use o que você tiver e souber fazer ao seu favor, não?

Yuki P.O.V.

Apesar de tudo, ainda tinha algo que me incomodava. Isso é, como Kiriha apareceu do nada no lugar certo e na hora certa? E como ele não havia sofrido nenhum efeito com o dano de Sachi?

Hana voltara à guilda, que parecia chocada por ter visto seu líder demonstrando “fraqueza”. Não havia sinal de Sachi, e Haya conversava com um garoto da guilda. Aproveitei o momento para tentar ganhar algumas explicações. Mas a melhor coisa era que mesmo depois de tanto tempo, ele voltara! Eu tinha meu amigo de volta.

–Kiriha... Pode tirar umas dúvidas minhas? — Pergunto me aproximando dele que estava sentado sobre algumas pedras próximas ao beco observando de longe a relação agradável entre as pessoas da guilda.

–Yuki! Ah, sim, claro! Pergunte. — Ele diz sorridente enquanto eu me sentava ao seu lado.

–Antes, obrigada de novo... Por aquele dia, e por hoje.

–Haha, esquece isso! Tá tudo bem, eu já disse. Não me arrependo do que fiz.

–Mas você sacrificou seu tempo de jogo por mim!

–E você sacrificaria o seu pela a sua amiga. É a mesma coisa, no final.

É, vendo por este ponto talvez ele estivesse certo. Ele fez por mim o que eu faria por ela. Talvez ele fosse que nem eu. Preferisse morrer a ver seus amigos morrendo.

–E... E como você apareceu ali, no lugar certo e na hora certa?

–Haha, na verdade não foi nada incrível, foi só coincidência mesmo. Às vezes quando a guilda está descansando eu dou umas voltas por ai, e ai eu vi a confusão que estava no beco, e vi seu ID que por sinal você manteve o mesmo e...

–P-Pera, você faz parte da guilda do Hana? — Pergunto surpresa, o interrompendo sem querer.

–Hehe... Sim. — Ele coça a cabeça sem graça. — Vocês já se conhecem?

–E-Ele se transferiu para a minha escola e acabamos nos conhecendo... — Respondo um pouco distraída enquanto outras mil perguntas surgiam em minha mente. Tento manter o foco.

–Sério? Que foda! Vocês se conhecem no mundo real! — Ele diz surpreso.

–Eh-É... M-Mas me diz... C-Como você conseguiu que o ataque do Sachi não lhe causasse nenhum dano? Sua barra de HP se manteve a mesma o tempo todo...

–Ah... Ah! Acabei pegando a habilidade Holy Sword/Divine Blade. Você sabe, permite que eu alterne livremente entre ataque e defesa permitindo defesa impenetrável caso tenha um escudo e tal...

Ah sim... Agora faz sentido.

–Incrível! Essa habilidade é uma das únicas né?

–Sim. Acho que os que ganharam habilidades especiais foram os betas e alguns jogadores novos aleatórios. Por falar nisso, qual a sua? Deve ser tão boa quando a minha. — Ele explicava, sempre com seu sorriso de lado.

Entendi...

–Dual Blades...

–Wow! N-Não me diga que você conseguiu obter o lugar de jogadora com maior velocidade de reação...! — Ele dizia com os olhos brilhando.

–Hehe... Pois é... Acho que depois que você se sacrificou por mim eu fiquei mais forte... Tinha em mente que você tinha aberto mão do seu tempo de jogo para eu ter mais, então eu tinha que aproveitar, e de certa forma acabei ajudando outros lá. Sabe, não deixar sua morte ser a toa.

Ele sorri e passa seu braço pelas minhas costas, me puxando pelo ombro para si mais ou menos em um abraço.

–Sabia que tinha feito à coisa certa. — Ele brinca orgulhoso enquanto bagunçava meus cabelos azuis e me “largava”.

–E-Ei!

E então rimos. Como nos velhos tempos... Por que meus amigos virtuais não moravam próximos a mim a ponto de eu poder vê-los com frequência no mundo real?

Ah sim! O contato! Nossa... Quase me esqueço...

–Hey, antes que eu esqueça, seu contato, por favor. — Digo brincando como quem exigindo algo, “séria”.

–Haha. Meu nome no mundo real é Kiriha Yagami e tenho 16 anos. Moro com meu pai em Shinjuku. Mais alguma pergunta, senhorita? — Ele diz brincando, “sério”, como quem dando uma ficha.

–Shinjuku?!

COMO ASSIM? SÉRIO ISSO? ELE MORAVA PERTO DE MIM? ELE SEMPRE ESTEVE ALI, NÃO TÃO DISTANTE?

Pela primeira vez um amigo que eu conhecera em um jogo não morava longe...? Okay, era um sonho. Certo?

–Eh... Sim...? — Ele parecia não entender o porquê de de repente eu ficar tão agitada.

–E-Eu também moro em Shinjuku...

Os olhos de Kiriha se arregalaram do mesmo jeito que os meus ao perceber que poderíamos nos ver no mundo real também, e não só no jogo.

–N-Não brinca!

–Não tô brincando! — Eu disse quase dando pulinhos de alegria. Eu já conhecera uma amiga virtual uma vez. Acredite, é uma das melhores sensações do mundo.

Ele parecia tão feliz quanto eu.

–Ok, ok... Mas agora sua vez de dizer sobre você.

–Eh... Não tenho muito o que dizer... — Rio. — Hm... Meu nome é Yuki Matsui, fiz 16 anos recentemente, moro com meus pais e meus irmãos, sou da mesma turma que o Hana na escola e também sou prima do idiota do garoto que estava nos atacando e que você nos defendeu.

–Pera... Ele era seu primo? — Ele perguntou como quem confirmando um pouco perdido. Devia estar se perguntando algo como por que diabos eu e meu amigo estávamos sendo atacados por um primo meu.

–É... Família não se escolhe, né? — Rio.

–E aquele seu amigo...? — Ele pergunta me zoando com um sorriso malicioso.

Fico um pouco nervosa e acabo rindo.

–Meu melhor amigo virtual.

–Parece ser mais que um amigo... — Ele brinca malicioso me provocando.

–Cala a boca! — Rio.

Aproveitamos o reencontro para nos adicionarmos no jogo e trocarmos nossos números de telefone para nos falarmos depois no mundo real, e depois disso ele precisou deslogar, deixando eu, Haya, e a guilda para trás.

Fiquei um pouco me divertindo com Hana, Haya e a guilda -que era bem amigável-, e não demorou muito para eu precisar deslogar também. Claro, além de ainda precisar achar um lugar para Meia-Noite, teria de me acertar com Sachi, e sinceramente, não sabia se ficava insegura ou irritada.

≪SAIR≫


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Notas finais do capítulo

Já comecei a fazer o próximo capítulo, mas aqui nas notas finais vou tentar explicar resumidamente o que acontece para eu demorar a postar:
1) Começo
2) Fica pequeno
3) Procuro mais idéias
4) Continuo
5) Continua pequeno
6) Busco mais idéias
7) Algo acontece
8) Continuo e finalizo
9) Reviso algumas coisas
10) Posto, e com isso tudo já passaram 2 meses xux

É isso :v Até o próximo ~
(Se é que alguém acompanha, pois eu entendo que com minha demora muita gente deve desistir de ler TuT)

Ah, e agradecimentos especiais para meus amiguinhos que colaboram com a criação da fic me dando idéias aleatórias :v Leo, Gus e Cleytenho qq Amo vcs



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