Reyna

Rachel passou vários segundos me encarando depois de ela falar o obvio, tínhamos um problema, ainda não sabia qual mais ela não falava. A sra. Dare apareceu no quarto poucos minutos depois com a noticia que teriam que ir para Nova York em meia hora, e que amanha nos veríamos novamente. Uma forma educada de me mandar embora

E foi o que fiz.

Pelo resto do dia quase morri tentando descobrir o que Rachel queria dizer. Mas sabia que só descobriria amanha.

Na manha seguinte acordei mais cedo que o normal. Tudo já estava arrumado, vesti apenas um vestido listrado e colorido, e um cinto na cintura, pus as meias calça, tentando adiantar o trabalho de vestir o uniforme na escola. Pus botas e vesti um casaco, pegando a mochila com as roupas. Corri pelas escadas tentando encontrar Hylla para me levar a escola.

–HYLLA- gritei

–Reyna, shi! Mamãe esta dormindo. – disse ela- O que esta fazendo já pronta, mamãe só vai leva-la mais tarde.

– Me leva hoje? Por favor- pedi

– Ok, ok.- ela disse-Mais vamos passar em um café antes ok?

– Ok, já deixei uma mensagem para a nossa mãe.

Ela assentiu enquanto pegava a sua bolsa e o casaco.

Siamos as duas pela porta e entramos no carro. Hylla logo ligou o radio.

Começamos a cantar desafinadamente. E riamos, quando éramos pequenas fazíamos exatamente isso. Eu sentia tanta falta daquilo mas não havia percebido.

Havíamos nos afastados alguns meses após a morte do nosso pai. Hylla havia assumido a casa e eu a função de ser alguém na vida.

Compramos o café e alguns minutos depois fui deixada na porta do colégio com uma mochila nas costas.

– Obrigada Hylla

– Não disponha maninha.

Sorri e adentrei o colégio.

–Senhorita Hale.- disse uma voz conhecida, o Sr. D- Já chegou tão cedo?

– Sim, preferi vir adiantada hoje- dei um sorrisinho para ele que não foi retribuído.

– Tudo bem. Sua mãe, Betina, disse que queria me entregar algo e mandaria por você, trouxe Lorena?

– Hum... Sr. D é Belona e eu me chamo Reyna.- disse e ele deu os ombros murmurando um tanto faz- Sim trouxe, é sobre o incidente com a senhorita Chase.

– A smurf ou a Annabel?

– A Ashley- ele me olhou como um expressão de duvida- Smurf!

– Obrigada Hylla.

– O que? Esse é o nome da minha irmã.

Si andando batendo o pé, que direito é aquele?

Respirei fundo e adentrei o meu dormitório/casa. Jogo a mochila dentro de um dos guardas roupas e pego meu uniforme escolar.

Com cuidado, após ter me trocado, me examino no espelho. Eu usava uma camisa da escola, aberta revelando a blusa regata branca por baixo. Uma saia azul curta, combinada com meia calca preta e por ultimo um coturno preto. Meu cabelo estava preso em uma traca mal feita que deixava fios por todos os lados.

Passei um pouco de lápis e peguei os vários livros e comecei a descer, afinal o sinal estava preste a bater.

Não achava Rachel em lugar nenhum, suspirei, e fui ate a sala de vídeo, sentando no fundo já esperando um daquele documentários terríveis.

O vídeo já estava quase com 20 minutos quando um figura ruiva passou pela porta, usava a tradicional saia azul do colégio, uma camisa meio amassada, a gravata não estava presa certa, as meias eram cheias de bolinas. E o cabelo estava preso por dois lápis. Olhei para ela, era incrível como era bom ver ela sendo a R.E.D. novamente.

Todos a observava, o que a ruiva dos infernos ignorou e se sentou ao meu lado.

– Me lembre de nunca mais acreditar na minha mãe- acrescentou

– Pode deixar RED-disse

– Okay RARA- ela disse e ambas rimos.

– Senhorita Dare e Senhorita... Reyna, por favor- pediu a professora Minerva.

– O que queria me contar? –sussurrei

– Reyna- alertou Minerva novamente- sem conversa.

– Drew- ela disse

– Já para fora as duas- esbravejou a professora.

– Mas...

– Nada, vai para fora agora.

Suspiramos e recolhemos nosso matérias e saímos.

– Ficaram aqui ate o final da aula, depois diretoria.

– Sim senhora

Ela bufou e entrou na sala novamente.

– Isso foi- disse Rachel a ponto de rir.

– Terrível- disse

Ela fez um ruído, provavelmente o começo de uma risada mas logo tampou a boca.

– RED o que queria me dizer?- perguntei

– Bem é o seguinte. Somei 2 mais 2 e percebi o seguinte. Foi tudo a Drew o tempo todo, nós eram peça no seu jogo Rey- Disse Rachel.

– Como assim?- perguntei

– O termino do Percy e da Annabeth.

– Oi?

– Alguns dias depois daquela confusão o Percy veio tirar satisfações comigo me culpando pela final do relacionamento dele.

– E você não fez isso?- perguntei também ligando os pequenos pontos obscuros

– Não.- disse- A prisão da Ashley, a iniciação da Calypso, tudo. Tudo tinha um dedo dela.

– Mas porque?- perguntei

– Não sei, mas precisamos dar um jeito nisso logo- ela disse

– Tenho uma ideia- disse

Annabeth

A terceira aula havia acabado e todos já se retiravam, durante os três primeiros horários senti o olhar dele sobre min, não que fosse a primeira vez mais me incomodava, profundamente. Primeiro me humilhava, depois ficava me encarando com cara de cachorro babão. Fala serio...

Respirei fundo e atravessei os vários corredores da escola, ate que tamparam minha boca. Me debati, mas a pessoa era mais forte, fui arrastada ate o armário do zelador.

Quando soltaram minha boca comecei a gritar:

– Quem pensa que é me solte seu babaca- mas os olhos verdes me chamaram atenção- Jackson?

– Sim- ele disse

– Como ousa?

– Annabeth preciso falar com você- ele disse.

– Bem você precisa, mas eu não quero- cruzei os braços sobre o peito, ele parecia observar cada pequeno movimento meu com um certo fascínio.

– Annie ...

– Te dei autorização para me chamar de Annie?

– Deu sim na verdade.

– Então esqueça para você sou a senhorita Chase ou talvez Annabeth Chase o mais formal possível.

– Annie

– Cal a boca

– Annie

– Não ouse falar mais uma vez.

–Você fica linda quando fica brava- ele sorriu, aquele sorriso... Se concentra Annabeth- Annie.

– Você passou dos limites Perseu Jackson- bufei.

Tudo aconteceu rápido demais, minha mão voou em direção ao rosto dele, ele a pego antes de chegar. E como segurava meu braço me puxou ate ele.

– Me solta...

Mas as palavra morreram no ar, pois seu lábios alcançaram o meu, e o mundo parou de existir.

So existia eu e Percy. E nada mais. Eu me derretia sobre ele, e ele sobre min. Meus músculos relaxaram pela primeira vez em meses. Era como se eu voltasse a respirar.

Era magico, ele me puxou para perto, me alinhando contra ele, acariciava minhas costa e eu mantinha as mãos em seu pescoço.

Nosso lábios dançavam em sincronia.

Suspirei levemente.

Entao meu corpo reagiu, me afastei dele e lasquei um tapa em seu rosto, deixando uma marca vermelha.

– Nunca mais me toque- gritei, saindo do armário.

Meus lábios latejavam sobre a pressão de Percy Jackson.