A Culpa é das Estrelas escrita por My Hobbit


Capítulo 3
Capitulo 3: Esperança


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais um capitulo... Espero que gostem! Não saiu muito como eu esperava, mas saiu.



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Abri meus olhos, sentindo a luz forte bater, e os apertei os fechando sentindo um ardor em minha garganta. Novamente abri os olhos com a vista embaçada, molhei meus lábios com a língua com um pouco de saliva que ainda me restava. Cocei os olhos, sentindo tudo voltar ao normal, e lá estava eu de novo, deitada em uma cama de hospital.


Olhei em volta, percebendo que minha mãe não estava no “meu” quarto. Encarei o teto branco por alguns segundos, suspirei, e sentei-me na cama com certa dificuldade. Estiquei-me até a mesa do lado da minha cama pegando o copo d’água com as mãos tremulas. Retornei o copo em minha boca, sentindo a água queimar minha garganta, tossi fraco, e deixei o copo na mesa.


Encarei a porta que foi aberta por minha mãe, Emma F. Swan. Ela sorriu ao, me ver acordada e se aproximou de mim, me dando um daqueles abraços calorosos que só mãe poderia dar.


— Fiquei preocupada, Quinn... – falou acariciando meus cabelos, abraçada comigo.
— Estou bem agora. Só estou com fome! – disse e meu estômago roncou.
— Percebi. – riu – Vou buscar algo para você. – disse levantando.
— O.K... – sussurrei a vendo desaparecer pela porta.


Eu estava no hospital onde eu quase morri ontem à noite depois de uma discussão idiota com meu vizinho irritante, Brody. Boa parte de culpa foi minha, por estar com raiva de minha mãe, que resolveu que eu estava deprimida, provavelmente porque quase não saia de casa – com minhas duas melhores amigas –, passava horas na cama, lia o mesmo livro várias vezes, raramente comia e dedicava grande parte do meu tempo abundante pensando na morte.


Sempre que você lê um folheto, uma página da Internet ou sei lá o que mais sobre câncer, a depressão aparece na lista dos efeitos colaterais. Só que, na verdade, ela não é um efeito colateral do câncer. É um efeito colateral de se estar morrendo. Mas a mamãe e minhas amigas (traidoras) achavam que eu precisava de tratamento, então elas me levaram ao meu médico comum, o Jim, que concordou que eu, de fato, estava em uma depressão paralisante, portanto, ele ia trocar meus remédios e, além disso, eu teria que frequentar um Grupo de Apoio uma vez por semana depois da escola.


O Grupo de Apoio – não tanto assim – era muito deprimente, óbvio. A reunião acontecia no hospital onde eu me travava, em uma sala vazia no terceiro andar, na Allá das crianças com câncer.


O Líder do grupo se chamava David, o único naquele lugar com mais de dezoito anos, falava sobre ter tido câncer nas bolas todo raio de reunião, sobre como nós, jovens sobreviventes de câncer, deviríamos agradecer Cristo por estarmos vivos, e tal.


Era assim que acontecia no Grupo de Apoio: os seis ou sete ou dez de nós chegávamos a pé ou de cadeiras de rodas, comíamos um pouco dos biscoitos que a Sra. Clarice – uma nova enfermeira – preparava junto com limonada. Sentávamos na “Rodada Esperança” e ouvíamos David contar pela milésima vez a história ultradeprimente da vida dele, qual ele ia morrer, mas não morreu, e ali estava, já adulto, sozinho, no porão da própria casa, esperando pela morte da qual ele escapou anos atrás.


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— Aqui está querida! – minha mãe me tirou dos meus pensamentos. Encarei a bandeja cheia de comida e sorri, vendo o bacon que eu amava.
— Obrigada, mãe! – disse e ela sorriu.
— Nós vamos voltar hoje para casa... – ela falou – Você dormiu por dois dias.
— Sério? – arregalei os olhos – Devia ter ficado mais. Assim me livraria do Grupo de apoio!
— Pare de idiotice, Quinn. Aposto que é superdivertido lá! – falou animada e eu ri.
— Claro! Muito divertido! – disse irônica, ela ia retrucar mais a porta se abriu.
— Como vai minha paciente favorita? – Dr. Robin Insuportável Hood entrou sorrindo, não se engane ele dá em cima da minha mãe.
— Ela está bem. Estava dizendo a ela que podemos ir embora hoje! – Mamãe respondeu sorrindo para ele que retribuiu.


Fiz careta, não quero que ele seja meu padrasto. Prefiro morrer a ver os dois juntos. Aff, só de imaginar me da câncer. Pera! Eu tenho câncer, hahahaha.


— Isso mesmo, Quinn. Mas você precisa repousar, e sem brigas mocinha! – falou dando um sorriso gentil.
— Não tenho culpa se meu vizinho é um pé no saco! – disse e minha mãe riu baixo.
— Bom, só vim avisar que você já está liberada. – ele disse encarando a prancheta.
— Obrigada, Robin! – mamãe sorriu gentil para ele que deu um sorriso sexy, ou tentou.
— Se precisar é só chamar! – falou dando um aceno saindo do quarto.
— Até que em fim ele foi embora – me levantei da cama – Ele me da náusea!
— Pare com isso, Quinn. Ele é legal! – mamãe o defendeu e eu revirei os olhos.
— Ele é só mais um idiota. Como todos os outros! – retruquei e entrei no banheiro.


[...]


O rádio do carro tocava a música animada da Rihanna, mamãe a adorava. O caminho de carro para casa durava uns quinze minutos, e nesses quinze minutos mãe divagou que eu precisava parar de brigar com o meu vizinho irritante, e me divertir mais com minhas adoráveis amigas e parar de reclamar sobre o grupo de Apoio, que não me apoiava em nada.


O carro estacionou em frente a minha casa, pulei do carro me livrando da bronca da minha mãe. Abri o pequeno portão de casa, e avistei meu vizinho Brody, que infelizmente sorria para mim.


— Já voltou Quinn? – perguntou. Pergunta mais idiota!
— Não, ainda tô no hospital, não tá vendo? – retruquei rude e ele sorriu.
— Quinn!
— Tá, tá, já vai! – bufei abrindo a porta de casa, em seguida, ouvi minha mãe se desculpar com o meu vizinho idiota.
— Você tem que para com isso, Quinn. Ele só estava sendo gentil! – disse indo até a cozinha, eu a segui a vendo beber um copo d’água.
— Até parece. Eu só respondi a pergunta idiota que ele fez! – me defendi.
— Sei.
A campainha tocou, e eu corri para atender. Abri a porta vendo minhas duas melhores amigas se jogando em cima de mim, me deixando sem ar.
—QUINN! – gritaram se afastando e eu pude finalmente respirar.
— Nossa tudo isso é saudades? – perguntei debochada e elas reviraram os olhos.
— Não se acostume Fabray! – Santana disse ameaçadoramente.
— O.K!
— Eu fiquei preocupada, Quinn! – Britt disse me abraçando fortemente.
— Eu também Britt! – disse a abraçando forte, mas nos separamos com o olhar de Santana.
— Fique longe da minha namorada, Fabray! – falou rouca e eu sorri.
— Pode deixar senhorita Lopez! – disse dando um beijo na bochecha dela.
— Droga! PRECISO ME DESENFETAR!! – limpou a bochecha fazendo careta e eu ri.


Santana Lopez ou Satanás tem 17 anos, e é minha amiga desde meus 11 anos de idade. Nós nos conhecemos na escola. Ela é morena alta, de cabelos negros lisos, seus olhos castanhos escuros e sua voz super-rouca e curvas impecáveis que chamam muita atenção. Santana não é uma pessoa muito gentil, sempre brigando com alguém, respondona, sarcástica e muito irônica. Mas é domada por Britt, minha amiga e namorada de Santana.


Britney Pierce é diferente de Sant, é muito mais gentil, carinhosa, divertida e infantil. Tem 17 anos e estudamos juntas. É loira, alta de olhos azuis, curvas incríveis, e a voz doce, ama dançar. Conhecemos Britt em uma festa de aniversário de 13 anos de um dos nossos colegas, foi ai que nossa amizade foi crescendo e nos tornamos melhores amigas. Britt e Santana eram apaixonadas uma pela outra, mas não confessavam isso, então eu entrei em ação.


— Quinn... Quinn, tá tudo bem? – Britt chacoalhou meus ombros.
— Tá tudo bem. Só estava me lembrando de algo! – sorri e ela retribui.
— Ótimo, além de ser lunática agora está dando uma de maluca! – Satanás ironizou e eu revirei os olhos.
— Santana Lopez, peça desculpas! – Britt mandou e Santana bufou.
— Me desculpe Quinn! – se forçou para ser gentil e eu ri.
— Quinn, quando você disse que Santana Lopez tinha sido domada eu não acreditei – minha mãe falou e eu ri – Agora vejo que você falou a verdade! – fez uma cara dramática.
— Isso é mentira! – Sant cruzou os braços emburrada.
— Santana, amor vem cá! – Britt gritou da cozinha.
— Já vou Baby! – disse doce e eu e a mamãe rimos.


[...]


Depois da visita das minhas amigas, fui direto para meu quarto descansar. Abri a porta a fechando e andei até minha cama e deitei, estava frio naquela noite.
Encarei minha sacada vendo meu telescópio parado lá fitando as estrelas. Levantei-me indo até lá, pôs meus olhos sobre o buraco de vidro e encarei a constelação de Orion. As estrelas aquela noite chamejavam ainda mais do que três dias atrás, sorrir ao ver Marte pelo telescópio.


Eu simplesmente amava Astronomia. Meu sonho é poder me tornar uma Astrônoma algum dia e, eu acredito que tenho a capacidade para isso... Daí vem à pergunta: por que justo a Astronomia? Bem, eu sempre gostei de observar as estrelas quando criança (eu poderia odiar a chuva, mas gostava muito do céu iluminado pelas estrelas à noite). Eu queria saber o porquê delas ficarem ali o tempo todo... Eu queria saber dos planetas, das galáxias, das constelações tudo o que também envolvia as estrelas. Hoje, eu tenho bastante conhecimento sobre tudo isso, e pretendo ter muito mais para que eu possa me tornar uma completa Astrônoma, mas sei que esse dia nunca ira chegar, eu estou morrendo. E eu sei que isso exige anos de conhecimento e estudo, anos quais eu não vou poder chegar.


“A Astronomia é grandiosa pelo que é e belíssima pelo que sabe fazer: fazer-nos maravilhar, também, a cada dia, a cada descoberta, com muitos dos seus mistérios…”.


Essa é uma das frases em que mais me identifico. É tão bom poder maravilhar-se com os mistérios da Astronomia, e é melhor ainda quando são descobertos após tantas teorias.


E eu queria descobrir sobre o porquê das estrelas me transmitirem tanta esperança?


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Notas finais do capítulo

Ficou bom? Ai meu Deus comentem! Espero que tenham gostado!



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