Ainda analisando o envelope, cautelosamente, mas o cuidado foi pouco, o envelope se rasgou. Mas nele, havia algo escrito, algo escrito por dentro. O envelope dizia:

Caro leitor da família Williams (provavelmente é você, Drake), você não me conhece, mas eu o conheço mais do que você imagina. Se você leu isso, você achou o mapa. Se você é realmente dessa família, você vai sair correndo para descobrir do que os tesouros do mapa se tratam.

Atenciosamente,

seu avô, Harry Williams.
P.S.:Não vá sozinho em busca do tesouro. É perigoso. E não conte para ninguém além da pessoa que você irá levar.

Bom, se não era pra ir sozinho, Drake precisava de alguém. Talvez seu irmão, Toby, era corajoso, mas com certeza contaria para alguém. Pensou em Âmbar, ela era corajosa, mas havia saído naquela manhã, e não sabia se voltaria no mesmo dia. Ele precisava ir o mais rápido possível. Só restava Zoe, ela não contaria o segredo, mas era medrosa. Drake conseguiria convencê-la. Logo depois de pensar sobre quem levaria, correu para a casa dos Hills.

Bateu na porta, ofegante. Logo e seguida, Zoe atendeu:

–Zoe, eu achei um mapa e uma carta. Parece que River Valley esconde mais segredos do que imaginamos. Eu preciso de alguém pra ir comigo.

–Cara, será que é realmente verdade? Será que não foi mais uma pegadinha do Toby?

–Acho que não, ele tem pavor daquele sótão.

–Tá, eu vou então.

–E Âmbar?

–Ela saiu com o namorado dela, o Joe.
Joe, esse nome lhe era familiar. Joe, da escola, o garoto bonitão de cabelos castanhos cacheados, olhos verdes, físico invejável, e desejado por todas as meninas, menos por Zoe. Era estranho, Âmbar não tinha tanta ligação com Joe, nem com o pessoal popular. Mas enfim, Drake pediu para Zoe, algumas lanternas, casacos e velas, se algo desse errado. Estava realmente frio naquele dia. A neve caía, o vento soprava e a rua estava deserta, mais do que o normal. Zoe voltou com as coisas, logo eles saíram em direção à primeira parada: a casa do cemitério.