In The Line escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Finalmente último capítulo. Gente, escutei tanta coisa de vocês...
Mas vocês são muito apresados, nem sabem o que iam acontecer. Parece até que alguém ficou postando fotos em um grupo dando spoilers do capítulo de hoje.
Capítulo dedica a Bia que recomendou a fic.
Boa leitura.



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– Ei. – Disse Blaine quase inaudível para Kurt. – Te trouxe um café. Mocha light. – O moreno sentou ao lado do castanho.

Os dois estavam no hospital de Los Angeles. Já havia três horas que eles haviam saído do letreiro e duas que eles haviam chegado no hospital. Eles estavam sozinhos na sala de espera. Kurt estava com as pernas abertas, os cotovelos nos joelhos e as mãos enterradas nos cabelos.

– Obrigado, mas não. – Disse Kurt com a voz embargada. Ele obviamente ainda estava chorando.

– Kurt, vamos, por favor. Você já ficou sem comer por muito tempo para querer negar um simples café. Vamos, levante a cabeça. – Blaine sentou Kurt corretamente e colocou a cabeça do castanho junto da parede. Blaine deu um beijo na têmpora do ator, enquanto ele tinha os olhos fechados e deixava as lágrimas escorrerem por suas bochechas. – Kurt, vai ficar tudo bem, eu já disse isso centenas de vezes desde que chegamos aqui. – Agora as mãos do moreno estavam nos cabelos de Kurt.

– Blaine, eu atirei no nosso filho. Que parte você não entendeu? – Kurt parecia estar ficando bravo.

– Não, Kurt. Você não atirou em Andrew, você atirou em Karofsky e a bala pegou de raspão nele. Você viu o médico dizendo isso na sua frente. Ele apenas desmaiou de susto e você no calor da emoção concluiu que ele havia morrido. – Blaine já não aguentava mais ter explicar aquilo.

– Mas eu vi ele no chão... E-eu não poderia pensar em outra coisa. – O castanho mais uma vez passava as mãos pelos cabelos.

– Mas agora pode. Pense que ele está bem e daqui pouco veremos ele. Agora por favor, beba esse café. – O moreno entregou o café para Kurt, que finalmente aceitou e o bebericou.

– Você acha mesmo que ele vai estar bem? – Questionou Kurt colocando sua cabeça no ombro de Blaine.

– Kurt, ele já caiu do telhado e só quebrou o braço. Ele vai estar numa boa com isso. – Disse Blaine sorrindo ao se lembrar da vez em que o menino pulou do telhado para aterrissar em um trampolim, mas acabou errando o local de aterrisagem.

– Mas um tiro é uma coisa completamente diferente, Blaine. – Disse o castanho.

– Um tiro de raspão no braço, versus o corpo inteiro dele de encontro ao chão. Ainda estou tentando entender como você achou que ele havia morrido... – Blaine recebeu um tapa como resposta.

– Eu sou pai muito desesperado e perda de sangue pode matar alguém muito bem, agente Anderson.

– Oh não, não quero que me chame mais assim. – Disse Blaine olhando para o marido.

– Mas o caso chegou ao fim, você vai voltar para a CIA, não vai? – O castanho não obteve resposta. – Blaine, o que você está acontecendo? É mais alguma coisa que eu não posso saber? Você precisa me contar querido, não podemos mais ficar nos escondendo coisas! Você e eu aprendemos muito bem com isso. – Kurt tinha uma das mãos nas bochechas barbudas de Blaine.

– Eu não decidi nada ainda, eu quis esperar para conversar com você para ter uma decisão definitiva. Eu acho que nós deveríamos-

– Senhor e senhor Hummel-Anderson? – Questionou uma enfermeira ruiva próxima aos dois.

– Sim, somos nós. – Disse Kurt rapidamente se levantando.

– Queiram me acompanhar, por favor. Os testes de Andrew Hummel-Anderson terminaram. – Disse ela com um enorme sorriso.

Os dois pais não puderam fazer outra coisa além de sorrir e acompanhar a jovem por um corredor branco.

– Você sabe que iremos terminar essa conversa mais tarde, né? – Disse Kurt.

– Com certeza iremos, porque eu também quero isso. – Respondeu o homem colocando um dos braços envolta do quadril de Kurt. Além do filho, outra pessoa estava na mente do homem: Mark.

[...]

Toc-toc

– Pode entrar. – Disse Mark em um tom muito baixo.

Toda sem jeito, Lilian entrou dentro do quarto branco. A mulher fechou a porta atrás de si e ficou olhando para Mark, que tinha um sorriso bobo no rosto.

– Te trouxe flores. – Eram lindos girassóis amarelos e grandes. – Trouxe para te trazer um pouco de cor nesse quarto tão... Branco. – A mulher colocou as flores em cima de uma mesa perto da janela, enquanto arrancava risos de Mark. Lilian ficou na ponta da cama, olhando para Mark. – Como você está?

– Beijei minha secretária, fui atrás do marido do meu melhor amigo, vi meu sobrinho quase morrendo duas vezes e ainda tomei um tiro. Um dia mais do que comum para um agente. – Agora era Lilian quem ria.

– Você sabe que não foi isso que eu quis dizer...

– Bom, meu braço ainda dói, mas vai ficar tudo bem. – O loiro tinha um sorriso no rosto.

Os dois mantiveram um silencio que os únicos sons que eram possíveis de se ouvir eram o do som do noticiário na televisão e os carros na avenida no andar de baixo. Algum tempo depois, Lilian precisou entrar em um detalhe um pouco delicado.

– Alice já veio te ver? – Questionou a mulher enquanto brincava com os dedos.

– Não e nem vai. – Disse o loiro se ajeitando na cama e sentando. Lilian estava com um olhar de confusão e quase questionando o homem, enquanto ele foi mais rápido. - Lilian, sente-se, por favor. – Pediu Mark.

– Só se você me prometer que não haverá um daquelas interrogações de agentes. – Disse ela já se sentando em uma poltrona ao lado da cama.

– Irei te revelar uma coisa, mas não pense que eu te usei. E por favor, não me interrompa até eu concluir. – Lilian parecia estar cada vez mais curiosa, porém concordou com a cabeça. – Quando Alice terminou comigo, foi na mesma época em que eu dispensei Blaine. – Lilian estava notavelmente chocada. Dificilmente iria ouvir as próximas palavras. – Eu acabei não ficando tão focado no meu trabalho. Mas como eu poderia? Minha família estava desmoronando, minha filha estava cada vez mais longe de mim e eu tinha que assinar as papeladas com os advogados. - Lilian via a tristeza nos olhos do loiro. – Além do meu amigo que estava passando por uma barra e eu ainda fiz a burrada de dispensar ele, jogando mais responsabilidade pra cima de mim, me fazendo atrapalhar completamente minha competência como agente. – O homem encarou os olhos de Lilian. – Você não imagina o quanto eu quis te beijar naquela hora, o quanto seu beijo e suas palavras me ajudaram quando mais ninguém pode.

Lilian sem mais delongas correu para fora da poltrona e segurou os dois lados do rosto de Mark, dando um beijo no loiro. Mark segurou a cintura da mulher suavemente. Parecia que aquele beijo estava conseguindo superar o primeiro. Quando se separaram, estavam sem folego.

– Eu precisava fazer isso. – Disse Lilian com a testa colada com a de Mark.

– Ou era você ou ia eu. E quero apenas deixar notificado que já sinto meu braço melhor. – Disse ele arrancando outro sorriso de Lilian.

– Será que mais um iria te curar? – Perguntou ela mordendo os lábios.

– Não custa nada tentar. – Disse o loiro antes de avançar novamente na mulher.

[...]

Os dois homens entraram no quarto branco e logo de cara encontraram Andrew sentado na cama e olhando para a parede. Estava assistindo televisão.

– Ei garoto. – Disse o moreno com o braço envolta da cintura de Kurt.

– Oi. Podemos demorar mais um pouco aqui? É que eu realmente perdi algumas aqui e sair do hospital nesse momento crucial não seria nada legal. – Disse o menino enquanto assistia alguma série. Os pais sorriram para a inocência do garoto.

Kurt se soltou de Blaine e foi até o corpo de Andrew na cama. O menino nem ao menos se deu o trabalho de notar que o pai estava se aproximando. O castanho se sentou na cama e passou os dedos suavemente pela testa do filho e em seguida depositou um beijo no mesmo lugar.

– Andrew, você precisa para de me assustar e de me preocupar... – Disse Kurt olhando nos olhos do menino, que só correspondia com a televisão.

– Mas eu nem sai daqui. – O menino respondeu dando uma leve olhada para o pai, mas logo voltando para a televisão.

– Eu sei. - Kurt não parava de analisar todos os centímetros do filho: olhos, pele, cabelos, boca. Tudo. Ele não queria se esquecer de como era aquele menino. Aquele menino que havia trazido tanta felicidade para ele e o marido dele. Kurt não conseguia se imaginar sem Andrew ou Blaine. – Eu te amo, Andrew. – Disse Kurt abraçando o filho.

– Eu também te amo, pai. – Andrew abraçou o pai tão forte que pôde.

– Posso interromper esse momento “família” e me juntar à vocês? – Perguntou Blaine indo se sentar do outro lado da cama e abraçando o marido e o filho. Depois de alguns instantes em silêncio, Blaine voltou a falar. – Vocês não tem ideia o quanto eu senti falta de vocês. – O homem já tinha a voz embargada. – Todo dia ir para cama sem desejar boa noite para o meu menino ou não poder abraçar meu marido a noite. É terrível ter que ficar sem vocês. – Blaine tomou um tempo para poder controlar a respiração. – Pior do que tudo isso, foi ter que ouvir Andrew apanhando, o sequestro de Kurt praticamente na minha cara, além de eu nunca poder estar conseguindo resolver nada para encontrar vocês. Sempre parecia que eu estava sozinho. Mas eu finalmente os tenho de volta. Aqui e comigo. – O moreno finalmente pode sorrir em meio a tudo aquilo que ele passou. – Obrigado por fazerem parte da minha vida. Vocês dois são tudo pra mim. Eu amo vocês demais. – Disse o moreno encarando os pares de olhos azuis e verdes.

– Devo ter perdido muita coisa. Desde quando se tornou uma pessoa tão sentimental? – Perguntou Andrew com um sorriso no rosto e tirando outros de seus pais. – Já que meu programa acabou e tivemos esse momento de declarações, vamos a uma parte mega importante: quando comemos? Eu estou faminto e desejando como nunca um pedaço de pizza havaiana.

Mais uma vez o menino arrancava gargalhadas dos pais. Tudo estava de volta ao seu lugar.

[...]

Depois daquela segunda conturbada, a semana passou rapidamente. Era um sábado ensolarado e a casa dos Hummel-Anderson estava em festa. A família havia decidido dar uma festa em celebração à Kurt e Andrew. Todos estavam presentes: Burt, Carole, Finn, Rachel, Santana, Brittany, Mercedes, Sam, Quinn, Puck e todos os outros amigos do colegial. Sem contar os amigos de trabalho de Kurt e Blaine. Deveria ter no mínimo umas cem pessoas no jardim da casa.

Burt cuidava da churrasqueira, os caras jogavam cartas em uma das mesas, as mulheres colocavam as novidades em dia e até compartilhavam coisas sobre ser mãe ou até da própria vida intima. Todas as crianças estavam na piscina da casa. Kurt e Blaine serviam as pessoas no meio das sessões de beijos na cozinha.

– Amor... Blaine, você—Kurt segurou os ombros de Blaine antes que o moreno o atacasse em cima do balcão da cozinha. – Blaine, Mark precisa falar com você, então me solte e vá. Enquanto isso eu vou servir essas bebidas para as crianças antes que sobre tudo e Andrew resolva se entupir de refrigerante igual no último aniversário dele.

– Ok. – Disse o moreno dando mais um selinho no marido.

O castanho pegou uma bandeja prateada com algumas garrafinhas de vidro. O moreno abriu a porta dos fundos para Kurt e os dois foram para o jardim. Assim que Kurt passou pela mesa das meninas, Santana o chamou de volta.

– O que foi? Precisam de algo? – Questionou ele olhando para cada uma das amigas.

– Não, só queria dizer que você e Blaine são muito espertos em sair juntos. Com alguns casais, é um atrás do outro, para não levantar suspeitas, sabe? – Disse a latina piscando para Kurt e bebendo um pouco de cerveja.

– Santana, não sei como ainda dou moral para as coisas que você diz. – Disse Kurt sorrindo e indo até a beira da piscina.

Blaine chegou perto de Lilian e Mark e notou que os dois estavam se beijando. O moreno chegou perto dos dois e pigarreou.

– Posso saber o que diabos os dois estão fazendo? – Perguntou Blaine com as mãos na cintura e cochichando.

– Para um homem casado você é bem conservador. – Disse Mark. – Vou encurtar a história: Alice e eu nos separamos e agora Lilian e eu estamos juntos. E não, não estava traindo Alice. Ela se separou por algum motivo totalmente sem noção: Peter Rogers.

– Por favor, espera. É muita coisa pra minha cabeça processar em um minuto. O Peter Rogers? – Questionou Blaine e como resposta recebeu uma confirmação com a cabeça. – Mas que filha da-

– Estou sabendo. Precisamos conversar muito mais tarde, mas não é nisso que eu quero focar agora. Preciso falar com você sobre a sua volta para a CIA. Eu sei que eu errei, mas eu estava passando por um momento muito difícil e acabei cometendo muitas burradas-

– Não, me dar “férias” da CIA não foi uma burrada, foi uma das coisas mais inteligentes que você já fez. – Confessou Blaine. – Mark, acho que do mesmo modo que Karofsky fez aquilo com a minha família, outro caso do meu passado também pode pensar da mesma forma. – O moreno por um curto momento encara seu filho e marido na piscina. Com sorrisos tão lindos que Blaine estava quase pedindo para alguém tirar uma foto para ele pudesse guardar aquilo. Mas foi depois que o moreno percebeu que os dois estão o encarando. – Quando eu entrei na CIA. – Disse ele ainda olhando para o filho e o marido. – Havia dois grandes amores na minha vida: Kurt e a justiça. Mas com passar dos anos isso foi mudando. Então hoje eu saio da CIA com dois amores: meu marido e meu filho. Então eu preciso ficar mais tempo com eles, preciso ver o crescimento do meu filho e não coloca-los mais em perigo. – Agora o homem encarava Mark. – Mark, você é meu melhor amigo e isso nunca vai mudar. Eu confio tanto em você quando a mim mesmo e eu sei das coisas incríveis que você é capaz. Parabéns amigo, você é o novo líder da CIA. – Blaine bebeu um gole de sua cerveja e deu um tapa no ombro de Mark. Deixando o loiro totalmente perplexo.

O moreno saiu de perto do casal e foi até Kurt e Andrew. O moreno deu outro selinho em Kurt e bagunçou o cabelo do filho.

Não importa o que seria dali pra frente. O que aconteceria com as contas ou qualquer outra coisa relacionada com dinheiro. Blaine estaria com a família dele e por dinheiro nenhum ele trocaria aquilo. Estaria com as pessoas que ele mais amava na vida. Então ele precisaria cuidar deles, nada mais os colocaria em perigo. Um mundo sem Kurt Hummel e Andrew Hummel-Anderson, com certeza não é um mundo a qual a Blaine Anderson gostaria de pertencer.


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Notas finais do capítulo

Acabou. Viu? Eu disse que vocês estavam sendo equivocados.
Gente, obrigado mesmo por todo mundo que acompanhou, comentou e recomendou a fic. Obrigado mesmo, mesmo, mesmo! Espero que tenho gostado da fic, porque eu adorei escreve-la e ver vocês sofrerem cada dia mais. E se você gostou muito dela e acha que valha a pena ser compartilhada, recomenda ;)
Não sei muito o que dizer porque final de fanfic é tenso demais.

Quero dizer também que de sexta pra sábado à 00:00 sai a capa e a sinopse da minha nova fanfic. Terça eu começo ela. Porque aqui assim: VAMOBORA FAZENDO

Obrigado a todos de novo