Parceiros escrita por Endy


Capítulo 14
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Demorei, mas estou aqui.. ;)
Peço desculpa pela demora, mas a vida é complicada, né?!
Então, apesar dos problemas com a nossa seriezinha amada, vamos ficar com os bons momentos na memoria, e que Caskett viva para sempre nas fics!



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Esse brilho de gente louca nos seus olhos, não sei por que, mas não me passa confiança...

—Ah... Vamos lá Rodgers! Você não quer descobrir a verdade? Então... –Jogou os braços para cima como se tudo que tinha falado fosse me persuadir, porém eu sei que não é bem assim. A curiosidade da Kate pode ser maior do que a prudência e isso é extremante perigoso, ainda mais quando não fazemos ideia do que está por trás disso tudo, minha garganta parece querer fechar e uma angústia no peito insiste em me fazer pensar em cada consequência apenas por imaginar que algo possa acontecer a ela por minha culpa.

—Beckett, eu vou descobrir a verdade, mas isso não envolve você dá uma de Sherlock Holmes por aí! Isso pode ser perigoso. –Meus olhos foram por instinto até minha mãe, deitada naquela cama de hospital, dormindo depois de quase morrer nas mãos daquele maldito, e isso só fez a angustia crescer.  

—Agradeço a preocupação, mas eu sei me cuidar... E além disso prefiro Olivia Benson! —Ela sorriu, e tive quase certeza que do seu jeito pretensioso e infantil, aquele sorriso era para tentar me acalmar e talvez me dá um pouco de esperança que iria ficar tudo bem. Meus olhos se prenderam nos dela e qualquer resquício de angustia sumiu, não tive escolha se não sorrir também. 

—Sei... —Suspirei resignado, desviando meus olhos para o copo de café em minhas mãos. Sabia que a cada argumento que eu falasse tentando convence - lá, iria ser rebatido com algo com ou sem sentido, mas no final eu sairia perdendo e ela iria fazer o que desse na sua cabeça teimosa. Tomei um gole do café, sentindo, enfim a cafeína me revigorar. -Se eu disser “não”, você vai fazer isso do mesmo jeito, não é?!

—Pra começar, que tal um passeio até o escritório dos meus pais? Vendem ótimos donuts lá perto. –Se levantou ignorando completamente a minha pergunta, com o mesmo brilho de gente louca nos olhos e a animação de uma criança com excesso de açúcar no sangue, me fazendo rir. Ela sinalizou para que eu esperasse e se aproximou da cama onde minha mãe dormia, com delicadeza arrumou um pouco os cabelos ruivos que dona Martha gostava de exibir, e inclinou o corpo sussurrando algo para que somente as duas soubessem. Meu mundo parecia está resumido naquela cena a minha frente, nada envolta realmente importava, tinha certeza que havia um sorriso bobo no meu rosto e por alguma razão inconfessável eu não conseguia tirar. Estou completamente perdido, e isso não é nada bom!

 

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KATE POV.

—Eu trouxe o vinho, mas foi confiscado. Acredita nisso?! Não se preocupe, vou pensar em algo pra pegar de volta, afinal, vinho faz muito bem para o coração! —Sussurrei para que apenas Martha pudesse me escutar, Rodgers não ia gostar dos meus métodos para dá uma saúde melhor para o coração dos pacientes desse hospital, o que sinceramente é um absurdo! Gosto da Martha, como se a conhecesse a muito tempo e vê-la assim por causa de um imbecil, me faz ter mais certeza que preciso resolver esse mistério e colocar Chad e todos os envolvidos atrás das grades.

—Então, vamos...—Me virei encontrando o par de olhos azuis que me encarava fixamente com  um sorrisinho de canto de boca que eu não sabia o porquê estava ali. —O que foi?

—O que foi o quê?-Ele se levantou da cadeira se aproximando de mim. O brilho nos olhos azuis prendeu as minhas pernas no lugar que eu estava, de tal modo que por mais que meu cérebro gritasse para que eu falasse algo ou ao menos me movesse, tudo era em vão, eu não conseguia desviar os olhos dele. –Eu acho que nunca te agradeci direito por tudo que tem feito por mim e pela minha mãe... –Estávamos muito perto um do outro, se eu estendesse a mão conseguiria sem muito esforço tirar o cabelo que lhe caia na testa. Não me lembro de já ter reparado na diferença de altura entre nós e agora, isso só me fazia sentir mais estranha tão perto dele. Eu conseguia ver a luta interna que ele fazia para poder falar algo tão simples como um “muito obrigado”, então resolvi não fazer nenhuma piadinha, pelo menos por hora. –Eu sei que não sou o mais fácil das pessoas, mas.... Eu não vou dizer isso de novo... Gosto de ter você por perto, me acostumei com você me perturbando e nunca vou conseguir agradecer por tudo que você e seus pais tem feito pela minha família...

—Você pode começar dizendo que aquela mesa também é minha, e depois penso em outras formas de agradecimento, que com certeza será uma estatua em minha homenagem! –Ele revirou os olhos, mas não conseguiu esconder o sorriso.

É impressionante que nunca tenha tropeçado nesse seu ego, Beckett.

—Um talento que vem de família. –Rodgers balançou a cabeça, com aquele sorriso que fazia seus olhos ficarem pequenininhos, e antes que isso se torne um daqueles momentos estranhos entre nós, decido que já era hora de irmos começar a nossa investigação. –Então, vamos? Não podemos demorar, meus pais estão em uma sessão no tribunal, mas voltam às cinco.

—Tudo bem, vamos! Mas se eu perceber que tem alguma coisa errada...

—Já sei.. já sei! Vamos logo Rodgers! –Eu já estava impaciente com essa historia de “muito perigoso”, o que é a vida sem um pouco de aventura, não é?! Rodgers se despediu da mãe e deu algumas instruções de segurança a enfermeira responsável por Martha, era notável o medo que ele tinha que algo acontecesse a ela enquanto estava ausente. 

Saímos do hospital indo direto para o escritório dos meus pais, Rick passou o caminho todo reforçando as suas idéias de o quanto aquilo parecia errado e ditando todas as regras de segurança que ele achava que eu iria cumprir. Iríamos apenas ao escritório dos meus pais e não invadir a central do FBI.

Chegamos, não fala nada, deixa que eu falo. —Ele entortou a boca, visivelmente irritado. Nos aproximamos do balcão onde Mike, o recepcionista do escritório dos meus pais, falava ao telefone até perceber a minha presença e levantar os olhos para mim, fez um sinal com a mão para que eu esperasse até o final da ligação.

Kate, seus pais não estão, foram representar um cliente muito importante. –Ele sorriu como sempre, inclinando o corpo um pouco em minha direção. Mike era estagiário no escritório e desde que começou a trabalhar aqui, não perde uma oportunidade em tentar algum tipo de flerte comigo, é até engraçado.

—Eu sei Mike, é que eu queria fazer uma surpresa pra eles! Comprei um presente para os dois, mas não me lembro se os dois já possuem algo parecido, então vim conferir. Eles sempre trazem algumas coisinhas pra cá! –Sorri tentando mostrar segurança de tudo que falei.

—Quem é ele? —Ele apontou para Rodgers que estava atrás de mim com as mãos no bolso e sem nenhuma vontade de parecer um pouco simpático.

—Ele é meu primo que veio de L.A, Cosmo! Ele tem alguns problemas mentais, nessas horas a família tem que ficar unida, não é?! –Ouvi Rodgers murmura um “que!”, mas antes que ele começasse a falar, resolvi continuar persuadindo Mike. –Então é isso, nós vamos preparar o presente na sala da minha mãe, tudo bem?! Isso será um segredo só nosso, não conte a eles que estivemos aqui. Você não quer estragar uma surpresa para os meus pais não é?—Ele me olhava confuso, tentando decidir se deveria falar ou não. –Até porque meus pais ODEIAM que estraguem surpresas assim.. seria horrível!—Seus olhos arregalaram com medo de perder seu estagio, eu sabia que tinha conseguido o silencio dele. —Obrigada Mike, você é um fofo! –Me aproximei dando um beijo em sua bochecha, era minha cartada final, teria o silencio dele definitivo. –Vamos Cosmo!—Puxei o Rodgers pela mão até a sala da renomada advogada Johanna Beckett. Tenho certeza que iremos encontrar algo lá!  

—Sério?! Cosmo? Que nome é esse! E eu não achei nem um pouco engraçado essa historia de “problemas mentais”. –Rodgers fechou a porta atrás dele, falando baixo para que não fossemos pegos no primeiro dia da nossa investigação.

—Não falei nenhuma mentira! –Ri da cara de contrariado que ele fazia, achava até um pouco fofo quando ele ficava irritado com algo que eu falava. —Vamos logo Cosmo, temos muita coisa pra fazer!

—Para de me chamar assim! Por onde começamos? –Olhei em volta, não sabendo muito bem como responder essa pergunta.

Acho que pela mesa dela... mas temos que tomar cuidado, minha mãe sabe exatamente onde deixa cada coisa, então se trocarmos algo de lugar ela vai perceber.

—Ok! —Nos apressamos para ver se achávamos algo, em cima da mesa da minha mãe que estava cheia de papeis, procuramos em cada documento algo relacionado com os nomes escritos naquelas notas que encontrei. Nada! Demoramos mais de meia hora para checar cada um daqueles papeis para não encontrar nada.

—Isso é frustrante... —Suspirei, colocando o ultimo documento lido exatamente onde havia encontrado. 

 -O computador pode ter alguma coisa.

—Não sei.. minha mãe gosta de trabalhar anotando coisas a mão, ela quase não trabalha com computadores, apenas em situações específicas e acho que não é o caso. Se tiver algo aqui, com certeza não está no computador. –Olhei mais uma vez em volta, procurando o próximo passo. Rodgers estava sentado em uma das poltronas do escritório, sabia que ele estava bem mais frustrado do que eu. —Acho que o que procuramos pode está em uma dessas gavetas...—Abri a primeira e estava apenas com algumas ferramentas necessárias para o funcionamento de um escritório, assim como as outras adjacentes. Nada, não tinha nenhuma pista na mesa da minha mãe.  

—Beckett... Acho que encontrei! –Levantei meus olhos, encontrando Rodgers com um quadro branco em mãos, cheio de papeis e anotações. Me aproximei para olhar mais de perto, os nomes que encontrei escritos naquelas notas estavam todos lá.

—Onde você encontrou isso?

—Enquanto você mostrava suas habilidades em abri e fechar gavetas, eu vi isso aqui escondido atrás dos livros de mistérios na estante. –Ele tinha os olhos cheios de esperança em ter todas aquelas informações enfim em suas mãos, e achei melhor não responder a ironia sobre minhas habilidades. Rick posicionou o quadro em um lugar mais alto para que pudéssemos ter uma visão melhor.  As informações que não faziam sentido nenhum, agora estava explicadas no quadro, e tudo começava a se encaixar, pelo menos um pouco.

Parece que “The Dragon” é o chefe do Chad, ele é só um pau-mandado de gente muito mais perigosa. Mas o que isso tem a vê com as campanhas eleitorais? –Ele apontou para as palavras escritas com piloto de tinta azul no canto do quadro, sendo ligadas ao nome “The Dragon”.

—Não sei, mas acho que esse tal de “The Dragon” pode ser alguém envolvido na campanha eleitoral. Mas aonde entra o Chad nessa historia? O que ele faz pra esse cara? 

—Sempre desconfiei que Chad mexesse com drogas ou algo assim.

—Você já viu esses caras aqui? –Apontei para fotos com o rosto de dois homens, o primeiro tinha um nome novo, John Raglan, assim como na segunda foto estava escrito Gary McCallister em um papelzinho amarelo grudado ao quadro. Rodgers olhou para as fotos, fitando com cuidado cada uma.

—Só vi um deles... esse aqui!—Ele apontou para a foto de John Raglan, com certo desprezo na voz. -Ele era um dos policiais que Chad tinha contato, faz algum tempo que eu não o vejo.

—Então, talvez The Dragon e o outro cara sejam policiais também! –Ele concordou sem tirar os olhos do quadro. Algo me lembrou que não poderíamos ficar muito tempo aqui construindo teorias sobre o que estava escrito no quadro, tínhamos que ir antes que meus pais voltassem, peguei um pedaço de papel, escrevendo os principais tópicos daquilo tudo, assim não esqueceremos nada. –E quem é Joe Pulgatti e Bob Armen?

—Parece que Bob Armen está morto e Pulgatti está preso.

—Pulgatti pode ter matado Armen... –Anotava todas as teorias que tecíamos.

E o amigo policial do Chad pode ter sido quem prendeu ele. –Rodgers continuou aquilo que eu estava pensando.

—Então o policial corrupto fez algo bom para o mundo? Isso não faz muito sentido.

—Eu não entendo porque sua mãe me escondeu isso. –Levantei os olhos das anotações que fazia, Rodgers me encarava como se eu soubesse a resposta para aquela pergunta.

—Eu também não sei... Mas vamos descobrir.

—Eu espero.

—Precisamos ir Rodgers, meus pais vão voltar a qualquer momento. –Ele concordou, pegando o quadro para colocar no lugar que ele tinha encontrado. Reli todas as anotações que havia escrito e acho que não deixei nada passar. Gosto dessa coisa de detetive, quem sabe não se torne minha profissão...

Me despedi de Mike, relembrando o nosso acordo, usando todo o meu charme para fazer com que ele não comentasse a nossa presença aqui. Saímos de lá apressados, não acho uma boa ideia encontrar meus pais no caminho. Rodgers insistiu que me levava em casa, depois ele iria voltar para o hospital. O caminho foi em total silencio, cada um estava perdido em seus próprios pensamentos, os meus estavam voltados para a pergunta que ele me fez, porque minha mãe escondeu tudo isso?

—Pronto, chegamos...—Ele sorriu tímido, olhando para os tênis sujos.

—Olha, tudo que eu escrevi lá...—Entreguei as minhas anotações a ele.

—Fez uma copia pra você?

—Não, tenho uma memória admirável. Mais uma das minhas habilidades especiais! —Eu sorri tentando amenizar a tristeza que ele tinha nos olhos.

—Obrigado. –Ele me olhou e se aproximou de mim. –Você é insuportável às vezes, sabia? –Ele sorriu como se me chamar de insuportável fosse o elogio mais doce que existe, e de certa forma, acho que foi um elogio.

Eu faço o que eu posso pra despertar os melhores sentimentos nas pessoas. –Ele riu de um jeito quase infantil.

—Até amanha Kate...

—Até amanha Rick. –Ele se inclinou dando um beijo em meu rosto demorando um pouco para se afastar, me deixando sem reação em frente a minha casa.

Não sei dizer o que está acontecendo, mas acho que não consigo mais me afastar. 


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Notas finais do capítulo

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