Royal Hearts escrita por Cams, Tamires, nat


Capítulo 5
Shay - Família


Notas iniciais do capítulo

Oii suas lindas *-* Mais um capítulo pra vocês! Queríamos muito escrever já com as selecionadas mas, não temos todas as fichas. Vamos dar mais uma semana pras pessoas se inscreverem... Então só aguentem mais um pouquinho tudo bem? -Nat :*



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Após a identidade dos dez príncipes que iriam fazer parte da Seleção da Celeste ser revelada, o palácio e Illéa se encheram de um caos regado a euforia. Todos estavam ansiosos pela Seleção tripla. Menos é claro, nós três. Celeste ficou um pouco mais calma e tranquila depois de ver os selecionados que contavam com alguns conhecidos e amigos nossos, como o filho da Rainha Nicolleta, Luca e o filho da Rainha Daphne, Pierre. Alguns, nós já havíamos ouvido falar, e outros encontramos algumas vezes em reuniões políticas mas, nenhum que eu não esperasse encontrar ali. Enquanto Celeste ganhara um alivio momentâneo eu estava numa pilha de nervos porque, daqui exatamente 6 dias, eu e Jules também iriamos conhecer nossas selecionadas, os príncipes chegariam ao palácio e nossas vidas mudariam para sempre. Milhares de pensamentos rodeavam minha cabeça enquanto o rei Maxon e o conselho discutiam sobre o processo de acabar com as castas e sobre os pontos de tensões das guerras. Apesar da proposta e aplicação para eliminar o sistema de castas, o processo estava demorando demais e alguns grupos estavam ficando insatisfeitos, o que poderia levar a ataques radicais ao palácio, como anos atrás. August e meu pai tentavam apaziguar o povo e montar uma linha de defesa contra eventuais ataques. Uma nova guerra estava batendo a nossa porta não só dentro do país como fora. Os pontos de tensão com a Nova Ásia e a Rússia estavam cada vez mais difíceis de abrandar o que me deixava mais atarefado com dados, estatísticas e estratégias de guerra. Minha esperança é que com os príncipes da Rússia e Nova Ásia participando da Seleção as coisas se acalmem um pouco. Após uma longa tarde trancada no escritório do Rei fomos dispensados. Jules me pediu para espera-lo enquanto acertava os últimos detalhes com o conselho das finanças. Sentei em um sofá que havia perto da porta do escritório que estava cercada por dois guardas que me encaravam. A sala se esvaziava aos poucos e a cada pessoa que passava por mim, eu era obrigado a curvar minha boca em um sorriso simpático e cumprimentar. Ser príncipe era tão exaustivo. Eu não queria sorrir, planejar guerras, muito menos carregar o peso de milhões de vidas que dependiam da minha competência. Já fazia um tempo que o assunto havia passado pela minha cabeça mas, eu planejava entregar a coroa pro Jules. Estava mais que claro que eu não seria um bom rei. Eu estava preso nos meus devaneios quando alguém pigarreou do meu lado. Olhei para encarar a figura e me deparei com August. Os anos foram gentis com ele, apesar de um pouco mais velho, ele quase se parecia exatamente como na foto tirada no dia do casamento de meus pais. Ele estava com um sorriso satisfeito no rosto.
– Perdão por incomoda-lo alteza. – ele disse, mais debochando de mim do que com respeito. August era como um tio para nós.
– Como ousa interromper meus pensamentos? Você sabe qual o seu castigo por me perturbar? Decapitação! – Eu disse com um ar insolente.
– Ah! Seu moleque! Mal saiu das fraldas e já acha que manda? Vem aqui que vou te ensinar como se decapita uma pessoa! – dito isso, ele me deu um peteleco na testa e começou a gargalhar. Me juntei a ele porque sinceramente aquela cena era ridícula. Uns minutos depois, ele parou de rir e me encarou com um semblante sério e disse:
Shalom só queria dizer que estou orgulhoso por todo empenho que você tem demonstrado comandando o Exército Real. Sei que se entrarmos em guerra temos grandes possibilidades de vencer graças a seu esforço. – Aquele comentário me pegou desprevenido porque quase ninguém me elogiava ou achava qualquer coisa que eu fizesse digno de crédito. Não conseguia encontrar as palavras certas para agradecer August pelo elogio. Antes que algo me viesse a cabeça Jules se aproximou de nós.
– Olá August. – disse ele.
– Oi Julian. Bom, era isso que eu queria dizer, não precisa falar nada, sei que está agradecido. – E com um aceno de cabeça ele nos deixou.
– O que o velho Auggie queria com você? – perguntou Jules. Nós o chamávamos assim quando ele não estava por perto. Apelido de minha autoria.
– Nada. Só comentários sobre a guerra que nem aconteceu ainda e nem vai acontecer. – eu disse sem jeito. Jules sempre sabia quando eu estava mentindo. Ele me encarou por alguns segundos mas resolveu esquecer o assunto.
– Então Shay, que tal você assumir meu lugar depois do jantar para que eu escape do palácio? – ele me indagou com aquela cara que ele sempre fazia quando queria me convencer a fazer algo, apesar de não ser preciso muito, porque já que ele sempre fizera tudo por mim, eu achava que devia compensa-lo.
– Esqueceu que a Ams vai chegar hoje? Estou doido para ver a pequena Sarah. – eu disse e depois enrubesci. Era tão fácil ser transparente com Jules, mesmo assim, certas coisas não devem ser ditas.
– Droga! Esqueci que a Amberly chegava hoje. E não precisa ficar com vergonha por causa da Sarah. Todos sabemos que ela te ama e você ama ela. São o par mais fofo de toda Illéa. – Depois de dizer isso ele saiu correndo e me chamando de gracinha pelo corredor, apesar de estarmos velhos para estas brincadeiras infantis resolvi entrar na onda e corri atrás dele ameaçando matá-lo. Paramos ofegantes nos jardins e sentamos em um banco.
– OK! Eu me rendo. – Jules disse sem fôlego.
– JULES! Não estraga a brincadeira! Você sempre cede tudo pra mim. Pode lutar pelo que você quer também. – exclamei com dificuldade por causa da corrida.
– Quando eu realmente quiser, lutarei. – Jules disse com um sorrisinho malicioso no rosto.
– Então... sem fuga essa noite? – indaguei.
– A Ams sempre soube de nossas fugas, aquela menina tem o dom de nos distinguir... Bom alguém tinha que ter né! Mas, não sei... Depois do jantar eu te dou nosso sinal se for mesmo fugir. – Jules disse. Nós copiamos o sinal de nossos pais quando eles estavam na Seleção e queriam conversar. Minha mãe havia me contado a história e eu achei o sinal deles muito bom, porém para nós tinha outro significado. Se algum de nós quisesse fugir, bastava colocar a mão na orelha na hora do jantar para avisar o outro. Eu sentava do lado da minha mãe e Jules do meu pai o que impedia nossa comunicação.
– Tudo bem. Agora tenho que ir pra aula de esgrima. Te vejo mais tarde quando formos receber Ams – Eu disse e me afastei de Jules.
Após a aula de esgrima fui para meu quarto tomar um banho. Apesar de não gostar das criadas fazendo tudo por mim eu tinha que aturar uma, Maria. Ela era uma senhora na casa dos 50 e cuidará de mim desde a infância. Era dura quando preciso e um doce o resto do tempo.
– Shalom seu banho está pronto! – ela gritou pra mim do banheiro.
– Sim senhora! – Bati continência para ela que saiu rindo do banheiro para preparar minha roupa.
Depois do banho troquei de roupa e resolvi descer para o Salão Principal e esperar a chegada de Ams enquanto tocava piano. Eu estava vestido particularmente bem hoje porque eu queria estar apresentável para Ams que sempre me xingava pelo modo desleixado que eu andava pelo palácio. Segundo ela príncipes não tinham direito de ser e se vestir como badboys. Tocava uma melodia triste e nostálgica no piano quando escutei passinhos atrás de mim. Eu sabia quem era porém, não iria estragar a brincadeira de Sarah. Ela tapou meus olhos e disse:
– Quem é?
– A garotinha mais linda de Illéa. – eu disse tirando as mãos dela do meu rosto. Peguei ela no colo e rodei em volta do salão. Sarah soltava gargalhadas de pura diversão. Coloquei ela no chão para olhar direito para ela. Sarah havia crescido pelo menos 5 cm e estava ainda mais parecida com minha mãe com os cabelos ruivos, porém os olhos ela puxou de Amberly.
– Tio shay, eu estava com saudades. – ela disse para mim e eu a envolvi novamente em meus braços.
– Eu também minha pequena. – eu estava muito feliz em vê-la. Depois de alguns segundos Ams entrou no Salão Principal acompanhada por Adam, seu marido e filho do velho Auggie. Caminhei até eles. Cumprimentei Adam e coloquei Sarah em seus braços e abracei Amberly o mais forte que eu podia. Estava com saudades dela. Ela parecia a mesma de quando foi embora do palácio, só que agora com um ar mais sério.
– Ah! Shaaay! Que saudades do meu irmãozinho! – ela disse bagunçando meu cabelo – Cadê o estilo badboy? Finalmente resolveu abandona-lo?
– Primeiro, me solta. Segundo, eram as únicas roupas limpas – eu disse com um ar sério porém, Ams sabia que era brincadeira e caiu na gargalhada.
– Ok! Conta outra! Com esse tanto de empregada e seu guarda-roupa ENORME, você quer que eu acredite que eram as únicas roupas que você tinha para vestir? Esqueceu que eu já morei aqui? – ela disse com ar cético.
– Você sabe que com a eliminação das castas estivemos fazendo cortes no governo e o mais afetado foi o palácio. Agora temos apenas 500 empregadas! Da para acreditar? – eu disse com uma cara de tristeza que arrancou mais gargalhadas de Amberly. Cara, como eu sentia saudades dela me infernizando aqui no palácio.
– Amberly, como você está? – Minha mãe disse entrando no Salão Principal acompanhada pelo meu pai. Logo em seguida entraram Celeste e Jules que se juntaram a meus pais dando as boas-vindas a Ams, Adam e a pequena Sarah. Enquanto eu os observava de longe me senti verdadeiramente, pelo menos naquele momento, parte daquele todo, daquela família.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo *---* Deixem comentários ! Obrigada por acompanharem a fic ! Beeeeeeeeeeeeeijos -Nat :*