Lucky escrita por nasci p shippar
Notas iniciais do capítulo
Sobre Megavi estar acontecendo: Sonhei várias vezes com esse dia. Ansiosíssima pela cena de hoje! Tive que liberar essa agonia de alguma forma. Então, está aí.
Davi dormia. Depois do conturbado dia pelo qual havia passado, o moço, agora, ressonava tranquilamente em sua cama. O travesseiro ainda molhado pelas lágrimas que, mais cedo, derramara. E ela, atenta, observava em silêncio o amado adormecido. Ali, sentada, vez ou outra acarinhava-lhe a face, sorrindo involuntariamente ao passo que suas peles se tocavam. Oh, ela amava Davi. Incansável Megan.
O sol raiava ainda timidamente quando Davi despertou. As pálpebras lhe pareciam pesadas e a cabeça, latejava de leve. Suspirou para então virar-se na cama, quando se deparou com uma certa doidinha engraçada–o que lhe pegou de surpresa, fazendo-o alçar o corpo para colocar-se sentado. Megan bocejava e esfregava os olhos, nitidamente cansada. Ao vê-lo, finalmente, ela esboçou seu melhor sorriso, e a imagem fatigada que Davi há pouco vira, esvaiu-se num piscar. Ele não conseguia pensar, a cabeça começou-lhe a pesar o dobro. Foi espontaneamente que ele também sorriu.
– Bom dia, Davi. – o sorriso dele alargou-se e seus olhos brilharam quando ela reclinou-se para depositar um beijo em seu rosto – Dormiu bem?
– Megan. – o silêncio pairou e os dois se entreolharam por um longo momento. Engolindo em seco, ele retomou – Você dormiu aqui?
– Não dormi. – ela rapidamente refutou – Estive acordada por toda a noite. Não poderia dormir, fiquei preocupada com você.
– Não precisava... – ele sorriu só com os lábios. Davi media cautelosamente as palavras, talvez receoso dos rumos que aquele diálogo tomaria. Ou talvez, realmente, a doidinha engraçada o tenha surpreendido e lhe faltavam, assim, as palavras – Você tem que descansar. É melhor...
– Já estou indo, Davi – ela apressou-se em anunciar, sorrindo fraco em seguida –, só queria me certificar de que você acordaria bem. Well, você sabe onde me encontrar e que pode contar comigo pra tudo, também. A gente se vê. Bye.
Ele escutava calado. Precisava organizar suas ideias, curvou um pouco a cabeça e esta lhe pesou uma tonelada, o que o fez suspirar em frustração. Rapidamente se recompôs e viu Megan prestes a se levantar, quando segurou-lhe o braço e disse:
– Muito obrigado, Megan. Obrigado por se preocupar comigo. Você... Você tem se tornado bastante especial pra mim.
– Oh, really, Davi? – ela sorriu ternamente.
– Não vai agora, não. Fica aqui. – os olhos dela cintilaram. Ele molhou os lábios para continuar – Se você quiser ficar...
– Eu quero, Davi. Quero muito. – ela novamente pôs-se sentada, e a mão dele, que segurava-lhe o braço, desceu para apanhar a sua. Megan mirou os dedos entrelaçados e só pode sorrir.
Davi, enfim, conseguia pensar que deveria se permitir. Talvez tenha sido injusto com Megan por todo esse tempo, talvez tenha sido injusto até consigo mesmo, ao encerrar-se no seu mundo que julgava ideal mas que, irrefutavelmente, não era. E concluiu, assim, que tinha sorte, por ter alguém que não havia desistido dele, mesmo com todos os seus desacertos. Alguém que resistiu às suas mancadas e se fez presente quando seu universo veio a ruir, que lhe apoiou quando mais precisava. Talvez, depois de tudo, não a merecesse tanto assim, mas decidiu que faria por merecer. Talvez o ideal para ele sempre tenha sido Megan. Com certeza. Tudo, agora, era claro em seu pensamento.
– Megan, – ele chamou, fazendo-a levantar a mirada em sua direção – acho que ainda não to completamente bem.
– Oh, Davi, não fique assim, aquela nerdest...
– Não, Megan, não é sobre esse assunto. – ela sibilou um “ok”, ao passo que ele continuou – Minha cabeça dói. Poderia me ajudar com isso? – ele mordeu o lábio e ela riu.
– Com a cabeça? Oh, claro, baby boy.
Os dois riram e ele puxou-a para si, agarrando-lhe a nuca para iniciar um beijo intenso. Megan estava em transe. Sonhara várias vezes com esse dia. Deitaram-se, ainda com os lábios selados, para que ela, então, se aconchegasse no seu peito. Ele depositou-lhe um beijo no topo da cabeça e ela o abraçou, logo adormecendo. Davi ainda observou-a por algum tempo, mas acabou caindo no sono também. Despertaram horas mais tarde, sob os gritos eufóricos de Dante, que anunciava:
– Ô RITA, O FORNINHO CAIU!
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