Pretending escrita por Quinn Deeks


Capítulo 5
Insônia e Dylan


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente :3 hoje eu já estou postando do computador, weeeeeeee o/ anyway, esse capítulo até que tá bem grandinho, quase 2.000 palavras! (1.700, mas ta valendo :P) e algo me diz que vocês vão gostar bastante :D enjoy!



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Após as instruções de voo, o avião não demorara muito para decolar. Quando já estavam voando, Lest fechou a janela ao seu lado pra diminuir a claridade e Kill ligou a televisão. Durante dez minutos, discutiram que série iriam assistir juntos e depois de muito bate-boca, acabaram optando por um episódio de NCIS. 40 minutos depois, com o término do episódio, comentaram-no e, mais uma vez, começaram a discutir qual assistiriam em seguida. Nesse momento, o jantar foi servido.

Quando provou a refeição, Killian chegou a uma conclusão: A comida servida no avião era definitivamente horrível - para quem viajava na classe econômica. Na primeira classe, não existia aquela comida sem gosto que geralmente é servida. Primeiro que tinham muitas opções. Segundo, as opções eram simplesmente maravilhosas: Camarão, Salmão, Filé... E tudo simplesmente delicioso! Se aquilo era o jantar, Killian nem conseguia imaginar como seria o almoço...

Ás 20:30 haviam terminado. Optaram por assistir friends. No quinto episódio consecutivo, Killian caiu no sono.

O loiro acordou com a poltrona totalmente reclinada e debaixo de um grosso cobertor azul marinho. Ainda meio grogue, olhou para o lado. Primeiramente, viu apenas um livro, iluminado por uma espécie de marcador-lanterna, próprio para leitura no escuro. Depois, viu Celeste, que se tornava um pouco mais nítida a cada segundo. Ela parecia focada na história. Kill sorriu e esfregou os olhos.

– Dormi muito? - Perguntou, a voz ainda rouca.

– Nem tanto - Disse a morena, olhando o relógio - Sabe que horas são?

– Não faço ideia - Ele bocejou.

– Meia noite e cinquenta.

– E o que você tá fazendo acordada?!

– To sem sono - Explicou.

– O que está lendo?

– O Projeto Rosie. Está lá em casa faz quase um ano e ainda não tinha conseguido ler.

– Está gostando?

– Muito. Você deveria ler.

– Nah, muito livro de menininha pra mim.

– Não é não, é sério.

– Qual a história?

– É a história do Don, um cara super inteligente e metódico... Tipo o Sheldon, sabe?

– De The Big Bang Theory?

– Aham. Só que esse está procurando uma esposa... É muito legal.

– Ainda me parece livro de menininha.

– Mas não é. Você vai ler depois.

– Meh. Você realmente deveria dormir, Lest. Está tarde e provavelmente teremos um dia cheio amanhã, quando chegarmos.

– Já tentei, mas não estou conseguindo - Ela abaixou o livro e olhou pra ele. - Acredite, eu tentei.

Killian então levantou o braço e a mesa vazia que havia entre eles. Lest franziu a sobrancelha, sem entender. Ele, então, pediu que ela deitasse em seu colo.

– Por que isso?

– Por que quando você não queria dormir, depois daquela última festa da faculdade em que te levei pra casa bêbada, só consegui fazer você cair no sono assim - Ele deu de ombros, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

– Assim como?

– Não se lembra? - Perguntou, um sorriso divertido no rosto.

– Sabe muito bem que não me lembro de nada que aconteceu depois das 2 naquele dia.

James Johnson oferecera-lhe um copo de Roska. Até aí tudo bem, mas ele havia misturado Vodka, Tequila e mais alguma outra coisa bem forte naquela bebida. Resultado: Lest simplesmente não se lembrava de nada, mas acordara em casa, debaixo das cobertas, com Kill dormindo no seu sofá.

Ele riu.

– Deita.

Ela obedeceu, acomodando a cabeça no colo do amigo e puxando o cobertor, antes apenas cobrindo suas pernas, até a altura dos ombros. Ele desconectou o fone do ipod e pôs uma música que ela gostava pra tocar, bem baixinho. "To Make You Feel My Love" a acalmava desde sempre. O loiro começou então a brincar com seu cabelo e mandou-a fechar os olhos.

Ele sabia exatamente o motivo de Lest ainda estar acordada: Ansiedade. Provavelmente estava morrendo de medo do plano deles dar errado. Mas isso não ia acontecer. Ele próprio estava um pouco nervoso, mas não diria isso a ela, pois sabia que só a deixaria mais agoniada. Ficou alí brincando com os fios do cabelo castanho claro da amiga até que ela adormecesse. Em pouco tempo, acabou caindo no sono novamente.

Horas depois, Celeste acordou com alguma coisa batendo na sua cabeça. Apertou os olhos, depois piscou algumas vezes, antes de virar-se.

No corredor do avião, bem atrás de sua cabeça (ou seja, ao lado de Kill, que ainda dormia) um garotinho loiro segurava um pequeno cilindro cinza-escuro e sorria pra ela.

– Oi! - Disse ele, dando tchauzinho com a outra mão.

– Hm... Oi? - Disse Lest, ainda com a voz rouca de sono.

– Me chamo Dylan. Qual o seu nome? - Ele sussurrava.

– Celeste - Respondeu ela, no mesmo tom.

– Pode me chamar de Dy.

– Lest, então - Ela deu de ombros desajeitadamente, ja que estava deitada. - Posso te ajudar em alguma coisa?

– Não, to aqui porque ouvi seu cachorro latindo.

"Meu deus" pensou ela. "Donny!"

– Ele... Latiu muito? - Perguntou, voltando a sentar-se em sua poltrona. O menino achou graça.

– Não, eu tava passando e ouvi. Foi um latido bem baixinho, não precisa ficar preocupada.

Lest abaixou-se para checar o cãozinho. Donny raramente latia, devia estar com fome. Ela pegou o pouco de ração que trouxera escondido na bolsa e colocou dentro da gaiolinha. Don imediatamente avançou na comida.

– Qual o nome dele? - Perguntou Dylan, ainda falando baixo para não acordar Kill.

– Donny.

– Oi, Donny. Você é um cãozinho muito bonito - Disse o garoto, ajoelhando em frente a gaiola. Don olhou-o de relance, mas continuou a comer.

– Tem certeza de que não foi alto? - Perguntou Lest, ainda receosa.

– Se tivesse sido, você ou seu namorado teriam acordado.

– Não somos namorados - Disse, automaticamente.

– Então ta - Ele deu de ombros.

– Espera. Parecemos namorados? - Perguntou, animada em saber que o plano deles dava certo sem que nem precisassem fingir.

– Tenho 8 anos, pra mim qualquer casal de adultos parecem namorados - Disse o garoto, rindo.

– Ah.

– Por que? - Perguntou.

– Nada.

Claro que não é nada, se não, não teria perguntado.

Celeste sorriu. Não tinha muito jeito com crianças, mas gostou daquele garotinho. Parecia precoce, mas muito inteligente.

– Você gosta dele? É isso? - Perguntou o loiro, antes mesmo de Lest conseguir dizer alguma coisa.

– Não! Quer dizer, não desse jeito.

– Tem certeza? Parece que gosta.

– Tenho!

– Por que fez aquela pergunta então?

– É complicado.

– Então descomplica, ué - Ele deu de ombros de novo.

– Vocês, crianças, fazem tudo parecer tão fácil...

– Não é nada, vocês adultos que complicam tudo - o loirinho rebateu - Minha mãe mesmo, vive complicando tudo quanto é coisa simples.

– Bom, eu não sou sua mãe. Nesse caso é realmente complicado.

– Então me explica, ué. Agora quero saber.

– Sua mãe não deve estar procurando você?

– Que nada, aquela alí só vai acordar ás 9!

– O pouso será ás 9.

– Exatamente! Duuuh! - Ele riu e sentou-se ao lado dela na poltrona - Me conta, to entediado. E agora, curioso.

– Ta, que seja, mas é segredo, certo?

– Certo.

– Eu e ele vamos fingir que somos namorados.

O garoto ergueu uma sobrancelha.

– Por quê?

– Essa é a parte complicada. Mas, resumindo, por que todo mundo vai ficar me chateando se eu não levar um namorado pra minha família conhecer.

– E você acha que a solução é fingir que tem um? - Ele quase riu.

– O que você sugere?

– Sei lá, que tal tentar arrumar um de verdade?

– Eu tento, mas não é assim tão fácil.

– Ué, como não? É só namorar de verdade com ele– Dylan apontou Killian, que ainda dormia tranquilamente.

– Mas ele é só meu amigo.

– Mas você quer que ele seja seu namorado - O menino disse, rindo.

– Não, não quero, Dylan. Nem ele quer que eu seja namorada dele.

– Ué, como você sabe disso? Ele te disse isso alguma vez?

– Bom, não exatamente..

– Ele já tem uma namorada de verdade?

– Hm, também não, mas..

– Então! - Ele a interrompeu - Você é bonita e legal, é claro que ele quer ser seu namorado. Por que ele não ia querer?

– Por que a gente só se vê como amigo.

– Amigos não topam fingir que estão namorando.

– A ideia foi dele - Lest defendeu-se.

– Piorou! - O garoto parecia achar graça. - Além disso, minha mãe sempre diz que o amor é uma amizade que pega fogo.

Lest ia contra-argumentar, mas desistiu. Não ia ficar alí discutindo com uma criança de 8 anos sobre seus sentimentos por Killian. Que, por sinal, eram extremamente bem-resolvidos em sua cabeça. E, apesar de ela ter gostado da frase, ela sabia bem que não era o caso.

– Vem cá, o que você e sua mãe estão indo fazer na Nova Zelândia?

– Muito esperta, mudando de assunto. A gente vai encontrar o papai, ele ta trabalhando lá e disse que quer nos mostrar a cidade. Aí depooois disso, a gente vai pra Austrália. E você? Vai pra Nova Zelândia fazer o que?

– Na verdade vou pra Austrália, mas não tinha voo direto.

– Ah. Ih, olha, o seu falso namorado acordou! - Disse o loirinho, fazendo Celeste se virar. Kill esfregava os olhos.

– Que horas são? - Perguntou ele, a voz falhando um pouco.

– Boa pergunta.

– Seis e quarenta e cinco - Respondeu Dylan, olhando o relógio de pulso do homem de ferro.

– Opa! Obrigado, carinha. Qual seu nome? - Perguntou Killian, obviamente sem ter a menor ideia de como uma criança de oito anos havia surgido na cadeira de Celeste.

– Dylan, mas pode me chamar de Dy. E o seu?

– Killian. Mas só Kill está bom.

– Eu vou ao banheiro - Disse Celeste, levantando-se - Já volto.

Em cerca de 5 minutos ela estava de volta e Dylan ria, batendo a mão espalmada na de Killian. Dylan, Killian. Estava com sono e aqueles nomes rimando não a ajudavam em nada a raciocinar.

– O que foi? - Perguntou Lest, sentando-se.

– Nada - Disse Kill. - Agora é minha vez de ir ao banheiro.

– E eu vou voltar pro meu lugar, vai que minha mãe acordou. - O loirinho levantou-se e saiu logo atrás de Killian. Alguns segundos depois, porém, ele voltou.

– Ah, antes que eu me esqueça: eu estava certo quando disse que ele queria ser seu namorado. - E, com essa frase, Celeste observou o garoto shipper ir embora, sem entender por que ele dissera aquilo, mas com a certeza de que jamais o veria novamente.


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Notas finais do capítulo

E aí? Curtiram? *-* Bom, aqui estão os personagens como prometido:

CELESTE: http://tess-ruskin.tumblr.com/celeste

KILLIAN: http://tess-ruskin.tumblr.com/killian

JEWEL: http://tess-ruskin.tumblr.com/jewel

LIZZIE: http://tess-ruskin.tumblr.com/lizzie

LOIS: http://tess-ruskin.tumblr.com/lois

MEREDITH: http://tess-ruskin.tumblr.com/meri

ARWIN (o ex da Lest): http://tess-ruskin.tumblr.com/ARWIN

DONALD (pai da Lest): http://tess-ruskin.tumblr.com/donald

MAYBELLE (mãe da Lest): http://tess-ruskin.tumblr.com/may

THORN: http://tess-ruskin.tumblr.com/thorn

WARD: http://tess-ruskin.tumblr.com/ward

DONNY: http://tess-ruskin.tumblr.com/donny

DYLAN: http://tess-ruskin.tumblr.com/dylan

Acho que é isso aí :3 espero que tenham gostado e saibam que estou muito feliz que o número de leitores ta aumentando, vocês são incríveis *-* mtmt obrigada mesmo!