Pretending escrita por Quinn Deeks
Notas iniciais do capítulo
Já tenho duas leitoras, weeeee o/ muito obrigada por acompanharem a história gente! Aqui vai mais um capítulo de brinde pra vocês
Após passar o dia seguinte inteiro organizando tudo e planejando os mínimos detalhes da viagem, Celeste estava exausta. Sentia uma dor no peito só em pensar que a viagem ainda nem havia começado.
Colocou a gigantesca mala de rodinhas ao lado da porta e a bagagem de mão ao lado. Verificou pela terceira vez se não havia deixado nenhuma torneira aberta ou o fogão e gás ligados. Sentiu então o celular apitar no bolso ao receber uma mensagem do Kill.
Estou indo. Quer que suba pra te ajudar com as malas? (recebida 5:53)
Com certeza! Valeu >< (enviada 5:53)
Ok, Bjs. (recebida 5:54)
Guardou o aparelho mais uma vez e assobiou, chamando por Donny. O Cãozinho veio correndo, segundos depois. Era o “vira-lata” mais lindo que conhecia: Olhos azuis e pelagem cinza e curta. Tratava-se de uma mistura das raças Weimaraner e Beagle: Podia, na verdade, ser considerado um Weimaraner filhote que nunca cresceria, puxando o tamanho do Beagle. Pegando-o no colo, Lest encheu-o de beijos e colocou a coleira.
— Vou ter que te pôr na gaiolinha agora, Don. Pronto pra viajar de avião?
O cachorro chiou ao ver a gaiola, mas entrou obedientemente. Lest apagou todas as luzes que ainda estavam ligadas e esperou o amigo chegar. Em poucos minutos, a campainha tocou.
— E aí, tudo pronto?
— Claro! – Disse, indo beijar-lhe a bochecha. Dessa vez, ele foi rápido suficiente e ela estava distraída demais pra lembrar-se de desviar. Acabou roubando-lhe um selinho. Ela deu-lhe um tapa no peito.
— Ei, sou seu namorado agora, posso fazer essas coisas!
— Era só o que me faltava – Disse, jogando a bolsa em cima dele.
— Achei que eu fosse levar só a mala, a bolsa também?
— Eu devia deixar você levar tudo depois dessa, mas não precisa. Só a mala e a gaiola do Don. – Falou, abrindo a porta do elevador.
— Sim, madame, mais alguma coisa?
— Você poderia desistir de tentar me beijar.
— Eu não tentei, consegui – Disse o loiro, pegando a mala e a gaiola.
— Olha que ainda dá tempo de desistir.
— Sinto muito – Ele sorriu, demonstrando claramente que não sentia nem um pouco. Lest abriu a porta do elevador, dando-lhe passagem.
Chegaram rápido ao play e colocaram as malas no táxi, entrando logo em seguida no banco de trás. O caminho até o aeroporto era curto e, apesar do engarrafamento, levaram apenas 15 minutos pra chegar. Kill pegou o carrinho, onde puseram as malas e fizeram o check-in.
— Primeira classe? – Killian havia perguntado.
— Lá o Donny pode ir conosco, desde que não saia da gaiola. – Ela explicara. – Já fiz essa viagem muitas vezes.
Sentaram-se então nas cadeiras azuis acolchoadas do aeroporto, esperando o chamado do voo. Donny dormia em sua gaiola, alheio a barulheira do aeroporto a sua volta.
— Então...
— Então o que?
— Preciso saber mais sobre sua família.
— Mais? Tá, o que quer saber?
— Não sei, pode começar me dizendo os nomes. Tem foto?
— Acho que tenho uma no celular – Celeste pegou o aparelho e procurou nas imagens – Aqui. É um pouco velha, mas serve.
Killian encarou a foto. Haviam 28 pessoas no total.
— Vou ter que gravar o nome de todo mundo?
— Não – Ela riu – As vezes até eu me esqueço! Vou te dizer os principais. Essa aqui – Ela apontou uma morena alta, de olhos cor de mel - É uma das insuportáveis. Lois. É irmã mais velha da Jewel. Ao lado dela, a desgraçada mor. Meredith.
Killian deu uma olhada na mulher. Era linda. Olhos castanhos e cabelos loiros. Duvidava que alguém dissesse que não prestava apenas olhando aquela foto.
— Aqui são seus pais, certo? – Disse, apontando o casal de coroas abraçado que gargalhava. – Maybelle e Donald Campbell.
— Eles mesmos.
— Você até que lembra um pouco ela. A cor dos olhos, principalmente – Disse, olhando a amiga. Celeste apenas riu.
— Talvez um pouco. Aqui... - Ela mostrou uma adorável ruiva sorridente no canto da tela. – É a Elizabeth, mas todo mundo a chama de Lizzie. É uma das pessoas mais doces que conheço.
— Lizzie. Certo.
— Essa aqui é a outra legal, a Jewel. – Disse, indicando uma mulher que, assim como a própria Celeste, possuía cabelos castanhos e olhos claros. A diferença é que a Jewel era baixinha, usava franja e tinha o cabelo mais curto.
— A noiva.
— Ela mesma – Lest deixou escapar um sorriso. – Nem acredito que minha baixinha vai casar.
— Esse é o noivo? – Ele apontou o homem relativamente baixo e sorridente ao lado dela.
— É sim. São o casal mais fofo que conheço.
— Como eles se conheceram?
— Eles se conhecem desde sempre, pra ser sincera. Ele morava na mesma rua que a gente e era só um ano mais velho. Demorou muito pra que ele finalmente admitisse que gostava dela e a chamasse pra sair, mas estão juntos desde então.
— Quando foi isso?
— Ela tinha 17 e ele, 18.
— Hmm. E seus pais?
—O que tem meus pais?
— Como se conheceram?
— Faculdade.
— Tipo a gente?
— É, tipo a gente – Ela riu – Mas eles começaram a namorar de verdade.
— Como?
— A primeira vez que minha mãe o viu, eles não se conheciam. Ele estava namorando e minha mãe achou os dois muito grudentos. Ele nem sabia quem ela era, nessa época, mas meus avós já se conheciam – eram amigos até, mas eles não faziam ideia. Algum tempo depois, eles foram apresentados por colegas de faculdade, numa festa, e viraram amigos, nada de mais. Meu pai achava minha mãe bonita, mas não pensava em namorar com ela. Minha mãe achava ele engraçado e meio maluco. Foram se tornando cada vez mais amigos até ele começar a gostar dela. E ela dele, mas ela era muito cabeça dura. Ele pediu-a em namoro duas vezes. Na primeira ela disse que era muito estranho, que eles eram amigos e que ela tinha que pensar se queira levar a amizade deles a um outro nível. Da segunda vez, ele levou-a pra um por do sol na praia e perguntou se ela tinha pensado. Ela aceitou, mas esperou até ele levá-la em casa pra lhe dar o primeiro beijo – Lest sorriu – Até hoje ele reclama disso.
Kill sorriu de volta, vendo-a admirar a foto. Celeste definitivamente lembrava Maybelle. O formato do rosto era bem parecido, possuíam a mesma pele branquinha e os mesmos olhos. Ela tinha algo do pai também, mas ele não sabia dizer o que. Era engraçado, conhecia-a há anos e até então, sabia muito pouco sobre sua família. Sequer lembrava-se de ter visto uma foto de Lest com os pais.
Mas de uma coisa sempre soubera: Ela era linda. Não uma beleza artificial, exagerada – era simples, mas incomum. Diferente. Ás vezes, seu rosto lembrava-lhe o de uma gatinha, literalmente. Alí, vendo-a ao seu lado, a achou ainda mais bonita cheia de admiração pelos pais nos olhos. Killian colocou, então, um fio de cabelo teimoso que insistia em cobrir-lhe a face atrás da orelha da amiga, que olhou-a surpresa.
— O que? – perguntou ela.
Se encararam por um momento, as bochechas de Celeste já vermelhas, mais uma vez. Kill sorriu. A facilidade com que a morena ficava vermelha o divertia. Era meio fofo.
De repente, uma voz saiu dos alto-falantes, anunciando o voo.
— Nada. – Ele respondeu finalmente. - Vamos? É o nosso.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que continuem acompanhando e gostando da história :3 Capítulo que vem vai ser bem fofo, garanto (; muito obrigada por lerem! E não me incomodo nem um pouco em receber reviews huhehhehe #ficadica