Human escrita por Sra Somerwesley, Mrs Hiddleston


Capítulo 10
Capítulo 9 - Superhero


Notas iniciais do capítulo

Sra. Somerwesley doente aqui :3
É galera, eu esperei por mais comentários mas eles não vieram, então estou aqui postando doente (quase morrendo de gripe - no calor!) em consideração aos lindos dos meus leitores



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/535263/chapter/10

(Sozinha novamente procurando por algo

Não há ninguém para me salvar agora

Eu não terei medo, eu só achei que você me pegaria

Mas você não está aqui para me salvar agora)

[Superhero – The Pretty Reckless]

POV. Nath

Eu iria mata-la. Ok, talvez matar não, mas dar uma surra bem dada naquela menina e talvez, só talvez, quebrar o videogame dela. Como ela pode expor eu e o James desse jeito? Pelos deuses! Isso ia com certeza pros jornais amanhã! E se bobear, para os blogs hoje mesmo!

Além do mais, eu nunca gostei de aparecer muito. Nem queria vir nessa balada, pois odeio barulhos altos e gritaria. Mas adoro vodca e nesse momento estou com uma garrafa quase no final, enquanto danço.

Sempre fui forte pra bebida, acho que isso eu herdei de Tony. Por mais que não seja alcoólatra, como um dia ele foi. Então a vodca nem faz muito efeito. Olho para James a minha frente e o beijo novamente, me perdendo em seu gosto de hortelã. Se já tá tudo ferrado, se ferrar mais um pouquinho não vai fazer nenhum mal.

– Hey. – digo ao terminar o beijo, depositando vários selinhos em seus lábios. – Preciso ir ao banheiro retocar o batom. – e me viro pra sair.

– Pra que? – puxa e beija-me novamente, tirando meu fôlego. – Se eu vou tirar de novo? – sorri maroto e me segura firme em seus braços.

– Jaaames. – prolongo a voz, manhosa.

– Naaath. – ele me imita.

– Por favor. – e faço biquinho.

– Ah, meu Deus. Desmancha esse bico. – James resmunga.

– Não até você me deixar ir. – retruco.

– Ok, ok! – ele desiste. – Volta logo! – e me solta.

– Você nem vai perceber que eu fui! – digo e lhe dou um selinho, andando rapidamente até o banheiro.

Assim que adentro o local, vejo uma mulher loira bonita e como uma pessoa educada a cumprimento:

– Oi! – e sorrio para ela.

– Olá. – responde, sorrindo sem mostrar os dentes.

Pego o batom vermelho na minha mini bolsinha e passo-o rapidamente, dando uma leve checada no espelho.

– Então... Tchau. – me despeço e ando calmamente em direção à saída, até sentir uma mão tocar meus cabelos, puxando-os. – Mas que diabos...? Me solta! – e tento me soltar de seu aperto.

– Hail Hydra. – ela dá um sorriso maléfico. Congelo e nem tenho tempo de dizer nada ou gritar, antes que uma agulha penetre minha pele e instantaneamente eu apago.

Quando acordo, abro meus olhos automaticamente sentindo minha cabeça explodir de dor e fecho-os tanto rápido quanto os abri, assustada com a claridade do local onde estou.

Tento levantar e não consigo. Abro os olhos novamente e demoro alguns segundos para me acostumar com a claridade e tento levantar mais uma vez. Sem sucesso. Levanto a cabeça e olho meu corpo, meus pulsos estão amarradas em grossas tiras de metal e meus pés também.

Sufoco o grito ao ver várias agulhas no meu braço, algumas tirando meu sangue e outras levando soro ao meu organismo.

– Bem vinda de volta, querida. – ouço uma voz masculina dizer com certo carinho.

– Onde estou? – pergunto com a voz fraca.

– Em uma das bases da H.Y.D.R.A – responde na maior tranquilidade.

– O que? Mas a H.Y.D.R.A foi destruída! – digo assustada.

– Aquela era só a base principal, querida. Temos centenas no mundo inteiro. – diz ele me assustando mais ainda.

– O que querem comigo? – pergunto tentando parecer indiferente.

– Você é filha do Homem de Ferro...

– Ok, me conte uma novidade agora. – interrompo-o, ligeiramente irônica, tentando ignorar as agulhas. Se tem uma coisa que eu tenho medo (medo não, fobia!), essa coisa são agulhas. Sempre tive medo de todos os tipos de agulhas: de costura, de injeções, vacinas, na hora de tirar sangue...

– E vem se envolvendo com James Barnes...

– E o que vocês têm haver com isso? A vida é minha, porra! – digo revoltada.

– Vamos lá, Natália, você é mais inteligente que isso. – ele diz.

Então é claro como 1+1=2. Sinto o choro se instalar em minha garganta e o sufoco, tentando ignorar a raiva.

– Vocês não podem fazer isso com ele! – exclamo. Surpreendentemente minha voz sai mais forte do que realmente estou e agradeço por isso.

– Sim, nós podemos e vamos fazer. Agora sorria, querida. – diz sorrindo de modo estranho.

– E por que diabos eu faria isso? – resmungo.

– Porque o show acabou de começar. – e o vejo tirar uma câmera de vídeo e uma seringa com uma agulha.

Ele liga a câmera e começa a gravar a si próprio.

– Você é louco? – pergunto irritada.

– Olá Vingadores. Como vão? Espero que mal. – diz ainda sorrindo. – Estão vendo essa garotinha? – e me filma.

– GAROTINHA É O CARALHO! SEU FILHO DA PUTA, NA HORA QUE EU TE PEGAR, VOCÊ VAI LEVAR A PIOR SURRA QUE JÁ LEVOU! ME SOLTA, CUZÃO! – grito furiosa.

– Oras, não deu educação a ela, Anthony? – pergunta com uma falsa expressão de choque. – Mas a questão é: por quanto tempo ela vai viver? – seu tom é sombrio e me causa calafrios.

Ele puxa uma mesinha e coloca a câmera em cima, ainda gravando. O homem se aproxima de mim com a seringa e pressiona a agulha em um dos tubos, despejando o líquido em mim.

Demora menos de um minuto e eu começo a sentir muito calor. Estou queimando! Tento não gritar nem chorar, mas é impossível, porque tudo parece mais intenso, posso ouvir as próprias batidas de meu coração e minhas veias pulsando.

Com um grito horrível até para meus ouvidos e chorando tanto que até me engasgo, me entrego à escuridão.

POV. Crissie

Faz dois dias que a Nath simplesmente sumiu, ou é isso que a maioria do mundo pensa. Eles estão achando que ela entrou em pânico ao ver que sua imagem de menina ‘boa’ (nem ela acredita nisso!) seria detonada quando a vissem aos pegas com um homem em uma boate. Eu também pensava, até Loki aparecer meus sonhos e me alertar.

Ele dizia que Nath não tinha muito tempo e que estavam ficando impacientes com a demora. Eu não entendi direito até começar a ver Nath de relance algumas vezes, ela sempre pálida e gritando e chorando. Então entendi que era muito sério, pois Nath nunca chorava a toa.

Nesses dias, tive mais discussões com Tony do que parecia possível, pois ele não acreditava em mim.

― Você não está me entendendo, Loki só está tentando ajudar! Ele é amigo ― gritei já sem paciência. Sim, estamos brigando novamente e pela mesma razão.

― Loki? Amigo? Crissie, não fale bobagens. E se Nath realmente tivesse sido sequestrada eu já estaria sabendo.

― Ah, mas é claro. O grande gênio Stark saberia exatamente onde sua princesinha está. Então por que não faz isso? Aperte um mero botão e verá que eu estou falando a verdade!

Agora todos que estavam na sala pararam o que estavam fazendo e começaram a nos olhar, mas isso não tirou minha autoconfiança.

― Tony, por favor. Não é hora para isso ― disse Pepper tentando acabar com a discussão, mas só conseguiu a ignorância de Tony.

― Não, espera. Se você acha mesmo que está certa então vá em frente. Prove. – desafiou-me.

― Eu não posso ― disse quase num sussurro, mas ele conseguiu me ouvir.

― Não pode ― repetiu ele. ― Não pode porque é tudo mentira! Você não compreende? Tudo isso faz parte das alucinações da sua esquizofrenia.

― Pensei que fosse se importar ― disse ainda baixo, mas dessa vez com algumas lágrimas que teimavam em escapar. ― Nath sempre foi sua queridinha. Talvez por isso você tenha me desprezado.

― Como é que é?

Agora as lágrimas corriam livremente, e entre soluços respondi:

― Desde o momento em que cheguei, você nunca se importou comigo. Era como se estivesse fazendo um favor para alguém. Pensei que fosse ser uma questão de tempo, mas tudo continuou a mesma coisa.

Percebendo o quanto eu chorava, ele tentou dizer alguma coisa. Mas só saíram gaguejos, que me fizeram continuar.

― Eu sempre considerei Pepper e Nath como minha família, mas você Tony... Nunca ligou para mim, nem sabia que eu tinha voltado daquele acampamento idiota e provavelmente nem soube que havia partido.

― Crissie... ― tentou dizer ele, mas eu o ignorei e prossegui.

― E naquela vez que você entrou no buraco negro? Para quem ligou?

Todos me olhavam com pena e Tony segurava as lágrimas.

– Quer saber? – digo controlando as lágrimas – Eu tenho mais o que fazer.

– Aonde você vai, Crissie? – pergunta Pepper apreensiva a me ver próxima do elevador.

– Salvar a minha irmã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Human" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.