A dama da noite escrita por rayssa


Capítulo 2
Olhos azuis.




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Narrador : Henrique

O ar da ambiente estava exatamente do jeito que eu gostava, pegajoso e quente, cheio de humanidade e vitalidade. Dava para sentir a podridão da humanidade empapando o ar tornando-o o lugar perfeito para encontrar ela.

Layla.

Quando me disseram que precisávamos de mais pessoal em ambos os acampamentos, de preferência adultos a idéia que tive me fez rir. Layla ensinando crianças? Isso eu pagaria para ver, e aparentemente o acampamento também estava pagando muito bem, mais a idéia de vê-la sendo professora foi tão absurda que ignorei minha idéia ate a situação se tornar tão critica que Quiron disse que teríamos que parar de receber crianças.

Certo, eu podia não amar o acampamento de paixão, mas o lugar era minha casa, eu tinha irmãos lá, literalmente uma família e não podia deixar aquele lugar simplesmente acabar, a maioria dos filhos de Hecate não seguem bons caminhos quando ficam sozinhos, eu sou a prova disso. Não posso deixar que meus irmãos se espalhem ao relento.

Então sim, Layla Zacters vai ser professora, ela me deve uma e se precisar cobrar esse favor para que ela me ajude a reerguer o acampamento e o que farei.

Não demorou muito para que eu a visse, depois que a conhece fica fácil saber como procura-la, bastou que eu seguisse Carlos,se ele chegasse num lugar com atmosfera carregada, era lá que Layla estaria.

Assim que minha velha amiga pois os olhos em mim sorriu e eu tive que me lembrar novamente o porque nos não éramos mais namorados, Layla e simplesmente linda, não uma “linda” como uma modelo ou atriz e sim linda como um verdadeira deusa, tinha belos cabelos negros longos e espalhados pelos ombros uma pele deliciosa e macia que brilhava dependendo da luz, um corpo de formas perfeitas esculpido na base da corrida e de muita luta,no entanto apesar de tudo isso sua principal característica, aquilo que punha os caras que queriam vê-la dançar de joelhos eram os olhos, seus olhos não eram cinzas, ou escuros ou mesmo verdes, eram azuis, mais não um azul qualquer e sim um azul brilhante e vivo, elétrico, poucas pessoas entendiam o quão poderosos eram aqueles olhos ate serem hipnotizados por eles.

Essa era uma das coisas perturbadoras a respeito de Layla, como alguém poderia ter olhos assim? Não que fossem tão incomuns, eu mesmo conhecia dois filhos de Zeus com esses olhos, só havia um detalhe : Layla era filha de Hades.

Fiz uma rápida avaliação de suas roupas enquanto ela se aproximava. Estava vestindo um Jhorts curto e um camisa justa.

Nada mal. Eu já tinha visto ela trabalhar com bem menos roupa.

Assim que ela chegou tomei sua mão e girei para ter uma visão melhor de seu corpo, ela girou sem protestar e eu ouvi o bartender suspirar atrás de mim. Coitado, obviamente não conhece as regras de Carlos, ninguém toca na Dama da noite.

– Ola Henrique. Há quanto tempo, deixe-me adivinhar finalmente se rendeu e veio aproveitar as delicias e perdições da cidade do pecado?

– Quem me dera, a único anjo da perdição que eu desejo tem outros clientes para levar a ruína.

– Não fique assim, nos temos outros anjos para satisfazê-lo, você sabe como e, variedade e o que não falta.

Olhei ao redor apreciando as belas moças, ela tinha razão como sempre. Carlos era o melhor cafetão de Las Vegas.

Deixando a paquera de lado levantei-me e a abracei. Layla era uma amiga muito antiga, alguém que eu amara e aprendera a respeitar quando era jovem e rebelde demais.

– Podemos conversar longe daqui? – sussurei em seu ouvido

– Claro, meu turno acabou a vinte minutos, vou avisar o Carlos.

Saimos para a cidade agitada e brilhante como se o tempo não tivesse passado, rindo e brincando sobre coisas bobas, fora do bar Layla era muito mais interessante. Fomos para sua casa um lugar legar e tranqüilo, feito para pessoas que só vão para casa para dormir e não tem filhos. Jovens típicos que trabalhavam na noite da cidade do pecado.

– Então fala o que te trouxe de volta depois de tanto tempo?

– Problemas.

– De que tipo?

– Bom, preciso de sua ajuda. O que acha de ser paga em Dragmas de ouro para ensinar crianças a usar espadas?

– Não entendo.

– Criança demais, poucos professores, precisamos e ajuda no acampamento meio sangue,

Ela pegou uma garrafa de Vodka.

– Sabe, eu não dou a mínima pro acampamento meio-sangue.

– Eu sei, por isso que estou pedindo sua ajuda por favor, preciso de alguém que saiba o que esta fazendo. Para ajudar a reerguer o acampamento.

– Não, me desculpe Henrique, não vou.

– Você me deve.

Ela parou.

– Quer perder seu favor nisso? Você poderia me pedir qualquer coisa e quer que eu ensine crianças a usar espadas?

– Me de um ano e esta tudo pago, prometo que não lhe peço mais nada, nunca. Layla, meus irmãos estão lá, crianças pequenas que não estão sendo adequadamente treinadas porque não há professores suficientes, eu não quero que ninguém que eu amo morra.

Layla o observou por alguns instantes.

– Se eu não te devesse, suas crianças iam precisar de outra professora.

Em seguida saiu a ouvi pegando o telefone no quarto e explicando a situação a Carlos que não parecia nada feliz. Sorrindo, eu me espreguicei no sofá para tirar um cochilo, agora podia dormir tranqüilo.


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