For My Demons escrita por Jess


Capítulo 20
Capítulo 20 - Fúria I


Notas iniciais do capítulo

Eeeeeeh!!!!
Fógos e mais fógos.
Ficou bem grande então separei em dois capítulos, espero que gostem e não vou prender vocês nas notas do capítulo, leiam e depois contem o que acharam.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/535044/chapter/20

Andy sentia-se entediado de uma forma que não sentia a muito tempo, na gigantesca tela a sua frente passava um comercial qualquer onde uma atriz sorria mostrando o quanto estava feliz por usar o produto, por estar bonita e jovem, sem arcas de expressão por causa das capsulas milagrosas que ela mostrava com tanto orgulho. No final do comercial a atriz dizia algo sobre parar o tempo.

O demônio franziu a testa fazendo uma careta. Que tipo de pessoa quer parar o tempo e ficar com a mesma expressão até que a mãe natureza lhe dê uma rasteira fazendo esses produtos pararem de funcionar? pensava ele, quando ouviu o som da campainha da porta da frente.

Ele permaneceu parado onde estava, esperando alguma empregada fosse atender a visita, mas nada aconteceu, pois a empregada teve alguns problemas na família e teve que faltar.

Veronica havia chegado, tomado banho, trocado de roupa e saído novamente com Belphegor, que explicara o que estava acontecendo, o que fariam com Hamã. Então eles não chegariam tão cedo.

Andy levantou-se preguiçosamente e andou até a porta quase se arrastando, pronto para decapitar qualquer um que tivesse feito ele se levantar. Abriu a porta viu Samantha, com seu sorriso confiante, as pequenas e quase imperceptíveis sardas. Ela viu a expressão do demônio ir de mal humor para surpresa.

Mas porque ele estaria surpreso? Sou amiga da Veronica , não há nada mas comum do que aparecer sem avisar, pensou a ruiva observando Andy discretamente... Ou pelo menos ela achava que estava sendo discreta.

O demônio olhou Samantha cuidadosamente, havia algo nela que o fazia sentir como se seu sangue fosse fogo.

_Posso entrar?_ Samantha perguntou quando estavam olhando-se a algum tempo sem dizer nada. Já estava ficando constrangedor.

_Ah, claro, mas Veronica não está._ Andy respondeu, quando já estava sendo empurrado sutilmente pela ruiva que adentrava a casa. Ele a viu sentar no sofá por a bolsa ao seu lado, não perde nenhum movimento da humana.

Na primeira vez em que a viu havia algo triste em seus olhos, agora não existe, ela parece mais forte.

Interessante, as transformações que os humanos podem fazer com os próprios sentimentos. Em um momento, sentem-se tristes em outros usam a tristeza como combustível. Não são tão diferentes dos demônios nesse aspecto., Ele pensou aproximando-se cautelosamente. Era incrível como a ruiva era desconcertante.

_Talvez Veronica demore..._ Andy começou, tentando arrumar um jeito de dispensar Samantha.

_Meu assunto é com você._ Ela interrompeu, indo direto ao ponto.

O demônio fiou tenso com aquelas palavras, estava surpreso pela posição seria da humana e um pouco ansioso para saber o assunto que tinham a tratar...

Lembrou-se do dia em que foram apresentados, como depois disso e de alguns olhares, não falaram-se. Veronica logo levou a amiga para longe de Andy, temendo pela segurança da ruiva. Ainda não conhecia o demônio direito, aliás, não se conhece um demônio totalmente, não se conhece ninguém totalmente.

Mas do que adiantou Veronica ter afastado a amiga do demônio se, a própria Samantha foi atrás de Andy? Se ela não aceitava qualquer explicação...

_Quer mesmo que eu acredite que você é um amigo da Veronica? _ Ela perguntou encarando-o seria.

_Não ligo para se você acredita ou não._ O demônio respondeu desafiando-a.

Samantha dá dois passos em direção a Andy e cruza os braços.

_O que está havendo? Veronica nunca esteve tão alheia, e de repente aparece você, um amigo da época da faculdade que eu nunca ouvi falar._ Ela disse esticando o pescoço para olhar os olhos azuis do demônio.

_Pergunte a Veronica, não a mim._ Ele disse virando-se para ir a cozinha procurar algo doce.

_Acha que não perguntei? Perguntei mais de mil vezes e ela diz que sou paranoica._ Samantha disse seguindo Andy.

_Talvez ela esteja certa e você seja realmente paranoica._ Ele disse distraído em quanto vasculhava os armários da cozinha.

_Sei que há algo errado, e Veronica é fechada de mais para dividir isso....

_Então, você veio tentar tirar algo de mim? Está perdendo seu tempo._ Andy falou pegando um enorme pacote de balas de caramelo.

Samantha estava nervosa pela indiferença que Andy demonstrava, sua pele queimava. Sem aguentar mais nem um segundo, ela foi até ele e o empurrou de encontro a parede. Ele era muito mais forte que ela, mas cedeu ao empurrão, queria saber o que a ruiva faria em seguida.

Ela colocou uma das mãos no peito do demônio e o pressionou mais na parede, ele a agarrou pela cintura e puxou para perto.

Samantha não conseguia pensar direito, mal lembrava o motivo da visita, estava vidrada nos olhos azuis, nos lábios entreabertos e nos braços fortes de Andy apertando-a de leve. Ela não pode aguentar e colou sua boca a do demônio, ela sentia a necessidade de provar os lábios que pareciam tão macios e atrativos.

O beijo não era muito luxurioso, mas os lábios que se provavam mutuamente faziam os dois sentir arrepios. Samantha sentia ligeiros tremores, Andy sentia o sabor adocicado dos lábios da humana.

***

_Onde estamos indo?_ Veronica perguntou pela quinta vez, olhando Belphegor dirigir.

_Estamos indo fazer uma visita ao Hamã._ Disse o demônio acabando com o suspense.

_Sabe onde ele mora?_ Ela perguntou surpresa.

_ Não preciso saber o bairro dele._ O demônio respondeu com um meio sorriso.

_Bel, o que quer dizer?_ Veronica perguntou franzindo o cenho.

_Quero te fazer uma surpresa. Agora fique quieta._ Ele disse olhando a pista.

Veronica olhou Belphegor por mais algum tempo, não entendia o que ele poderia estar planejando, então resolveu tentar prender sua atenção no caminho que ele estava tomando, ela tinha certeza que já havia ido por aquele caminho antes. Mas não lembrava quando.

Algum tempo se passou, e eles continuaram no carro, mas a paisagem já ganhava ares mais rurais. Nos cantos da estrada de terra, as altas arvores e matagais. Já era fim de tarde e as arvores altas escondiam a claridade do sol e faziam parecer mais tarde do que realmente era.

Veronica estava ficando com câimbra quando Belphegor parou o carro e fez um sinal que queria dizer que ela já podia sair.

_Daqui continuamos andando._ Ele disse fechando a porta do carro.

Que bom que coloquei botas, calça jeans e uma camiseta. Ele nem me avisou que precisaríamos andar por entre arvores... Eu devia ter pego o repelente. Veronica pensou seguindo o Belphegor.

_Onde estamos indo? Não deveríamos estar armando algo para pegar Louis?_ Ela perguntou tentando acompanhar os passos rápidos do demônio.

_O que acha que vamos fazer? Acampar?_ Belphegor respondeu sarcástico.

A humana continuou seguindo-o, até avistar uma cabana, então ela reconheceu o lugar. Era o mesmo lugar no qual invocou Belphegor.

_Gostou da surpresa?_ Ele perguntou olhando-a com um sorriso contido.

_Sem dúvida, estou surpresa..._ Veronica disse lembrando cada detalhe do dia em que invocara o demônio._ Mas, porque escolheu esse lugar?_ Ela perguntou desconfortável.

_Não se preocupe, não estou ficando emotivo e patético. Lembrando momentos felizes e dizendo que temos uma musica._ Ele falou fazendo uma careta._ Apenas foi o lugar mais isolado que veio a mente.

_Certo, foi uma boa escolha.

Eles entraram na cabana, Veronica ficou ainda mais surpresa. A parte interna da cabana estava com algumas partes reformadas, redecoradas... Quase não parecia a cabana em que ela havia invocado Belphegor. As paredes estavam limpas, o chão que antes rangia e era um campo minado, onde a qualquer momento você poderia acabar dentro de um buraco cheio de cupins, agora tinha novas fileiras de madeira. Era tudo bem rustico, mas ainda assim tinha seu charme.

_Você fez isso? _Ela perguntou admirando o ambiente.

_Sim, tive um tempo e resolvi emprega-lo em meus trabalhos manuais._ Belphegor falou indo até uma mesa do outro lado do cômodo, ela era presa ao chão, e havia uma mala preta em cima. _Mas, então... Quer deixar de ser uma iniciante curiosa e tornar-se uma bruxa?_ Ele perguntou serio.

É minha chance de aprender mais, preciso aprender a proteger-me Veronica pensou rapidamente.

_Certo, o que precisarei fazer?_ perguntou decidida a aprender o máximo.

Belphegor sorriu e disse:

_Começaremos preparando o lugar...

Ele pegou uma pequena caixa de madeira e a abriu. A feiticeira já havia se aproximado para saber o que tinha ali.

_Para que usaremos isso?_ Perguntou olhando as cinzas dentro do recipiente decorado com cigils.

_Para atrair Hamã. São cinzas de anjo_ Ele falou distraidamente espalhando um pouco das cinzas no ambiente_ Quando fizermos os sigils ele virá por causa da energia contida nas cinzas e do cheiro de sangue. Naturalmente ele pensará que algum dos irmãos dele está pedindo por socorro.

_E se aparecer outro em vez do Louis?_ Ela perguntou apreensiva.

_ Essa é a sua parte, quando você fechará os olhos e trará Hamã até aqui, onde ele estará preso._ O demônio disse fechando a caixinha.

Depois de alguns segundo em silencio, pensando nas palavras do demônio Veronica disse:

_Você já fez isso outras vezes, Chamar um anjo?

No fundo ela queria um pouco de segurança a partir da resposta dele. Queria poder agarrar-se a confiança que ele demonstrava.

_Sim, a algum tempo atrás, mas acho que ainda não perdi a pratica_ Belphegor respondeu pegando um canivete e fazendo um grande corte na palma da mão como se não fosse nada.

A humana via tudo concentrada em cada detalhe: o sangue escorrendo, manchando o chão com o vermelho vivo. O demônio fazendo um grande circulo de sangue, quando as duas pontas se uniram, formando um circulo perfeito a mão de Belphegor cicatrizou.

_Quer esperar um pouco..._ Ele perguntou vendo o nervosismo de Veronica_ Podemos esperar escurecer para atrair Hamã_ Ele concluiu.

Veronica apenas concordou com um gesto sutil, depois olhou novamente para o local e percebeu alo que não havia visto antes. Belphegor viu a direção em que os olhos dela estavam e a expressão interrogativa. Antes que ela perguntasse ele disse:

_Fiz uma extensão para esse cômodo, é como uma sala de espera

_Posso ver?_ Ela perguntou indo até a porta e abrindo-a sem esperar a resposta dele.

Ao abrir a porta, a feiticeira ficou impressionada pelo que via: O tapete de tons frios que ocupava todo o chão, alguns quadros com paisagens, a cama gigantesca...

_Nossa..._ Foi a única coisa que foi pronunciada por ela, que já andava pelo cômodo, ia até o outro lado que parecia ser uma cozinha. Aquele cômodo não parecia uma sala de espera, mas sim um quarto de um hotel cinco estrelas._ Se um dia desistir da vida de demônio, torne-se decorador. Ela provocou.

Belphegor ignorou o conselho da humana, foi até uma poltrona no canto do quarto e sentou-se.
***

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem
Leitores, quando estava fazendo esse Capítulo e o próximo, ouvi muitas musicas e pensando nessa coisa que o Bel citou de "trilha sonora de casal" e "nossa musica", fiquei me perguntando qual seria a musica para esses dois, Não cheguei a nenhum resultado específico, pois conheço muitas musicas que combinariam com eles, é Tainted Love - Marilyn Manson.

Agora lhes pergunto: Qual é a musica que vocês acham que combinam com eles?
Algum de vocês tem ou teve uma "musica de casal"?
Podem me contar, estou louca para saber.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "For My Demons" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.