For My Demons escrita por Jess


Capítulo 13
Capítulo 13 - Não se Prenda ao Passado.


Notas iniciais do capítulo

Estou boazinha de mais, tem muita pista do passado da Veronica nesse capítulo. Ai, ai, aIi...
Espero que gostem dos novos personagens, se não gostarem digam, aceito criticas.



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_Vai trabalhar assim?_ Belphegor perguntou para Veronica, que usava uma calça jeans preta, salto e uma jaqueta.

_Obvio que não Bel, só vou ao hospital do outro lado da cidade visitar uma amiga._ Ela respondeu distraída em quanto procurava o celular dentro da bolsa.

_A Lia?

_Não, para que tanta curiosidade? _ A humana perguntou tirando o celular da bolsa e encarando o demônio.

_Achei que ia aproveitar seu dia de folga._ Ele disse dando de ombros.

_E vou aproveitar, mas agora tenho que ir visitar minha amiga._ Veronica falou passando rapidamente por Belphegor que a seguiu.

Veronica parou no meio do caminho para a porta da frente, e quase esbarrou no demônio que vinha atrás dela, olhou para os lados certificando-se se havia alguma empregada por perto, vendo-a falar sozinha e disse:

_Você pode me esperar aqui, não demoro muito.

Belphegor apenas a olhou fechar a porta.

Veronica dirigiu por cerca de três horas, até chegar na clinica do outro lado da cidade, era uma clínica especializada em fisioterapia, mas tinha uma ala para pessoas em coma, era nessa que Veronica ia desde seus dezesseis anos, quando Julia sofreu um acidente bateu a cabeça e entrou em estado de coma.

Veronica foi ate a atendente que já conhecia, para que ela lhe desse um cartão plastificado, um tipo de autorização, só que com mais informações com um código.

Depois de andar pelos corredores, já tão conhecidos, a jovem abriu a porta do quarto onde se encontrava uma Julia, a filha mais nova de Davi, o segundo ex-marido de sua tia

Julia estava nem coma a dez anos, desde seus nove anos. Pode parecer muito tempo, mas alguns humanos entram nesse estado de aparente desmaio e demoram muitos anos para acordar. E são esses que estão no topo da cadeia alimentar, seres que sequer tem controle sobre seus corpos. Deprimente.

Veronica sentou-se ao numa poltrona branca ao lado da cama onde Julia estava deitada, ligada a alguns fios de uma maquina que captava alguns sinais que a pálida garota transmitia através de seu frágil organismo.

Veronica sempre ia visitar Julia. Nos primeiros anos em que a garota ficou desacordada a feiticeira tentava comunicar-se com ela, segurava a mão morna da garotinha e falava, esperando que ela ouvisse. Depois de tantos anos Veronica apenas sentava-se na poltrona branca e não dizia nada, observava a garota e tentava encontrar algum sinal de que ela estivesse acordando, mas não via nada.

Ela ficou ali sentada olhando Julia por mais meia hora, até que ouviu a porta se abrir. Ao virar-se viu Davi, que não via a muito tempo. Ele parecia bem, apesar dos cabelos grisalhos, tinha voltado com a antiga esposa, mãe de Julia.

_Olá._ Ele disse, com a simpatia de sempre.

_Olá, como vai?_ Veronica perguntou mas logo sentiu-se mal por ter feito a pergunta, aliás a filha dele estava deitada numa cama a dez anos, como ele estaria? Radiante?

Mas Davi não era daquele tipo de humano que corrói por dentro, ele tinha uma boa índole, era compreensivo e tentava manter o bom humor e a esperança mesmo com coisas ruins acontecendo.

_Estou bem Veronica, e você como está? E Tácia? _Ele Perguntou animadamente, em quanto Veronica permanecia meio constrangida.

_Estou bem e Tia Tácia está voltando de viagem.

_Nossa que legal, diga a ela que fique a vontade para vir aqui visitar Julia._ Davi disse mais animado ainda, parecendo que a filha dele nem estava numa cama a cinco passos dele, e podia ser que ela nunca acordasse.

_Direi._ Veronica mentiu com falsa simpatia. Tacia nunca visitou Julie desde que separou-se de Davi, ela apenas visitou a garota quando eles estavam juntos para manter as aparências.

_Foi bom te ver Davi, agora tenho que ir._ Ela disse com um pequeno aceno, mas Davi a abraçou, ela sentiu uma grande quantidade de amor paternal naquele abraço, foi bom , mas por outro lado sentiu-se culpada, aquele amor, aquele abraço não era dela, era de Julia.

_Você é muito jovem Veronica, não fique se prendendo ao passado._ Dave falava em quanto terminava com o abraço.

Veronica apenas fez um gesto afirmativo, em quanto saia do contendo a vontade de cair em pranto, de correr até o carro para poder chorar sem ser vista. Ela apenas andou, saiu do hospital, entrou no carro e dirigiu até chegar em casa, sem derramar uma lagrima.

Veronica entrou na casa que parecia estar vazia, e subiu as escadas o mais rápido possível para que pudesse tirar a roupa e tomar uma ducha quente, tirar o cheiro do perfume de Davi de seus braços, era um cheiro que parecia ser característico de pais amorosos que protegem suas crias.

***
A feiticeira lembrava-se que seu pai gostava de ajudar na cozinhar aos domingos, em quanto ouvia a mãe de Veronica reclamar, dizendo que ele sujava tudo. Ele sorria e beijava sua esposa, fazendo a sorrir também.

_Como sua amiga está?_ Belphegor perguntou assim que Veronica abriu a porta levando um susto por ver o demônio deitado em sua cama, parecendo muito confortável na King Size, que já estava com os lenções em completo caos.

_Ela vai ficar bem..._ Veronica respondeu, fechando a porta atrás de si e indo até o banheiro para respirar fundo e passar um pouco de agua gelada nas pálpebras.

_Quero tomar um banho._ Ela disse olhando Belphegor da porta do banheiro, esperando que ele entendesse a mensagem.

_Fique a vontade._ Ele respondeu sarcástico.

_Saia do meu quarto._ A feiticeira falou depois de um longo suspiro que mostrava seu cansaço.

_Não vejo através de portas, o máximo que irei sentir é o cheiro dos seus produtos de higiene pessoal._ Ele rebateu dando de ombros e mantendo se deitado com as mãos na nuca.

_Faça como quiser._ Ela disse irritada fechando a porta do banheiro.

Belphegor a observou com o cenho franzido, sabia o motivo dela estar daquele jeito. Havia mandado um dos seus servos a seguir, tinha que manter-se informado sobre os lugares que ela ia, o que fazia e se demônios estavam a rondando.

Ainda mais agora com as desconfianças de Malloch, que por milênios procura convencer Lilith a tirar meu trono, fazendo ele voltar ao antigo posto de Rei do Primeiro Circulo. Manterei meu posto, e não deixarei eles chegarem perto de Veronica., pensava Belphegor determinado. Levantou-se da cama e foi para o quarto de hóspedes chamar Andy (Forneus, que preferia ser chamado de Andy), um demônio governante de 29 legiões de espíritos.

Ele era parte da ordem dos Tronos e em parte da ordem dos Anjos.

Forneus dá uma boa reputação e ensina Línguas. Ele ensina todas as artes e ciências, incluindo a retórica, e pode trazer o amor e um inimigo. Ele protege do mal.

Forneus é muito gentil e amigável com humanos. Ele tem um belo manto vermelho escuro como de um rei, talhado em branco com manchas negras. Ele tem cabelo preto, comprimento nos ombros com franjas. Intenso olhar, sobrancelhas escuras e olhos negros. Ele também aparece com uma criatura reptiliana do mar, pode assumir muitas formas diferentes, mas prefere principalmente sua forma humana. Ele compreende sobre o mal dos anjos de jehova. E alguns demônios mais agressivos não aceitavam sua presença, por acharem que ele ainda preservava as características angelicais, entretanto, Belphegor o via como um aliado.

_Chamou?_ Andy perguntou sentado no criado mudo.

_Preciso que olhe Veronica em quanto ficarei fora._Belphegor disse serio.

_Por quanto tempo?_ Andy perguntou franzindo o cenho.

_Descerei ao Reino, tenho uma reunião com Lilith. Ficarei fora cerca de duas semanas._ Ele respondeu, cansado de tantas perguntas.

_Ela poderá me ver?_ Andy perguntou com uma sobrancelha erguida e um ar malicioso.

_Sim, mas não ouse tocar nela, se sequer sentir seu cheiro nela...

_Tá, entendi... Só estava brincando._ Ele interrompeu sorrindo.

Depois de olhar Andy com raiva, Belphegor disse ríspido:

_Fique aqui, trarei ela, para que não fique muito assustada se você aparecer de repente._ Belphegor falou depois de olhar Andy de cima a baixo.

Com suas roupas pretas, seu cabelo até ombros, a pele pálida, a altura (ele era mais alto que Belphegor, devia ter uns dois metros), as roupas negras... Bem , ele parecia um daqueles garotos góticos, ou de uma gangue, ou de uma banda de bleack metal. Veronica ira realmente se assustar.

Andy apenas sorriu, por saber o que Belphegor queria dizer, e por não ligar.

Belphegor bateu três vezes na porta de Veronica, e anunciou sua entrada. Ela estava deitada, usando fones de ouvido ( isso respondia o porquê dela não ter respondido, se ele podia entrar ou não), usava apenas uma toalha que estava prestes a tirar, mas virou-se para a porta e segurou firme a toalha em volta do corpo, tirou os fones e começou a gritar com Belphegor. No inicio ele não entendeu, estava boquiaberto demais com toda aquela situação, e ela estava coberta apenas por um pedaço de pano que estava bem colado ao corpo por estar meio úmido.

_Eu bati na porta três vezes, depois disse que ia entrar, não sabia que estava se vestindo. Então pare de gritar como uma louca, pois já vi corpos muito mais bonitos e o seu, já tive deusas em minha cama... Vista-se, precisa conhecer quem vigiará você._ Belphegor disse friamente e fechou a porta, deixando a humana sem reação, estava com ódio transbordando.

Veronica correu até o espelho, onde podia ver o corpo inteiro e tirou a toalha que lhe cobria, inspecionou tudo.

Está tudo no lugar, não estou acima do peso e nem a baixo..., ela pensou e continuou olhando-se no espelho, Os meus seios são muito grandes? Não, não deve ser isso, ninguém nunca reclamou deles... Veronica continuou procurando, cheirou as axilas procurando algum odor fétido, mas não encontrou e acabou desistindo de procurar algo que fosse um motivo para ser repulsiva aos olhos de alguém, mesmo esse alguém sendo um demônio.

Ela vestiu-se e abriu a porta, encontrando Belphegor do outro lado do corredor, com uma carranca, que Veronica rebateu com um sorrisinho depreciativo.

_Vamos logo, Andy deve estar irritado de tanto esperar._ O demônio falou, mas na verdade não se importava com a espera de Andy, que não ficava irritado com tanta facilidade. Belphegor só queria esquecer a imagem da Veronica distraída e parecendo tão doce.

_Quem é Andy?_ Ela perguntou irritada.

_Ele irá ficar em quanto eu estiver fora._ Belphegor respondeu.

_Vai viajar e me deixar com um demônio? Quer que ele me mate?_ Ela disse exasperada, com olhos esbugalhados.

_Vou para o inferno, quer ir junto? Aproveito e deixo você cair no Mar de Almas._ Ele disse com sarcasmo.

_Mas, e se ele me matar?_ Ela perguntou preocupada.

_Acho que ele te suportar por duas semanas. Sou o único demônio que te aguenta a três meses._ Disse ele com desdém._ Agora entre._ Concluiu, abrindo a porta, dando passagem para a humana, e depois fechando atrás de si.

_Andy essa é Veronica e Veronica esse é o Andy. _ Ele os apresentou com descaso.
Veronica sentia-se tensa perante a figura alta, trajando preto, mas ele tinha um sorriso bonito que a fez baixar um pouco a guarda e estender a mão.

_Prazer em conhece-lo Andy._ Ela falou com um sorriso.

_Prazer, estou louco para saber mais sobre você, Belphegor não disse muito. Mas disse que você tem vários truques de bruxa._ Ele respondeu com um dos sorrisos mais sinceros que Veronica viu na vida.

_Bel, não é de falar muito._ Ela disse depois de uma gargalhada.

_Bel?_ Andy perguntou com uma careta que virou um sorriso controlado.

_É, Belphegor é um nome muito grande, Bel é mais rápido e fofo._ Ela respondeu com um grande sorriso.

Belphegor queria sumir, de tão constrangido que sentia-se.

_Agora que vocês já estão bem familiarizados, vou indo. Se eu não voltar em cerca de duas semanas entrem em desespero._ Belphegor dizia aproximando-se de Veronica._ E você, Não se esqueça: você é minha, só eu posso fazer algo contra você._ Ele disse bem baixinho no ouvido da feiticeira que arrepiou-se, não pelas palavra, mas pela mordida que ele lhe deu.

A humana ficou com o rosto avermelhado, ao pensar que Andy que estava atrás dela poderia ter visto aquela ação de Belphegor e pensado que estavam num relacionamento amoroso.

Depois de um olhar serio para Andy, Belphegor desapareceu.


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Notas finais do capítulo

Não se preocupem, logo teremos notícias do nosso querido Bel.
Querem um capítulo só sobre a conversa do Bel com Lilith? (Pensei nisso agora) O.o O.ö
Gostaram do Andy? A descrição sobre o cabelo até os ombros, não foi da minha imaginação, foi através de pesquisas, mas depois comecei a pensar em como o Andy seria e encontrei esse cara http://media-cache-ak0.pinimg.com/736x/50/32/70/5032709570f87192f3866acfe895dea2.jpg o Andy da minha imaginação é muito melhor que esse hehehe, mas o da minha imaginação só eu sei como é...
Alguém tem palpites ou dicas?
Podem comentar, pois esse capítulo foi feito com muito carinho! Estou adorando escrever para vocês.