Estou desesperada, hoje terá aula de voo, se fosse há um tempo atrás estaria ansiosa, mas agora, sinceramente não quero nem pensar em voar! Tentei ler em livros dicas, mas só achei alguns macetes de voo que achei no livro “Quadribol através dos séculos” .

Até tentei dar umas dicas aos meninos, mas só Neville me escutou.

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Acabei de voltar da aula de voo e não acredito nisso! Esse Harry só é encrenca, além de desobedecer a professora, soube que ele marcou um duelo com um menino da Sonserina à meia noite. Tentei convence-lo à não ir, mas não adiantou, estão vou ter que ir com ele e o Rony, para evitar que façam alguma besteira que tire nossos pontos.

Mas antes vou falar com Melym.

Fui até o banheiro e a chamei 2 vezes e ela não apareceu, chamei mais duas, e depois mais duas e nada dela aparecer. Deve estar ocupada, volto depois então.

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Desci as escadas e alcancei os meninos. Eles não queriam que eu fosse, mas até parece que ia deixá-los fazerem uma besteira dessas.

Neville com medo do Barão sangrento nos acompanhou.

Quando chegamos, não havia ninguém na sala dos troféus. E então ouvimos Filch, o zelador. Harry nos guiou por outro lugar, mas Filch continuou se aproximando, então corremos e encontramos uma passagem secreta, entramos e saímos perto da sala de feitiços.

– Eu disse a vocês – Falei sem fôlego

Decidimos tentar voltar ao salão comunal da Grifinória, mas não demos nem 10 passos e demos de frente com o Poltergeist do castelo que começou a gritar onde estávamos para o zelador, começamos a correr e vimos uma porta no fim do corredor, fomos até ela, Rony tentou abrir mas estava fechada.

– Ah, sai da frente – Eu disse aborrecida, agarrei a varinha e bati na fechadura

– Alorromora!

A porta se abriu e entramos.

Eu não acreditei no que meus olhos viam, um cachorro enorme com 3 cabeças, 3 enormes cabeças. Harry abriu a porta e pulamos para fora. Saímos correndo e chegamos a nossa comunal em segurança.

Começamos a discutir sobre o cão, e por fim eu disse: “Espero que estejam satisfeitos com o que fizeram. Podíamos ter sido mortos, ou pior, expulsos. Agora, se vocês não se importam, eu vou me deitar.”

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Acordei e fui direto para o banheiro, chamei pela Melym como no dia anterior, e nada. Então fui tomar café.

Estou evitando falar com os meninos, estou com muita raiva por causa de ontem, imagina se eu fosse expulsa de Hogwarts por culpa deles? Nunca mais ia ter contato com a magia! Mas está muito difícil ficar sem falar com eles, acho que apesar dos apesares, já estou começando a gostar deles.

Ouvi os meninos conversando enquanto subia as escadas. Não aguentei e me intrometi.

– Então suponho que você ache que ganhou um prêmio por desobedecer o regulamento? –

– Pensei que você não estava falando com a gente – Comentou Harry.

– E continue a não falar – Falou Rony – Está fazendo tanto bem a gente.

Por que fui abrir minha boca? Agora eles estão achando que são melhores que eu, tenho que mostrar que não é assim, sou trouxa mas posso o mesmo que eles. Então fui para a biblioteca.

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No dia das bruxas, tentei falar com Melym mais uma vez e nada, Murta também não havia tido nenhum sinal dela, então me decidi que depois da aula de feitiços iria até o professor Dumbledore e perguntar o que houve.

Na aula de feitiços fui a melhor como sempre, ensinei ao Rony como se faz um feitiço de levitação, ele não é nada bem. Mas antes que a aula acabasse pedi permissão ao professor para sair mais cedo e me encontrar com o prof. Dumbledore. Ele deixou e me disse a senha para subir à sala do diretor.

– Senhorita Granger, esperava vê-la aqui.

– Esperava?

– Sim. Levando em conta que você e Melym eram amigas, e você não tem notícias dela, sim, esperava. – Disse Dumbledore com os olhos baixos. – Sente-se por favor.

– Não posso demorar, tenho aula. Só queria saber sobre Melym.

– Senhorita Granger, com certeza Melym está muito bem.

– Ah que bom, e onde ela está?

– Melym era uma elfa velha, já estava na idade, acho que onde deve estar é bem melhor que aqui.

– N-não, o senhor não quer dizer que ela está...

– Sim, Hermione. Sinto muito.

Não aguentei, e caí no choro.

– Melym era como uma irmã pra mim, minha única amiga no mundo bruxa – Disse com a voz abafada pelo choro.

– Hermione, lembre-se sempre, é possível encontrar felicidade mesmo nas horas mais sombrias, basta lembrar-se de ascender a luz. Acho que você sabe bem como fazer isto.

Isso me fez refletir, prometi a Melym que faria amigos em Hogwarts, e os meninos têm sido como meus amigos, preciso deles agora, mas fui tão grossa com eles. Melhor ir pedir desculpas.

Eles provavelmente devem estar saindo da aula de feitiços agora, não demorei muito na sala de Dumbledore, então mesmo chorando, eu fui.

Quando cheguei perto ouvi que estavam falando de mim, e então Rony disse a Harry “Não admira que ninguém suporta ela. Francamente, ela é um pesadelo.”

Dei um esbarrão nele e corri para o banheiro, não quis ir para o da Murta, pois ela ia ficar me perguntando sobre a Melym, então fui para o que as meninas mais usam.