Faltavam duas semanas para o meu aniversario, e esses dias seriam muito cansativo e corrido pra mim, meus decidiram fazer uma pequena festa para os conhecidos, alguns familiares e é claro para os meus amigos também.

Ainda era Segunda feira, aula.

Após dois meses de inicio das aulas, havia entrado um aluno novo na classe, ele sentava em uma carteira que havia ficado vaga na fileira ao lado da minha fila e ao lado da minha carteira.

Como todo mundo tem esse costume, eu acho de ficar girando o lápis na mão, ainda mais quando o professor passa alguma lição de matemática que você não entendeu muito quando enquanto ele explicava no quadro, eu tava nervosa com aquela lição, não era muita das Nerd. Acabei derrubando o lápis no chão, que foi parar debaixo da carteira do aluno novo.

–Ah me desculpe, atrapalhar, mas será que você poderia pegar meu lápis que foi parar debaixo da tua carteira. – pedi um pouco tímida, por incomodar ele que me pareceu estar bem concentrado com a lição.

–Claro, pode deixar que eu pego pra você.

–Obrigado. – agradeci quando ele me entregou o lápis.

–Você é a Jhessi né? – perguntou ele, quando eu fui voltar a minha lição.

–Sim, sou a Jhessi.

–Eu sou o Renato.

Ficamos conversando um pouco, mas baixo para o professor não perceber, falamos sobre a lição, ele me pareceu ser bem legal, e começamos a sermos amigos.

Os dias passam.

Meu aniversario seria no sábado à noite na minha casa, e na terça da semana seguinte eu comecei a entregar os convites.

Na quarta feira voltei com o Pedro para casa, depois da aula.

–Como vão os preparativos?

–Bem, mas não vejo a hora de sábado chegar, organizar uma festa cansa, ainda mais quando por castigo seus pais te deixam por sua conta, claro que eles controlam os gastos.

–Se você precisar de alguma ajuda, estou a sua disposição. – disse.

–Obrigado.

Mais tarde no meu quarto.

Estava deitada na minha cama, ouvindo musica com os fones de ouvido, quando minha mãe entrou e me disse que a Ana havia me ligado e como eu não fui à própria a tender, ela pediu pra minha mãe dizer pra eu atender no meu celular, recado dado então.

Atendi quando ela me ligou, era pra eu ir a casa dela as tres horas.

Um pouco antes das tres, fui trocar de roupa para ir à casa da Ana, assim que terminei de me ajeitar desci e fui me despedi da minha mãe.

–Não demore filha.

–Já sei logo eu volto.

–Ah filha, eu me esqueci de te falar, um garoto ligou pra você. – disse ela quando eu já ia saindo.

–Garoto, e disse que era?

–Renato.

–E ele falou o que queria?

–Não, só perguntou por você e disse que mais tarde ele ligava novamente.

–Hum.

–É seu amigo?- perguntou minha mãe desconfiada.

–Sim, estuda na mesma classe que eu e somos amigos, mas só amigos mãe.

–Sei se cuida filha. - ela se despediu me dando um beijo na testa.

–Tchau mãe.

Na casa da Ana.

–Oi Jhessi, pode entrar, vamos para o meu quarto pra conversarmos melhor. –disse ela assim que abrir a porta.

–Então aconteceu alguma coisa? –perguntei quando chegamos ao quarto dela.

–Ah não, só queria que você me ajudasse a escolher um vestido para a sua festa.

–Ana não acredito nisso.

–Eu estou indecisa com o que vestir, e como você sempre se veste bem e arrasa, pensei que poderia me dar uma dica – disse ela com cara de dó.

–Esta bem, eu te dou alguma dica.

Ela me mostrou o guarda- roupa dela, ela tinha varias opções, mas não sabia o que escolher. Quando finalmente escolhemos o vestido, fomos sentar no chão e conversar.

Mais tarde, quando já era um pouco mais das cinco horas, falei que iria pra casa.

Ana disse que ia comigo ate em casa, e dava um oi pra minha mãe e voltava. Mas no caminho lembrei que estávamos justamente passando em frente à casa do Renato e decidi bater na porta pra ver o que ele queria quando ligou.

Bati, ficamos esperando até alguém vir abrir a porta.

–Oi- disse o garoto que abriu a porta.

–Oi, o Renato está? –perguntei.

–Sim.

–Somos amigas dele-falei.

–Vou chamar ele, vocês querem entrar?

Entramos e ficamos esperando na sala.

–O Renato não me contou que tinha um irmão - falei baixo pra Ana.

–Ele é bonito.

–Sim, muito lindo- rimos, paramos de falar quando o Renato chegou.

–Meninas vocês resolveram então me visitar- disse ele.

–Estávamos passando por aqui e resolvemos te fazer uma visita- disse Ana.

–Que bom- ele riu.

–O garoto que nos atendeu é seu irmão?- perguntei.

–Sim, vocês querem que eu o apresente pra vocês?

–Ah não, não é preciso- eu disse.

–Rafael vem cá um pouco- Chamou Renato o irmão.

Ah então é Rafael o nome dele, pensei.

–As meninas me pediram, pra apresentar você pra elas- disse Renato quando ele chegou, mas era mentira, mas nos não pedimos.

–Esse é o Rafael meu irmão mais novo- disse Renato rindo um pouco.

–Essas são a Jhessi e Anabel, amigas da escola.

Ele sorriu um pouco tímido, mas disse que foi um prazer conhecer nós, então ta né (risos).

Ele logo saiu dali, disse que tinha coisas pra fazer.

–Então, o seu irmão é um gato - comentei de bobeira

Ele riu de novo.

–Posso dizer isso a ele?

–Não né!

–Eu liguei pra você, mas tua mãe disse que você tava deitada.

–Sim, só tava ouvindo musica com o fone de ouvido, mas então o que você queria?

–Te dar uma coisa, ou seja, dar o seu presente de aniversario adiantado.

Ele nos deixou um minuto e foi buscar.

–É lindo- falei assim que abri o presente.

Esse é vestido que a Jhessi ganha do seu amigo.

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–Que bom que você gostou, vou logo dizendo que não fui eu quem escolheu!

–Como, foi a sua mãe?

–Não, foi o Rafael que escolheu- contou.

–Hum boa escolha, ele tem bom gosto- falei.

–Realmente eu gostei do vestido.

–Sei, ainda mais agora que você contou que foi o seu irmão que escolheu, ela vai até dormir com o vestido- disse Ana exagerada.

–Nem pra tanto né- dei uma cotovelada nela.

Conversamos por mais uns minutos.

–Vamos então, já estou faz tempo na rua, daqui a pouco minha mãe me liga no celular- falei pra Ana.

–Então até amanhã na escola- disse Renato quando já estávamos saindo.

–Até- falamos.

–Obrigado pelo presente, acho que até vou usar ele no sábado.

–Ah e se você quiser pode levar o seu irmão, ele será bem recebido-convidei.

–Vou falar com ele, e dizer que ele também ta convidado pra festa.

No caminho da minha casa, tinha uma boutique que tinha uns vestidos lindos na vitrine, e tinha um vestido bege que eu havia gostado e já fazia tempo, mas ninguém teve a capacidade de me comprar ele.

–Pena que eu já comprei o seu presente, senão eu compraria pra você- me consolou Ana.