O Misterioso Diário de Emily escrita por Minene


Capítulo 14
Capítulo 14 - A Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Antes de vocês lerem eu gostaria de agradecer os comentários da "HelenaCN", da "Tigresa de Bolso" e da "Psycho Reader", fiquei muito feliz com o comentário de vocês no capítulo anterior *-* esse capítulo é dedicado à vocês!
Espero que vocês gostem leitoras(es) lindas(os)!



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“O que é verdadeiro volta? Não, o que é verdadeiro não vai. O que é verdadeiro permanece.” – Querido John

–Biaaaa! – Ana gritou enquanto pulava em cima de mim para me dar um abraço

–Anaaaa, que saudade! – Falei enquanto soltava minha mochila no chão para abraça-la

–Biaaaa! – Amanda correu para me abraçar e demos um abraço triplo

–Eu estava com muita saudades de vocês – Falei enquanto caiam algumas lágrimas dos meus olhos, de emoção – Mas como vocês vieram pra cá?

–Acho que elas tiveram um adulto acompanhando-as, não acha?

Ouvi uma voz atrás das meninas e então vi meu pai, me afastei delas e fui correndo abraça-lo, Pedro estava ao seu lado, então corri para abraça-lo também.

–Pai! Pedro! Que saudade! – Falei chorando de emoção em ver todos

–Estou vendo que você cresceu, hein maninha? Não precisa mais ficar na ponta dos pés para me abraçar – Pedro falou quando nos afastamos

Ri do jeito que ele falou. Como Pedro era cinco anos mais velho que eu e era bem mais alto, ele vivia fazendo brincadeiras comigo por só conseguir abraça-lo na ponta dos pés, mas naquele ano eu havia crescido bem mais do que nos anteriores.

De repente ouvi latidos e miados que eu conhecia muito bem. Eram o meu cachorro Spike e minha gata Mary. Spike pulou em cima de mim e começou a me lamber. Mary apareceu depois dele e começou a se esfregar em mim. Pouco tempo depois eles foram explorar os outros lugares da casa.

Somente depois pude perceber como todos haviam mudado naqueles três meses que eu não os via. O Pedro estava bem mais bonito, seu cabelo preto estava um pouco mais longo, com sua franja caindo no olho e bagunçado, como sempre. Seus olhos pretos, estavam mais profundos, com um certo brilho. Ele estava mais magro. Seu sorriso, branco como sempre, me trazia uma certa segurança de estar perto dele. Mas não havia mudado sua personalidade, continuava brincalhão e divertido, como sempre. Ele usava uma blusa preta de mangas longas, uma calça jeans e um tênis all star preto.

A Ana estava bem mais alta, na mesma altura que eu. Mais magra. Seu cabelo castanho e liso estava mais longo, abaixo do bumbum, parecia que não cortava há meses, mas continuava liso e macio como sempre, com as pontas um pouco enroladas, era impressionante como ela conseguia cuidar de um cabelo assim. Olhando para seus olhos, pretos, dava para perceber que ela estava feliz, bastante feliz. Ela parecia uma verdadeira modelo. Ela estava usando uma blusa branca de alças, um short jeans e um tênis all star rosa. Sua personalidade continuava a mesma, por um lado séria e sempre focada nos estudos, por outro lado divertida e sorridente, sempre cheia de boas ideias

A Mandi era a que menos havia mudado, havia crescido um pouco, mas ainda estava mais baixa do que eu e Ana. Seu cabelo, castanho escuro, quase preto e ondulado, estava um pouco acima da cintura e seus olhos verdes continuavam bonitos e brilhantes, como sempre. Ela estava usando uma blusa de mangas vermelha, uma calça jeans e sapatilhas vermelhas. Ela era a mais animada e engraçada, a que fazia todos rirem.

Meu pai também havia mudado um pouco, seu cabelo continuava um castanho quase preto, mas dava para perceber que uma parte, nas pontas, estava cheia de cabelos brancos. Ele estava um pouco mais gordo. Seus olhos era pretos, como os do Pedro e ele era brincalhão, meu irmão com certeza cresceria igual a ele.

–Eu sei que você nos ama Bia – Ana falou se aproximando de mim – Mas também não precisava ficar chorando, né? Continua chorona como sempre

–E você acha que eu choro porque eu quero? – Falei enxugando as lágrimas que iam caindo no meu rosto – Mas é claro que eu amo vocês!

Ana começou a rir de mim então eu empurrei ela e ela caiu no sofá.

–Ei! – Ana falou pegando uma das almofadas do sofá e jogando em mim – Sabia que não é educado empurrar visitas no sofá?

Todos rimos. Peguei a almofada que Ana tinha acertado em mim e coloquei novamente no sofá. Ouvi uma voz vindo da cozinha.

–Meninas e meninos o almoço já está na mesa! – Era a minha mãe.

Peguei minha mochila, que estava no chão, na porta do meu apartamento, e a deixei no meu quarto. Fui rapidamente para a cozinha, onde todos já estavam sentados, menos minha mãe. Ela e meu pai ainda não haviam trocado olhares desde que ele tinha chegado aqui.

Minha mãe só sentou na mesa após meu pais se levantar. Pensei que quando eles se reencontrassem poderiam pelo menos ser amigos, mas parecia que aquilo não seria possível.

Depois do almoço eu, Ana e Mandi fomos para o meu quarto. Meu pai ficou na sala e minha mãe e o Pedro foram para o quarto dela, provavelmente conversar.

Eu, Mandi e Ana estávamos sentadas na cama, Mary estava no meu colo e Spike no chão, pois não havia mais espaço para ele na cama. Elas me falaram sobre tudo em Recife, sobre a escola, os meninos e sobre muitas outras coisas.

–E você, Bia? – Mandi perguntou – O que aconteceu com você nesse tempo que não conversamos?

Comecei a contar a história sobre tudo que tinha acontecido comigo desde o início do ano. O menino do shopping que logo descobri que era o Lucas, sobre o Nick, sobre minhas novas amigas.

No final de Janeiro para o início de Fevereiro eu tinha entrado em um curso de inglês, como o que eu fazia em Recife, eu falava inglês quase fluentemente e aqueles cursos me ajudavam bastante. A Carmem, minha professora da aula de dança, estava nos preparando para uma apresentação que seria no fim do mês para todas as escolas da cidade e eu havia me candidatado para ser a líder do Grêmio e, por sorte, fui a mais votada. E também contei que eu estava pensando em entrar para alguma escolinha de basquete.

Quando eu terminei de contar tudo que havia acontecido comigo nos últimos meses ouvi uma batida na porta.

–Pode entrar! – Gritei

A porta se abriu e o Pedro entrou com uma bandeja com um prato com biscoitos e suco para nós. Ele colocou a bandeja na minha escrivaninha e se sentou na ponta da cama, ao meu lado.

–Atrapalhei o assunto, meninas?

–Claro que não – Falei abraçado o Pedro e fazendo com que Mary saísse das minhas pernas – Só estávamos só colocando o assunto em dia

–Bia, o papai, eu e provavelmente suas amigas queremos conhecer seus novos amigos, porque você não marca de se encontrar com eles amanhã? Concordam? – Ele disse olhando para Mandi e Ana

–Sim! – Mandi falou empolgada – E não esquece de chamar aquele tal de Lucas, ok? Estou ansiosa para conhece-lo – Mandi falou sussurrando no meu ouvido.

–É... Pode ser... – Ana falou pegando um dos biscoitos e começando a comer.

Percebi que Ana não tinha ficado tão animada quanto Mandi, provavelmente ela gostaria de ficar apenas com nós duas, como era em Recife, mas agora as coisas não eram mais as mesmas.

Pedro saiu do meu quarto e comemos os biscoitos e o suco. Depois enviei um e-mail em grupo para falar para todos onde devíamos nos encontrar.

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De: Beatriz

Para: Nicholas Lucas Alice Poliana Jeremy Rebeca Luana

Enviado: 03 de Março, 21:00

Assunto: Pizzaria

Boa noite! Meu pai, meu irmão e minhas amigas de Recife vieram passar o feriado aqui e eles estão querendo conhecer vocês. Amanhã às 19:00 vamos na pizaria, quem quiser pode ir!

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Em poucos minutos todos já haviam marcado presença. Ana não parecia nem um pouco animada para conhecer todos. Ao contrário de Mandi, que ficava falando que queria conhecer logo Lucas. Senti um pouquinho de ciúmes por isso. Não que eu gostasse do Lucas, mas ele era meu amigo, não queria que ele namorasse com nenhuma menina e me esquecesse. Apesar de conversarmos pouco, sempre que conversávamos ele me tratava bem, sempre de bom-humor.

Quando deu 1:00, Ana, que havia falado bem pouco desde o momento que enviei o e-mail, resolveu começar a falar um pouco mais. Eu e Mandi estávamos sentadas na cama conversando, e Ana estava sentada em uma cadeira perto de minha escrivaninha. Ela se levantou e foi para perto de onde estávamos

–Meninas, sabe o que me deu vontade de fazer agora? – Ana perguntou se aproximando dos travesseiros que tinham na cama

–O que? – Eu e Mandi perguntamos ao mesmo tempo

–Uma coisa que fazíamos nos velhos tempos...

Ana pegou um travesseiro e jogou na Mandi. Ela pegou outro e jogou em mim. Em pouco tempo as três estávamos fazendo uma guerra de travesseiros.

Alguns minutos depois ficamos cansadas e resolvemos parar a guerra. Pulamos na cama e ficamos deitadas. Percebi que Mandi estava pensando em alguma coisa, mas antes que eu pudesse perguntar o que era, ela mesma falou.

–Isso me lembrou as festas do pijama que fazíamos quase todos os finais de semana! – Ela falou animada, sentando-se na cama

–Eu quis reviver aqueles momentos – Ana falou sentando-se e mexendo nos cabelos – Ninguém sabe quando poderemos fazer isso de novo, não é? Temos que aproveitar!

Eu e Mandi concordamos.

–Vocês ainda se lembram da última vez que fizemos uma festa do pijama dessas? – Ana perguntou

–Como eu poderia esquecer? – Mandi falou – Me lembro muito bem que foi na minha casa!

–Isso me faz lembrar da promessa que fizemos há 9 anos atrás – Falei sentando-me na cama, como elas – Que iríamos ser amigas para sempre, não importa o que acontecesse

–E cumprimos até hoje, não é? – Ana falou – Mesmo depois da Bia ter vindo morar aqui e ter nos trocado não esquecemos ela – Ana falou brincando

–Trocando, é? – Falei rindo e jogando um travesseiro nela – Eu nunca trocaria vocês! Nem que eu fosse morar do outro lado do mundo!

Nos abraçamos e eu comecei a lembrar de quando tinha sido a nossa última festa do pijama. Foi no início desse ano. Quando faltavam apenas 2 dias até o dia da minha viagem. Eu estava muito desanimada e por isso Ana e Mandi resolveram fazer aquela última festa do pijama em minha homenagem.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam desse capítulo? O que acharam da Ana e da Mandi? Comentem.
Espero que tenham gostado :)