De Vida Nova escrita por Miss Bia


Capítulo 12
Capítulo doze


Notas iniciais do capítulo

Não me xinguem ou me odeiem, por favor!!
Explicações lá embaixo, juro que tenho motivos!
Boa leitura para quem ainda não me abandonou, amo você por isso!



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Annabeth acordou aquela manhã sem saber no que pensar de si mesma. Estava entre vergonha e ódio. Como tinha chegado aquele ponto com Percy?! Quase o havia deixado tirar a sua blusa!

E ela nunca fora aquele tipo de garota, ela nunca sequer dera um beijo por pena, imagine só se daria sexo! Ela ficava vermelha só de pensar naquilo... Tudo bem que não era uma pena muito normal, ela apenas queria que ele esquecesse a morte do irmão, e não sabia como fazer isso, então acabou não fazendo nada.

Droga! Ela não fazia nem mais sentido perto de Percy, era ridículo.

[...]

“O que foi que eu fiz de errado?” Foi o primeiro pensamento de Percy quando abriu os olhos. Não foi “meu irmão está morto”, ou “será que meu pai está bem?” Não, ele se preocupou primeiramente com aquela loira irritante e bipolar, e uma garota nunca havia sido seu primeiro pensamento do dia.

Mas ainda assim ele não entendia que parte tinha dado errado. Repassando mentalmente os acontecimentos da noite anterior, não via nada que pudesse ter feito ela dar apenas um beijo na bochecha. Tinha feito um piquenique romântico com velas, rosas e pisca-piscas, ainda por cima com uma vista que ele tinha certeza que ela havia gostado, e, depois, quando foram para a casa dele, Percy tinha ido com calma, e ela não contestara nada, então não devia ser contra, certo? Certo.

E o pior é que hoje era sábado, não tinha aula, então ou ele não veria Annie ou teria que ir procurá-la, e ele não tinha certeza se isso era uma boa ideia, não queria levar outro fora.

O que deveria fazer?

[...]

Era uma hora da tarde e Annabeth já ignorara sete ligações e cerca de trinta mensagens. Duas ligações foram de Rachel, duas de Thalia, Silena ligara duas vezes também e Percy, uma. Ela sabia que as meninas queriam saber do encontro, mas não tinha nenhuma vontade de contar como a noite havia terminado desastrosamente. Já Percy, Annabeth não tinha muita certeza do que queria. Se desculpar? Mais consolo pela morte do irmão? E que tipo de consolo?

As mensagens eram quase que igualmente distribuídas entre as garotas e havia apenas duas de Percy, que dizia “bom dia” e pedia onde ela estava. A garota esperava que ele não fosse procurá-la, porque, assim como não tinha vontade de falar com as garotas, tinha menos ainda de falar com o, de certa forma, culpado pela situação constrangedora que passaram no final. E é claro que ela não estava pensando em Tritão.

Annabeth quase não saíra da cama até aquela hora, apenas para comer e se trocar quando acordara, ela nem havia almoçado ainda, e se sentia um lixo. Para completar o pacote, estava com cólica, típico. Era quase como se o corpo dela falasse “Não está emocionalmente bem? Então tome um pouco de dor física de brinde”. Pelo menos tinha uma desculpa para não sair da cama se o pai viesse chamá-la, não que ele estivesse em casa para fazer aquilo.

Enquanto a loira rolava de um lado para o outro na cama, tentando esquecer a dor, a campainha tocou.

E tocou mais uma vez. E outra. E não parava mais de tocar.

Alguém enterrara o dedo naquele botão. Então, ou Annabeth escolhia deixar seus tímpanos estourarem, ou atendia a porcaria da porta. Ambas eram igualmente ruins.

–Annabeth Chase, abre a merda dessa porta ou eu juro que arrombo! – Delicada, como sempre, Thalia gritou do lado de fora. – Você tem dez segundos!

Annabeth bufou e jogou as cobertas para o lado, ela sabia que Thalia falava sério.

–Abre Annie! – Rachel gritou também.

–DEZ... NOVE... OITO...

–Se você arrombar essa porta eu juro que arrombo a sua cara, Thalia! – Annabeth berrou enquanto descia as escadas.

–É só abrir! – Silena cantarolou.

–SETE... SEIS...CINCO...

A loira abriu a porta com força.

–Pronto!

–Finalmente! Qual o seu problema em atender as visitas antes que elas congelem a bunda do lado de fora? – Thalia disse, entrando na casa.

–Meu problema se chama cólica insuportável que me torna uma deficiente motora, já ouviu falar? – Annabeth subiu as escadas novamente, não se importando em ver se elas a seguiriam ou não.

Mas elas seguiram.

–Sabe o que é bom? Chá bem quentinho e uma bolsa de água quente em cima do útero. – Silena ajudou.

–Já fiz os dois, não adiantou muita coisa. – A loira deu de ombros.

–Pra mim a melhor coisa é o remédio, eu tenho um na minha bolsa, daqueles que dissolvem embaixo da língua, o mais forte que tem. – Rachel acrescentou.

–Eu já tomei agora a pouco, não posso tomar por enquanto, mas brigada Rach. – Ela deitou na cama e se embrulhou nas cobertas.

–Tá legal, chega desse papinho, quero saber sobre o encontro. – Thalia se jogou na cama.

–Vocês definitivamente não vão querer saber sobre ele, acreditem.

–Ah, a gente definitivamente vai querer sim. – Silena sentou na ponta da cama, olhando ansiosa para a loira.

–Por favoooor! – Rachel suplicou também.

–É sério que vocês não viram nada na internet, jornal, TV ou sei lá mais o que? – Annabeth murmurou debaixo das cobertas.

–Sobre? – Todas perguntaram.

–Gente, o irmão do Percy morreu ontem à noite. – Ela finalmente soltou a bomba.

As garotas se calaram, finalmente. Silena abria e fechava a boca repetidamente, parecendo um peixe, já a de Rachel formava um O perfeito. Mas o silêncio de Thalia não durou tanto.

–Puta que pariu! – A morena exclamou.

–É, eu sei, foi horrível quando a gente foi no hospital. A madrasta dele estava louca, berrando que ele não tinha morrido, foi meio assustador. – A loira apertou um pouco mais a coberta, como se tivesse sido o frio que a fez ter um arrepio.

–Você foi com ele pro hospital? – A ruiva perguntou.

–É, ele pediu. Ele achava que era sério, já que o pai “nunca interromperia um encontro seu”. E não queria ficar só com o pai e a madrasta no hospital.

–E depois, o que aconteceu? – Silena finalmente falou algo.

Annabeth ficou vermelha e não respondeu.

–Ah meu Deus, Annabeth, o que você fez? – Thalia a segurou pelos ombros.

–Eu fui com ele pra casa, não queria que ficasse sozinho em uma situação com aquela... – Ela se calou.

–E...? – A morena ainda não tinha soltado seus ombros.

–E daí a gente fez chocolate quente.

–Eu ainda não achei o motivo de você ter ficado tão vermelha.

–Aí a gente foi pro quarto dele, e ele estava tão triste e pra baixo...

–Estou começando a achar... – Lia cantarolou. – Continua.

–E nós começamos a nos beijar, e ele deitou em cima de mim. – Ela enrubesceu violentamente. – E começou a abrir os botões da minha blusa, mas eu estava com outra por baixo, aí o pai dele chegou e nós paramos.

–Sério que você deixou ele fazer isso?! – Rachel perguntou.

–Eu meio que estava com pena por ele estar sofrendo, e não sabia o que fazer, queria que ele esquecesse, então simplesmente não fiz nada. – Annabeth cobriu o rosto com a coberta.

–E ele continuou? – Silena pediu.

A loira assentiu.

–Acho que ele pensou que eu queria mesmo, não sei. Mas depois eu pedi pra ele me levar para casa, ficou um clima meio estranho, e no fim eu só dei um beijo na bochecha dele. – Ela deu de ombros.

–Provavelmente ele achou isso mesmo. – Thalia concordou.

–Vocês deviam conversar sobre isso. – A outra morena disse.

–Não estou com nem um pouco de vontade de falar sobre isso com ele, e, ainda por cima, ele deve estar no velório do irmão.

–Então na segunda vocês conversem. – Silena continuou.

–Vou ver, só se ele tocar no assunto.

–Concordo com a Si, você devia mesmo falar. – Rachel entrou na conversa.

–Já disse, vou v... – O celular de Annabeth tocou e ela olhou o número. – É Percy, ele já me ligou uma vez hoje.

–Atende! – Thalia gritou.

–Não quero falar com ele agora!

A morena pegou o celular da mão de Annabeth e atendeu.

–Oi Percy, é a Lia, a Annie já atende. – Ela estendeu a mão com o aparelho para a loira, que fez uma careta e o pegou, a contragosto.

–Oi. – Ela disse timidamente, e parou para ouvir. – Tudo sim e você? – Mais uma pausa. – Não tenho, por quê? – Ela arregalou os olhos. – E-eu acho que sim. Ta bom, te espero para daqui uma hora. Tchau.

–E ai, o que ele disse? Ele vem aqui? – Silena foi para mais perto de Annabeth.

–Vem. Meninas, eu vou ao velório do irmão com ele. Não sei o que fazer.


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Notas finais do capítulo

Ai gente, nem sei por onde começar, mas quem não tiver vontade de ler tudo que vou escrever, resumindo: escola.
Vocês sabem como é o ÚLTIMO mês de aula, não sabem? Eu tive:
ENEM
Simulados de todas as matérias
Um monte de provas
Um monte de recuperações
Apresentações de dança (eu moro em Jaraguá do Sul, e no momento tá tendo um "festival", o Jaraguá em Dança)
E, além disso, eu tive que adaptar um livro para teatro, correr atrás de cenário e ver roupas praticamente sozinha, mesmo tendo 6 pessoas na minha equipe, MAIS decorar minhas falas.
Realmente foi um mês muito corrido para mim, por isso não postei nada, mas me desculpem mesmo assim!
Pelo menos agora já estou praticamente de férias, ainda tenho dois textos para semana que vem e mais para frente prova escrita e oral da escola de inglês que estudo, mas nada muito seguido como foi o último mês. Então pretendo postar de duas em duas semanas, no máximo!
Obrigada para quem leu e me desculpem mesmo, espero que entendam!
Beijinhos, Miss Bia.



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