Antes:

"Eu já estou cansado de esperar, eu vou atrás do Bobby."

"Ele chegou."

"Então foi pra isso que você saiu? Pra cair na gandaia da noite?"

"Escuta aqui loiro oxigenado..."

"Dean eu tenho uma noticia para você."

"Que noticia?"

"Ela é sua filha."

"Se você não abaixar essa arma eu vou estourar sua cabeça!"

"Quero ver você tentar."

"VOCÊ ESTÁ LOUCA GAROTA?!"

"Eu não preciso que você me assuma!"

"Irmão?"

"Anabel?"

"Qual é o seu nome?"

"Amy Winchester Amidala."

"Ah palhaçada, vou nessa!"

"Se você não vai atrás dela, eu vou!"

Agora:

POV Amy

Minhas costas não paravam de doer, estavam latejando e o pior é que eu queria sair dali o quanto antes. Aquilo tinha sido uma completa palhaçada, eu nunca quis conhecer meu pai de verdade e me sinto uma idiota por ter aceitado seguir aquele velho gordo maldito. A minha vontade era voltar lá e estourar a cabeça daquele loiro de farmácia, mas farei um esforço para não ir, já que até andar esta sendo um tanto difícil pra mim. RAIOS!

Comecei a cambalear quando saímos do hotel, quase cai, mas a Jade me segurou na mesma hora enquanto eu colocava minha mão direita sobre a ferida nas minhas costas.

–Amy você tá legal? -Ela fez aquela pergunta mesmo?

–Estou sim Jade, eu estou com um corte de bala nas minhas costas no qual dói muito no momento e acabei de conhecer o idiota que transou com minha mãe que dizem que é meu pai e que eu quase matei, resumindo eu não podia está melhor! -Ela respirou fundo e fomos em direção ao meu carro, eu só pensava em como eu iria dirigir naquele estado.

–EI! ESPEREM! -Ouvimos uma voz logo atrás de nós, bufei zangada.

–Me leve pro carro Jade, se eu ver um daqueles babacas eu juro que não pensarei duas vezes antes de sacar minha arma. -Falei e ela continuou andando até o carro, estávamos tão perto...mas aquele maldito cabeludo correu até nós duas e ficou na nossa frente impedindo a passagem.

–Esperem...-Ele falou ofegante, talvez por causa da corrida.

–Olha cabeludo eu não quero mais papo com nenhum de você. -Falei o encarando.

–Eu sei que não, mas eu quero com você. Seu nome é Amy Winchester não é? -Como eu quis mudar de nome naquela hora, até o Skywalker cairia bem no lugar daquele maldito nome. -Sou Sam Winchester, irmão do Dean...quer dizer, seu...

–NÃO! Não...diga, ou eu acabo com você. -Ameacei e nessa hora minhas costas doeu mais do que nunca, acabei caindo do chão pois a Jade não tinha tanta força e a Anabel fez o adorável favor de sumir de novo.

Ai como eu quero matar aquela anja!

–O que ela tem? -Ele perguntou para Jade.

–Levou um tiro hoje mais cedo, assim que chegamos na cidade, mas foi só de raspão. -Como minha irmã é idiota! Não era pra ela ficar falando nada a ninguém, sobretudo para aquele cara.

–Vocês precisam voltar para o hotel, podemos cuidar dela lá. -Ele respondeu e eu o fitei.

–Eu prefiro morrer...-Falei e ele deu um leve sorrido de canto de boca, e colocou seus braços de baixo de minhas pernas e nas minhas costas, me levantando.

–Que pena, no momento você não está em um bom estado para escolher. -Ele falou.

–Me larga seu babaca! Me larga ou eu vou matar você! -Gritei e ele começou a andar de volta para o hotel. -JADE!

–Desculpa Amy, mas eu conseguiria cuidar de você sozinha...-Ela falou vindo com a gente e eu tranquei a cara, realmente meu voto era invalido naquela situação. RAIOS!

–Isso só pode ser palhaçada...-Rosnei tão forte que eu podia quebrar meus dentes daquele jeito, só de pensar em ver aquele loiro oxigenado de novo me subia um ódio tão grande que eu seu fosse uma bomba eu já tinha explodido.

POV Dean

–Você não deveria ter feito aquilo Dean. -Castiel me falou pela milésima vez e eu estava pronto para esganar aquele anjo maldito.

–Sacar a arma para a garota? Serio? -Bobby falou enquanto me encarava com aquele velho olhar reprovador.

–O que vocês dois queriam que eu fizesse? Hein? Primeiro aparece a Emma e tenta me matar para poder passar em um ritual das Amazonas e o Sam vem e mata ela, e agora vem essa outra que vocês dizem que é minha filha mas que eu nunca soube de sua existência, vocês querem que eu compre flores e dê uma festa pela chegada dela?!

–Ela é sua filha! -Castiel falou e eu me levantei da cadeira bastante enfadado, aquela historia já estava me cansando.

–ELA NÃO É MINHA FILHA! -Gritei. -Eu não quero que ela seja!

–Mas você não pensou nisso quando foi pra cama com a mãe dela, não pensou nas consequências que aquela noitada de prazer poderia lhe dar seu irresponsável! Agora aquela menina apareceu, sozinha, com a mãe e e toda a família morta por demônios! Ela só tem você agora... -Bobby falou e eu respirei fundo, eu não queria acreditar que aquilo estava acontecendo de novo, eu não queria confiar nela, ela era tão imprevisível quanto eu.

–Vocês não entendem, mesmo que essa pirralha seja minha filha eu não quero que ela fique comigo, minha vida não é vida de famílias das propagandas de manteiga, sempre que alguém quiser me afetar, irá afeta-la. Isso é o único presente que posso dá a ela de boas vindas...a vida dela. -Falei voltando a me sentar.

–Dean, eu compreendo que você foi pego de surpresa por essa noticia, mas...tenta pensar, com você ela corre perigo, sem você, ela ta morta. Ela é só uma garota machucada, ela e a irmã dela. Elas precisam de proteção, da sua proteção. -Eu o encarei como quem perguntasse: "As duas?". -Lembre-se que o pai da Jade criou a Amy como uma filha...

Eu quero morrer! Eu não me vejo como um pai! Isso não é coisa pra mim! Eu nem sei como um pai deve se comportar com um bebê, ainda mais com uma adolescente.

–Escuta seu idiota, eu não vou deixar que aquela menina suma do mapa e venha a morrer pelas mãos de um demônio por sua culpa! Eu vou atrás do Sam para traze-las de volta! -Bobby pegou o casaco e foi em direção a porta, mas assim que ele a abriu deu de cara com o Sam com a pirralha nos braços.

–Sam...o que houve? -Bobby perguntou dando espaço para o Sam entrar, meu irmão entrou com aquela garota nos braços e a colocou na cama dele com bastante cuidado.

–A Jade me disse que hoje mais cedo a Amy levou um tiro...ela ainda esta ferida. -Sam falou tirando o casaco, eu a olhei e ela parecia bastante irritada por está ali.

Diabo é quem se aproxima dela.

–É mesmo...eu tinha me esquecido disso, ela já estava ferida quando entrou na minha caminhonete. -Bobby se aproximou dela e eu continuava parado.

O que eu tinha que fazer? Se eu me aproximasse dela era capaz dela atirar na minha testa.

–Castiel, você poderia dá uma ajudinha aqui? -Sammy perguntou e o Cass concordou com a cabeça, ele se aproximou da cama e se sentou do lado dela.

–O que você vai fazer? -A garota perguntou desconfiada.

–Vou curar você. -O Cass encostou os dois dedos na testa dela e de repente ela se levantou da cama e procurando algo nas costas.

–Nossa...obrigada. -A outra garota agradeceu ao Cass, pelo menos aquela tinha educação.

–Sem problemas. -Castiel se levantou e logo ouvimos o barulho de um celular. Só depois vi que era o da Amy, ela o tirou do bolso e o atendeu, ela falava tão calma que nem parecia aquele filhote de satanás que apareceu aqui mais cedo.

–Vou nessa! -Ela guardou o celular rapidamente e correu para porta.

–Onde você vai? -Jade perguntou e ela se virou sorrindo.

–Vou ver o Thiago! -E então saiu como um carro de formula 1.

Olhei para Jade rapidamente e bastante curioso.

–Quem é Thiago? -Perguntei.

–É o namorado dela.

Ah não! Acabei de descobri que sou pai, não estou nem afim de descobri daqui a dois dias que serei avô! Peguei o meu casaco e fui até a porta.

–Onde você vai Dean? -Sam perguntou.

–Vou mexer no meu carro, tudo isso que aconteceu hoje me encheu de adrenalina e vou gasta-la no meu carro. -Sai.

Tive que correr para conseguir alcançar a Amy, ela andava tão rápido que eu quase a perdi de vista, mas quando eu a vi entrando em um matagal, fiquei surpreso. A segui até uma grande arvore ali perto. Avistei um rapaz, alto, quase do tamanho do Sam, tinha cabelos lisos e negros, pele bastante branca e de longe eu vi que usava roupas casuais, uma calça jeans preta, e uma camisa de manga longa escura, e tênis. Ele se virou a abraçou, saquei minha arma pois se ele tentasse algo pra ela eu mandava bala!

Ele se beijaram...espera um pouco, ela tinha apenas 17 anos ou menos e aquele cara tinhas uns 20 ou mais!Minha mão coçava para atirar naquele cara, mas eu sabia que se eu fizesse isso eu seria o próximo e a garota provou hoje mais cedo que é boa de mira. Esperei, eles conversavam e trocavam caricias um com o outro, até que ele começou a abaixar o casaco dela, e ele a beijava o pescoço, e ela tirava a camisa dele...

CHEGA! Sai dali o mais rápido possível, eu não iria ser testemunha de um sexo adolescente!

–Preciso de uma cerveja...-Murmurei pra mim mesmo, e logo sai dali.