P.O.V– Jack

Foi a primeira vez que ela me pediu para dormir com ela, não tive como não ficar feliz e sem graça ao mesmo tempo. Com o decorrer dos dias, ela tinha os mesmos pesadelos, e toda vez me pedia para ficar com ela.

– Jack está me ouvindo? – Coelhão perguntava parado na minha frente.

– Provavelmente não. – Fada disse com mal humor.

– Desculpe Canguru. Pode repetir? – Eu disse sorrindo e Coelhão fez careta ao ouvir o apelido.

– Pitch está de volta. Mais forte, e dessa vez não vamos ter um novo guardião para nos ajudar. – Ele dizia serio olhando para Sandman e para mim.

– Ué, mas porque ele voltou agora? Depois de tanto tempo? – Perguntei sem realmente entender.

– Ah alguém, alguém realmente poderoso com medo de algo, e isso acabou chamando Pitch de volta. – Fada disse como se eu tivesse a obrigação de já saber sobre aquilo.

– Mas quem seria? – Norte se manifestou pela primeira vez na tarde.

– Elsa! – Fada disse olhando Norte. – Quem mais seria?

– Não! Não é a Elsa! Ela está melhor, mais segura! – Eu disse fazendo o ar do Polo esfriar mais que o normal.

– Mas Jack você não disse que ela tem pesadelos? Quase sempre? – Coelhão dizia me encarando confuso.

– Tinha! Não tem mais! Não é atrás de Elsa que Pitch esta! Eu já disse que não é! – Não pude evitar ficar bravo, tudo para Fada seria culpa de Elsa, e isso estava me irritando. Mas é claro que Pitch não estava atrás de Elsa. Não podia ser!

Sai voando do Polo no mesmo instante. Não demorou muito para que eu chegasse ao castelo de gelo. Olaf e Elsa estavam do lado de fora, estavam criando algo juntos ou apenas brincando, não parei para ver, entrei pela sacada do segundo andar.

Não demorou muito para que Elsa notasse algo de diferente no ar, então ouvi sua batida na porta.

– Entre… - Eu disse sem muito animo olhando para fora da janela.

– Tem algo de errado acontecendo? – Ela perguntou assim que colocou o primeiro pé dentro do meu quarto.

– Problemas do passado Elsa… Eles sempre vão dar um jeito de voltar não é? – Perguntei serio.

– Nós só precisamos estar prontos para enfrenta-los. – Ela disse e parou do meu lado.

A luz do sol deixava-a com o ar mais angelical que eu já tinha visto. Senti que devia protegê-la o máximo possível. Elsa então se aproximou e me abraçou, um abraço reconfortante, de apoio. Suspirei e fiquei ali abraçado com ela por um bom tempo.

Tê-la em meus braços era bom. Então ela me surpreendeu indo para trás, se afastando o mínimo, passou a mão direita pelo meu cabelo, inclinado à cabeça para o lado como se isso fosse ajuda-la a entender o que estava acontecendo.

Seus olhos expressavam uma inocência, que poderia atravessar minha alma, e do nada, vi Elsa se aproximar novamente, mas dessa vez, ela vinha mais para perto de um modo diferente. Não demorou muito para que nossos lábios se encontrassem novamente.

O beijo era suave, calmo e… apaixonado. Eu não tinha certeza, mas era o que parecia, Elsa havia passado seus braços pelo meu pescoço e brincava com meus cabelos durante o beijo, eu estava com meus braços envolta de sua cintura, não pude evitar trazê-la mais para perto, senti seus braços me puxando mais para perto também.

Aquilo era tão bom, tão viciante, que quase esquecemos que precisávamos respirar. Quando paramos para pegar ar Elsa disse:

– Assim como você sempre estará aqui para me ajudar, eu sempre vou estar aqui para ajudar você Jack, independente do que aconteça. – Seus olhos brilhavam enquanto ela falava.

E então ela se afastou, pediu licença e saiu do meu quarto. É realmente Elsa estava mexendo comigo.