De acordo com a realidade... escrita por maddiesmt


Capítulo 9
Cap 9 - O Susto


Notas iniciais do capítulo

Obg a tds pela paciência e pelo apoio incondicional!vcs são d+! E depois de mtus pedidos esta aqui a fic com uma sugestão de vcs!Espero que tenha ficado do agrado d tdas..!e me desculpem qlqr coisa..!Continuem a mandar sugestões pq minhas ideias estão acabando!hahahah!Enfim...



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Ferdinando tomava a segunda pílula do dia...a primeira fora antes da refeição e agora que ja tinha terminado o café da manhã tomava a segunda.

–Você ainda está resfriado meu amigo? –Perguntava Juliana da cadeira onde estava.

–Não...felizmente o Renato me forçou a tomar pílulas de vitamina C logo depois daquela chuvarada e so tive uma leve coceira na garganta...nada que me deixasse muito mal. Essa –Ferdinando mostrava a pequena pílula branca em suas mãos enquanto sorria e pegava o copo de água - são as ultimas doses! – Dizendo isso o rapaz jogou a pílula na garganta e tomou um gole da água.

– Que bom que você ouviu o doutor Renato...ele é um excelente profissional! Gostaria que a Gina também tivesse nos ouvido ...mas do jeito que aquela teimosa é...não era de se admirar que ela tivesse pego esse resfriado horrível que ela pegou.

Era bem verdade...logo no mesmo dia da fuga de Lepe...Gina tinha voltado pra casa encharcada e pálida. Juliana ofereceu um chá e alguns analgésicos porém a ruiva recusou tudo e se trancou em seu quarto. Nos dias que se seguiram Gina so fez piorar e ignorava a tentativa dos amigos de tomar qualquer medicamento. Juliana ja tinha perdido as contas de quantas vezes a ruiva e Ferdinando ja haviam brigado por causa daquilo e o engenheiro já havia perdido toda a paciência que lhe restava.

– E por falar nela...por onde aquela diaba anda? Muito estranho ela ainda não estar tomando café. –Ferdinando estranhou

Os dois trocaram um olhar desconfiado e se dirigiram imediatamente para a porta do quarto da amiga a chamando várias vezes.

–Gina!Gina!abra a porta!você esta bem? Me deixe entrar!Gina!-Juliana tentava chamar a amiga e arregalou os olhos assustados para Ferdinando quando não ouviu resposta alguma. A professora girava a maçaneta freneticamente e sem sucesso deixou que o amigo tentasse chamar a moça.

–Gina...sou eu...vamos... abra a porta...estamos preocupados! Abra sua diaba! – Ferdinando estava quase quebrando a maçaneta e começava a esmurrar a porta.

–Ai meu deus...será que aconteceu alguma coisa? -Juliana estava começando a entrar em pânico.

–Se afaste minha amiga...eu vou ter que arrombar essa porta!

–Gina abra já ou eu vou arrombar essa porta!- os dois não ouviram resposta alguma – Ta certo...se estiver me ouvindo se afaste! – com o ultimo aviso dado o engenheiro tomou distância e se atirou na porta fazendo com que a mesma abrisse revelando a ruiva desmaiada no chão do quarto.

Ferdinando correu na direção da jovem inerte e ao toca-la sentiu que o corpo dela queimava.

–Juliana...ela está fervendo!

–Ai meu deus...eu vou ligar pro doutor Renato e pedir uma ambulância. Venha vamos coloca-la na cama.

Ferdinando posicionou um de seus braços sob as pernas nuas da moça e o outro por debaixo dos ombros erguendo- a e posicionando o corpo, coberto pelo hobby preto, na cama ainda desfeita.

Enquanto Juliana fazia as ligações que devia Ferdinando não pode conter as lágrimas que começavam a rolar e os pensamentos assombrosos que começavam a lhe perturbar a mente. Ajoelhou-se sob a cabeceira da cama da moça, levou uma das mãos ao rosto dela e começou a acarinhar sua face avermelhada pela febre. Como pode ser tão cego e não perceber o quanto ela estava ruim? Era bem verdade que toda a confusão que estava implantada em sua antiga casa tinha lhe tomando um tempo precioso e de vez em quando ele até tinha que dormir por la pois Pituca e Serelepe andavam tendo pesadelos sobre uma possível separação. Mas a sombra da culpa ainda lhe atormentava a mente.

Foi tirado dos pensamentos quando a ruiva começou a se mexer ainda com os olhos fechados...sua respiração estava difícil e ele podia ver que ela estava tremendo de febre.

–Nando...nan..do... – Gina sussurrava o nome do engenheiro enquanto se contorcia e suava frio...

Ele não podia acreditar no que estava ouvindo...ela estava lhe chamando...

–Sim Gina...fale...eu estou aqui...eu estou aqui minha...querida...- Ferdinando segurava as mãos de Gina que diferentemente do seu corpo...estavam geladas. Levou-as ao seu próprio rosto e deu vários e prolongados beijos como se quisesse que ela sentisse sua proximidade e todo aquele sentimento que ele não sabia nomear mais que era bem maior do que um bem querer...

Ela voltou a se acalmar na cama e sua respiração voltou a ficar estável porém cansada.

A ruiva continuava desacordada quando doutor Renato chegou com a ambulância. O médico fez uma breve análise e conduziu a paciente para o hospital.

Ferdinando e Juliana foram com Seu Pedro no carro seguindo a ambulância enquanto que dentro dela Dona tê ia acompanhando a filha junto com doutor Renato.

Chegando lá o médico pediu que ficassem na sala de espera enquanto levava a ruiva para uma bateria de exames.

Ferdinando desabou em uma das cadeiras desolado, os olhos vermelhos a cabeça encostada na parede e o olhar abandonado...na memória as lembranças da ruiva.

Ja haviam se passado uns bons 30 minutos...que pareceram horas para os presentes naquela minúscula sala de espera. Juliana estava irrequieta e so se acalmou mais quando viu a imagem de um homem de preto se aproximar apressado.

–Eu vim o mais rápido que pude...como ela esta? –Zelão abraçava a professora que começava a chorar silenciosamente.

–Eu não sei ...eles ainda não voltaram da sala de exames.- Juliana falava de um jeito quase inaudível.

Zelão percorreu rapidamente os olhos pela sala e encontrou Ferdinando imóvel, choroso e com o olhar perdido.

–Mas o que ele tem? Nunca o vi daquele jeito...- Zelão comentou baixo

–Eu acho ...que ele esta percebendo o quanto gosta daquela uma...- Juliana sorriu fracamente com a realização do que aquilo poderia significar.

Seu Pedro abraçava dona Tê que rezava um terço silenciosamente. Os dois permaneceram grudados o tempo inteiro e so levantaram o olhar quando Renato voltou com as notícias.

–Então doutor?! O que a nossa menina tem? – Seu Pedro indagou exalando preocupação.

Renato olhou para todos presentes que agora o rondavam ávidos por alguma notícia.

– Fizemos os exames necessários e constatamos que ela adquiriu uma pneumonia que pode ter sido agravada por algum abalo emocional que fez com que seu sistema imune ficasse enfraquecido.

–Mas ela vai ficar bem doutor? –perguntava Dona Tê...a aflição presente em sua voz.

–Sim dona Tê ...vai sim! Só temos que deixa-la em observação por alguns dias afim de que ela complete a medicação necessária. - Renato deu um sorriso tranquilizador.

–E nós ja podemos vê-la meu amigo? –Ferdinando não se conteve...precisava ve-la.

–Claro! Ela ja está no quarto ...mas aconselho a irem em pequenos grupos e a deixarem descansar um pouco.

Ferdinando observou com um aperto no coração Dona Te e Seu Pedro se dirigirem para o quarto onde se encontrava a filha do casal. Enquanto Ferdinando esperava sua vez de entrar e garantir por si mesmo que ela ainda estava ali e viva... e que ficaria bem logo, Renato sentou-se ao seu lado com cara de poucos amigos.

–O que o seu segurança faz aqui meu amigo? Não sabia que se sentia ameaçado até em um hospital – Renato disparava de maneira quase hostil.

– Na verdade... ele não está aqui por minha causa...e acho que nós dois ja sabemos o motivo da vinda dele. – Os rapazes olharam na direção do casal sentado perto da mesa que continha várias revistas.

Os olhares de Renato encontram os de Juliana por um breve momento e a moça sentiu um arrepio frio lhe percorrer o corpo. Não tinha pensando em como sua fraqueza de chamar o segurança ia afetar o médico porém na hora...não pensará em nada...apenas em como seria bom ter os braços do segurança ao seu redor para que não enfrentasse o que quer que fosse acontecer no hospital sozinha.

Mais uma vez Juliana se sentia culpada sem motivos reais...sentia que magoava mais uma vez o médico que um dia chegou a amá-la sem ser correspondido da forma como gostaria.

–Bom...eu vou voltar e verificar se a nossa amiga está recebendo os remédios necessários... –O médico ia se afastando quando foi chamado pelo engenheiro.

–Renato!

–Sim meu amigo

–Quando eu a encontrei desacordada...-Ferdinando engolia o choro que começava a se formar novamente em sua garganta. – E logo depois que eu a coloquei na cama ...ela...ela disse o meu nome...o que você acha...que poderia estar acontecendo.

–Era um delírio meu amigo. A febre dela estava a quase 40 graus quando a encontramos. Não se preocupe ela ficará bem. -Renato deu uma risada leve e afirmou ao amigo que não havia motivos para preocupação.

–Obrigado meu amigo...mesmo... - Ferdinando agradeceu apoiando uma de suas mãos no ombro do amigo médico.

–Disponha meu amigo...e acalme-se ...a sua namoradinha logo logo vai voltar pra casa. –Renato ria da provocação que havia feito e observou o amigo ficar mudo. Aproveitando esse momento o médico voltou para os corredores brancos do hospital deixando Ferdinando pensativo.

Ao abrir a porta do quarto Ferdinando encontrou a ruiva dormindo serenamente. Nada parecido com a visão que teve pela manhã. Agora a moça dormia tranquilamente, a respiração calma e as bochechas rosadas era a visão de um anjo e a comparação fez com que Ferdinando balançasse a cabeça de forma negativa tentando tirar tais pensamentos da mente.

Ela estava como dona Tê e seu Pedro disseram que ele a encontraria...ele também soube pelos pais da moça que ela ainda não havia despertado. Os Falcão tinham ido resolver algumas burocracias de hospital e deixaram Ferdinando tomando conta da filha já que Juliana já tinha voltado para a escola na companhia do segurança.

Ferdinando sentou-se na cadeira que estava disposta do lado da cama da moça. Resistiu ao máximo mas não conseguiu se conter e levou uma de suas mãos ao rosto da ruiva acarinhando e sentindo a pele macia dela. A outra mão segurava docemente a mão estava livre da sonda do soro.

Ficou ali...admirando cada detalhe que a fazia perfeita...até pegar no sono.

Gina abria devagar tentando se acostumar com a claridade do novo ambiente. Olhou ao redor e encontrou um certo engenheiro dormindo tranquilamente do seu lado e com os dedos entrelaçados aos seus. Por um segundo esqueceu o impulso de perguntar o que estavam fazendo ali e onde exatamente estavam.

Apenas contemplou a cena do rapaz que não lhe parecia muito confortável naquela cadeira e com a cabeça repousando perto da sua.

Sem se conter Gina se aproximou do engenheiro o suficiente para sentir sua respiração. O olhou atentamente e por impulso lhe deu um beijo na bochecha fazendo com que o rapaz despertasse lentamente.

Ferdinando podia jurar que o sonho que estava tendo tinha sido real...ainda podia sentir o toque dos lábios da ruiva em sua bochecha na qual ele levou a mão involuntariamente.

–Bom dia dorminhoca! Que susto que a senhorita nos deu! – Soltou o rapaz sorrindo para uma Gina com o olhar assustado como se tivesse sido pega no flagra.

–O que você ta fazendo aqui – Tinha voltado a ser a Gina de sempre.

–Estou tomando conta de você para a sua mãe ora!

–Não parece ja que você tava dormindo. E eu não preciso e nunca que precisei de alguém para tomar conta de mim- Gina cruzou os braços teimosamente.

–Pois pra mim...você precisa sim Gina...de alguém que tome conta da senhorita -

Ferdinando respondeu se aproximando do rosto da moça com olhos cheios de preocupação e algo mais que Gina não soube identificar ...O olhar do engenheiro era tão intenso que Gina fechou os próprios olhos tentando escapar da imensidão azul que a afogava... foi a deixa perfeita para que o rapaz continuasse seu caminho em direção aos lábios da moça até que foram interrompidos por Dona Tê que agora voltava com uma xícara de chá nas mãos.

– Filha!!!Ai minha menina! você acordou! Que bom! – Dona tê corria para junto da filha perguntando se ela estava sentindo algo se precisava de alguma coisa.

–Eu to bem mãe! Agora a gente ja pode ir embora? Eu tenho que ajudar o pai la na loja!

–Negativo dona Gina! A senhorita vai ficar aqui...ordens do doutor Renato!

–Mas quem ele pensa que é pra me dar ordens!!

–Gina! Ele é seu médico e acabou de lhe salvar a vida! –Dona Tê sendo exagerada como sempre.

–Mas o que aconteceu?

Dona Tê começou a contar a estória toda enquanto isso Ferdinando, que até então não tinha dito mais nada, resolveu deixar mãe e filha sozinhas. Pegou suas coisas e saiu do hospital sorrateiramente sendo notado apenas por uma paciente que tinha os cabelos cor de fogo.


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