De acordo com a realidade... escrita por maddiesmt


Capítulo 7
Cap 7 - O Fugitivo.


Notas iniciais do capítulo

Obg a tds pela paciencia,apoio,sugestão e elogios!=)!to mtu empolgada aqui escrevendo cada vez mais!=)
E Zelianas e Ginandos...esse cap e especial para vcs!!!=)



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As mãos do jovem engenheiro passeavam ousadamente pelo corpo da ruiva que estava entregue a situação. Encontrou uma brecha entre o cinto e o uniforme dela e atreveu-se a tocar a pele quente por debaixo da blusa fazendo a ruiva se arrepiar e forçar ainda mais seu corpo contra o dele. O rapaz deixou os lábios dela apenas para mergulhar no pescoço da moça que jogou a cabeça pra trás e entreabriu a boca puxando o ar para logo depois morder os lábios tentando repreender os suspiros. Mais por instinto do que por consciência, Gina levantou levemente a perna direita repousando o pé na parede. Esse ato não foi ignorado por Ferdinando que aproveitou para acariciar a perna da moça deslizando os dedos e dando leves apertos que a faziam gemer por entre os beijos do rapaz. Não aguentando mais tamanho desejo Ferdinando fez um movimento mais atrevido, pegou a ruiva e a ergueu fazendo- a prender as pernas em sua cintura sem parar de beija-lo. O rapaz continuou a explorar o corpo da ruiva que agora beijava seu pescoço de maneira feroz. Ele então a conduziu do jeito que estavam para o sofá onde a deitou e sem cerimonias se colocou por cima dela. Ao vê-lo com os olhos sedentos de desejo e sentir q tudo ja estava muito mais “animado” do que antes Gina acabou recobrando um terço do juízo perdido a tempos atrás...estavam passando dos limites.

–Ferdinando...pare..pare...- Gina dizia com a voz entrecortada não sabia se realmente queria que ele parasse.

– Mas o que foi? – Ferdinando deixou o pescoço da moça e a olhou preocupado e ainda ofegante.

Gina então lembrou-se de tudo, da discussão do beijo forçado e de como tudo tinha convergido para aquela situação um tanto quanto constrangedora.

–Você sai pra la – Gina empurrou o engenheiro que caiu do sofá com o olhar assustado.

A moça arrumou a roupa e passou a mão pelos cabelos... apontou para Ferdinando que estava jogado no chão ainda com os lábios vermelhos e inchados.

–Você nunca mais faça isso seu engenheirinho! Eu ..eu...eu lhe odeio!! E fique longe de mim! –Gina lançou um ultimo olhar ..uma mistura deles...uma mistura de desejo e raiva e correu para se trancar no seu quarto deixando um Ferdinando sem reação e sem saber o que pensar jogado no chão da sala. O rapaz só tinha uma certeza no momento...de que precisava urgentemente de um banho gelado.

Juliana esperava os alunos terminarem as redações para que pudesse sair da escola. Quando o ultimo aluno lhe entregou o pedaço de papel ela agradeceu recolheu suas coisas e saiu apressadamente. Já eram quase 10 da noite e ela sabia que aquela cidade podia ser bem perigosa a medida que a hora avançava.

Com passos rápidos Juliana passava pelo portão quando ouviu uma voz firme lhe cumprimentar.

–Boa noite professora

Juliana se arrepiou so de ouvir a voz que ela reconhecia tão bem. Esboçou um leve sorriso e virou-se para cumprimentar o dono da voz grave.

–Boa noite Zelão. O que faz por aqui? –Juliana parecia surpresa porém não conseguia esconder sua alegria em ve-lo.

–Isso não são horas de uma moça tão distinta ficar andando pela rua sozinha.

–A que isso estava apenas fazendo o meu trabalho devo ter paciência com os alunos...eles estão apenas começando. – Juliana admirava o porte do homem que se aproximava a passos lentos. Ele vestia o mesmo terno preto de sempre porém dessa vez sem o ponto no ouvido e os óculos escuros que o faziam segurança. –Vejo que também saiu a pouco da casa dos Napoleão estou certa?

–É verdade. Eu só estava esperando a senhorita sair

– E posso saber por que?

–Para lhe acompanhar até sua casa. –Zelão respondeu como se aquilo fosse muito óbvio.

–Ora essa mais você não precisa fazer isso –Juliana sorria e deixava transparecer um pouco de nervosismo na voz.

–Mas eu insisto! –Zelão ofereceu o braço para a moça que entrelaçou ao seu próprio sem titubear.

–Sendo assim..vamos?

–Vamos...- Zelão deu um sorriso vitorioso tão encantador que o coração da professora acelerou mil vezes o batimento. O rapaz estava tão contente e desfilava com a moça pelas ruas quase que dançando com ela a fazendo rir e rodopiar a cada esquina que passavam.

Ele admirava aquela uma...seu jeito doce, meigo, paciente e sobretudo sua força de vontade e seu talento nato para ensinar tudo até o que ela não sabia que estava ensinando como era o caso do amor que ele tinha por ela.

– O azul do céu está lindo hoje.

–Não tão bonito quanto o azul dos seus olhos professora. É neles que eu me afogo e não tenho a menor vontade de lutar para sobreviver se não for

–Na imensidão do teu olhar – Juliana completou junto com o homem que agora a fitava profundamente.

Ela não pode conter a alegria e as lágrimas que enchiam seus olhos

–Foi você! Você que me escreveu aquela poesia em forma de carta!

As bochechas avermelhadas do rapaz denunciavam que o mesmo estava sem graça então decidiu desviar do olhar intenso da professora.

–Fui eu sim...espero não te-la incomodado.

–Incomodado? –Juliana colocou o rosto do rapaz entre suas mãos e o obrigou a olha-la nos olhos. – Eu amei a sua carta Zelão! Decorei cada frase, cada vírgula.

Zelão sorria que nem uma criança...e ele mesmo ja tinha pequenas gotas de lágrimas depositadas sobre seus olhos.

–E tudo tão bonito que parece até irreal.

–Pois acredite professora! Tudo isso que lhe escrevi é o que eu sinto aqui – Zelão conduziu e repousou uma das mãos de Juliana sob seu coração. – Nas caixas do meu peito -Juliana sorriu com a referencia do rapaz ao mesmo tempo que soltou um suspiro apaixonado. Tudo era bom demais para ser verdade e ela sabia que romances de livro não eram tão fáceis de se realizar na vida real portanto resolveu voltar a pisar no chão e seguir seu caminho para casa com o segurança ao seu lado.

–Eu lhe sou muito agradecida pelas belas palavras Zelão – Juliana fitava o chão mas não conseguia tirar o riso bobo do rosto.

–Eu é que sou eternamente grato por estar na companhia da mais bela das criaturas. – Confessou o segurança. Nesse exato momento uma brisa gélida passou por entre eles... Zelão sendo o cavalheiro que era reparou no encolher de ombros nus da professora e no arrepio que se passou sobre seus braços igualmente nus. O rapaz então se despiu do terno que usava ficando apenas com a camisa de linho branca e a gravata preta e colocou delicadamente o terno por sobre os ombros da professora que estava com um vestido florido do tipo tomara -que -caia.

Juliana deu um sorriso agradecido e ficou ainda mais vermelha ao notar as curvas do corpo malhado do segurança.

Continuaram andando, aproveitando o silêncio reconfortante que se instalara. Juliana levava os livros seguros em uma mão deixando a outra livre. O rapaz percebeu e delicadamente encostou sua mão na dela. Ao sentir que não fora repudiado tentou um movimento mais ousado e segurou a mão da professora que imediatamente entrelaçou seus dedos aos do rapaz e assim seguiram até o portão do prédio dela.

Chegando lá Juliana agradeceu a companhia, devolveu o terno do segurança e lhe deu um terno beijo na bochecha de forma demorada.

Entrou no prédio deu um ultimo olhar para o rapaz que tinha um brilho irresistível nos olhos e sorriu novamente. Quando entrou no elevador soltou o ar que estava prendendo abriu o maior sorriso que pode e desabou por sobre chão do elevador ...ela tinha certeza...estava perdida.

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Juliana entrou em casa e torceu para que a amiga ainda estivesse acordada...precisava desabafar com alguém sobre os sentimentos intensos que vinha sentindo em relação ao segurança do amigo engenheiro. Sabia que Gina não era a melhor das opções para aconselha-la mas com certeza era a melhor ouvinte que ja tivera na vida. E como bônus ainda ganhava a sempre sincera opnião da amiga.

Suspirou aliviada quando viu a luz acesa pela fresta da porta e resolveu bater levemente.

–Eu ja lhe disse pra me deixar em paz Ferdinando! – Ouvi a amiga reclamar irritada.

–Sou eu Gina! –Juliana estranhou a referencia ao amigo de forma negativa...da ultima vez que havia visto os dois eles não pareciam estar tão arredios.

Gina destrancou a porta e deixou Juliana entrar, depois olhou mais uma vez para o corredor que estava escuro e silencioso e voltou a trancar a porta.

–Desde quando você tranca a porta do seu quarto.

–Desde que me deu vontade...agora fale o que quer?

Juliana já havia se acostumado com o jeito grosseiro da amiga e já nem se importava mais.

–Ai minha amiga preciso que me escute! Acho que tenho um problema nas mãos.

Juliana contou toda a história entre suspiros...desde o recebimento da carta até a despedida no portão do prédio.

– E qual o problema? Você não gosta dele?- Gina não tinha entendido o por que da aflição da amiga. Uma coisa era verdade... nunca tinha visto Juliana solteira mas também nunca tinha visto a moça se importar com alguém como ela estava demonstrando agora nem mesmo com o doutor Renato.

–Ai é que tá Gina! Eu gosto...gosto muito dele!

–Então ora...o que ta faltando?

–Ai não sei minha amiga...acho que tenho medo.

–Ué...medo de que?

–Não sei...Eu já magoei muita gente minha amiga... não e minha intenção mais é que você sabe que eu não gosto de ficar sozinha e começo a me interessar pelos rapazes na confiança de que me apaixonarei por eles mas nunca obtive sucesso porém agora...agora é diferente Gina...eu nunca que senti isso que eu to sentindo agora.

–Quer dizer que você tá apaixonada pelo Zelão?- Gina tentava entender mas parecia que por debaixo de todo aquele cabelo rosa existia uma mente muito mais complexa do que ela imaginava.

– Para lhe ser sincera...eu não faço a mínima ideia do que esta acontecendo comigo!- Juliana se jogou na cama da amiga e deu um longo suspiro frustrado.

Gina observou a face confusa da amiga da poltrona em que estava.

–Pois pra mim é muito simples...se você ta sentindo tudo isso que você tá sentindo devia se arriscar como fez das outras vezes...- Gina disse de forma quase apática.

–Ah é...simples é? Como o seu relacionamento com o doutor Ferdinando? – Juliana agora se apoiava nos cotovelos com o objetivo de conseguir lançar um olhar brincalhão e questionador para a ruiva que agora arregalava os olhos e voltava a atenção para a amiga de cabelos cor de rosa.

– Mas de onde você tirou isso?!

–Ah não negue minha amiga! Eu, acidentalmente vi o quanto vocês estavam...como posso dizer... se dando bem hoje a tarde!

Gina corou imediatamente com a referencia da amiga.

–Aquilo la foi uma besteira sem tamanho! Ele me beijou a força!

–Pois pra mim não estava parecendo nada forçado ...pelo contrário...me parecia que você estava era gostando muito!

– Ora ...mas chega dessa conversa mole por hoje e vamo dormir que amanhã o dia vai ser longo! – Disse a ruiva se levantando da poltrona onde estava expulsando a amiga risonha do quarto!

Naquela noite ninguém daquela casa conseguiu pregar o olho.

Tudo estava muito calmo pela manhã e Juliana podia jurar que estava se sentindo incomodada com a mudança abrupta. Até alguns dias atrás nem precisava de despertador já que os gritos do casal de amigos, agora sentados bem distantes um do outro, lhe acordava na hora certa. Hoje Juliana quase sempre se atrasava e quando saia já encontrava os amigos terminando o café.

– Bom dia meus amigos! – Apesar da noite mal dormida devido aos pensamentos intensos sobre um certo segurança, Juliana ainda conseguia ter o bom humor que não era seguido pelos amigos que a olharam com um olhar de cansaço e como se perguntassem silenciosamente “O que que tem de bom”. Juliana ignorou o olhar frio que vinha dos dois suspirou com ar de desistência e sentou se para tomar seu café.

Gina terminou o café levantando –se rapidamente, conferindo seus pertences na bolsa e logo depois se dirigindo a saída da casa.

– Espere Gina eu vou com você! –Ferdinando chamou levantando –se da mesa e correndo na direção da ruiva.

–Desde quando vocês saem juntos de casa? –Juliana não pode resistir a provocação...era um revide pelo olhar gélido de bom dia dos amigos.

Antes que Gina pudesse dar uma resposta grosseira Ferdinando tratou de explicar a situação.

–Você não está sabendo minha cara? Eu estou trabalhando como engenheiro agrônomo para o Seu Pedro! - O rapaz sorria satisfeito.

– Não me diga! Que ótima noticia! –Juliana estava surpresa e feliz pelo amigo que finalmente iria exercer a profissão que escolhera.

Gina fazia uma cara carrancuda... já estava cansada de tudo aquilo.

– Então vocês fiquem ai fofocando que eu ja to indo. – Gina abriu a porta e se deparou com uma senhora postada a sua frente.

A dama vestia uma roupa elegante porém um tanto chamativa demais para o gosto da ruiva, usava um vestido tubinho cor de ameixa que combinava com a cor dos seus lábios e que ia até um pouco abaixo dos joelhos, levava um conjunto de pérolas que lhe adornava o pescoço, os pulsos e as orelhas. Fora as outras joias que, a cada movimento que a mulher fazia, lançavam um barulho diferente no ar. Gina não teve como não compara-la a um de seus animais do seu sitio, que sempre levavam um sino no pescoço.

– Catarina?! O que faz aqui! – Ferdinando transparecia preocupação na voz.

Ao tirar os óculos escuros, Catarina revelou olhos cansados e chorosos...eles ainda estavam vermelhos e começavam a se encher de lágrimas novamente.

–Nando! Aconteceu algo! E preciso muito de sua ajuda.

– Entre ..entre..! –Ferdinando acompanhou a madrasta até um sofá e Juliana lhe ofereceu um copo d’água. Gina continuou na porta curiosa com tudo aquilo.

– Mas o que foi? Você e meu pai brigaram de novo? – Ferdinando sabia que aquela era a razão mais obvia e ja estava acostumado com ela.

–Não ..não...- Catarina deu um leve sorriso entre as lágrimas que agora lhe banhavam o rosto novamente.

–Pois então desembuche logo! –Ferdinando ja estava aflito.

–Nando...o Lepe fugiu!


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