De acordo com a realidade... escrita por maddiesmt


Capítulo 5
Capitulo 5 - Confissões.


Notas iniciais do capítulo

Gente mtu obg pelo apoio e condolencias!vcs são d+!
Segundamente..a fic ta um pouquinho morna..ja q ainda estou retratando o começo d td na "vida real" e preciso explicar algumas situações...mas n se preocupem prometo da uma apimentada no decorrer dela..
Bom aqui vai..Boa leitura!



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Cap 5 : A confissão.

Por mais que se mexesse na cama, Gina não conseguia encontrar uma posição para dormir. Já eram 4 da manhã e nada do sono aparecer. Toda vez que fechava seus olhos não encontrava a escuridão de mantê-los fechados mas sim um par de olhos azuis a fitando ferozmente. Os acontecimentos da noite passada ainda estavam grudados em seus cérebro fazendo com que até seu inconsciente lembrasse dos detalhes que envolviam o moço da blusa manchada e com isso não conseguisse entrar no estado de sono profundo.

Seu corpo queimava a cada lembrança da proximidade dele, da sensação do corpo dele pressionando o seu no chão da cozinha, do contato do seu peitoral nu contra a roupa molhada dela... tudo o que remetia a ele lhe instigava e esse pensamento a assustava.

Levantou e decidiu andar um pouco para ver se o sono lhe encontrava em alguma esquina da própria casa. Andou em direção a cozinha, pegou um copo com água e resolveu ficar admirando a Lua pela janela do local. Era incrível como ela conseguia manter o brilho todas as noites. Gina se perguntava se algum dia voltaria a acampar ao ar livre como fazia quando criança...quando suas preocupações eram no máximo sobre como nasciam os bebês.

– Também não consegue dormir? – uma voz firme porém rouca lhe tirou de seus pensamentos

Gina encontrou Ferdinando a olhando profundamente...parecia que já estava lá a algum tempo afinal uma marca oriunda de pressão já se formava no braço direito descoberto e que se apoiava na porta de entrada do recinto.

Ele temeu falar logo de inicio preferiu admira-la...mesmo com a escuridão do local Ferdinando conseguia identificar os cabelos ruivos que ganhavam uma cor ainda mais brilhante quando banhado pela lua, a cintura marcada pelo fio de seda do hobby preto que usava, as pernas nuas que se revelavam desde um pouco a cima do joelho para baixo, os braços longos cobertos e o pescoço nu de qualquer adorno.

– Eu não lhe devo explicações – Gina deixou o copo de água na pia e se virou em direção a saída.

Quando passou ao seu lado Ferdinando a puxou pelo braço...o que gerou um contato visual imediato.

–Você...é...você..me desculpe por hoje Gina –Ferdinando revezava o olhar entre a boca dela e os olhos ...um tentador e o outro desafiante...como seria bom torna-los seus..

Gina estava surpresa com a atitude do rapaz...passou a encara-lo tomando cuidado para não se afogar no azul dos olhos dele.

– Tudo bem..agora me deixe passar...preciso dormir.. –Gina tentou se desvencilhar mais sentiu o aperto no braço se intensificar.

O engenheiro não sabia o que estava acontecendo...sua sede por ela havia aumentado significativamente desde a noite passada e isso para ele era loucura...como poderia sentir tal necessidade?

–Você ja disse o que tinha pra falar...agora me deixe passar...- Gina dizia ameaçadoramente mas Ferdinando não parecia se importar com o tom que a ruiva usava.

– Eu preciso lhe dizer Gina...com todo o respeito que lhe devo...que- Ferdinando foi aproximando o rosto de forma cruelmente lenta

–Dize o que? – A moça continuava no tom firme mas com os olhos nervosos e vacilantes.

– Que você é uma moça muito bonita Gina...e que tem lá suas manias mas que a gente entende...

–Mas entende o que?- Gina soltou- se das mãos do engenheiro mais não ousou se afastar.

–Ora essa...entende a maneira que você fala...entende a maneira como você reage quando não gosta de alguma coisa...

–Mas onde é que você tá querendo chegar Ferdinando... –Gina agora mostrava confusão nos olhos e se perguntava o que havia acontecido com suas pernas que não paravam de tremer.

– Ta vendo! Ta vendo! Você fala de uma maneira que até parece que quer me agredir!

–Eu não! Você não fez nada pra isso....

–Então...eu posso lhe ser mais franco do que de costume?

–Ora pode

–Eu quero lhe dize que... –Ferdinando não sabia como continuar e começou a dar voltas inteiras na cozinha.

–Que dize que... –Gina não tinha certeza do que esperava ouvir.

–Eu quero lhe dize q...eu quero lhe dize uma coisa...quero lhe dize que –Ferdinando parecia uma vitrola quebrada...tentava achar palavras assim com tentava encontrar coragem para dize-las.

–Por que que você tá engasgando?

–Porque eu fico constrangido pombas! –Ferdinando aumentou a voz na medida do seu nervosismo. – O que eu quero lhe dizer....

O rapaz por fim aproximou-se novamente grudou sua testa na dela e confessou de vez - E que eu morro de vontade de lhe dá um beijo.

Gina arregalou os olhos e ao notar as intenções do engenheiro soltou –se rapidamente.

–O que que você tá pensando que eu sou?- Perguntava Gina em um misto de indignação e surpresa.

–Ta vendo não da pra conversar com você!

– Pois você Ferdinando – Gina apontava o dedo para Ferdinando que a olhava questionador e surpreso com a reação da moça.

– Eu o que Gina? – Ferdinando instigava a ruiva a continuar e caminhava em sua direção novamente.

– Você...- Gina estava se perdendo novamente naqueles olhos azuis. – Você vá beija a sua mãe!! – a moça despejou por fim...saindo do local a passos rápidos apenas para desacelera-los no fim do corredor onde se encontrava a porta do seu quarto. Deu um último olhar para trás e encontrou Ferdinando no começo do corredor perto da varanda d onde a luz da lua vinha e banhava o local. Tinha que admitir que era um rapaz bem apanhado. A luz da lua refletia em seus olhos trazendo sensações mistas de paz e ao mesmo tempo fome, os braços desnudos revelavam força e o peitoral escultural exposto na noite passada agora estava coberto por uma regata branca que contrastavam com o short de pijama preto.

Gina deu um logo suspiro e entrou no seu quarto...agora tinha certeza...não conseguiria mais dormir.

Juliana tomava seu café enquanto revezava olhares entre a amiga de cabelos avermelhados e o amigo de dread, algo estava muito errado.

O silêncio quase constrangedor falava tão alto que parecia ensurdecer.

– Você dormiu bem minha amiga? – Juliana questionou a ruiva que já estava levando a xícara de café a boca.

– Por que a pergunta? – Gina respondeu na defensiva enquanto lançava breves olhares para o rapaz que parecia decorar todos os seus movimentos ao mesmo tempo que não desgrudava os olhos dela.

–Por nada...só quis ser gentil...-Juliana falou na defensiva e refletiu se devia continuar a frase por um momento até decidir correr o risco de termina-la. - E também por que só agora pela manhã você já derramou café na mesa, não me ouviu chamar seu nome pelo menos umas cinco vezes, está mas quieta do que de costume e acabou de se esquecer do açúcar no seu café.... –Juliana enumerou as falhas da amiga nos dedos enquanto observava a ruiva fazer uma careta logo depois do primeiro gole amargo.

A moça de cabelos rosados começou a dar uma leve risada com o provável diagnóstico da amiga.

Gina corou levemente e Ferdinando deu um sorriso leve e satisfeito notando sua influencia sobre ela.

–Ora Juliana..isso é bestagem sua...eu so estou com dor de cabeça. –Gina tentou escapar das perguntas enfiando um pedaço de pão na boca.

– E você douto Ferdinando? – Juliana lançava um olhar questionador...daqueles que pareciam invadir a alma e arrancar os mais profundos dos seus segredos.

– Devo dizer professora que por pouco eu não dormi feito um anjo... – Ferdinando lançava um olhar brincalhão acompanhado de um sorriso malicioso em direção a ruiva que engasgou com o café que tomava.

–O café está ótimo mas devo me retirar....combinei de encontrar o Renato antes do turno dele no hospital começar. Tenham um bom dia senhoritas! –Fedinando levantou-se da mesa oferecendo um sorriso para a professora e lançando um último olhar para a ruiva.

Ao ver o engenheiro fechando a porta Juliana voltou sua atenção para a amiga.

–E então me diga....o que aconteceu?

–Aconteceu? Nada aconteceu? O que poderia ter acontecido..? –Gina respondeu muito rápido para o gosto de Juliana.

–Gina...eu não sou boba...vamos me conte...

–Ah..não é nada Juliana... to com dor de cabeça ja lhe disse! –Gina era ateimosia em pessoa.

–Sei –Juliana então resolveu mudar de estratégia – Você sabia que ontem o Zelão me acompanhou até a escola?

–E dai?

–Dai Gina que eu não sei o que está acontecendo comigo...toda vez que o vejo parece que eu me perco, a alma dele fala com a minha...eu sinto isso...

–Eu acho isso uma bestagem

–Será mesmo?

–É que disso ai eu não entendo muita coisa não.- confessou a ruiva.

–Aii Gina eu só sei que o tempo voa quando estou perto dele, ele fala umas coisas tão bonitas...nem parece com o Renato.

–Mas você já não terminou com esse um?

–Já sim e acho que é por isso que tenho medo de me envolver com o Zelão...sinto que magoei muito o Renato... mas a verdade é que eu nunca amei ninguém...

–E você acha que ama o Zelão..-Gina tentava entender.

–Ai é que tá...eu sinto com ele coisas que homem nenhum me fez sentir...e eu confesso que se não tivéssemos em meu local de trabalho ontem...até poderia te-lo beijado.

Ao ouvir a última palavra dita pela professora Gina corou e lembrou-se da confissão do engenheiro na noite anterior, então, resolveu revelar a amiga os acontecimentos da madrugada.

– É então...hoje de madrugada...eu tava tomando um copo d’água e o Ferdinando apareceu na cozinha...e veio com umas conversas bestas pra cima de mim.

–Que conversas? - Juliana sorria...havia conseguido..

–Ah ele disse umas coisas que eu não gostei! –Gina fixou o olhar na toalha de mesa e começou a repuxar as bodas que descansavam perto de sua xícara.

–Que coisa Gina...me conta!

–Ah ele disse...disse assim me olhando nos olhos...que ele sentia uma vontade de... – Gina tocou os lábios involuntariamente...

– De que Gina! Fala! –Juliana sorria...ja suspeitava da resposta da amiga.

– Uma vontade danada de me beija! Você ja viu isso?! –Gina escondeu o rosto entre as mãos e sentiu que as bochechas queimavam de vergonha.

–Ah mas tava demorando né?!Gina! você deixou ele te beijar?! –Juliana perguntava empolgada.

– Eu não ! de jeito maneira! Deixei ele falando sozinho e fui direto pro meu quarto.

–A mas porque não Gina sua boba!!você não gosta dele?

Gina refletiu sobre a pergunta...mas antes que chegasse a alguma conclusão bloqueou os pensamentos e decidiu que seria mais seguro não pensar naquilo.

–Ah...eu mandei ele beijar a mãe!

–Ai Gina...- Juliana lamentava a atitude da amiga enquanto que uma certeza se instalara no recinto: o engenheiro teria muita dificuldade pelo caminho se realmente quisesse conquistar aquela uma.


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