De acordo com a realidade... escrita por maddiesmt


Capítulo 23
Cap 22 - A solução - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Segue a parte 2 do cap! tem mais zeliana ... com pitadas de Ginando..!=)!Espero que gostem



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Pelo amor de Deus!!Mas que pouca vergonha é essa!!- Dona Tê estava pálida e batia na janela de vidro do carro desesperadamente.
Gina e Ferdinando se soltaram imediatamente e Ferdinando buscou a jaqueta jogada da ruiva para esconder o resultado da empolgação do momento.
–O que que significa isso douto Nando Napoleão?! Quer dizer que eu peço pro pai voltar pensando que vocês se perderam e vocês tão aqui na maior sem vergonhice.
–Calma dona tê...não se assuste ...não se assuste por que.. – Ferdinando olhou para a ruiva e encontrou a moça com o olhar tão perdido quanto o seu. – Por que agora nós somos namorados.
Ferdinando terminou a frase e sentiu um leve tapa da amada no braço .
–Vocês são o que?
–É mãe...agora a gente ta namorando e não tem problema nenhum um casal na nossa idade ficar namorando d vez em quando...agora da licença que a gente vai continuar o caminho.
Gina fechou a janela de vidro e ouviu a mãe falar mas algumas coisas que ela não fez questão de prestar atenção....estava muito ocupada em uma conversa de olhares com o, agora, namorado.
*
Juliana seguia para a escola pelo caminho de sempre. Amaldiçoou-se mentalmente ao procurar o fone de ouvido e lembrar que tinha trocado de bolsa. Resolveu seguir silenciosamente até o seu destino quando foi parada por um senhor que vendia jornais na esquina.
–Olá dona! A senhora é a professora Juliana estou correto?
–E quem gostaria de saber?
–Uma pessoa me pediu para lhe entregar isso aqui.
O senhor entregou uma Gerbera juntamente com um bilhete sem remetente. No papel estava escrito: “Alegria.”
Juliana olhou para o vendedor de jornal que apenas sorriu e mostrou no olhar que não iria falar mais nada.
Juliana voltou a caminhar com a flor nas mãos até chegar na escola onde a colocou em um vaso que tinha em sua mesa e se dirigiu imediatamente para a entrada a fim de recepcionar os pequenos aluninhos.
–Professora Juliana! - O menino vinha ao seu encontro com uma das mãos escondendo algo nas costas.
–Olá Lepe Bom dia! Cade a pequena Pituca?
–Hoje foi dia de dormir na casa da mamãe então vim só. A eu tenho uma coisa para lhe entregar...
O menino revelou o que escondia e fez Juliana ficar intrigada. O garoto lhe entregou uma Camélia branca e um bilhete igual como o jornaleiro porém nesse papel as letras eram diferentes e diziam: “Beleza Perfeita”
–Lepe...quem me mandou isso?
–Não sei...só mandaram entregar. – o menino não sabia mentir...mas sabia muito bem esconder.
Juliana colocou a camélia junto a Gerbera e resolveu voltar a seus afazeres.
O dia transcorreu sem maiores acontecimentos até que a campa de saída bateu e Juliana saiu com as duas flores nas mãos e seguiu para casa. No caminho passou pelo restaurante do seu Giacomo onde foi parada por Viramundo.
–Bom dia professora!
–Olá Viramundo! Vejo que voltou a tocar por aqui...fico muito feliz – A moça oferecia um sorriso que logo desapareceu ao ver que o rapaz também tinha uma rosa com um bilhete.
–A senhora sente ai que me pediram para lhe entregar essa flor e cantar um versinho de moda.
Enquanto Vira cantava uma música sobre um amor a primeira vista ela lia essa mesma mensagem no bilhete que tinha vindo com Gloxínia que havia recebido.
–Vira que lindo...você tem muito talento mesmo!
–Obrigado professora...
–Agora me diga uma coisa...quem está me mandando essas flores?
–A isso eu não sei não professora...- Viramundo pediu licença e se retirou fazendo Juliana voltar a realidade e ao seu caminho de casa.
Passou pela igreja e ouviu um chamado do pároco da cidade.
–Professora Juliana!
–Sua benção padre santo! Como esta tudo?
–Estafica tudo bem minha filha...eu na verdade gostaria de lhe entregar isso... antes que me pergunte eu não posso dizer quem foi...é segredo de confissão.
O padre prontamente entregou o lírio rosa juntamente com o bilhete que dessa vez dizia “Pureza”.
Se despediu da moça e voltou para sua igreja.
Juliana ja estava ficando assustada... não de uma forma ruim mas a incapacidade de saber o que estava acontecendo a deixava curiosamente irritada.
Passava agora pela casa dos Napoleão quando ouviu o barulho inconfundível de joias se chocando e uma voz esganiçada a chamar pelo portão.
–Professora Juliana!
–Olá madame Catarina...não me diga que também tem uma flor pra mim.
A madame sorriu e lhe entregou a Cravina e o bilhete que dizia “Perfeição”.
–A senhora por favor quer me explicar o que significa tudo isso?
–Você verá minha querida...apenas me prometa considerar qualquer pecado arrependido como uma página passada. – A madame lhe deu um sorriso compreensivo e desapareceu no jardim imenso da mansão.
Juliana finalmente chegou no apartamento e se surpreendeu quando até o porteiro do prédio lhe entregou um Ciclame vermelho junto com o bilhete que dizia “Perdão”.
*
Gina estava impressionada...nunca tinha visto a plantação tão bonita e frondosa.
–É fio...tudo isso graças a você!- Seu Pedro deu leves tapas no ombro do engenheiro.
–Que isso Seu Pedro eu so fiz o meu trabalho.
–Ta lindo mesmo isso aqui – Gina tinha o riso que o lembrava infância e uma admiração cintilante nos olhos.
–Fico feliz que tenha gostado- Ferdinando se aproximou dela o suficiente para que sussurrasse em seu ouvido – Menininha.
Os dois sorriam feito bobos e Seu Pedro reconhecia a coragem e habilidade do futuro genro em lidar com a terra e principalmente...com a filha.
–Bom vamo continuar então porque o que importa é o que interessa. – Seu Pedro seguiu para o interior da plantação sendo seguido pelo casal que caminhava a passos lentos e a uma distância considerável.
Ferdinando entrelaçou os dedos com os da ruiva e caminhava sorridente pelos campos que ajudou a moldar.
–Você está falando serio mesmo? Isso...isso é de verdade? – A moça apontava na direção das mãos de Ferdinando que repousavam sobre as suas.
–Mas é claro que é menininha...se você quiser eu vou ali com o seu pai e peço agorinha mesmo a sua mão em casamento.
Ela riu e deu um tapa brincalhão no braço do amado.
–Não Nando...é serio..
–Eu também estou falando sério meu amor! Eu sou completamente apaixonado por você e por enquanto você é minha namorada.
–Mas como assim por enquanto?
–Porque eu vou querer que um dia você deixe de ser minha namorada...pra ser a minha noiva...e logo depois a minha esposa.
Ela não conseguia acreditar...esse Ferdinando em nada lembrava o moleque arrogante que lhe roubou um beijo no passado...e pela primeira vez na vida..ela sentia...confiava nesse novo Ferdinando...e o amava como nunca.
–Pois eu lhe digo Nando...que eu sou apaixonada por você também.
Ele arregalou os olhos e abriu o maior e mais belo sorriso que Gina vira na vida. O engenheiro a pegou pela cintura e a rodou no ar arrancando gargalhadas da moça que ao ser colocada de volta no chão o beijou apaixonadamente.
*
Juliana analisava as flores que estavam dispostas no vaso em cima da mesa da sala.
Quem teria sido capaz de tamanho ato romântico?
Lia os bilhetes atrás de alguma pista porém todas as letras se distinguiam. Pesquisou cada flor na internet e descobriu que as palavras nos bilhetes eram na verdade os significados de cada um dos diferentes tipos de flores que havia recebido.
Foi então que ouviu a campainha e encontrou Izidoro, o motorista de Ferdinando, na entrada.
–Olá Izidoro o que faz por aqui?
–Olá professora Juliana é que o patrãozinho pediu para lhe entregar isso e dizer que alguém muito especial pediu para que ele lhe entregasse mas como ele teve que viajar a trabalho ele me pediu pra vir aqui trazer isso pra senhora.
Juliana não podia acreditar que até Ferdinando, que estava longe, tinha sido envolvido nessa história.
–Mas não pode ser... – Juliana recebia a tulipa com o bilhete de “Amor eterno” escrito em letras vacilantes.
–Com a sua licença dona professora e vou me retirar...tenha uma boa noite.
–Boa noite Izidoro. –Juliana fechou a porta, colocou a tulipa no vaso e admirou o buque lindo que havia se formado. Ouviu a campainha novamente e sorrindo abriu a porta.
–Tem mais uma flor ai Izidoro...- A risada morreu quando o observou em sua frente.
Zelão estava com uma blusa social preta que o deixava extremamente sexy, as calças escuras e o sapato fechado lhe transformavam em um conjunto perigoso e totalmente enlouquecedor.
Ele tinha nas mãos a ultima das flores que completariam seu Buque...uma rosa vermelha que tinha no bilhete a palavra “Paixão” escrita em letras garrafais.
–Posso entrar professora?
Juliana havia perdido o ar, a razão e esquecido completamente o motivo de terem terminado.
–Entre.
Juliana fechou a porta atrás de si para uma noite de esclarecimentos, reconciliação e amor.


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