O Toca Fitas de Dean escrita por Kori Hime


Capítulo 1
O presente




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O toca fitas de Dean



Havia um certo momento, uma data em especial, que a família Winchester tentava se parecer como as outras famílias normais que existem por aí.

Tentar as vezes nem sempre é conseguir. E essa data em especial, deixavam os irmãos Winchester um tanto quanto carentes, nervosos e com uma grande dificuldade em presentear.

Enquanto todos corriam contra o tempo, atrás dos presentes de Natal, a comida para ser preparada na ceia, enfeites e luzes para enfeitar suas casas. Os irmãos Winchester também corria. Mas diferente dos outros, eles estavam fugindo de uma menina:


– Eu não acredito que você não tem nenhuma arma aí. – Reclamou o mais novo, procurando nos bolsos algo que ajudasse.

– Se eu tivesse, acha que ia descarregar uma arma nessa menina?

– Na perna, no braço, não preciosa ser no coração.

– Ela ta possuída, precisamos de água benta, sal, azeite. Qualquer coisa que faça ela parar de fazer careta.


– Eu tenho água... Precisamos benzer. – Sam puxou a garrafa d'água. Mas onde encontraria um padre?

– Me dá isso aqui. – Dean fez o que melhor sabia. Improvisou. –
Pater noster... Qui es in caelis, sanctificetur nomem tuum.

– Dean... Dean??? Ta fazendo o que? – Sammy encarou o irmão segurando a garrafa de água. – Você não benze nem vinho.

– Shiu! – Ele fechou os olhos e continuou. –
Panen nostrum quotidianum da nobis hodie...

– Desde quando você sabe latim.



A menina tinha apenas doze anos. Depois de tantos pedidos de ajuda, a mãe da jovem conseguiu encontrar os dois para salvá-la. Mas olhando de longe, duvidava agora de sua decisão.



– Acho que isso não vai dar certo Sammy.

– Jura? Percebeu isso quando?


Aquela garotinha realmente parecia ser um problema para os dois, a noite passou, e pela manhã, finalmente conseguiam escapar da menina demônio.
Mal lembravam de que data era aquela, até a mulher convidá-los para ficar aquele final de semana com eles, e assim poder cearem juntos a noite de Natal.
Os irmãos se olharam, e mesmo que Dean fosse doido pra comer um peru de Natal sozinho, ele recusou a oferta. Sam também, achando melhor deixar aquela família voltarem ao normal. E eles também.


Estavam no carro, em silêncio. Seguindo para qualquer outro lugar. Um que não fosse tão natalino talvez. Mas era impossível. As casas decoradas, as pessoas felizes...

Quer comer alguma coisa? – Pararam em uma pequena galeria, enquanto Dean fazia os pedidos, Sam disse que voltaria logo. – Não vai se perder. Esse é meu último natal, quero pelo menos fazer uma refeição com a família.


Sam demorou mais do que Dean previra. Não achou que fosse ruim começar a comer primeiro, se fosse o caso, comeria junto com o irmão quando ele chegasse.

Mais meia hora e finalmente o mais novo chegou. Com um sorriso animado no rosto, nem reclamou por não tê-lo esperado para comer o sanduíche de alguma coisa cheia de gordura e queijo.


– Demorei um pouco, mas acho que vai gostar. – Dean o olhou, limpando a boca com o guardanapo de papel. – Já que hoje é natal, eu comprei esse presente pra você. – Esticou o braço entregando uma caixa de presente. Dean aceitou animado, fazia tempo que não ganhava um presente.


– É uma arma? – Falou animado.

– Abre pra ver.

– Por acaso é um retrovisor novo? Aquele maldito vampiro resolveu quebrar o meu...

– Em vez de adivinhar, porque você não abre logo o presente?

– Tá! Só queria fazer suspense. – Ele abriu olhando sério para o irmão. – O que é isso?

– Não ta vendo?

– Uma caixa vazia. – Balançou a caixa no ar. Vazia.

– Isso porque eu mandei instalar o seu presente, por isso demorei.

– Você mexeu no meu carro?

– Ah! Obrigado
Sammy pelo presente, feliz natal pra você também. – Falou irônico cruzando os braços.



Dean sentiu-se um pouco mal pela desfeita e tentou corrigir. Foram os dois para o estacionamento, onde estava o Chevy Impala.

Entraram no carro.


– Aí o presente. – Sam apontou para o painel do carro, havia algo diferente ali.

– Um toca fitas novo?

– Não! É um aparelho de som novo pro seu carro, moderno e mais potente.

– Onde eu coloco a fita? – Dean começou a apertar os vários botões do pequeno aparelho instalado no lugar do antigo toca fitas, até levar um tapa na mão.

– Não é pra apertar tudo ao mesmo tempo. Olha. Aqui põe o CD. Mas também tem entrada USB. Assim você não precisa carregar essas tralhas no porta luvas.

– E não tem lugar pra fita?

– Não Dean. Você pode gravar todas as músicas que gosta nesse Pen-drive. – Sam entregou o pequeno dispositivo nas mãos do irmão. – Daí encaixa aqui, e depois liga aqui.


Demorou alguns minutos até conseguir explicar as funções do aparelho, e no final...

– E como eu coloco as músicas aqui? – Apontou pro Pen-drive preso no aparelho novo.

– Você usa o computador. Eu te ajudo. É fácil.

– Era mais fácil colocar a fita e pronto.

– Você não gostou do presente?

– Gostei, obrigado. Muito bom...

– Não, você não gostou.

– Já disse que gostei. É algo novo, diferente. Eu me acostumo.

– Eu vou devolver se não gostou.

– E se devolver você pega o dinheiro de volta?

– Não, Dean! Eu troco por outra coisa.

– E o que tem na loja?

– Coisas eletrônicas... – Falou desanimado.

– Tem alguma coisa que podemos usar no serviço?

– Deve ter alguma coisa que mede ondas eletromagnéticas. – Continuou desanimado.

– Legal...

– É. Eu vou trocar.

– Ta bem.

Sam saiu do carro, levando com ele a caixa e a nota do presente. Pouco tempo depois o mesmo homem que instalou o aparelho, desinstalava o aparelho.

– Conseguiu trocar por algo legal?

– Sim. Troquei por algumas peças pro meu notebook. – Sam se sentou mexendo no seu computador portátil.

– Só?

– Não. Tem isso aqui pra você também. – Ele entregou uma sacola pro irmão. Dean abriu a sacola, mexendo nos diversos imãs. – Era isso ou um mp3. Feliz Natal.

– Feliz Natal. – Ao menos tinha de volta o seu toca fitas. Tentou dar a partida no carro mas ele não ligava. Mais uma vez e nada. Dean olhou nos ponteiros do painel. – Ainda tem dinheiro?

– Não. Gastei o que tinha com seu presente de Natal. Porque?

– Acabou a gasolina.




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Notas finais do capítulo

A história foi escrita somente para me divertir, rir um pouco com minha amiga Kisa. É isso.
Beijos,
Kori Hime