Os Dois Potter e O Prisioneiro de Azkaban escrita por Azkaban Girl


Capítulo 1
A Visita De Dumbledore




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– Isso é inaceitável, Alvo! Não podemos trazer a menina para Hogwarts! Ela vai fazer 13 anos! E, ainda mais, não faz ideia do que é magia! - Minerva implorava pela milésima vez.

– Minerva, minha querida professora, inaceitável é deixar a garota viver como uma trouxa para o resto da vida! Ela, digamos, tem sim um certo conhecimento sobre magia. Foi um pedido da própria mãe. - Dumbledore ergueu uma sobrancelha. - E você é a única que sabe dela. Nem o Profeta Diário, nem o Ministro, nem mesmo Harry!

– Exatamente! - Disse uma Minerva desesperada. - Imagina, se você vivesse 13 anos de sua vida pensando que você é uma ''garotinha'' normal, com sua vida comum e simples e, do nada, ficar sabendo que você é uma bruxa, com uma cicatriz na testa, que derrotou, junto com seu irmão, o próprio Você-Sabe-Quem e que vai ser amada e odiada por uma nação inteira de bruxos. Super normal, não é? Pelas barbas de Merlim!

Dumbledore sorriu. Sabia que a amiga tentava proteger a jovem Potter, mas não era assim que as coisas funcionavam. Ela tinha de saber a verdade.

– Mandarei a carta, ok? - Alvo falou, com um sorriso triunfante no lábio. Saberia que ela aprovaria.

– Certo. Não queremos que a menina se depare com um desconhecido vestido com uma roupa no mínimo estranha. - E, com essas últimas palavras, a professora saiu da sala.

Poucos sabiam que, exatamente naquele momento, Júlia terminava pela quarta vez ''Harry Potter e As Relíquias da Morte''. Com lágrimas fugitivas correndo pela bochecha, Jú - como era chamada pelos íntimos - olhou no relógio e se deparou com o seguinte horário: 02:00 A.M. Com um susto, se levantou rapidamente da cama, limpando as lágrimas que ainda escorriam teimosamente. Fechou a janela e, com um estrondo, viu um jato de luz verde saindo da sua sala. ''Legal. Muito legal. Agora estou começando a ficar paranóica. Quem sabe eu não vejo Voldemort andando pelo meu quarto?'' A menina pensou, debochando de sua ilusão.

Mas algo estava errado. Porque Júlia, uma menina muito corajosa e destemida, gelou quando viu a luz jorrando pela sala? Com as mãos trêmulas, ela se levantou e foi em direção ao cômodo. E, pela surpresa dela, e dos dois homens, jazia no chão um cachorro.

Lizzie.– A menina correu ao encontro do Golden morto, gelado. - Não, não, por favor, levanta. Mamãe tá mandando levantar. Vamos! Vamos!– Júlia chorava abertamente. Tinha crescido com a cadela e amava ela muito mais do que muita gente.

Engolindo o choro, Júlia olhou nos olhos dos homens que haviam matado o animal. ''Não pode ser..'' A garota sussurou. Aqueles eram, sem dúvidas Crabble e Goyle. Os pais dos amiguinhos do Malfoy. Aquilo era zoação. Reconheceu os homens pela Marca Negra e pelas características físicas. Crabble levantou a varinha, com uma mão tremendo muito e apontou para a menina. Mas foi lento de mais. A garota lhe deu um chute no meio das pernas e lhe roubou a varinha. Com uma voz forte, gritou para o outro homem:

Expelliarmus! – Continuou, com a voz decidida e fria. - Crabble e Goyle. Sim, sim, sei quem vocês dois são. Mas, o que me admira, é o simples fato de o que diabos vocês dois estão fazendo na minha casa? - Com uma cara confusa, os dois não responderam nada. Óbvio, teria de falar inglês se quisesse ser entendida. Repetindo as mesmas palavras, Goyle falou:

– Nós estávamos procurando uma lareira. - No final, sua boca tremeu levemente.

– Pois saibam que, aqui no Brasil, vai ser difícil achar uma lareira em qualquer casa. - Os dois fizeram cara de confusos de novo. - Ah, qual é! Brasil! Terra tropical e quente! América do Sul! - Com um aceno de cabeça, Júlia apenas falou: - Aparatem daqui agora. Darei a vocês 3 segundos. Um.– Os dois se agitaram, correndo atrás da varinha de Goyle. - Dois.– Os mesmos deram as mãos e olharam pesadamente para a menina. - Três.– Com uma sacudida na varinha, ambos não estavam mais na sala da casa da menina.

Assustada e com medo, Júlia correu para seu quarto, já que sua mãe estava de plantão no hospital, junto de seu pai. Abriu o guarda-roupa e se olhou no espelho. O cabelo ruivo, estava bagunçado e seus olhos castanhos estavam com enormes olheiras embaixo. Júlia tinha estatura mediana e era magra, mas adorava comer. Sua pele era tão branca e sua aparência era tão estranha no Brasil, que poderiam confundi-la com uma estrangeira. Com certo receio, ela foi para a cama e teve um sonho - corrigindo, pesadelo - em que um jovem, com óculos redondos, cabelos bagunçados e uma inconfundível cicatriz morria num jato de luz verde.

De manhã, Jú percebeu que tudo que tinha acontecido ontem à noite era verdade. Suada e com a respiração rápida, devido ao pesadelo/sonho, ela saiu do quarto, se deparando com seus pais na sala, segurando um cachorro nas mãos. Teria que mentir. Teria que falar para seus pais que não sabia como sua Lizzie morreu. E foi o que ela fez. Com os olhos pesados, foi para a cozinha, onde encontrou uma linda coruja com uma carta em seus pés. Júlia tirou a carta, deu um cubinho de açúcar para a ave, que logo após voou para longe. Pegando uma torrada, abriu a carta e seu queixo estava caindo à medida que ia lendo. No final, releu tudo e falou bem baixinho, só para ela mesma escutar:

''Querida Senhorita Júlia,
Tenho pesar em me informar que soube dos acontecimentos que houveram em sua casa ontem. Sua cadelinha (é assim que se fala?) parecia ser uma ótima companheira. Mas tenho assuntos do seu passado e do seu futuro que precisam ser esclarecidos. Irei à sua casa amanhã, às 15:00, para uma conversa. Poderia me receber? Receio que sim, já que o assunto é de extrema importância.
Com respeito,
Alvo P.W.B. Dumbledore''

Júlia percebeu. O ''amanhã'' dele era o ''hoje'' dela. Virou sua cabeça para o relógio na cozinha, e, ele marcava 14:30. Tinha meia hora. Apenas meia hora. Para arrumar tudo para a visita de Dumbledore. Com um grito fino e derrubando a torrada com uma mordida no chão, Júlia fez o que pode para deixar a casa brilhando. Explicou tudo muito rapidamente para seus pais, que só entenderam ''visita'', ''15:00'', ''Dumbledore'' e ''ajuda''. Quando deu o horário, a campainha tocou. E de lá saiu um homem de estatura mediana e com barba e cabelos longos e prateados. O olho azul cintilava e radiografava Júlia, que atendera a porta. Com um sorriso, o senhor falou:

– Júlia. Acho que você me conhece muito bem, estou certo? Acho que, por isso,não darei apresentações formais.

– Sim Senhor, com certeza eu conheço.


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Notas finais do capítulo

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