A triste história de Elly, a Azeitona escrita por Lottacaema


Capítulo 1
Elly, a azeitona - One-shot


Notas iniciais do capítulo

OULÁ o/
Essa é uma historinha muito triste. Sério, você vai querer chorar. Espero que gostem owo
Tem palavrão nisso aqui, só avizando pra quem não viu e-e



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Meu nome é Elly, como podem ver, e eu sou uma azeitona.

Por causa de algumas azeitonas metidas a abacaxi, sempre sofri bullying por ser mais escura do que as outras, e acabei ficando com depressão.

Minha vida não significa nada além de sofrer bulling e fugir dos humanos que tentam me colher da plantação.

Eu tenho uma bela estratégia: Eu consigo, de uma maneira muito louca que só eu sei, escorregar da mão de quem colhe, e escorrego para um buraquinho que cavei ha muito tempo, onde posso ficar a salvo e de boas.

Esse é um resumo da minha vida.

Eu me pergunto por que todo dia eu saio daquele buraquinho, sendo que não há nada que eu deva fazer para melhorar a vida.

Hoje está sendo apenas mais um dia desses. Uma das metidas a abacaxi chegou para mim e disseram:

– E aí alface?

– Que é Lunne?

– Naaaaadaaaaaa, só queria te lembrar que você é diferente e escrota. Sua escrota.

– Okay, foda-se você. – Respondi friamente. Ela chegou para mim, me empurrou e me derrubou.

– Ninguém manda eu ir me fuder, seu pedacinho de bosta humana que nunca deveria ter aparecido na terra.

Ela tinha razão. Se eu nunca tivesse surgido, eu não sofreria desse jeito.

Lunne, Hein e Lorya. As três azeiputas que mais faziam bulling comigo. Elas pensavam que eram melhor que as outras por falarem que eram azeitonas extras virgens. Duvido.

Passou-se um tempo, já tinha sido atormentada por todas. “Alface, pedaço de bosta humana, graminha enrolada” entre outros. Esse povo é muito criativo quando se trata de apelidos. Eu sempre fico muito magoada, mas eles sempre continuam, seguem ela e fazem isso comigo.

Eram quatro horas, hora da colheita. Hora de me preparar para fugir das mãos humanas. Se bem que ser pega não seria uma má ideia...

Não Elly, você tem que sobreviver. Continue.

Me preparei, na posição de sempre, esperando por um cara da colheita, o normal.

Mas dessa vez foi diferente...

Tinham mais pessoas. O poder era maior, as pessoas pegariam todas provavelmente. Todas começaram a correr, se desesperar e gritar “Fudeo! Corre porra Já era! É nosso fim!”. Eu só fiquei com minha mesma expressão e sentimento de sempre, eu fugiria mesmo, pra que me preocupar?

As azeitonas começaram a ser pegas, até que fui pega também. Dei meu jeito e escorreguei, atingindo o chão, de boas. Ouvi as abacaxias me chamando:

– ELLY, AJUDA! NÓS VAMOS MORRER! – Hein gritou desesperada.

– Isso me interessa? – Falei.

– ELLY, NÓS SEMPRE FOMOS TÃO BOAS COM VOCEEEEÊ... – Lorya tentou me convencer. O buraco onde vão enfiar um pimentão delas que elas eram boazinhas.

– POR FAVOOR, PENSE NA POSSIBILIDADE RÁPIDA E NOS CONTE... COMO VOCÊ SAI DAS MÃOS? ? ? – Lunnie me perguntou. Pensei. Eu diria ou não para elas o que fazer?

Eu deveria as salvar?

Pensei muito rapidamente, e então respondi:

– SE FODE AÍ VADIA! – E corri para meu buraco, de onde não saí. Fui escavando ele sem rumo por muito, muito tempo.

_Semanas depois_

Passaram-se semanas até que resolvi subir na terra. Quando subi, percebi que tinha parado numa

outra plantação de azeitonas, onde todas eram iguais a mim.

Comecei a ficar feliz.

Elas se juntaram em volta de mim, me introduzindo a plantação e sorrindo. Meu nível de felicidade subiu tanto que misturou com minha depressão. Comecei a respirar pesado de tanta felicidade e com surtos de alegria. Meu coração começou a bater mais rápido e mais forte do que antes, muito mais, até que senti a minha última batida daquela série.

Maldita parada cardíaca.


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Notas finais do capítulo

Viu? Está chorando agora. Eu disse. É muito triste.