Marcados - Almas da Meia-Noite escrita por AlessanDRo


Capítulo 2
Espelhos Despedaçados




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10 Anos e 11 Meses Depois

Seu corpo doía ao extremo. Caminha não era o porte de Camille, mas fazia tudo para passar um tempo com seu amigo Gabriel que já estava a alguns passos à frente dela, parecia que ele nunca se cansava.

–O que foi ? Já cansou ? – Perguntou Gabriel

Ela viu ele parado em sua frente, seu corpo esbelta musculoso e suado.

–Sim. Não. Poderíamos. Parar. Um. Pouco. Só. Um. Pouco. – Camille estava realmente muito cansada, ela olhou para o parque - verde, cheio de árvores grandes e verdes por conta do verão –, ela avistou alguns bancos por perto e foi direto se sentar para descansar um pouco.

Logo depois Gabriel voltou com duas garrafas com água entregando uma a Camille que tomou mais da metade em menos de 15min.Gabriel se sentou ao seu lado, tirando mechas do seu cabelo negro que grudava de suor em seu rosto.

–Por favor, vamos para casa. Agora. Estou exausta.

–Só preciso dar mais algumas voltas. Pode descansar se quiser. – Gabriel se levantou e foi correr ao redor do parque, enquanto Camille ficou sozinha no banco de pedra esperando.

Depois de algum tempo Gabriel ainda continuava a correr. Ela o observou dando voltas e mais voltas no parque. Ele era bonito, com seus cabelos pretos – um pouco mais claros do que o dela -, seus músculos mascados a mostra. Ela se pegou paralisada olhando para ele, quando volto para o mundo viu que o seu celular estava no chão, mas ela não se lembrava de nem telo tirado do bolso.

Ela se abaixou para pega-lo, mas ele estava preso lá ela se agachou e tentou puxar com mais e mais força. Sua mão escorregou e ela caiu pra trás batendo a cabeça e saindo de si.

“Acorde” a voz ecoava dentro de sua mente, mas ela não conseguia seu corpo não respondia. Camille se rebatou tentando controlar-se até que sentiu seus olhos abrirem.

“O que aconteceu” pensou para si, ela se lembra de ter caído e de bater a cabeça e mais nada, mas Gabriel estava observando ela ele realmente teria feito alguma coisa assim que ela tivesse caído.

Sua cabeça começou a doer muito, sentiu a dor percorrer o seu corpo e olhou para cima para o céu, ela se sentiu totalmente atordoada, e tudo ainda estava se formando diante de seus olhos o céu tomado por uma cor totalmente escura.

Ao se levantar viu tudo ali se formar assim como o céu, a grama as árvores. Ela ainda estaria no mesmo lugar? No mesmo parque? Se sim, aonde estaria Gabriel?

Olhou novamente para cima e viu algo se movendo no céu e sabia ela que aquilo não era nuvens. O que seria aqui? Olhando ao seu redor viu que aquilo não era um parque, sentiu algo tremer debaixo de seus pés e viu algo saindo da terra e rapidamente saltou para o lado e viu algo de pedra saindo da terra.

Uma lapide.

Um cemitério.

Mas ela estava em um parque minutos a traz como poderia estar aqui de uma hora para a outra? Um sonho. “Sim isso é um sonho” “Eu bati a cabeça e quando acordar posso estar em casa ou talvez em um hospital e Gabriel estará do meu lado quando eu acordar”

Isso era tão real ela podia sentir a grama, as árvores, o vendo forte jogando seus cabelos negros para trás.

Andando sobre a grama e pisando as vezes em lama, ela passeou de lá pra cá no cemitério sem saber muito o que fazer e sempre olhando para cima pra ver se aquelas coisas que se moviam rapidamente pelo céu negro. Andando devagar com medo de cair Camille viu uma pequena casa de pedra e começou a se aproximar até ela.

Chegando perto viu que a casa estava fechada, mas na verdade nem porta havia era apenas pedra. Porem viu que as paredes de pedra estavam com algumas marcas de asas, armas, facas, chicotes e várias outras armas, mas o que a chamou a atenção foi o desenho de uma espada que se destacava de tudo ali.

Ela se aproximou do desenho tocando nele seguindo os traços do desenho e ao se afastar as linha se iluminaram e ouviu um barulho de algo se rachando. Ouvindo o barulho de novo percebeu que a casa de pedra estava se partindo aos pedaços ela se afastou com medo, mas ao se afastar ouviu uma explosão e foi jogada com muita força pra trás.

Uma fumaça preta subiu e todo o lugar foi tomado cobrindo sua visão e toda a visão do cemitério ela ficou parada lá sem saber o que fazer. Para onde ir?

Mas a fumaça rapidamente se transformou em um tom cinza e depois branco e desapareceu.

Ela viu algo se formando ao redor, algo se formando do chão e logo tudo tomou forma ela viu se reflexo por todos os lugares. Agora viu que estava em uma sala ampla cheia de espelhos com um tom de profundidade.

Ao se olhar viu que estava com a mesma roupa de corrida, porem estava completamente suja e os seu cabelo estava completamente fora de si.

Algo sombrio tomava conta da sala espelhada, ela olhou para todos os cantos quando olhou para cima viu que no teto havia algo, algo que ela nunca viu em sua vida era uma criatura negra com tentáculos enormes no lugar dos braços e o rosto sem olhos, bocas, nariz e orelhas, e ela tinha a pele gosmenta que parecia que a qualquer momento pingaria em seu rosto.

Ela rapidamente correu para algum canto da aquela sala, mas ela não tinha fim e sentiu o estremecer do chão e olhou pra trás e viu que a criatura não estava mais no teto e sim no chão a alguns metros de distância. Ela ficou totalmente pálida e logo um nome veio em sua mente.

–Anvoxer. – Falou ela. Da onde ela havia tirado esse nome? Nem ela mesmo sabia, só tinha certeza que o nome dessa criatura era Anvoxer.

Logo sentiu uma descarga elétrica de seu corpo e sabia aonde o quarto começava e terminava, ela correu dando a volta no Anvox e tocou o espelho e de lá retirou uma espada a mesma espada que ela viu na frente daquela casa do cemitério, mas desta vez ela tinha vida em uma cor de prata com pequenos pedaços de diamantes sobre ela.

Logo sentiu a energia em seu corpo e saiu em disparada em direção ao Anvox mirando a espada no lugar aonde sua intuição falava pra ela jogar. “Na cabeça” era isso que a sua mente falava pra ela.

E em um piscar de olhos a espada passara sobre o pescoço do Anvox arranco sua cabeça lisa e rolando pelo chão, logo o corpo do Anvox escorreu pelo chão como água e a cabeça também.

Voltando à realidade Camille não sabia o que tinha feito, apenas fez. Fez o que sua mente pediu. Fez o que seu corpo pediu. Fez o que sua mente pediu. E logo se deu conta de que sentiu de que o Anvox pediu para ser morto. Mas porque ele pedira para ser morto?

E o resto de seu corpo começou a percorrer pelas paredes do quarto deixando tudo preto.

–Você voltou. – Alguma voz misteriosa falou e os restos mortais do Anvox voltou para o seu lugar a sala ao seu redor se quebrou e tudo virou apenas espelhos despedaçados.

–Camille. – Ouviu alguém lhe chamar.

Ela rapidamente abriu os olhos assustada e se sentou.

–Se acalme, está tudo bem. O que aconteceu? Quando olhei para o você já estava no chão.

Sua respiração estava muito rápida e logo se acalmou e contou para Gabriel sobre o celular e como escorregou e bateu a cabeça.

–Você é muito desleixada. Tem que tomar mais cuidado, mas vejo que já está bem. Quer que eu fique?

–Não precisa, se quiser pode ir.

–Ok, eu estou indo. Já liguei para sua mão daqui a pouco ela vai te ligar para ver se está bem. – “Não acredito que você ligou para minha mãe” pensou ela

–Tudo bem. Aproposito. Obrigada. – Ele acenou com a cabeça.

–Não foi nada. Ah qualquer coisa me ligue que eu venho correndo. Tchau.

–Pode deixar. Tchau.

Gabriel saiu do seu quarto e desceu as escada e logo Camille ouviu a porta bater. Ele era e sempre será um bom amigo.

Depois de 15min Camille recebeu a ligação de sua mãe que estava muito preocupada, mas Camille logo a acalmou.

Ele foi direto para o banheiro pois estava totalmente acabada depois de correr depois de pegar sua toalha entrou no banheiro e se sentou agachou para tirar seus tênis de corrida, mas quando tirou o tênis viu que ele estava muito sujo.

Mas como estaria sujo se no parque não tinha muito terra ou lama. “O sonho” pensou ela. “Aquilo foi real?” “Não, não pode ser. É apenas coisa da minha imaginação”

Após tirar os tênis ela se olhou no espalho, mas já estava todo embaçado por causa da fumaça do chuveiro, logo pegou uma toalha e começou a limpar o espelho, mas depois de limpar o espelho viu uma pequena mancha vermelha no espelho que logo foi se espalhando pelo o espelho.

Sangue. Aquilo seria sangue?

“Está formando algo? Mas o que?

E o sangue foi se espalhando pelo espelho logo formando uma frase que ela ouviu alguém falar em alto e bom som.

Você voltou.


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