Marcados - Almas da Meia-Noite escrita por AlessanDRo


Capítulo 14
A Adaga




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–É tudo que sei. E tudo que vi. – Gabriel olhava nos olhos de Luna agora que parecia inconformada ao ouvir isso.

Mille passava as mãos pelo cabelo e Luna andava de um lado para o outro da sala de entrada.

–Não pode ser, ele deve...ele deve ter uma explicação. – Luna disse se fixando entre Mille e Gabriel.

–Não Luna eu vi e Klamor ainda confirmou, se quiser ligue para ele.

Luna se sentou e encostou o rosto nos ombros de Mille deixando as lágrimas rolarem. A fixa ainda não havia caído não James não o seu James, o James que ficou ao seu lado por muito tempo que cuidou dela que a tocou.

Mille acaricia seus cabelos tentando a conforta-la, mas nesse momento nada podia a conforta-la.

Ela sentiu algo crescer dentro de si algo que nunca tinha sentido crescer, parecia ódio, ódio por James, mas em sua cabeça não poderia fazer sentido sentir ódio de um irmão que viveu anos de sua vida ao seu lado. Quando levanta a cabeça Mille a ajuda a secar as lagrimas. E mais uma vez a questão do ódio toma conta de si. Será que realmente estava sentindo ódio de seu próprio irmão?

–Luna sei que ele deve ter uma... – Mille parou ou ver que ela não queria falar sobre aquilo. – Ok.

***

–Tem certeza de que é a hora Voltex. – James ainda sentado no sofá o olhava.

–Sempre é a hora.

A casa de Klamor estava extremamente silenciosa e, parecia que iria ficar assim por um bom tempo.

–Vamos J, precisamos ir o mais rápido possível. – Voltex o ajuda a levantar e vão até a porta.

–Voltex, só um minuto preciso pegar uma coisa.

–Não demore por favor.

James subiu as escadas, passou pela sala e foi até o quarto de seu tio aonde abriu o seu closet para pegar um casaco preto de lã que ficara lá quando James foi o visitar pela última vez. Ao abrir o closet viu o casaco de lã preto, o pegou e logo lhe veio lembranças do passado, lembranças que agora ficariam para trás.

Ao fechar a porta do closet algo o impedia. Ele se agachou e viu que uma pequena caixa de madeira, - a caixa continha uma bola vermelha reluzente no topo e em sua volta alguns feitiços de bruxos – ele pegou a caixa que parecia estar aberta, assim que a abriu uma adaga cor de bronze reluzia dentro da caixa e em baixo uma carta ele abriu e começou a lê-la.

Querido James.

Se está com essa carta em mãos suponho que seu segredo com Voltex tenha sido revelado e alguém o descobriu.

E com isso eu fui para bem longe aonde não vou ouvir sobre esses problemas. E não, não falarei para onde irei, não quero mais problemas na minha vida, mas vamos ao verdadeiro objetivo dessa carta.

Usei um feitiço para que quando pegasse esse casaco que esqueceu “acidentalmente” na minha casa essa caixa que está em suas mãos aparecesse e junto com ela essa carta que está lendo e uma adaga bronze que está enfeitiçada para fazer uma coisa, uma coisa que apenas você pode fazer.

Matar Voltex.

Sim, também achei que seria impossível fazer isso, mas não. Essa adaga contém o feitiço mais poderoso de toda a terra que pode ser usado somente em uma pessoa e só uma vez, então preciso que use a cabeça e pense bem quem realmente você é e quem deve matar e de que lado deve ficar durante essa guerra que não deve acontecer.

Pense bem James.

Voltex tem que morrer e essa é a sua única chance.

Klamor

Ele fecha a carta e segura a adaga na outra mão.

E sabe exatamente o que deve fazer.

***

A sala de estar ainda continuava em silêncio um olhava para o outro sem saber o que fazer neste momento.

Mille olha para a porta, - uma grande porta dupla de madeira cheia de marcas e brilho – e algo lhe parece estranho, alguém está lhe chamando para a porta.

Ela se levanta e vai até lá.

–Mille? – Gabriel a olha sem compreender nada.

Ela para de frente para a porta e desliza a mão sobre. Deixando o brilho da porta cair e ouve um pequeno barulho na porta um pequeno ruído, como se algo a tivesse aranhando do outro lado, ela se aproxima mais e mais e uma grande explosão a joga para trás deixando a sala cheia de fumaça.

–Mille. – Gabriel corre até ela junto com Luna e a ajuda a se levantar. – O que foi aquilo?

–Não sei... - ela tosse vendo a fumaça abaixar aos poucos. – Não fui eu.

Os três olham para a porta vendo a fumaça abaixar aos poucos e logo duas formas aparecem na porta. Duas pessoas.

–Olá querida. Desculpe por não ter batido na porta estou com pressa. – Voltex sorri com malicia, com suas lindas asas negras reluzentes, ele começa a andar na direção de Mille e ao seu lado Gabriel o acompanha.

–Gabriel. – Luna o chama baixinho.

–O que você está fazendo aqui? – Gabriel tentar atacar Voltex, mas é jogado para trás com tremenda força e Luna corre para ajudá-lo.

–O que você quer? – agora Mille o encarava.

–Ora, vim lhe buscar querida.

–Me buscar para o que?

–Vamos voltar para casa meu amor. Não tive chance de te dizer e sei que não é uma boa hora, mas Mille. Eu sou seu pai.


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