Redenção escrita por Ingrid Renê


Capítulo 10
Atrelado ao passado.


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pela Leitora que comentou o capitulo passado e por ela irei continuar a fic.
Leitores fantasmas comentem, é muito importante isso. Bjs



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Encarei mais uma vez meu reflexo no espelho estava com um vestido preto, um coque alto uma maquiagem leve embora estivesse com o batom vermelho que tornava meus lábios atraentes. Fui em direção a cama, levantei meu colchão e apanhei a adaga que Anthony me deu de presente, calcei minha bota sem salto e enfiei a adaga dentro do calçado. Havia escrito uma carta de emergência para minha família se caso acontecesse algo eles saberiam para onde fui, depositei o envelope em baixo do travesseiro, tranquei a porta do quarto e sai pela varanda, desci pela pequena grade onde ficava algumas plantas.

O carro de Anthony já estava lá estacionado junto ao meio-fio, mordi meu lábio inferior e abri a porta do carona, sem olhar para o lado apenas puxei o cinto e passei pelo meu corpo, quando fitei o motorista não era o Carter, me afastei tentando tirar o cinto.

– Calma, calma. - O rapaz murmurou tranquilamente. - O senhor Anthony apenas pediu para que eu viesse busca-la.

Encarei o rapaz ruivo e com a barba por fazer.

– Você é um capanga do Anthony ou aquele desgraçado me vendeu? - Falei arqueando sobrancelha

– Sou penas um amigo, mas pode ter certeza se pudesse lhe comprar já teria o feito. - Ele colocou a mão na minha coxa e rapidamente a retirei. -Calma garota eu não mordo.

– Mete o pé no acelerador. - Falei bufando. - Creio que o Anthony não vai gostar de saber que seu querido amigo que tirar brincadeiras com a minha pessoa.

Ele deu um sorriso de canto de boca, ligou o carro e saiu em disparada, desviando dos poucos carros e motos que estavam em nossa frente. A paisagem da cidade ia ficando para trás, sentia seu olhar pairar sobre mim constantemente, como se quisesse falar algo , contudo o ruivo simplesmente me observava como um mero objeto que estivesse ao seu lado. Aos poucos ele desacelerou o carro o que me fez temer pois era estávamos em um estrada de terra batida sem nada e nem ninguém a quilômetros de distancia, ele ia freando cada vez mais e o carro parou.

– Se importa se eu sair para fumar um pouco? - O encarei de forma incrédula, não acreditei que ele parou ali apenas para acender um cigarro.

– Não pode esperar para chegar lá ?

– Estamos perto, não quero entrar no mérito da questão, mas tenho um horário para chegar lá e ainda falta um pouco. - Ele abriu o porta-luvas pegou um carteira de cigarros e um isqueiro. - Então se não se importa...

Ele deu as costas e saiu do carro, sentou-se no capô, por mais que o lugar fosse no meio do nada podia enxergar algumas coisas por conta dos faróis. Ele fumou um, dois, três. Iria puxar um quarto cigarro da carteira, balancei a cabeça negativamente e sem pensar duas vezes buzinei, ele deu um salto do carro e abriu a porta.

– O que foi ? - Perguntou exasperadamente

– Quero ir embora, liga para o Carter quero falar com ele.

– Calma, tudo no seu tempo.

– Liga... Agora! - Estava irritada.

– Vamos conversar. - O rapaz entrou, retirou uma arma do cos da sua calça, por um momento gelei, mas ele apenas o guardou junto com o que restou dos cigarros no porta-luvas. - O que lhe fez entrar nessa vida ?

– o que ? - Me fiz de desentendida.

Ele se aproximou pude senti o cheiro de um perfume muito forte que emanava do seu corpo, passou a mão pela minha nuca e puxou meu cabelo me olhando com um ar de desafio;

– Responde vadia, o que te fez entrar nessa vida? - Ele me soltou bruscamente fazendo que meu corpo batesse na porta.

– Seu amiguinho idiota. - Virei o rosto.

– Hum, mas você ainda continua... - Ele olhou para o volante. - Gosta disso?

– É, eu amo isso. - Sorri nervosamente. - Claro que não seu idiota, não sou doente igual vocês

Ele riu descontroladamente e avançou para perto do meu corpo, segurou meus ombros, ele me olhava maliciosamente, desceu suas mãos até minha coxa, meteu sua mão por de baixo do vestido e se afastou.

– É engraçado lhe vê com medo. - Murmurou. - Se queres saber não sou igual a esses monstros.

– Se não fosse não faria isso... Ficar me testando para enxergar medo em mim.

Ele me fitou e quando ia responder algo o seu celular tocou. Não conversamos mais nada até chegar no fim da estrada, havia uma mansão. Logo um homem de terno abriu o portão e perguntou nossos nomes para conferir se estava na lista, ele adentrou na mansão e estacionou o carro.

Não tive tempo de virar para abrir a porta pois Anthony já havia feito isso, ele me segurou e me abraçou. Apenas o empurrei, ele me olhou descrente do que tinha feito, então se aproximou de mim e sussurrou perto do meu ouvido " Você foi a minha melhor aposta." Depois virou seus calcanhares e saiu do estacionamento quando estava para abrir uma porta de vidro ele gritou.

– Já ia esquecendo, leve-a para aquele quarto e ligue a tv, irão chamar vocês no momento certo.

Entramos na casa, e passamos pela sala congestionada de pessoas que bebiam e riam alto, estavam vestido para uma festa de oscar, creio que ninguém percebeu minha presença, estava no pé da escada quando o ruivo segurou minha mão e apontou para o andar de cima, apenas o segui. Entramos no segundo quarto o lugar era frio e havia uma cama, uma tv pregada na parede, uma mesa no lado oposto do quarto e uma outra porta que deveria ser o banheiro.

– Venha. - Falou se aproximando da mesa de madeira. - Você pode escolher dois instrumentos desses aqui.

Ele apontou para varias armas que estavam ali, eram machados, martelos, cordas, taco de beisebol, arpão, lança, espada, faca, adaga... Eram todas armas brancas. Comecei a tocar nas armas, mas logo a mão do homem sobrepôs a minha.

– Um conselho ? -Perguntou. - Veja primeiro o vídeo.

– Onde eu vim me meter? - O olhei assustado. - O que farão comigo?

– Ligue a televisão e veras com seus próprios olhos.


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Notas finais do capítulo

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