Caçar. Passado. Presente. Futuro. escrita por JuuhLS, Cal Rino


Capítulo 12
Olhos verdes e abençoados


Notas iniciais do capítulo

Oi caçadoras e caçadores. Como vocês estão?
Se preparem, pois nesse capítulo os quatro vão aprontar bastante.
Leiam, vivam a história em suas imaginações e depois pirem kkkkkkkk
Okay.....vou deixar vocês lerem.
bjubju *espero que gostem*
—Cacal_ e Juuh!



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“Escrevo aqui no presente para que no futuro seus olhos possam lembrar de mim, quando sua mente me esquecer - Bob Marley”

Katherine Brooke:

– Olá gata, como vai? – perguntou-me um homem estranho que acabara de sentar ao meu lado. Eu já estava ficando tonta de tanta bebida, mas eu não queria parar e pelo que pude ver ele era bonito e forte. Seus olhos eram verdes.

– Estou ótima e você? – falei dando um gole em minha bebida.

– Estou bem, mas vejo diferente – ele disse me encarando – acho que você está mal por algo. Sou bom em ler as pessoas – ele disse com um tom malicioso exagerado e evidente.

– Puft, era pra ser uma cantada? – eu perguntei, divertida.

– Depende, funcionou? – ele perguntou erguendo a sobrancelha.

– Vou te indicar meu oftalmologista. Você está precisando de óculos – disse virando o copo de uma vez.

Ele riu divertido.

– Nossa, vai com calma – ele falou – pai? Mãe? – eu fiquei em silencio – namorado?

Eu ri com escárnio. Pensei por um momento. Quando ele perguntou isso, em quem eu pensei?

– Acho que nem eu sei. Acho que tudo. Nada. – respondi, virando mais um copo – sempre consegui ajudar os outros nesse assunto, mas quando é comigo, tudo vai ladeira abaixo.

– Ele tem sorte – ele disse – ou vocês não estão juntos...? – ele pegou minha mão. Olhei por um momento. Não. Eu não queria aquilo, naquele momento tudo estava complicado demais.

Eu retirei minha mão da dele logo em seguida.

– Acho que vou indo. Não estou me sentindo bem – menti.

– Eu acho que posso resolver isso – assim que ele disse isso ele foi chegando mais perto, nossos olhos estavam próximos e eu sei que a intenção dele era me dar um beijo, mas não era assim que as coisas acontecem com uma Brooke. Imediatamente me levantei e sai do bar rapidamente, cambaleando um pouco por causa do álcool – espera – escutei-o falando. Tentei andar mais depressa, mas ele era mais rápido que eu. Ele agarrou meu braço e eu o tirei rapidamente.

– Olha só, no momento eu não quero nada com ninguém ok? – perguntei olhando para ele.

– Me desculpe. Eu não queria ter feito aquilo.

– Você queria sim. Que eu saiba você tem uma consciência.

– Ok, eu queria.

– Estou com um pouco de pressa – eu ia virar para ir embora mais ele se pôs na minha frente.

– Você nem me disse seu nome – ele falou com um sorriso repleto de dentes brancos e bem cuidados. Avistei novamente seus olhos verdes próximos aos meus. Sempre tive um fetiche por olhos verdes. Eles eram lindos.

– Pra que você quer saber?

– Se por um acaso eu encontrar você por ai espero me lembrar de seu nome, mas não acho que você vá lembrar-se do meu, o álcool faz isso com as nossas lembranças. Chamo-me Jonas.

– Hannah, prazer – eu disse e dei um sorriso – tchau.

– Você está bêbada, não acho que você possa chegar em casa nessas condições.

– Eu estou ótima e consigo mover minhas duas pernas até o lugar de onde eu vim.

– Não acredito nisso.

– Então enquanto você faz um esforço para acreditar que tal eu ir andando? – a pergunta era retórica, porque eu ia sair assim mesmo.

– Eu insisto, por favor, deixe que eu te leve para casa.

– Eu já disse que não. Estou de carro e estou bem – imediatamente soltei-me dele e sai correndo pelas ruas. Depois de alguns segundos eu estava mais tonta que nunca. O carro estava estacionado na beira da estrada. Uma chuva forte começou a cair no meu caminho até ele. Olhei de um lado para o outro e a rua estava deserta. Atrás de mim, o nome do bar piscava em neon. Continuei andando e tive um pouco de dificuldade para colocar a chave no carro para abri-lo, maldito Whisky. A tontura aumentou ainda mais quando eu avistei uma luz forte vindo em minha direção. Deveria ser os faróis de um carro. O mesmo parou perto do Chevelle assim que eu consegui abrir a porta. A tontura ficou mais forte e a minha visão embaçou. Me segurei o quanto pude, mas minhas pernas cederam. Eu deveria ter caído, mas alguém me segurou e a última coisa que eu vi foi um homem, seus olhos eram verdes.

Eu já disse que tenho uma queda por olhos verdes?

...

Por Emily Brooke:

Estava exausta devido ao dia na escola. Tudo que eu mais queria agora era dormir. Após o meu banho, abri a porta do banheiro enquanto secava o meu cabelo. Vi um quarto vazio sem nenhum rastro da minha irmã. Oh merda! Onde será que ela havia se metido? De mau humor vesti uma roupa simples e fui até o quarto dos meninos. Talvez ela estivesse dando uns pegas no grandalhão. Bati na porta, mas ninguém atendeu. Minhas batidas ficaram ainda mais impacientes e eu estava quase desistindo quando um homem de toalha abriu a porta. Era Dean. E nossa... O peitoral dele realmente era muito bonito. Por que eu estava olhando para o peitoral dele? Imediatamente ergui meus olhos para os seus.

– Você viu a Katherine por aqui? – perguntei voltando a respirar. Quando eu tinha começado a prender a respiração?

– A última vez que eu a vi foi quando nós chegamos, aconteceu alguma coisa? – ele perguntou preocupado e... ainda de toalha.

– Eu fui tomar banho e ela estava no quarto. Quando eu saí ela não estava mais lá – eu respondi tentando não olhar para ele.

– Vou ligar para o Sam – ele pegou o telefone em seguida.

– Onde ele está?

– Foi comprar comida. Vou ligar para ele antes que ele volte, talvez ele tenha a sorte de achá-la – ele disse e ficou parado encostado na parede olhando para mim.

–Você vai ficar aí do lado de fora? – ele perguntou com simplicidade.

– Eu não vou entrar aí com você de toalha – eu respondi, tímida. Oh meu Deus, eu não sou normal.

– Eu posso tirar se você quiser – disse ele com aquele sorriso de sempre e eu corei. Maldito.

– Deixa de ser ridículo Dean. Seja bonzinho – eu disse tentando parecer indiferente - Põe logo uma roupa e liga para o Sam. Se acontecer alguma coisa com ela eu juro que o culpado vai ser você.

– E porque o culpado vou ser eu? – Dean perguntou também indiferente, mas sorrindo.

– Porque geralmente são os idiotas que levam a culpa – eu brinquei, num tom com deboche e voltei para o quarto.

– Ok mandona – ele gritou e entrou no quarto. Acabara de dar um trovão. Uma forte chuva estava caindo. Sei que ela é uma caçadora e pode se defender, mas não suportaria a ideia de que algo aconteça a ela.

...

Por Sam Winchester:

Estava vindo da lanchonete quando dei de cara com uma menina tentando abrir um carro parado na beira da estrada. Reconheci. Era um Chevelle preto. E esse é um carro um tanto incomum, não acha? Mas a chuva estava tão forte que não dava para ver direito quem era. Ela parecia um tanto desnorteada. Estacionei o carro e fui ao encontro dela a fim de ajudá-la. Quando cheguei mais perto pude ver quem era. Era a Katherine. O que será que ela estava fazendo ali no meio daquela chuva? Ela não me viu de início e de repente, ela pareceu que iria cair e eu imediatamente a segurei. Iria sofrer uma pancada feia se houvesse caído no asfalto. Peguei-a pelos braços e a botei dentro do carro, no banco do carona. Entrei no lado do motorista e liguei o carro, aumentando o aquecedor e olhando pra ela. Seus cabelos cobriam seus olhos fechados. Me aproximei dela e chequei seus batimentos cardíacos. Tudo normal, não era nada grave. Ela cheirava a Whisky e Vodca. Ela bebera tanto assim a ponto de desmaiar? Segui caminho até o hotel, mas umas duas ruas antes do mesmo um acidente havia acontecido. Uma árvore caiu bem no meio da estrada. Sem alternativas e nem ter para onde ir decidi ficar em outro hotel mais próximo e esperar o dia amanhecer. Ligaria para Dean assim que chegasse lá. Ele vai me matar. Mas eu não tenho culpa.

Cheguei ao hotel, que estava muito deserto por sinal. Peguei as chaves do quarto e subi com uma Katherine desmaiada em meus braços. Abri a porta e coloquei-a na cama. Peguei meu celular e liguei para Dean. Estava sem sinal. Aposto que ele iria ficar preocupado. Mas, tudo o que eu podia fazer por hora era me deitar e dormir.

Por Dean Winchester:

– Não estão atendendo – falei jogando o celular na mesa da recepção.

– Liga de novo – insistiu Emily.

– Eu já liguei um milhão de vezes e ele não me atende, quem sabe eles não se encontraram e estão se pegando por aí.

– Katherine não é desse tipo.

– O que você quer dizer com isso? – perguntei arqueando as sobrancelhas.

– Nada. Eu vou atrás dela – ela disse procurando as chaves na jaqueta e ao que parece, não havia chave nenhuma.

– Merda, ela levou o Chevelle.

–Você não vai não – disse segurando a mão dela.

–Me dê um bom motivo para não ir atrás dela?

–Está tarde e uma tempestade está caindo então você só vai se eu for – falei isso olhando bem nos olhos dela.

–Não preciso de babá – ela falou se desvencilhando. Porque ela tinha que ser tão difícil?

–Ninguém aqui falou em ser sua babá. Eu só disse que ia com você por causa do meu irmão e se você não sabe eu também me preocupo com os outros. Ajuda nunca é demais – admiti sério.

–Ok, tudo bem – ela disse cedendo. Acho que a Emily estava começando a fazer sentido pra mim. Ela não gosta de ajuda porque é orgulhosa. Assim como eu. Mas, no fundo, nada é fácil com uma Brooke. E ela é a prova disso.

– Vamos?

– Com que carro espertalhão?

– Só um minuto – fui até a recepcionista, expliquei sobre o desaparecimento de meu irmão e pedi que ela me emprestasse o seu carro por algumas horas. Mas devo admitir, ela só deixou depois de eu ter insistido bastante e ter jogado algum charme, mas enfim... Funcionou.

– Onde você arranjou? – perguntou Emily com a sobrancelha direita arqueada.

– Com a recepcionista.

Saímos do motel e em questão de minutos nos deparamos com algo inesperado. Um árvore havia caído no meio da rua a caminho da lanchonete. Essa tempestade não deixa ninguém ser feliz. Olhei para Emily. Ela estava furiosa.

– Não acredito nisso.

– Vamos ter que voltar – falei olhando de um lado para o outro – não tem como a gente passar por aqui. Provavelmente eles ficaram presos do outro lado.

– Amanhã a gente tenta de novo. Provavelmente essa árvore já não estará aqui amanhã. Emily olha para mim – disse fazendo com que ela olhasse bem nos meus olhos – eu também estou preocupado, mas eles sabem se cuidar. Se eles não aparecerem amanhã prometo que vamos até o fim do mundo para achá-los ok?

– Ok – ela pareceu não gostar muito da ideia, mas acabou aceitando – meu Deus, como eu sou neurótica – ela disse, sincera. Suspirando alto, apoiou uma mão na testa.

– Você tem motivos pra isso – soltei – vocês são muito grudadas. E vocês só tem uma a outra.

– Vocês dois também. Mas eu não vejo você enlouquecendo como eu – ela disse baixo.

– Porque eu e o Sam somos mais fechados com nossos sentimentos. Você e a Katherine são quase uma só – eu falei e olhei pra ela – são bem mais abertas uma com a outra. Qualquer pessoa pode ver isso.

Ela me encarou. Por uns segundos. E sorriu. Isso estava mesmo acontecendo? ENTRE MIM E EMILY BROOKE? Meu Deus, é a primeira vez que eu não tenho vontade de matá-la. Só com o bonito sorriso que ela lançou a mim.

– Obrigada – ela disse, docemente.

– Pelo o quê? – eu perguntei, confuso.

– Pelo elogio. É bom ouvir que eu estou fazendo um bom trabalho como irmã – ela disse e eu ri – é sério. As vezes, as pessoas acham que eu sou a mais velha.

– É porque você é carrancuda e brava em tempo integral. Ai fica difícil distinguir – eu disse e ela gargalhou.

– Pelo menos a Katherine é mais alta. Isso impede as pessoas de terem certeza que eu sou a mais velha – ela gargalhou junto comigo.

– Isso acontece comigo e com o Sam – eu disse recordando-me de todas as situações que já passamos.

Ela gargalhou mais ainda e começamos a nos encarar. Quando aquilo estava ficando intenso demais e constrangedor demais, ela desviou o olhar. Droga! Eu teria feito algo?

Não perguntei. A Emily é complicada demais. Preferi deixá-la quieta.

...

Chegamos ao motel, entreguei as chaves do carro à recepcionista e agradecemos. Subimos as escadas e quando íamos nos separar...

– Hum... Dean? – ouvi a voz de Emily me chamar.

– Sim? – falei prestes a entrar no quarto, fixando meus olhos nos dela.

– Obrigada por hoje – ela disse com um sorrisinho – eu sei que não é fácil lidar comigo – ela pareceu surpresa com o que disse.

– Sempre que precisar Emily. Sei que você não gosta muito de mim, mas eu me importo com vocês – respondi mais sincero do que nunca. Era a mais pura e dolorosa verdade.

– Eu gosto de você Dean, eu só não... – ela parou por um momento. Parece que ela não conseguiu achar as palavras certas. Olhou pra mim com confusão nos pequenos olhos azuis. Mas, por um momento, eu achei que tinha visto dor nos mesmos.

Não importa se ela negasse, eu iria descobrir o porquê sempre que eu chego perto demais dela, ela se afasta. Eu descobriria, mas fácil não seria.

– Tudo bem Emily. De todo jeito, a gente se diverte brigando – eu sorri e ela deu uma gargalhada gostosa – e essa conversa nunca aconteceu para os nossos irmãos ok? – eu brinquei.

– Ok – ela disse e quando ela ia entrar no quarto, foi minha vez de chamá-la.

– Dorme bem, boa noite lindinha – falei e pisquei um olho - e não reclame comigo por te chamar assim. Eu só falo verdades.

– Ok bonitão, boa noite – ela disse e eu me surpreendi. Nunca imaginei-a falando isso.

Eu entrei em meu quarto e ela no dela. Essa mulher é cheia de surpresas.


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Notas finais do capítulo

Gostarammm? kkkkk comentem as suas opiniões ;)
O que falar da Katherine? Louca varrida.
Emily? relaxem os corações que logo logo, espero eu, que ela amoleça o coração só um pouquinho.
Sam? Sempre lá quando você mais precisa.
Dean? Sarcástico nas horas mais inoportunas.
Ainda tem muito pela frente.... logo logo tem mais